segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Brasil tem maior sistema público de transplantes do mundo

Entre 2001 e 2013, a quantidade de transplantes mais que dobrou na rede públicaPaís se tornou detentor do maior sistema público de transplantes de órgãos do planeta. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2001 e 2013, a quantidade deste tipo de procedimento mais que dobrou na rede pública, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo dados da pasta, foram realizados 10,9 mil transplantes no Brasil, em 2001. Em 2013, foram 23,4 mil cirurgias. Os transplantes mais realizados no País são os de rim, córnea, medula óssea e fígado.
Somente em 2013, foram 5,2 mil transplantes de rim, 13,7 mil de córnea, 2,1 mil de medula óssea e 1,7 mil de fígado.
O aumento dos transplantes é reflexo, também, do crescimento de doadores efetivos no Brasil. O total de doadores de órgãos passou de 1,8 mil, em 2010, para 2,5 mil, em 2013.
Além disso, a lista de espera para o transplante de córnea foi zerada em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. No Distrito Federal e no Mato Grosso, a lista de espera está com poucos nomes e, em breve, deverá ser zerada.
Para o transplantado José Amora da Silva, de 68 anos, ainda é preciso conscientizar a população brasileira sobre a importância da doação de órgãos. Ele fez o transplante de rim, em novembro de 2011, após seis meses de espera.
Apesar de estar feliz por ter recebido um novo órgão rapidamente, José diz ter uma queixa após o transplante. “Eu queria muito agradecer à família do meu doador, mas eu não sei quem é”, lamenta Silva.
Com o intuito de realizar a conscientização dos brasileiros, o Ministério da Saúde tem feito campanhas constantes sobre a importância de avisar a família sobre o desejo de ser doador.
Para ser doador, não é necessário deixar nada por escrito, apenas alertar a família. Para reforçar a campanha, o Ministério da Saúde lançou, em setembro, um aplicativo no Facebook, onde é possível ao cidadão se declarar doador.
Com as declarações na rede social, o Sistema Nacional de Transplantes criará um banco informal de doadores. Em 2012, o Facebook apoiou a campanha do Ministério da Saúde e, com isso, mais de 530 mil pessoas se declararam doadoras de órgãos.
Créditos: Agencia PT

39% dos brasileiros acham paulistanos “egoístas”

Pesquisa do Datafolha divulgada nesta segunda-feira, 22, mostra que para 39% dos brasileiros, "os paulistanos se julgam melhores que os demais brasileiros". Em dezembro de 2003, quando essa pesquisa foi realizada pela primeira vez, eram 30% os brasileiros que concordavam totalmente com essa afirmação.
O levantamento, publicado pela Folha de S. Paulo, foi feito com 2.896 pessoas nos dias 2 e 3 de dezembro em todo o país, exceto na capital paulista. Margem de erro é de 2%. 
A partir de seis afirmações elaboradas pelo Datafolha, os pesquisadores perguntaram aos entrevistados se concordavam ou discordavam, total ou parcialmente, de cada uma.
Segundo os dados, 20% dos brasileiros de fora de São Paulo acreditam que os paulistanos têm inveja do resto do país. Em 2003, o percentual era de 16%.
Por outro lado, a ideia de que os demais brasileiros invejariam os paulistanos caiu. Na primeira pesquisa, 13% concordavam totalmente que "os brasileiros têm inveja dos paulistanos". São 10% agora.
"Os paulistanos trabalham mais do que os demais brasileiros", sentença habitualmente propagada pelos paulistanos, foi posta à prova pelo restante do país. 20% dos entrevistados concordaram totalmente. Há 11 anos, eram 25%.
Ainda segunda a pesquisa, 46% dos brasileiros concordam plenamente que "os paulistanos se importam mais com seus problemas do que com os problemas dos outros". O percentual anterior era de 42%. 
No Nordeste, a deterioração da imagem dos paulistanos fica mais acentuada. Segundo os dados do Datafolha, ao todo, 67% dos nordestinos acreditam que os paulistanos se julgam melhores que o restante dos brasileiros (51% concordam totalmente com a afirmação, 17% concordam em parte).
Para 48% dos nordestinos, os moradores de São Paulo têm inveja dos compatriotas; e 76% concordam que "os paulistanos se importam mais com seus problemas".
Créditos: Portal Brasil 247

