terça-feira, 18 de novembro de 2014

Um terço dos jovens do mundo vive em situação de vulnerabilidade social

Cerca de um terço dos jovens entre 10 e 24 anos de todo o mundo vive em situação de vulnerabilidade social. A conclusão do Fundo de População das Nações Unidas (ONU) consta do relatório Situação da População Mundial em 2014, que a agência da ONU apresenta hoje (18). De acordo com o fundo, cerca de 1,8 bilhão dos mais de 7 bilhões de habitantes do planeta tem entre 10 e 24 anos. Desses, mais de 500 milhões vivem abaixo da linha de pobreza, com menos de US$ 2 por dia. “Em um mundo de questões de adultos, os jovens são muitas vezes negligenciados. Tendência que requer correção urgente, uma vez que põe em risco não só a juventude, mas as economias e sociedades em geral”. 

O Fundo de População indica que os países, especialmente aqueles em desenvolvimento, podem alcançar avanços econômicos e sociais expressivos se investirem no potencial produtivo de seus jovens, enxergando-os não como um escoadouro de recursos públicos já escassos, mas como “potenciais líderes e arquitetos de uma transformação histórica no bem-estar humano”.
 “Os países que não cuidarem das necessidades de seus jovens provavelmente terão, a partir da segunda metade deste século, taxas de fecundidade mais elevadas e uma grande parcela de pessoas jovens e dependentes. Uma força de trabalho pouco qualificada manterá as economias presas em atividades de baixo valor agregado e com baixas taxas de crescimento”, diz o relatório. 

Os pesquisadores recomendam que, em um primeiro momento, os países com altas taxas de mortalidade infantil e de fecundidade se empenhem para reduzir o número de mortes, investindo em saneamento básico, tratamento d´água, campanhas de vacinação infantil e na saúde primária. Com as taxas de mortalidade em queda, será possível passar a priorizar outras ações, já que a mudança na estrutura etária, com um maior percentual de pessoas em idade ativa que em fase dependente, pode vir a surtir efeitos como a redução da pobreza e a elevação dos padrões de vida.

O fundo reconhece que “cada vez mais governos estão dedicando maior atenção aos jovens”, mas aponta que milhões deles ainda enfrentam muitos obstáculos, como acesso à instrução formal ou a baixa qualidade do ensino e falta de empregos apropriados. O fundo calcula que, em regiões em desenvolvimento, cerca de 60% dos jovens não estudam nem trabalham no mercado formal. Há ainda uma grande lacuna digital a separar a juventude de diversos países. Além disso, a ausência de informação e serviços adequados para garantir o acesso dos adolescentes à orientação e aos cuidados sobre a saúde sexual.
Créditos: Agencia Brasil

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

G20 vê possibilidade de crescer 2,1% mais até 2018

Presidenta Dilma Rousseff durante Fotografia Oficial da Cúpula do G20 (Roberto Stuckert Filho/PR)O G20, grupo das maiores economias do mundo, divulgou documento sinalizando a possibilidade de conseguir, até 2018, crescimento adicional de 2,1% dos produtos internos brutos (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país) do bloco, constituído pelas 19 maiores economias mais a Comunidade Europeia. O comunicado foi publicado após dois dias de reuniões, na cidade de Brisbane, Austrália.
Segundo o G20, a elevação no crescimento adicionaria US$ 2 trilhões à economia global e criaria empregos. Os países destacaram que o crescimento maior pode ser atingido com medidas para aumentar o investimento, elevar o comércio e a competição e impulsionar o emprego. Os membros do G20 defenderam ainda a adoção de políticas macroeconômicas para apoiar o desenvolvimento e crescimento inclusivo, reduzindo a desigualdade e pobreza. O grupo enfatizou a necessidade de investir em infraestrutura, e destacou o papel dos bancos multilaterais e bancos públicos de desenvolvimento.

“Combater as deficiências de investimento e infraestrutura é crucial para elevar o crescimento, a criação de empregos e a produtividade (…). Nossas estratégias de crescimento contêm grandes iniciativas de investimento, incluindo fortalecer o investimento público e melhorar nosso clima de investimento doméstico e financiamento, o que é essencial para atrair novos recursos do setor privado”, diz a carta. Segundo o comunicado, os membros do G20 continuarão trabalhando com bancos multilaterais, e encorajando a atuação de bancos de desenvolvimento nacionais.

