quinta-feira, 5 de março de 2015

Beber muito e rápido causa colapso no corpo e pode até matar

Ingestão de álcool de forma exagerada afeta sistemas nervoso e respiratório. Universitário morreu em festa após ingerir grande quantidade de vodca.
O excesso de álcool no corpo pode afetar o funcionamento dos sistemas nervoso central e respiratório, que entram em colapso devido à grande quantidade da substância no sangue. Isso pode levar a pessoa ao coma alcoólico e até provocar a morte.
Neste fim de semana, o universitário Humberto Moura Fonseca morreu após ingestão excessiva de álcool em uma festa universitária em Bauru (SP). De acordo com testemunhas, ele teria bebido mais de 30 doses de vodca no evento, durante uma competição. Após passar mal, Fonseca foi socorrido por colegas, mas chegou ao pronto-socorro já sem vida.
Um vídeo divulgado na internet mostra a vítima tomando as doses da bebida com outros participantes da festa.
O médico Paulo Olzon, clínico da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), explica que o álcool desacelera o sistema nervoso central e, por isso, ocorre uma mudança de comportamento na pessoa logo após a ingestão de bebida. Ela acaba ficando mais alegrinha e descontraída, mas quando há moderação no consumo.
Quando a pessoa bebe rapidamente – caso do universitário da Unesp – a bebida é absorvida rapidamente pela parte digestiva, o que aumenta a concentração etílica no sangue.
“Não há tempo do organismo metabolizar aquele álcool e transformá-lo em gás carbônico [que sai do corpo pela respiração] e água [que sai pela urina]”, explica.
Por causa disso, uma área do cérebro afetada pelo efeito tóxico do álcool pode desligar funções vitais, como a que controla a respiração e o coração. Como consequência, pulmão e os batimentos podem param de funcionar.
Outra possibilidade é a pessoa sofrer uma queda de pressão ou tontura, o que pode provocar vômito. "Se ela aspirar esse vômito, ele entra nos pulmões, que ficam encharcados de álcool, e causa uma parada respiratória – que afeta diretamente os batimentos cardíacos".
“Se ela sobreviver a um episódio assim, pode ter consequências posteriores. O suco gástrico que entrou no pulmão tem efeito tóxico nas vias respiratórias e provoca lesões graves”, afirma o médico.
Olzon afirma que beber em excesso, “um arroubo da juventude”, é uma coisa extremamente séria. Ele explica que a ingestão de álcool deve ser intercalada com alimentos e água. “Esse quadro de competição não dá tempo da pessoa se hidratar. Por isso, é melhor não fazer”. Se a pessoa suar frio, ficar tonta e chegar a perder a consciência, deve ser levada imediatamente a um pronto-socorro para receber glicose na veia.(G1).
Créditos: WSCOM

Brasileiro inadimplente deve sete vezes a renda familiar em média

O consumidor brasileiro inadimplente deve, em média, R$ 21.676, já incluindo as multas e taxas cobradas pelo atraso. O valor representa 768% da renda familiar mensal dos entrevistados nesta situação, que é R$ 2.822, de acordo com pesquisa encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), feita em 27 capitais entre 1º e 8 de fevereiro.

O levantamento mostra que o brasileiro inadimplente está com o nome sujo há cerca de dois anos. Ele deve, em média, para 3,7 empresas, e contraiu as dívidas por meio de cartão de crédito e de lojas. O valor atual das dívidas é, em média, 70% maior que o seu valor inicial, que era R$ 12.776 (453% da renda familiar). "Por isso, o consumidor inadimplente deve negociar e pagar o que deve o mais rápido possível para que a dívida não se transforme em uma bola de neve", explica a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

A falta de planejamento no orçamento pessoal foi apontada por 48% dos entrevistados, entre consumidores inadimplentes e ex-inadimplentes, como a principal causa do não pagamento das contas. Somente depois aparecem perda do emprego (28%), diminuição da renda (21%) e atraso no pagamento de salário (17%). Segundo 61% dos consumidores inadimplentes, o não pagamento da fatura do cartão de crédito foi a razão para ficarem com o nome sujo. Em seguida aparecem os atrasos nas parcelas de cartões de loja (51%), no pagamento de empréstimos (31%) e de boletos bancários (37%), além de cheques sem fundo (20%) e deixar de pagar o cheque especial (18%).