Verão exige mais cuidados com alimentação e 'doenças do calor'

Com a chegada do verão e o clima de férias, as altas temperaturas podem ser favoráveis não só para a diversão, mas também o aparecimento das ‘doenças do calor’. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade indica alguns cuidados importantes para a manutenção da saúde. 
"Alimentos têm que ser preparados para consumo imediato. Nada de comidas prontas compradas em todo lugar, principalmente na praia", afirma. De acordo com o diretor da SBMFC, Rodrigo Lima, é indicado que durante o período mais quente, haja ingestão de água e sucos ao longo do dia para ajudar a evitar os efeitos do calor.
Segundo ele, é necessário também reforçar a presença de frutas e verduras no cardápio, especialmente para as pessoas que seguem a recomendação de realizar atividade física, que ficam mais sensíveis à perda de líquidos. Quanto a crianças e idosos, a recomendação da SBMFC é redobrar os cuidados porque eles costumam desidratar mais facilmente.
Aos que gostam de tomar sol e pegar um bronzeado, a SBFMC diz que é necessário o uso do protetor solar, que deve ter seu FPS (fator de proteção solar) escolhido em função do tipo de pele e grau de exposição ao sol. Outras medidas de proteção também são bem-vindas, como uso de chapéus ou bonés, óculos de sol, guarda-sol, camisas, entre outros. Rodrigo Lima aponta que os cuidados não se restringem somente ao uso de filtros solares, mas também a hidratação e alimentação. “Medidas simples como essas podem promover um verão saudável e divertido para os que gostam dessa estação do ano”.

Quanto à alimentação na praia, Lima ainda reforça que aqueles que não dispensam petiscos, devem ter mais cuidado com a procedência e com as condições de preparo e conservação, além da moderação nas bebidas alcoólicas. Dessa forma, dá para evitar um desagradável problema intestinal. 
“Importante registrar também que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas favorece a perda de líquidos e por isso, se não levar à desidratação, pode no mínimo proporcionar ressaca”, ressalta o médico.
Créditos: Portal Correio

