domingo, 8 de fevereiro de 2015

Confrontos entre torcedores e policiais deixam 22 mortos

Briga, confusão e tragédia no Egito Foto: Stringer / Reuters Pelo menos 22 pessoas morreram na noite deste domingo em um confronto entre torcedores de futebol e a polícia do Egito do lado de fora de um estádio na zona leste do Cairo. O escritório da Promotoria Pública anunciou que vai investigar o caso.
A violência aconteceu antes do início de uma partida entre o Zamalek e o ENPPI, pela primeira divisão do futebol egípcio, no estádio da Defesa Aérea. Policiais disseram que torcedores do Zamalek que não tinham ingressos tentaram entrar no estádio à força, provocando o confronto. Depois do golpe militar que estabeleceu a ditadura do marechal-de-campo Abdel-Fattah el-Sisi, em 2013, a presença de torcidas nos estádios foi proibida, e passou a ser permitida apenas recentemente. Para a partida deste domingo, o Ministério do Interior havia autorizado a presença de 10 mil torcedores, num estádio capaz de abrigar 30 mil.
Os torcedores do Zamalek, conhecidos como Cavaleiros Brancos, postaram em sua página oficial no Facebook que a violência começou porque as autoridades abriram para eles apenas um portão pequeno, guarnecido com arame farpado. Isso levou a um empurra-empurra a que a polícia teria reagido jogando bombas de gás lacrimogêneo e disparando com balas de borracha. A página publicou fotos que dizia ser de torcedores mortos e os nomes dos 22.
Um torcedor que não conseguiu entrar no estádio disse à Associated Press que o tumulto foi causado pelos policiais, que dispararam bombas de gás contra a multidão. "Aqueles que caíam não conseguiam se levantar", disse o torcedor, que não revelou seu nome por temer represálias da polícia.
Os torcedores egípcios mais fanáticos, conhecidos como Ultras, frequentemente entram em confronto com a polícia dentro e fora dos estádios. Eles são muito politizados e muitos participaram dos protestos de rua de 2011, que levaram à queda do general-presidente Hosni Mubarak, que estava no poder desde 1981. Muitos observadores consideram os Ultras como um dos mais bem organizados movimentos sociais no Egito, depois de a ditadura de El-Sisi colocar na ilegalidade a Irmandade Muçulmana, que governou o país brevemente de 2012 até o golpe militar.
O mais violento confronto na história do futebol egípcio aconteceu em 2012, em Port Said, durante uma partida entre o Al-Masry local e o Al-Ahly, do Cairo. Morreram 74 pessoas naquele confronto, em sua maioria torcedores do Al-Ahly. Dois policiais foram condenados a 15 anos de prisão por negligência; outros sete policiais foram absolvidos, o que levou torcedores a atearem fogo à sede da Associação Egípcia de Futebol. Fonte: Associated Press.Foto: Stringer / Reuters
Créditos: FolhaVitória

SUS vai oferecer teste oral de HIV em toda a rede pública

O teste oral para detectar HIV passará a estar disponível em toda a rede pública ainda este ano, de acordo com anúncio feito pelo Ministério da Saúde na sexta-feira (6). A pasta já começou a distribuir o novo teste para os estados.
Até então, o teste rápido, que dá o resultado em apenas 30 minutos, estava sendo oferecido por 60 ONGs no projeto piloto Viva Melhor Sabendo. Os exames eram feitos em bares, parques e outros locais onde se concentram populações-chave, como homens que fazem sexo com homens, transexuais, usuários de droga e profissionais do sexo.
Segundo o Ministério da Saúde, 14 mil pessoas já fizeram o teste oral, dos quais 381 receberam diagnóstico positivo. Dos que se submeteram ao teste rápido, 43% nunca tinha feito nenhum teste de HIV antes.
A coleta para o exame é feita com uma haste que extai fluido da gengiva e da bochecha. Além da rapidez do resultado, o teste tem a vantagem de não precisar de uma infraestrutura laboratorial.
Créditos: WSCOM

Estado Islâmico crucifica e enterra crianças iraquianas vivas. afirma ONU

Militantes do Estado Islâmico estão vendendo crianças iraquianas sequestradas em mercados como escravos sexuais e matando outras, inclusive crucificando e enterrando vivas, denunciou uma agência da ONU. O Comitê das Nações Unidas para os Direitos da Criança informou que meninos iraquianos menores de 18 anos estão sendo cada vez mais usados pelo grupo radical como homens-bomba, fabricantes de bomba, informantes ou escudos humanos para proteger instalações contra ataques aéreos conduzidos pelos EUA. "Estamos profundamente preocupados com a tortura e o assassinato destas crianças, especialmente daquelas que pertencem a minorias, mas não só das minorias", disse Renate Winter, especialista do comitê, em boletim à imprensa.
Créditos: MontesClaros.com

