sábado, 14 de fevereiro de 2015

Governo desmente boatos de confisco da poupança

Ministério da Fazenda publicou nota, nesta sexta-feira (13), desmentindo boatos que têm circulado nas redes sociais, sobretudo no Whatsapp, de que haverá confisco da poupança ou de outras aplicações financeiras. Veja a nota na íntegra.O Ministério da Fazenda vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:
1. Não procedem as informações que estariam circulando pela mídia social de que haveria risco de confisco da poupança ou de outras aplicações financeiras;2. Tais informações são totalmente desprovidas de fundamento, não se conformando com a política econômica de transparência e a valorização do aumento da taxa de poupança de nossa sociedade, promovida pelo governo, através do Ministério da Fazenda.
Créditos: Blog do Planalto

São Paulo prepara plano de contingência para pior cenário de crise de água

São Paulo terá um plano de contingência para enfrentar a crise hídrica que atinge sobretudo a região metropolitana da capital. O anúncio foi feito ontem (13) pelo governador Geraldo Alckmin, após a primeira reunião do Comitê de Crise Hídrica, que reúne prefeituras, secretarias de governo, entidades não governamentais (ONGs), universidades e institutos de Defesa do Consumidor.

O plano era uma reivindicação dos prefeitos das cidades que são abastecidas pelos sistemas Cantareira e Alto Tietê, que têm a pior condição de reserva de água. A próxima reunião do grupo deve ocorrer em duas ou três semanas. De acordo com o governador, o documento será preparado para o pior cenário de regime de chuva a que se pode chegar neste ano. “Para o caso de precisar de um rodízio [no abastecimento de água], termos tudo mapeado, mas todos os esforços estão sendo feitos para superar a crise e o período seco”, disse Alckmin.

O cálculo do governo aponta como situação mais crítica uma afluência – entrada de água nos reservatórios – abaixo de 8 metros cúbicos por segundo (m3/s). Hoje, a demanda é de aproximadamente 14 3/s. O que faltaria de água – 6 m3/s – será providenciada, segundo o governador, por obras emergenciais que aumentariam a captação em outras reservas, como o Rio Guaió e as represas Guarapiranga e Rio Grande.

O plano vai prever, por exemplo, como deve ser feito o abastecimento de instituições que não podem prescindir do fornecimento de água, como escolas, hospitais e penitenciárias. Para o prefeito da capital, Fernando Haddad, um prazo adequado para apresentação do plano seria em torno de um mês. “O que nos foi apresentado hoje mostra que o pior cenário afasta a possibilidade de rodízio. Prepararemos tecnicamente um plano de contingência esperando não usá-lo.”

Os prefeitos, além de pedir a formação do comitê e a elaboração de um plano de contingência, querem a adoção de medidas de comunicação para manter a população informada. Alckmin não descartou a possibilidade de rodízio. “Isso é uma questão que avaliamos permanentemente, mas [no] fim de fevereiro, meio de março, vamos verificando. Todas as medidas já estavam sendo tomadas e agora, com o comitê técnico, serão integradas e ampliadas. Todo trabalho [será feito] para evitar o rodízio."

O secretário de Recursos Hídricos, Benedito Braga, disse que não há um percentual-limite no Cantareira que indique a necessidade de racionamento. “Não existe ainda esse gatilho. Vamos estudar com esse plano de contingência e, se for preciso adotar alguma medida mais restritiva do que da redução de pressão, vamos ver que tipo de medida vai ser adotada.”
Créditos: Agencia Brasil