MTST constrói moradias com as próprias mãos

(Carta Capital) Ao contrário do que ocorre na modalidade principal do Minha Casa Minha Vida, tocada conforme os interesses das empreiteiras, no Entidades é o movimento que toma a iniciativa de construir a moradia, escolhe o projeto, contrata a empreiteira, acompanha a obra e escolhe quem irá morar no local.
Criado em 2009, o Minha Casa Minha Vida foi lançado no momento mais crítico da crise econômica mundial em 2009. O programa ajudou a reaquecer o mercado da construção civil, levando dinheiro às empreiteiras por meio do Fundo de Arrendamento Residencial. Os críticos do programa afirmam que ele contribuiu, também, para a especulação imobiliária e para a precarização da moradia popular como um todo.
Quando o Minha Casa Minha Vida foi feito, movimentos sociais pressionaram pela criação do MCMV Entidades, uma continuação do programa Crédito Solidário. O argumento era de que a gestão dos movimentos sobre a moradia poderia deixar a construção delas menos suscetíveis ao mercado imobiliário e atenderia melhor às necessidades dos trabalhadores.
Foi o que o MTST fez em Taboão da Serra, no conjunto onde Lima trabalha. Após uma ocupação na cidade, feita em 2005, a prefeitura cedeu um terreno ao movimento. Em fevereiro de 2013, o projeto foi aprovado e as obras começaram.
Um ano e meio após o início das obras, a construção está quase pronta. Em visita ao local, a reportagem de CartaCapitalencontrou os prédios pintados, com sistema elétrico pronto e à espera da chegada de elevadores. A previsão do movimento é entregar duas torres, com 160 unidades, no final de julho deste ano.
A velocidade da obra faz os trabalhadores no local dizerem que são mais eficientes que a iniciativa privada. Na obra, metade dos empregados são do próprio movimento, fruto de um acordo entre o MTST e a empresa contratada por eles.
O tamanho é outra das vantagens lembradas pelos militantes. Os apartamentos de dois dormitórios terão 53 metros quadrados e os de três quartos, 64 metros quadrados. O espaço está acima do mínimo de 39 metros quadrados do Minha Casa Minha Vida, padrão da maioria das construções do programa. Segundo os militantes, isso mostra que é possível melhorar a construção ao diminuir o lucro das empreiteiras.
Para o MTST, somente a moradia no local não é suficiente. Da prefeitura e do governo estadual, o movimento conseguiu a promessa de uma unidade da Ama (Assistência Médica Ambulatorial), de uma creche e de uma escola estadual junto ao condomínio. Com a grande quantidade de fábricas na região, eles também esperam que não sejam necessários grandes deslocamentos para os moradores irem trabalhar.
O MTST escolhe quem receberá a moradia no local. De acordo com as normas do Ministério da Cidade, a entidade pode decidir quem será beneficiado pelas obras desde que os critérios já determinados pelo governo federal sejam atendidos. O principal deles é a renda familiar, que deve ser de no máximo três salários mínimos.
O movimento tem uma série de critérios internos. Entre eles, a pontuação para quem participa de mais protestos e está mais presente em ocupações e outras atividades do movimento. O tamanho do apartamento, por sua vez, é determinado pela composição da família.
Em outubro do ano passado, o Ministério Público Federal abriu investigação sobre o sistema de pontuação. O procurador da República José Roberto Pimenta Oliveira recomendou a anulação da portaria que permite aos movimentos de moradia adotar critérios adicionais para escolher quem participa do programa.
Guilherme Boulos, coordenador do MTST, diz que os critérios adotados pelo governo não são neutros ou justos. “Quem conhece o cadastro habitacional dos municípios sabe que isso é curral eleitoral de prefeito, de vereador, de grupos de interesse mais diversos. O Ministério Público deveria dedicar um pouco do seu tempo precioso para investigar o que são os cadastros das secretarias de habitação”, diz Boulos.
Boulos diz que é legítimo o movimento estabelecer critérios para saber quem participa ou não de suas atividades. “Você faz parte de um movimento e está lá diariamente. Como vou saber se você faz isso ou se você é um aproveitador que chegou agora? Como eu vou saber quem diz estar no processo só para ser atendido? Isso é uma forma de impedir o oportunismo de quem tenta se infiltrar em qualquer organização, em qualquer luta social.”
Aparentemente, as críticas do MPF não desencorajaram o governo a investir no programa. Em meio às intensas manifestações feitas pelo MTST antes da Copa do Mundo, e com a perspectiva de elas durarem até as eleições de outubro, o governo federal atendeu ao movimento e anunciou na segunda-feira 9 a ampliação do MCMV Entidades.
Hoje, cada entidade pode construir mil unidades simultaneamente dentro do programa. Com a mudança, cada uma das organizações poderá construir 4 mil. Do total de 800 mil moradias previstas na nova fase do programa, até 80 mil poderão ser produzidas dentro do MCMV Entidades, considerando o número dos movimentos que já estão cadastrados pelo Ministério das Cidades.
Enquanto isso, o movimento segue com a construção. Além da primeira entrega em julho, a perspectiva é de entregar o dobro de unidades até o final do ano. Com as chaves nas mãos, surge o risco de desmobilização daqueles que já conseguiram sua moradia.
Lima, que milita há sete anos no MTST, diz que deverá continuar a participar do movimento. “Ser do movimento é igual a ser corintiano: é só uma vez na vida, e aí vai até morrer. Você entra no movimento uma vez, pensando só em lutar pela moradia. Aí vê outras coisas: luta por transporte, saúde, educação, por tudo. Ou seja, não saio mais.”
Créditos: Carta Capital

domingo, 21 de dezembro de 2014

Cuba não renunciará a socialismo, diz Raúl Castro

Apesar da retomada das relações diplomáticas com os Estados Unidos, Cuba não renunciará ao socialismo, disse ontem (20) o presidente Raúl Castro. Em discurso na Assembleia Nacional cubana, ele disse que o país não está disposto a mudar o sistema político. “Da mesma forma que nunca propusemos aos Estados Unidos para que mudem seu sistema político, exigimos respeito em relação ao nosso”, discursou Castro. Ele, no entanto, disse que o país está disposto a discutir, com “igualdade e reciprocidade”, todos os assuntos com o governo norte-americano.