Francisco será primeiro papa a discursar no Congresso americano

O papa Francisco vai discursar no Congresso americano no dia 24 de setembro, anunciou hoje (5) o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner.
“Nesse dia, sua santidade será o primeiro papa na história a dirigir-se a uma sessão conjunta do Congresso”, afirmou Boehner. “Estamos agradecidos que o santo padre tenha aceito o nosso convite, e certamente ansiosos para receber a sua mensagem em nome do povo americano”, acrescentou.
Nancy Pelosi afirmou que os legisladores americanos estão “honrados e muitos felizes pelo fato de o papa Francisco, o primeiro pontífice nascido nas Américas, ter aceitado o convite”.
O pontífice, nascido na Argentina, “renovou a fé dos católicos em todo o mundo e inspirou uma nova geração de pessoas, independentemente da sua filiação religiosa, a serem instrumentos de paz”, acrescentou a democrata.
O papa Francisco confirmou a visita aos Estados Unidos em setembro deste ano para participar de um encontro mundial de famílias. Francisco será o quarto papa a visitar os Estados Unidos.(Agência Brasil).
Créditos: Focando a Notícia

Para incriminar o PT, Lava Jato 'desmonta' farsa do mensalão, mas repete erros

federal.jpgEntre os condenados na AP 470, o conhecido caso do mensalão, quem não tinha nenhuma prova contra si foi condenado por uma tese: a de que "teria havido" compra de votos no Congresso para votar com o governo.

No entanto, quanto mais se investigou essa tese, mais evidências foram encontradas de que não havia essa relação, já que os partidos apoiaram o governo à medida em que participaram dele com cargos nos vários escalões do poder.
Estudos das votações no Congresso mostraram derrotas ou vitórias do governo, descasadas dos pagamentos apontados e do dinheiro que circulou no caixa 2 do chamado valerioduto – o crime de caixa 2 foi realmente cometido e devidamente confessado, mas é bem diferente de compra de votos.
Mesmo assim, a maioria do STF condenou vários réus, a pretexto de um esquema de compra de votos, como se uma mentira repetida mil vezes no noticiário se tornasse verdade.

Pois não é que na Operação Lava Jato, quando menos se esperava, o doleiro Alberto Youssef deixou escapar um depoimento que rechaça a tese de compra de votos no mensalão?
O doleiro disse que o PP obstruiu por três meses em 2004 votações no Congresso, deixando o então presidente Lula "doido". Tudo para obrigar a nomear Paulo Roberto Costa na diretoria de Abastecimento da Petrobras. Ressalte-se que não havia nada de ilícito em nomeá-lo naquela época. Costa era funcionário de carreira, tinha currículo para ocupar o cargo, sem nada sabido que pesasse contra ele até então.

Esse episódio é mais um a comprovar que o chamado mensalão foi caixa 2 de fato, como confessado pelos petistas, e não compra de votos no Congresso, pois a governabilidade se construía com participação dos partidos na estrutura de governo, como acontece no mundo todo, em qualquer democracia pluripartidária.

E agora quem vai corrigir a injustiça? Só as páginas da história, pois grande parte das penas já foi cumprida, inclusive com a ruína da vida dos condenados e danos maiores do que deveriam à imagem do Partido dos Trabalhadores.

Resta saber: o Judiciário vai repetir o erro e cometer novas injustiças?

A operação Lava Jato, mais uma vez, toma um rumo perigoso: em vez de concentrar-se nos fatos criminosos e priorizar o rastreamento do dinheiro sujo, começa a perseguir pessoas e buscar teses para criminalizar atos lícitos do partido político mais perseguido do Brasil.

Se o caminho do dinheiro de propinas, com provas, levasse a petistas, não haveria do que reclamar, mas não é isso que estamos vendo. O que vemos são os meses passarem e quanto mais se investiga o caminho do dinheiro, mais abre o leque de envolvidos, mas todos os ilícitos têm passado longe do PT.

Aí aparecem delações duvidosas, algumas orientadas por advogados de tucanos, algumas que até carecem de lógica, sem prova alguma nem ninguém que as confirme, tudo na base do "gogó".