De acordo com o levantamento, a tendência do consumidor no momento de cortar gastos, para pagar as dívidas, é reduzir as despesas com roupas e calçados (39%), lazer (38%), alimentação fora de casa (34%), salão de beleza (21%) e telefonia celular (21%). O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizaro, considera dois anos muito tempo para o brasileiro inadimplente quitar sua dívida. "Negociar a dívida rapidamente é muito mais vantajoso do que deixar os juros rolarem. A taxa média de desconto para negociação é 22% e chega a 69% para quem propõe pagamento à vista".
Créditos: Agencia Brasil

quarta-feira, 4 de março de 2015

Ferrovia Norte-Sul entra em operação comercial

O trecho entre Anápolis (GO) e Palmas (TO) da Ferrovia Norte-Sul (FNS), uma das principais obras ferroviárias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), entrou em operação comercial. Após a fase de testes de operação, duas locomotivas saíram do Pátio de Anápolis na última quinta-feira (26) com destino à Imperatriz (MA). O trecho começou a ser utilizado pela iniciativa privada já no novo modelo de venda de capacidade, marcando o início do livre acesso à infraestrutura ferroviária (open access).

O trecho Anápolis-Palmas, com 855 quilômetros, é o primeiro do país a operar sob as novas regras que promovem a quebra do monopólio das atuais concessionárias e permite que todas as empresas que cumpram requisitos técnicos e operacionais, estabelecidos em lei, tenham acesso à infraestrutura ferroviária em condições objetivas, transparentes e não discriminatórias. Pelo modelo anterior, as cargas transportadas nas ferrovias eram comercializadas pelas próprias concessionárias que estabeleciam seus preços.
Créditos: Gov. Federal

PT defende taxação de grandes fortunas

Ao término de reunião da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), na quinta-feira (26), em Brasília, o presidente do partido, Rui Falcão, declarou que deve ser retomada no Congresso Nacional a discussão para a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 130/2012, que institui o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF).
Apresentado por nove deputados do PT, ele institui o imposto previsto no inciso VII, do artigo 153, da Constituição Federal. Em razão da multiplicação do valor da renda mensal isenta de Imposto de Renda de Pessoa Física, em 2011, de R$ 1.499,15, o IGF incidirá sobre o excedente do valor do patrimônio líquido do contribuinte de R$ 11,99 milhões.
O PLP destina-se a corrigir uma disparidade tributária. Estima-se em cerca de 10 mil o número de famílias com grandes fortunas. Dessas, cinco mil, ou 0,02% dos declarantes, teriam um patrimônio equivalente a 40% do Produto Interno Bruto (PIB). Os autores do projeto estimam em R$ 6 bilhões a arrecadação total, no primeiro ano de aplicação do imposto. Para o vice-presidente do PT, Alberto Cantalice, é uma questão de justiça.
“A taxação sobre grandes fortunas é uma das formas de aumentar a arrecadação e ajudar a diminuir a concentração da renda e a desigualdade”, afirmou Cantalice em sua conta no Twitter.
Depois da reforma política, a tributária está entre as mais importantes. Uma das palavras que melhor descreve a distribuição da carga tributária bruta brasileira é: injustiça. Uma renda igual a dois salários mínimos é taxada em 53%, mas a taxação para uma renda superior a 30 salários mínimos é de 28%.
A alíquota incidente do PLP 130 é modesta, se comparada com Argentina, 1,3% e Uruguai, 6,3%, países que também taxam grandes fortunas. Caso o Brasil adotasse a alíquota da Argentina, o valor da arrecadação ultrapassaria os R$ 12 bilhões.
Esse valor representa mais de 60% dos R$ 18 bilhões que o governo pretende economizar, em 2015, com as mudanças previdenciárias e trabalhistas, e quase um terço dos R$ 45 bilhões necessários ao financiamento da Saúde.
Dos 124 países que apresentam informações atualizadas sobre distribuição de renda, o Brasil está atrás de 90% deles. Ou seja, 112 países apresentam uma distribuição de renda melhor. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU), entre 187 países pesquisados, o Brasil está em 84º lugar em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O IDH é ajustado segundo a desigualdade de renda.
De acordo com os autores da proposta, países como EUA e Alemanha, que haviam revogado a taxação sobre grandes fortunas, passaram a discutir sua reintrodução. Segundo a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), esse imposto é adotado pela maioria dos países desenvolvidos e é importante para o Brasil resgatar a justiça tributária e melhorar a distribuição de renda.
“É um imposto não regressivo, traz mais justiça tributária, porque impacta para altas rendas”, ressalta a senadora.
Créditos: Agencia PT

