A candidata à reeleição pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Dilma Rousseff foi o principal alvo de ataques durante o debate entre os candidatos à Presidência da República, realizado neste domingo pela TV Record. A candidata não fugiu do assunto e fez questão de tentar rebater todas as críticas. O candidato Aécio Neves, do PSDB, disse que não vê a presidente Dilma indignada com os escândalos que envolvem a Petrobras e políticos do PT, PMDB e PP, que ele classificou como “vergonhosos”. Pastor Everaldo, do PSC, e Levy Fidelix , do PRTB também criticaram as denúncias durante suas falas.
“Uma coisa tem que ficar clara, quem demitiu o Paulo Roberto (ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, preso na Operação Lava-Jato) fui eu. E a Polícia Federal, no meu governo, foi quem investigou todos esses ilícitos. Eu fui a única candidata que apresentou propostas para o combate da corrupção”, rebateu Dilma Rousseff.
Ela voltou a falar sobre o assunto no segundo bloco, ao ser questionada por uma jornalista sobre segurança pública: “Queria dizer ainda que eu tenho tido tolerância zero com a corrupção. Não varri nada para debaixo de tapete. Não criei nenhum engavetador geral da República”.
O ataque mais contundente às denúncias da Petrobras foi feito por Aécio Neves, ao responder uma pergunta feita pela própria Dilma. A presidente quis saber se o senador mineiro poderia se comprometer a não privatizar a Petrobras, citando um discurso feito por ele em março de 1997, quando o tucano disse que poderia discutir a privatização da estatal.
“Não vamos privatizá-la. Vou tirar das mãos desse grupo político que tomou conta da Petrobras. É vergonhoso. As denúncias não cessam. E não vejo a senhora dizendo: ‘não é possível que fizeram isso’. Essa indignação está faltando”.
O assunto voltou à tona em uma pergunta feita pelo pastor Everaldo para Levy Fidelix: “Dilma disse que não tinha ideia do que estava acontecendo. O senhor acha que ela não tinha ideia mesmo?”, indagou.
O candidato do PRTB respondeu que acredita que a presidente “não tem a menor ideia disso (escândalo da Petrobras), como de outras coisas” e citou problemas no orçamento e gastos públicos.
Dilma havia partido para o ataque contra Marina logo na primeira pergunta do debate, declarando que a candidata do PSB havia sido contra a aprovação da CPMF. “A senhora mudou de partido quatro vezes, mudou de posição de um dia para outro em temas como CLT, homofobia e pré-sal”.
Em sua resposta, a ex-senadora do Acre disse que votou a favor da CPMF, uma vez para a criação do fundo de combate a pobreza e lembrou que as principais liderança do PT à época eram contrárias. A candidata falou sobre ataques que vem recebendo. “Mudei de partido para não mudar de ideias e princípios”, disse Marina. “Não sou nem oposição raivosa nem situação cega. Tive prática coerente vida toda. Defendi CPMF para fundo de combate a pobreza e essa é mais uma das conversas que o PT tem colocado para deturpar”.Foto: 247
Créditos: Ceará Agora