Fumar causa mais doenças e mortes do que se imaginava

Um novo estudo acrescenta pelo menos cinco doenças e 60 mil mortes por ano ao mal causado pelo tabaco nos Estados Unidos. Antes do estudo, o fumo já era culpado por quase meio milhão de mortes por ano no país devido a 21 doenças, incluindo 12 tipos de câncer.
Os novos resultados são baseados em dados de saúde de quase 1 milhão de pessoas que foram acompanhadas por 10 anos. Além dos riscos conhecidos de câncer de pulmão, doenças arteriais, ataques cardíacos, doenças pulmonares crônicas e acidentes vasculares, os pesquisadores descobriram que o fumo também está associado a risco significativamente maior de infecção, doenças renais, doenças intestinais causadas por fluxo sanguíneo inadequado e doenças cardíacas e pulmonares antes não atribuídas ao tabaco.
Apesar das pessoas já serem bombardeadas com mensagens sobre os riscos de fumar, os pesquisadores dizem que é importante informar ao público que há ainda mais notícias ruins.
“A epidemia de fumo prossegue e há a necessidade de avaliar o quanto o fumo nos prejudica como uma sociedade, de apoiar os clínicos e as políticas de saúde pública”, disse Brian D. Carter, um epidemiologista da Sociedade Americana do Câncer e o primeiro autor de um artigo sobre o estudo, publicado no “The New England Journal of Medicine”. “Não é uma história encerrada.”
Em um editorial que acompanha o artigo, o dr. Graham A. Colditz, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em Saint Louis, disse que os novos resultados mostraram que as autoridades nos Estados Unidos subestimaram substancialmente o efeito do fumo sobre a saúde pública. Ele disse que os fumantes, particularmente aqueles que dependem do Medicaid (o seguro-saúde público para pessoas de baixa renda), não receberam ajuda suficiente para abandonar o fumo.
Cerca de 42 milhões de americanos fumam –15% das mulheres e 21% dos homens– segundo os Centros para Controle e Prevenção de Doenças. Pesquisa mostra que a taxa de mortalidade deles é duas ou três vezes mais alta do que o de pessoas que nunca fumaram e que, em média, eles morrem mais de uma década antes dos não fumantes. Os fumantes apresentam uma probabilidade mais de 20 vezes maior de morrerem de câncer de pulmão. Pessoas pobres e aqueles com menor escolaridade formal apresentam maior probabilidade de fumar.
Carter disse que foi inspirado a explorar mais a fundo as causas de morte de fumantes após dar uma olhada inicial em dados de cinco grandes pesquisas de saúde sendo realizadas por outros pesquisadores. Os participantes eram 421.378 homens e 532.651 mulheres com 55 anos ou mais, incluindo quase 89 mil fumantes. Como esperado, as taxas de mortalidade eram maiores entre os fumantes. Mas doenças conhecidas como causadas pelo tabaco foram responsáveis por apenas 83% das mortes a mais entre as pessoas que fumavam.
“Eu pensei, ‘Uau, isso é realmente baixo’”, disse Carter. “Nós temos esse grupo imenso. Vamos mais a fundo, lançar uma rede mais ampla e ver o que está matando os fumantes que nós ainda não sabemos.”
A pesquisa foi paga pela Sociedade Americana do Câncer e Carter trabalhou com cientistas de quatro universidades e do Instituto Nacional do Câncer.
O estudo foi observacional, o que significa que olhou para os hábitos das pessoas, como fumar, e notou as correlações estatísticas entre o comportamento delas e sua saúde. A correlação não prova causa e efeito, de modo que esse tipo de pesquisa não é considerada tão forte quanto experimentos nos quais participantes são designados aleatoriamente a tratamentos ou placebo e depois comparados. Mas as pessoas não podem ser eticamente instruídas a fumar para um estudo, de modo que muitos dados sobre os efeitos do fumo sobre as pessoas vêm de estudos observacionais.
Analisando as mortes entre os participantes de 2000 a 2011, os pesquisadores descobriram que, em comparação a pessoas que nunca fumaram, os fumantes apresentavam o dobro da probabilidade de morrer por infecções, problemas renais e males respiratórios antes não associados ao tabaco, e cardiopatia hipertensiva, na qual a pressão alta leva a insuficiência cardíaca. Os fumantes também apresentavam uma probabilidade seis vezes maior de morrer de uma doença rara causada por fluxo insuficiente de sangue nos intestinos.
Carter disse ter confiança nos resultados porque biologicamente faz sentido que essas condições estejam relacionadas ao tabaco. O fumo pode enfraquecer o sistema imunológico, aumentando o risco de infecção, ele disse. Também se sabe que ele causa diabete, pressão alta e doenças arteriais, que podem levar a problemas renais. A doença arterial também pode reduzir o fluxo de sangue aos intestinos. Danos no pulmão causados pelo fumo, combinados com o aumento da vulnerabilidade a infecções, podem levar a múltiplos males respiratórios.
As doenças antes estabelecidas como sendo causadas pelo fumo eram os cânceres de esôfago, estômago, cólon, fígado, pâncreas, laringe, pulmão, bexiga, rim, colo do útero, lábio e cavidade oral; leucemia mieloide aguda; diabete; doenças cardiovasculares; acidentes vasculares; aterosclerose; aneurisma da aorta; outras doenças arteriais; doenças respiratórias crônicas; pneumonia e gripe; e tuberculose.(Uol).
Créditos: Focando a Notícia

