O sêmen dos homens parece interferir nos géis utilizados para evitar a infecção pelo HIV. De acordo com Nadia Roan, da Universidade da Califórnia, San Francisco e dos Institutos Gladstone, essa pode ser um dos fatores que explicam por que tantas drogas que bloquearam eficientemente a infecção em experimentos de laboratório não funciona em um ambiente do mundo real.
Segundo informações do site NBC News, o sêmen ― fluido que transporta o esperma ― também contém feixes de proteínas chamados fibrilas amiloides. O HIV se uni a eles em grupos que os ajudam a invadir as células. Esses mesmos aglomerados também parecem ser capazes de repelir as drogas usadas em microbicidas.
De acordo com o estudo publicado na revista Science Translational Medicina, quando Roan e seus colegas testaram diferentes microbicidas em amostras de HIV, eles descobriram que a inclusão de sêmen na mistura facilitava em 10 vezes a entrada do vírus nas células e tornou os microbicidas 20 vezes menos eficaz.
"Os microbicidas foram originalmente desenvolvidos como uma forma de fortalecer e proteger as mulheres na África Subsaariana, que muitas vezes não têm uma maneira de negociar o sexo seguro ou o uso do preservativo", disse o diretor Dr. Warner Greene, do Instituto Gladstone de Virologia e Imunologia.
― No entanto, a primeira geração de microbicidas foram em grande parte ineficazes ou pior, alguns até levando ao aumento da transmissão do vírus.(R7)
Créditos: Paraíba.com
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