O ex-gerente da petroleira Pedro Barusco foi na mesma linha. Disse apenas que sabia existir uma suposta regra de pagar um percentual ao Partido dos Trabalhadores e divagou em meras deduções sobre terceiras pessoas e valores. Mas nega que tenha intermediado ou testemunhado pagamentos a petistas e afirma não saber como eram feitos.

Como curiosidade, o mesmo escritório de advocacia orientou os três ex-diretores que toparam a delação premiada para tentar diminuir suas próprias penas. Dessa forma, evitaram-se depoimentos contraditórios e "fogo amigo" de um depoente contra o outro. É uma clara desvantagem para o Ministério Público, pois é óbvio que poderia obter mais informações e captar contradições se ouvisse cada parte sem que elas soubessem o que outros envolvidos estavam dizendo.

A delação de Barusco, divulgada pela Justiça Federal do Paraná ontem (5), se deu nos dias 20 e 21 de novembro de 2014. Há mais de dois meses, portanto.

Se os investigadores achassem a delação suficientemente forte para envolver o secretário de Finanças do PT, João Vaccari Neto, mandado de busca em sua casa e intimação para depor deveriam ter sido feitas antes e não apenas no dia 5 de fevereiro. Quando se observa que houve tempo mais do que suficiente para intimá-lo a prestar depoimento, torna-se menos compreensível ainda a tal condução coercitiva para depor.

Mas há uma inconveniente coincidência com o calendário político: o fim do recesso parlamentar. A agenda da oposição desta semana foi instalar mais uma CPI da Petrobras, e o "espetáculo" da "condução coercitiva" do secretário de Finanças do PT no Jornal Nacional vem a calhar.

Que a oposição partidária e midiática faça isso, já era esperado. O que causa desconforto para lisura das investigações são as autoridades do Ministério Público, da Justiça Federal e da Polícia Federal, todas instituições que devem ser e devem parecer apartidárias, seguirem este calendário sob medida para interesses políticos dos partidos de oposição.

Detalhe: nestes dois meses, a força-tarefa de procuradores da República foi à Suíça seguir o caminho do dinheiro. Outras medidas investigativas no Brasil e no exterior devem ter sido tomadas, espera-se. Quanto mais investiga, mais a delação do boato de que haveria um percentual a título de propina para o PT vira lenda urbana, pois se encontrassem alguma coisa que não fosse blá-blá-blá contra petistas, com certeza o "espetáculo" nas manchetes seria bem mais sensacionalista do que uma mera condução coerciva e declarações duvidosas de delatores.

Como agravante, durante a delação, mesmo depois de dizer que não lidava e não tinha conhecimento de como se lidava com petistas, em pergunta induzida por um delegado da Polícia Federal, cujo nome não foi especificado no documento, Barusco disse que "pelo que ele recebeu, em torno de US$ 50 milhões, estima que o PT deveria ter recebido em torno de US$ 150 a US$ 200 milhões". Traduzindo a resposta: ele não sabe de nenhum centavo, mas "chuta" este valor pelo que imagina.

Óbvio que "imaginar", "chutar" não é delação. Mas foi providencial politicamente para a oposição gerar manchetes deturpadas como se fosse de fato delação.

Melhor fariam procuradores e policiais federais se se licenciassem de seus cargos para ir assessorar gabinetes de deputados e senadores do PSDB e do DEM.

Do contrário, deveriam priorizar rastrear o dinheiro sujo e os fatos criminosos para chegar à autoria, seja de quem for, com os devidos rigores que uma boa investigação exige. Perseguir primeiro pessoas para depois procurar uma tese para denunciá-las, com base em delações mequetrefes e apoio da mídia, não é fazer justiça, não é combater a impunidade, nem a verdadeira corrupção. É fazer, involuntariamente ou não, o jogo pelo poder nos bastidores do poder, passando ao largo dos princípios republicanos da impessoalidade e manipulando a opinião pública para não respeitar a vontade popular manifestada nas urnas. 
Por Helena Sthephanowitz, para a Rede Brasil Atual
Créditos: Rede Brasil Atual

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Lula aos golpistas: vão prestar contas à história