Petrobras sobe 10% em dois dias

O mercado trocou o sinal mostrado ao presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, nos momentos seguintes à sua posse, na semana passada. As reações de mau humor, com punição aos papeis da companhia, se transformaram nesta semana em sinais de confiança. A ponto de as ações terem se valorizado nada menos que 10% a partir da quinta-feira 12, retomando hoje o patamar dos R$ 10,00. Foram 4,52% na quarta 12 e mais 5,5% agora.
Os principais motivos para as altas estão no discurso e nas atitudes do próprio Bendine. Como ele anunciara, a Petrobras informou ontem que irá apresentar seu balanço auditado no final do mês de maio, com o apontamento das perdas com corrupção.
Antes do anúncio do balanço, certamente o dado mais aguardado pelo mercado, Bendine disse, em duas entrevistas, ao Jornal Nacional e ao Valor Econômico, que não irá abrir mão da política de conteúdo nacional. Foi o que o governo esperava que ele dissesse. Mas igualmente Bendine admitiu que o plano de investimentos da Petrobras já está em revisão e, ainda, que poderá, sim, ocorrer venda de ativos. Exatamente o que o mercado precisava saber.
Ao chegar a um, frágil ainda, mas ainda assim um ponto de equilíbrio entre o que o governo determina e o que os investidores desejam, Bendine começou bem sua missão. Apesar de ocorrências como a explosão  que matou cinco petroleiros, na costa do Espírito Santo, na quarta-feira 12, num navio-plataforma contratado pela estatal, a empresa passou a sua melhor semana na Bolsa de Valores em semanas.
O investidores sonhavam, antes da nomeação de Bendine, com nomes como Henrique Meirelles para o comando da estatal. Seria, sem dúvida, um presidente forte, com pegada suficiente para até mesmo descolar a Petrobras das orientações da presidente Dilma Rousseff, especialmente sobre a manutenção da política de conteúdo nacional. Mas, como demonstram as duas subidas em sequência, eles já começam a ver Bendine não como um inimigo ou aliado, mas um técnico que vai demonstrando saber o que está fazendo. Para uma empresa que está com sua credibilidade em risco, isso já é muita coisa.
Créditos: Brasil 247