Os países assumiram o compromisso de reduzir a diferença entre as taxas de participação no mercado de trabalho de homens e mulheres, trazendo mais de 100 milhões de mulheres à força de trabalho até 2025. O G20 também se compromete “fortemente” a reduzir o desemprego entre os jovens, considerado “inaceitavelmente alto”. O comunicado defende, ainda, a estabilidade do sistema financeiro e ações para um sistema internacional de taxas “justo”. Diz também que os países buscarão aumento da eficiência energética para atender à necessidade de crescimento sustentável e desenvolvimento. Apoia, por fim, ações para enfrentar as mudanças climáticas que estejam de acordo com a última conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o assunto.
Créditos: Agencia Brasil

Estresse pode causar doenças de pele

Uma das consequências da sociedade moderna é o estresse, desencadeado por diferentes motivos, desde a pressão no trabalho para o cumprimento de prazos até por ansiedades e nervosismos. Além de causar transtornos em pessoas próximas, já que às vezes “descontamos” nossos problemas nos outros, o estresse afeta a qualidade de vida, podendo ocasionar doenças físicas e emocionais.
Um exemplo destas enfermidades são as psicodermatoses, doenças de pele causadas direta ou indiretamente pelo estresse. A ansiedade, depressão, dificuldade de lidar com a raiva e baixa autoestima são alguns distúrbios que podem ocasionar acne, vitiligo, psoríase, dermatite atópica, calvície, rosácea e herpes.
“A pele é como uma barreira eficiente que protege nossos corpos do meio externo, mas também representa importante local de percepção de vários estímulos. Cerca de 30% das doenças de pele são ocasionadas pelo estresse, mas há também os fatores inter-relacionados, como a genética, que podem ser determinantes nestes casos”, explica Márcia Senra.
O tamanho, a localização, a aparência, o odor, a cor e a textura das psicodermatoses são fatores que podem levar ao constrangimento, isolamento social e até à depressão. Por isso, para tratar-se deste tipo de doença, necessita-se de um trabalho integrado entre dermatologistas, psicólogos e algumas vezes, psiquiatras. 
“Alguns pacientes têm dificuldade de aceitar inicialmente o encaminhamento a um profissional especialista em saúde mental. Por isso, é importante a participação ativa da pessoa, porque a cura ocorre, principalmente, do equilíbrio entre mente e corpo”, afirma a médica.
O tratamento é complementado com medicamentos e estratégias que visam à reestruturação de pensamentos, métodos de relaxamento e controle do estresse, como terapias, meditação e atividades físicas regulares, sempre em busca de melhor qualidade de vida. “Foram necessários alguns milênios, mas a noção de que processos psicológicos como as emoções e as relações sociais influenciam o cérebro e o sistema imune, começa a ser reconhecida”, defende a especialista da Sociedade de Dermatologia do Rio de Janeiro.
Créditos: Jornal do Brasil

Assentamento do Movimento Sem Terra produz chocolate "orgânico"

Em Arataca, no sul da Bahia, é feito o "chocolate rebelde". Produzido por 55 famílias em um assentamento do Movimento Sem Terra localizado em meio a grandes propriedades exportadoras de cacau, o chocolate Terra Vista levou oito anos para ganhar a certificação de "orgânico", que indica um cultivo sem agrotóxicos e com técnicas sustentáveis. O longo e penoso período dificulta, e pode até inviabilizar, a criação de novos produtos orgânicos para o mercado brasileiro, especialmente no caso de pequenos produtores.
“Nosso processo de certificação foi difícil porque a consultoria foi muito cara pra nós", diz Joelson Ferreira de Oliveira, representante do assentamento Terra Vista, onde é feito o chocolate de mesmo nome. "Nós precisamos de uma certificação mais democrática pra colocar a produção orgânica no mercado”, afirma.
Hoje, quem quiser produzir e vender qualquer alimento como orgânico precisa, segundo a Lei de 10.831/2003, comprovar que não foram usados adubos sintéticos, agrotóxicos ou sementes transgênicas no cultivo. Precisa provar, também, respeito a leis trabalhistas dos empregados envolvidos no processo, entre outras exigências. Há, ainda, uma taxa de cadastramento por produto, que varia de acordo com a auditoria contratada. Juntam-se à toda burocracia regulatória outros entraves, como cooperativas mal articuladas e produtividade insuficiente, que fazem a agricultura orgânica e ecológica parecer não compatível com a demanda atual por alimentos. O preço e a disponibilidade destes produtos são os principais pontos que dificultam a adesão dos consumidores aos orgânicos.
Créditos: Rede Brasil Atual

"Advogado de Youssef operava para o PSDB "

:  A entrevista de Rodrigo Janot, procurador-geral da República, ao jornalista Severino Mota (leia aqui), tem um trecho importantíssimo. Segundo ele, houve uma tentativa indevida de interferência na sucessão presidencial deste ano, por parte do advogado Antonio Figueiredo Basto, que defende o doleiro Alberto Youssef e foi indicado pelo governador tucano Beto Richa para o conselho da Sanepar, a empresa paranaense de saneamento.
"Estava visível que queriam interferir no processo eleitoral", disse Janot. "O advogado do Alberto Youssef operava para o PSDB do Paraná, foi indicado pelo Beto Richa para a coisa de saneamento, tinha vinculação com partido."
O resultado dessa vinculação foi a profusão de vazamentos seletivos, que visavam atingir a campanha presidencial de Dilma Rousseff. "O advogado começou a vazar coisa seletivamente. Eu alertei que isso deveria parar, porque a cláusula contratual diz que nem o Youssef nem o advogado podem falar", disse Janot. "Se isso seguisse, eu não teria compromisso de homologar a delação."
Créditos: Brasil 247

Ciúme doentio: Você sofre da síndrome de Otelo?

