segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Estresse pode causar doenças de pele

Uma das consequências da sociedade moderna é o estresse, desencadeado por diferentes motivos, desde a pressão no trabalho para o cumprimento de prazos até por ansiedades e nervosismos. Além de causar transtornos em pessoas próximas, já que às vezes “descontamos” nossos problemas nos outros, o estresse afeta a qualidade de vida, podendo ocasionar doenças físicas e emocionais.
Um exemplo destas enfermidades são as psicodermatoses, doenças de pele causadas direta ou indiretamente pelo estresse. A ansiedade, depressão, dificuldade de lidar com a raiva e baixa autoestima são alguns distúrbios que podem ocasionar acne, vitiligo, psoríase, dermatite atópica, calvície, rosácea e herpes.
“A pele é como uma barreira eficiente que protege nossos corpos do meio externo, mas também representa importante local de percepção de vários estímulos. Cerca de 30% das doenças de pele são ocasionadas pelo estresse, mas há também os fatores inter-relacionados, como a genética, que podem ser determinantes nestes casos”, explica Márcia Senra.
O tamanho, a localização, a aparência, o odor, a cor e a textura das psicodermatoses são fatores que podem levar ao constrangimento, isolamento social e até à depressão. Por isso, para tratar-se deste tipo de doença, necessita-se de um trabalho integrado entre dermatologistas, psicólogos e algumas vezes, psiquiatras. 
“Alguns pacientes têm dificuldade de aceitar inicialmente o encaminhamento a um profissional especialista em saúde mental. Por isso, é importante a participação ativa da pessoa, porque a cura ocorre, principalmente, do equilíbrio entre mente e corpo”, afirma a médica.
O tratamento é complementado com medicamentos e estratégias que visam à reestruturação de pensamentos, métodos de relaxamento e controle do estresse, como terapias, meditação e atividades físicas regulares, sempre em busca de melhor qualidade de vida. “Foram necessários alguns milênios, mas a noção de que processos psicológicos como as emoções e as relações sociais influenciam o cérebro e o sistema imune, começa a ser reconhecida”, defende a especialista da Sociedade de Dermatologia do Rio de Janeiro.
Créditos: Jornal do Brasil

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