América Latina enfrenta epidemia de obesidade após luta contra a fome

Paola Flores, que pede frango frito em um restaurante de comida rápida na capital da Colômbia, é um dos milhões de latino-americanos que lutam com a obesidade, uma epidemia que castiga a região mais duramente do que outras áreas em desenvolvimento no mundo.
Mais de 56% dos adultos latino-americanos estão acima do peso ou obesos, em comparação com uma média mundial de 34%, de acordo com um relatório do Instituto de Desenvolvimento do Exterior, divulgado no ano passado.
O problema crescente costuma afetar principalmente os mais pobres na sociedade, e traz o risco de sobrecarregar os sistemas de saúde pública da América Latina e reduzir os ganhos econômicos no longo prazo, dizem os especialistas.
“Comprar um combinado para a família de frango frito, batatas fritas e refrigerante pode alimentar a mim e meus três filhos a um preço que posso pagar”, disse Flores, uma secretária, que aguardava na fila.
Desde 1991, o número de pessoas que passam fome na América Latina caiu quase pela metade, de 68,5 milhões para 37 milhões em dezembro. Embora a região seja a única que está no caminho certo para atingir as metas da ONU sobre a redução da fome até 2015, muito menos atenção tem sido dada ao combate à obesidade.
Mais ricos, mais gordos
Na década passada, as economias de rápido crescimento impulsionadas pela expansão no consumo de matérias-primas, incluindo o México, Colômbia e Brasil, têm visto uma classe média em ascensão com um gosto por alimentos processados que são mais ricos em sal, açúcar e gordura.
Benefícios em forma de transferências monetárias, adotados por alguns dos governos de esquerda da região, particularmente o Brasil, fazem com que as pessoas tenham mais dinheiro para gastar com comida.
Os governos e os programas de nutrição agora precisam se concentrar em garantir que as pessoas comprem mais alimentos ricos em fibras e proteínas, tais como frutas e legumes, disseram autoridades da ONU.
“No passado, o principal problema que tínhamos na América Latina era a subnutrição. Nós tentamos enfatizar programas de alimentação escolar e suplementos para as famílias”, disse Yenory Hernandez-Garbanzo, encarregada de nutrição na Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO).
“Agora, temos de olhar para a foto maior. Estávamos alimentando essas famílias com uma grande quantidade de energia, mas não as ensinamos a ser equilibradas em suas dietas”, disse Yenory à Reuters.
Problema grave
A obesidade é a doença crônica que mais cresce, matando 2,8 milhões de adultos a cada ano. Condições relacionadas com a obesidade, incluindo diabetes e doenças do coração, agora causam mais mortes do que a fome, de acordo com o Fórum Econômico Mundial.
“A rápida elevação dos índices de obesidade na América Latina e no mundo traz enormes desafios sociais e coloca um grande fardo sobre os indivíduos afetados, bem como a economia e os sistemas de saúde pública no mundo”, disse Florencia Vasta, especialista na Aliança Mundial para Melhor Nutrição.
Segundo o Instituto Nacional do México para a Saúde Pública, o país enfrenta a crise de obesidade mais aguda da região, com 70% dos adultos com sobrepeso ou obesos. A obesidade custou à economia mexicana cerca de US$ 5,5 bilhões em 2008, disse Florencia. Se o problema não for solucionado, a previsão é que a cifra chegue a US$ 12,5 bilhões em 2017.
Costa Rica, Uruguai e Colômbia introduziram medidas para promover a alimentação saudável nas escolas, enquanto o Equador adotou controles na rotulagem de alimentos.
Especialistas dizem que uma das razões por que a obesidade é um problema tão grande na América Latina advém do poder das empresas multinacionais de alimentos e bebidas, em especial as dos Estados Unidos.
“Um dos maiores problemas aqui é a influência da indústria de alimentos”, afirmou a especialista em nutrição Melissa Vargas, da FAO. “Elas têm … um monte de influência política e dinheiro para a publicidade.”
Créditos: Focando a Notícia

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sem reflorestamento, ações de combate à seca não têm efeito