O ex-presidente Lula fez um discurso de injeção de ânimo na militância no encontro dos 35 anos do PT, em Minas Gerais. Ele criticou a mídia e saiu em defesa das medidas econômicas tomadas pela presidente Dilma Rousseff. Ao ser chamado para discursar, Lula foi ovacionado pela plateia. "Ontem fiquei indignado, mais do que em outros dias, mas tomei cuidado para não repassar aqui a indignação que fiquei ontem. Seria muito mais simples a PF ter convidado nosso tesoureiro para se apresentar do que ir buscar em casa, seria muito mais simples dizer o que eles estão repetindo o mesmo ritual desde 2005 quando começaram as denúncias que eles chamaram de mensalão. Toda quinta-feira sai boato, sexta sai denúncia nas revistas, sábado e domingo massacre na televisão, e na outra semana, começa tudo outra vez", afirmou logo no início do discurso. 
Lula afirmou que o critério da mídia é a criminalização do PT. "Eles trabalham com a convicção de que é preciso criminalizar o nosso partido. Não importa nem se é verdade", acusou. O ex-presidente Lula destacou trechos de um manifesto de fundação do PT, ressalvando que o PT "contribuiu para transformar este país". Em defesa do legado do PT, o petista afirmou que "nova política foi acabar com a fome neste país". Lula disse que "medidas amargas" foram necessárias nos 12 anos de governos petistas. 
O ex-presidente disse que o objetivo dos adversários é "querer que o povo nos esqueça". "Mas, ao invés disso, em outubro, o povo preferiu eleger a presidente Dilma", afirmou.
Lula saiu em defesa das medidas tomadas pela presidente Dilma Rousseff no campo econômico. "A companheira Dilma teve que tomar medidas necessárias, mas temos que pensar que de vez em quando temos que tomar fôlego. Mesmo reclamando nos corredores, Dilma, tenha a certeza de que nós sabemos que o que você vai fazer vai levar o país a um momento muito melhor. Faça o que tiver que fazer, porque por um erro desastroso nosso, quem vai sofrer é o povo mais humilde deste país", afirmou.
Ainda em discurso, o ex-presidente disse que "a quarta vitória eleitoral consecutiva do PT despertou os mais baixos instintos dos nossos adversários". "Vencemos, mas a luta está longe de acabar. Nossos adversários não podem dizer qual é o seu projeto, porque é antinacional. Só podem atacar o PT com a arma do ódio", afirmou.
Ao falar da operação Lava Jato, o ex-presidente afirmou que "é a repetição de um filme já conhecido". "Não há contraditório, não há direito de defesa. O julgamento é feito pela imprensa. Os condenados já estão escolhidos. Eles não estão preocupados com os enormes prejuízos à Petrobras e ao País. O que eles querem é criminalizar o PT e paralisar o País", afirmou.
Créditos: Tribuna Hoje

Dilma: "temos força para vencer o golpismo"