O presidente cubano pediu o apoio da comunidade internacional e da sociedade norte-americana para encerrar o embargo econômico que perdura há mais de 50 anos. Segundo ele, a decisão de restabelecer relações diplomáticas com os Estados Unidos foi um passo importante, mas que a luta para acabar com o bloqueio, apesar de essencial, será longa e difícil. Raúl Castro anunciou hoje que o novo congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC), única formação política do país, será em abril de 2016. Segundo ele, antes do encontro, haverá um amplo e democrático debate com os militantes comunistas e com o povo cubano sobre a situação do plano de atualização econômica do país.

O último congresso do PCC foi em abril de 2011, quando Raúl Castro foi escolhido primeiro-secretário da organização, em substituição ao seu irmão Fidel, fora do poder desde 2006. Na ocasião, o partido aprovou o plano para a atualização do modelo econômico do país. No mesmo discurso, Raúl Castro anunciou também que irá  à próxima Reunião de Cúpula das Américas, em abril no Panamá. “Confirmo que comparecerei, para expressar as nossas posições com sinceridade e respeito para com todos os chefes de Estado e de Governo”, declarou.
O discurso de Raúl Castro, no encerramento da sessão semestral da Assembleia Nacional, ocorreu um dia depois de o órgão ter ratificado, por unanimidade, o acordo desta semana entre Cuba e os Estados Unidos. Os dois países restabeleceram relações diplomáticas após mais de 50 anos de rompimento.
Créditos: Agencia Brasil


Governo concedeu R$ 77,8 bilhões de isenções de impostos ao setor produtivo em 2013

O governo federal abriu mão de uma arrecadação de R$ 77,8 bilhões em 2013, ante R$ 46,5 bilhões em 2012. Com isso, o volume do dinheiro que deixou de entrar nos cofres públicos aumentou em R$ 31,33 bilhões em relação à renúncia fiscal do ano anterior. 
Os dados foram divulgados na sexta-feira (19), pela Secretaria da Receita Federal. O aumento ocorreu principalmente porque a União elevou o número de setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamento das empresas, reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis e itens da chamada linha branca (fogões, geladeiras e máquinas de lavar) e diminuiu o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito.

Além dessas, as desonerações autorizadas pelo governo incluem os produtos da cesta básica, a Cide dos combustíveis e a correção da tabela do Simples Nacional, entre outros. Por outro lado, o governo arrecadou em 2013 os tributos devidos pelas empresas em anos anteriores, por meio do Refis da Crise, que gerou uma receita de R$ 21,78 bilhões a mais. Sem esses parcelamentos, a carga tributária do País teria registrado uma redução, ao invés de aumento.
Créditos: Blog do Planalto

OMS indica 7.373 mortos por ebola na África Ocidental

 O número de mortos devido à epidemia de ebola na África Ocidental aumentou para 7.373, num total de 19.031 casos registados nos três países mais atingidos. É o que indica um balanço divulgado neste sábado (20) pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Desde 17 de dezembro, data da divulgação do balanço anterior da OMS, o número de mortos aumentou em 458 e o de casos de doença, em 428.
No país mais afetado, Serra Leoa, registaram-se 8.759 casos. No balanço anterior, haviam sido indicados 8.356. O número de mortos sobe para 2.477, contra os 2.085 contabilizados anteriormente.
Na Libéria, que foi durante algum tempo o país com mais casos de doença, houve um abrandamento na propagação do vírus. Em 14 de dezembro, o país registava 7.819 casos contra 7.797 do registro anterior. O número de mortos chegou a 3.346. No antigo balanço eram eram 3.290.
Na Guiné-Conacri, onde a epidemia começou há quase um ano, os dados registados até 16 de dezembro indicam que já se verificaram 1.550 mortos (1.525 antes) e 2.453 casos (2.416 antes).
Segundo a OMS, até 14 de dezembro, 649 membros de equipes médicas foram contaminados pelo vírus, 365 dos quais foram casos mortais.Foto: EBC
Créditos: Brasileiros