Sem um programa intensivo de reflorestamento, boa parte das ações para enfrentar a crise hídrica em São Paulo vai ter efeito reduzido, e o problema tende a se repetir com o passar do tempo, segundo afirmou a coordenadora da Aliança pela Água, Marussia Whateli, hoje (12), na Câmara Municipal, em reunião promovida pela Comissão de Meio Ambiente.
De acordo com um mapeamento por satélite feito pela Fundação SOS Mata atlântica, em parceria com Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), somente 21,5% da área que compreende o Sistema Cantareira contam com cobertura vegetal. Dos 5 mil quilômetros de extensão dos rios que formam o sistema, somente 1.190 quilômetros estão com a mata preservada. O entorno de outros reservatórios estão em situação semelhante e implicados em outros problemas, como a poluição na represa Billings.
“Nessas condições, uma área produtora de água tem muito menos condições de passar por um período de estiagem prolongado como o que estamos vivendo”, explica Marussia. Sem vegetação, a água infiltra menos no solo, reduzindo o volume de água nos lençóis freáticos, que alimentam nascentes. Além disso, sem mata ocorre erosão do solo, cuja terra vai para os rios e, consequentemente, para os reservatórios. Isso reduz a capacidade de armazenamento, além de tornar a região mais propícia a enchentes.
Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica, ressalta que os planejamentos estratégicos de saneamento, como o Plano de Ação da Macrometrópole Paulista, produzido pelo governo de São Paulo, não contam com propostas de reflorestamento. “Nós encaixotamos nossos rios, poluímos nossas águas, destruímos a mata. E só pensamos em buscar água cada vez mais longe. É claro que em algum momento ficaríamos sem água”, afirmou.
As ativistas fizeram suas ponderações após o professor e diretor do Centro Internacional de Referência em Reúso de Água da Universidade de São Paulo (USP) Ivanildo Hespanhol defender uma série de ações para enfrentar a crise, sobretudo voltadas ao tratamento de esgoto. Segundo ele, seria possível aumentar os atuais 16 metros cúbicos por segundo (m³/s) de esgoto tratado para 35m³/s sem realizar obras civis, somente com a mudança do sistema de filtragem atual para o sistema de membranas de ultrafiltração.
Prioritariamente, podemos ampliar o processo na estação de tratamento de esgoto de Barueri, dos atuais 4m³/s para 11m³/s. E levá-los para o Sistema Cantareira por uma rede de dutos que utilize o caminho do trecho Norte do Rodoanel Mário Covas. A obra toda levaria de dois a três anos”, explicou o professor.
Hespanhol defendeu que, com a ampliação do tratamento nas demais estações, essa água seja lançada nos reservatórios para posterior tratamento e fornecimento à população. E que ao longo do tempo o sistema pode ser melhorado, para que o esgoto seja tratado a ponto de ser potável novamente. “Temos tecnologia para produzir e certificar água potável. Em condições, inclusive, para fornecer à indústria farmacêutica, que exige um grau de pureza da água ainda maior do que para consumo humano”, afirmou.
O professor também propôs que sejam pensados sistemas de captação de água de chuva na região metropolitana, utilizando construções amplas como shoppings e estádios. Isso poderia garantir uma grande reserva de água, que poderia ser utilizada para consumo não potável. “Tem chovido intensamente na área urbana e essa água acaba correndo para os rios e córregos, que estão poluídos”, ponderou Hespanhol.
Já o professor doutor da Escola Politécnica da USP Nelson Rodrigues Nucci defendeu maior controle no adensamento populacional da região metropolitana de São Paulo, além de um efetivo controle de perdas na rede da Sabesp. Segundo ele, havendo controle da demanda, o aumento na oferta de água deve ser de 13 m³/s até 2035. Caso contrário, serão necessários mais 58 m³/s, o que levaria a uma insegurança hídrica ainda maior e à necessidade de se buscar água cada vez mais longe. Hoje a Sabesp produz 69 m³/s de água tratada para a região metropolitana.
CréditoS: Rede Brasil Atual

Porta-voz do impeachment Cássio é condenado na Justiça

Um dos principais defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral por crime eleitoral em razão dos excessivos gastos em publicidade no ano de 2006 quando era governador e disputou a reeleição.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou o processo no dia 5 de fevereiro e negou o recurso do parlamentar que pedia a anulação da condenação do TRE da Paraíba de 2010 pelo mesma irregularidade. Cunha Lima tinha sido condenado a pagar 100 mil UFIRs (R$ 106 mil).
Cássio havia recorrido ao TSE pedindo a reforma do acórdão e a improcedência da ação alegando a perda do objeto quanto ao pedido de inelegibilidade, uma vez que o prazo de três anos já teria sido cumprido. Já o PSDB, partido do senador, pediu a exclusão da multa ou sua redução. Ao analisar o caso, a ministra Maria Thereza entendeu que só havia a perda do objeto em relação ao prazo de inelegibilidade. “É fato que o transcurso do prazo da sanção de inelegibilidade, contado da data da eleição a que se refere, leva à perda do objeto da imputação”, escreveu ela em sua decisão.
Quanto a pagamento da multa, ela entendeu que a ação deve prosseguir. “A sanção de inelegibilidade teve como fundamento legal a prática de abuso, enquanto a multa teve como fundamento a prática de conduta vedada. Ressalto que não se aplica na hipótese destes autos a jurisprudência que considera a perda do objeto pela cumulatividade das penas, referente ao art. 41-A da Lei 9.504/97, caso em que decorrentes ambas as sanções da aplicação de um único dispositivo (que trata de captação ilícita de sufrágio), hipótese diversa da ora tratada”.
Na decisão, a ministra afirma que os R$ 22 milhões gastos nos primeiros seis meses do ano de 2006 superam em muito a média do período 2003-2006 do mandato do então governador.
Créditos: Brasil 247