MujicaA presidente Dilma Rousseff foi a última a discursar durante o encontro de 35 anos do PT, que ocorreu, nesta sexta-feira (6), em Belo Horizonte, em Minas Gerais. Ela falou logo após um longo pronunciamento do ex-presidente Lula, que declarou apoio às medidas econômicas tomadas pelo governo. Antes dele, governadores petistas, o presidente da legenda Rui Falcão e o ex-presidente uruguaio, José Mujica, também discursaram. 
"O PT chega aos 35 anos, é um partido jovem, mas já inicia o seu quarto mandato presidencial, após 12 anos de transformação social. O Brasil é hoje um país muito melhor. É um país onde as pessoas deixaram a miséria, onde milhões de jovens entram na universidade, onde milhões de trabalhadores estão no mercado de trabalho com carteira assinada. Por isso, a nossa responsabilidade é imensa. Os brasileiros esperam que honremos a continuidade do que fizemos, mas também esperam que aprofundemos as transformações no Brasil, ampliemos a democracia. Nós não vamos ficar eternamente uma nação emergente. Os brasileiros esperam que trilhemos o caminho para uma nação desenvolvida, com mais oportunidades para todos", afirmou. 
"A história do PT é um roteiro. A gente pode acompanhar como um filme. Um roteiro de identificação com o povo brasileiro e sempre teve como base uma identificação com os movimentos populares, com os sindicatos, com os intelectuais, com as igrejas, com os que lutaram contra a ditadura e com os empresários progressistas do país", reforçou. 
Dilma frisa que pediu o voto aos brasileiros prometendo uma nova etapa de desenvolvimento para o país. "Dissemos que nossa proposta era uma política social baseada em novas oportunidades e uma política econômica em concordância com a política social", afirmou ela, destacando que, em 12 anos, os governos petistas "erradicaram a pobreza extrema do país". "Essa é a nossa prova. Ninguém tira isso de nós", ressalvou. 
Ela afirma que também prometeu uma nova etapa de desenvolvimento, com foco na educação e na necessária elevação da competitividade da economia. "Esse é o nosso compromisso, é o meu compromisso com o Brasil nos próximos 4 anos e eu vou tomar todas as medidas para construir um Brasil mais desenvolvido e menos desigual. É esse o nosso objetivo. Tudo que estamos fazendo tem o objetivo de manter e fortalecer o modelo de desenvolvimento que mostrou ser possível conciliar crescimento econômico, distribuição de renda e inclusão social", afirmou.
Dilma falou ainda que os ajustes que estão sendo feitos pelo governo são "necessários, para manter rumo e ampliar oportunidades, para ter força para priorizar todos os avanços sociais e econômicos". "As mudanças que as pessoas esperam dependem muito da estabilidade da nossa economia. Precisamos garantir o controle da inflação, das contas públicas, a geração de emprego e renda, que é o objetivo fundamental que nós temos", explicou. 
"Hoje a economia vem sofrendo os efeitos de dois choques: um é externo, da redução expressiva das taxas de crescimento do mundo. No plano interno, o Brasil sofreu um das piores secas dos últimos anos, que provocou choque no preço dos alimentos. Temos agora o problema da seca, surpreendentemente no Sudeste e não no Nordeste, o que teve um impacto no preço da energia", afirmou.
Dilma explicou ainda que é preciso promover um "reequilíbrio fiscal" para garantir o emprego e a renda. A presidente ressaltou que as medidas visam a preservar o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Pronatec, o Ciência Sem Fronteiras e as ações de combate à violência contra a mulher e de simplificação da burocracia para os pequenos empreendedores. "Vamos também executar uma nova carteira de obras de infraestrutura", prometeu. 
Ela ainda falou que não pode permitir que a "falsa versão" dos fatos. "Nós temos que travar a batalha da comunicação. Temos que levar nossa versão à opinião pública. Quando falarem que vamos mudar os direitos trabalhistas, digam que não é verdade, que jamais iremos retirar direitos. O nosso governo é dos trabalhadores", afirmou. Dilma também afirmou que está trabalhando para garantir o fornecimento de energia elétrica. "O povo votou em nós porque acredita em nós, em nossa honestidade de propósitos", afirmou. A presidente disse que irá propor ao Congresso alteração na lei para que o governo federal atue pela segurança pública.
Quanto à corrupção, Dilma frisou que irá manter, "sem transigir um só momento", o compromisso com o respeito ao dinheiro público, a autonomia da Polícia Federal e com o respeito à independência do Ministério Público. Sobre a Petrobras, a presidente disse que a estatal é a empresa mais estratégica para o país. "A que mais contrata e investe no país", destacou ela.
"Temos que ter orgulho da Petrobras. Não podemos aceitar que tentem tornam a Petrobras vergonha do Brasil. Não podemos permitir que diminuam a importância dela para o país e evitar que os fatos irregulares possam voltar a ocorrer", afirmou Dilma, frisando que manterá o modelo de partilha, a política de conteúdo nacional. "Vamos continuar acreditando na mais brasileira das empresas", ressaltou. "Temos que fechar as portas para a corrupção, mas não temos que fechar as portas para o crescimento, o desenvolvimento e o emprego. Os pescadores de águas turvas não vão acabar com o modelo de partilha e de conteúdo nacional", afirmou.
"Diante da crise sempre tivemos força para reagir. Nós somos capazes de reagir. Se a gente olhar para o futuro, vamos ver que nós temos uma força imensa, que é a nossa capacidade de sermos firmes, corajosos, eficazes diante do desafio e da dificuldade. Temos essa coragem política que faz com que a gente não desanime diante dos desafios. Cada um de nós deve agora colocar essa coragem política diante de si mesmo e dizer que nós não podemos vacilar, nem ter medo. Se tiver erro, aqueles que erraram que pague por eles. Mas temos que preservar a história deste partido e dos governos meu e de Lula", complementou. 
"Nós somos os melhores para vencer os desafios, porque escolhemos sempre e principalmente diante da crise o lado dos trabalhadores e do povo brasileiro. Quem tem um lado é sempre melhor. Temos lado e competência e vamos fazer. Se existe um partido credenciado para conduzir o Brasil num período difícil, sem revogar o direito dos trabalhadores, é o PT", disse. 
"Os que são inconformados com o resultado das urnas só tem medo de uma coisa: eles têm medo da democracia. Nós temos força para enfrentar e vencer os que buscar o retrocesso, para vencer o oportunismo e o golpismo, inclusive de forma dissimulada, Vamos vencer aqueles que não se conformam que os avanços sociais foram conquistados no nosso governo. Estamos juntos para vencer aqueles que tentam forjar catástrofes e querem aventuras", concluiu.
Créditos: Brasil 247