O ciúme de Debbi Wood, de 31 anos, é patológico e ela foi diagnosticada com "síndrome de Otelo". O nome é inspirado na famosa obra de Shakespeare, Otelo - na qual o personagem principal, possuído por um ciúme doentio, mata sua esposa, Desdêmona.
As pessoas que têm síndrome de Otelo sofrem com o delírio de que seus parceiros ou parceiras são infiéis. "A pessoa fica obcecada com a ideia de traição e infidelidade e tenta fazer de tudo para buscar provas que mostrem que ela está certa", explicou à BBC o psiquiatra Walter Ghedin. "Por exemplo, ela tenta fuçar no computador ou no celular do parceiro ou se mostra violenta, humilhando o outro.
Em casos extremos, a pessoa que sofre com o transtorno pode chegar a matar o objeto de seu ciúme. "Quando se chega ao homicídio é porque existe outro tipo de personalidade patológica, que se desenvolve a partir de uma paranóia ou em um ciúme delirante", diz o especialista.
Segundo Ghedin, há casos em que o ciúme é reforçado pela influência de terceiras pessoas.Ele lembra que na obra de Shakespeare, Yago ajudou a convencer Otelo que Desdêmona seria infiel."As pessoas ciumentas podem ser influenciadas pelas opiniões de outras pessoas - ou pelos meios de comunicação", diz o psiquiatra. Segundo o especialista, a melhor forma de tratar a síndrome de Otelo é buscar ajuda o quanto antes e entender as causas do problema.
A psicoterapia seria uma grande ajuda e, nos casos extremos, se recomenda medicação. "Em alguns pacientes a ideia de infidelidade é tão forte, tão recorrente no pensamento, que altera as relações com outras pessoas. Nesses casos, uma medicação pode atenuar a intensidade dessa ideia fixa", diz Ghedin.
O ciúme só é considerado um distúrbio psiquiátrico quando domina as pessoas e altera drasticamente suas vidas. Segundo Ghedin, há quatro tipos de ciúmes: - Reação emocional normal: trata-se de um sentimento transitório, que não condiciona a vida de quem o sente. - Reação emocional desmedida: afeta sobretudo as relações amorosas. Pode ou não ter sido precedida de situações de infidelidade
- Ciúme como traço distinto da personalidade: típico dos que têm personalidade desconfiada. O ciúme afeta todas as áreas da vida de uma pessoa: família, amor e relações de trabalho. Em geral é característico de pessoas calculistas, que veem ameaças onde elas não existem e estão convencidas de que seu ponto de vista é uma verdade indiscutível. Está ligado ao chamado Transtorno Paranoico de Personalidade.
- Síndrome de Otelo: como dito anteriormente, um distúrbio caracterizado por pensamentos delirantes de ciúme. O delírio que alimenta o ciúme pode ser parte de um transtorno crônico ou paranóia, mas também pode indicar um quadro de demência por deterioração do córtex cerebral ou de alcoolismo crônico.
A síndrome de Otelo é mais comum em homens do que em mulheres. Segundo Ghedin, isso acontece por razões psicológicas e culturais. No homem, "o apego real e simbólico à figura da mãe" atuaria inconscientemente gerando sentimentos "ambivalentes" de amor e ódio com relação a outras mulheres. No que diz respeito a influência da cultura, segundo o psiquiatra, o problema é que em muitas sociedades ainda é forte a ideia de poder e dominação dos homens sobre as mulheres. Como resultado, alguns homens esperam que suas companheiras se submetam a suas regras e qualquer conduta de autonomia é vista como suspeita.
Créditos: R7

Civis famintos enfrentam rebeldes em busca de comida na Síria

Confrontos eclodiram na cidade sitiada de Duma, perto de Damasco, depois de um ataque de pessoas famintas em busca de reservas de comida controladas por um grupo islamita rebelde, informou uma ONG. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), os confrontos começaram quando os moradores da cidade síria tentaram entrar em um depósito dos rebeldes da brigada do Exército do Islã.

"Os guardas do depósito atiraram contra os cidadãos, alguns dos quais responderam da mesma forma", acrescentou a ONG. Várias pessoas ficaram feridas em confrontos iniciados no sábado em algumas partes de Duma. "As pessoas têm fome, estão cercadas e dizem que o Exército do Islã distribui comida e remédios só para seus militantes", afirmou à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.
Reduto rebelde situado no nordeste da capital, Duma é assediada pelas forças do regime há mais de um ano e seus moradores sofrem com a falta de remédios e comida.(AFP)
Créditos: Conez10