PGR envia ao Supremo lista com os nomes dos envolvidos na Operação Lava Jato

 A Procuradoria-Geral da República protocolou na noite de ontem (3), às 20h11, no Supremo Tribunal Federal (STF), a lista com pedidos de abertura de inquérito a fim de investigar pessoas suspeitas de envolvimento no caso de corrupção da Petrobras. Eles foram citados nos depoimentos da Operação Lava Jato.
Constam, no total, 54 nomes de investigados, e 28 pedidos de abertura de inquérito. Nem todos têm foro privilegiado. Além disso, foram feitos sete pedidos de arquivamento. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
Em depoimentos de delação premiada, prestados no Ministério Público Federal e na Polícia Federal, o doleiro Alberto Youssef citou nomes de autoridades com foro privilegiado, como deputados federais e senadores, que, segundo o doleiro, receberam doações em dinheiro oriundo do esquema de corrupção.
Para ter validade, a delação premiada aguarda homologação do ministro Teori Zavascki, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Supremo.
As informações prestadas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, por meio de delação premiada, também serão analisadas na formulação de denúncia dos envolvidos.
Créditos: Rede Brasil Atual

Caminhoneiros denunciam ser mantidos à força em protestos

Em vídeo divulgado no Facebook, na página “Polícia Rodoviária Federal–Operacional”, caminhoneiros acampados nas proximidades das cidades de Joinville e Maravilha, em Santa Catarina, denunciam serem mantidos em “cárcere privado” e impedidos de deixar os protestos que acontecem na região.
Segundo o chefe do Núcleo de Comunicação Social da PRF no estado, o  Luiz Graziano, abusos estão acontecendo. Os profissionais são obrigados a permanecer no movimento sob ameaças.
“Passamos a produzir os vídeos e encaminhar para a imprensa para mostrar a realidade de vários bloqueios, onde estão ocorrendo abusos nos quais são obrigados a permanecer no movimento sem as mínimas condições e muitas vezes ameaçados.”, conta.
De acordo com o policial, mais de 90% dos caminhoneiros mantidos em todos os bloqueios querem seguir viagem ou regressar para casa, mas são impedidos pelos líderes do movimento. A Polícia Civil do estado foi mobilizada para auxiliar nas investigações sobre o caso.
“Não querem fazer parte do movimento, estão com cargas perecíveis, com problemas em casa. Familiares e caminhoneiros nos procuraram. E a imprensa foi impedida da falar com os eles, só sendo permitida entrevistas com os líderes, que ninguém sabe quem são”, denuncia o policial rodoviário.
Segundo relato dos caminhoneiros, aqueles que tentaram furar os bloqueios tiveram seus caminhões apedrejados e foram forçados a retornar aos acampamentos.
“Isso aqui é uma prisão. Nós estamos presos”, afirma na gravação um dos trabalhadores, que reclama estar há 12 dias nessas condições.
“Dizem que está liberado, mas vem caminhonete e carro atrás e quebra (os caminhões)”, completa.
Na terça-feira (03), caminhoneiros realizam protesto em Brasília contra o aumento do preço do diesel.
Na véspera, a presidenta Dilma Rousseff sancionou sem vetos a Lei dos Caminhoneiros, que garante à categoria benefícios, como a anulação de multas por excesso de carga nas rodovias e concede acesso a programas de financiamento.
Créditos: Agencia PT

Contrabando dá prejuízo de R$ 100 bilhões por ano ao Brasil

O Brasil perde R$ 100 bilhões por ano com o contrabando de produtos. De acordo com o Instituto de Ética Concorrencial (Etco) e o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), esse é o prejuízo do país com sonegação e perdas de cada setor do comércio. Os números foram divulgados ontem (3) em Brasília. 
A ideia é que o dia 3 de março seja, a partir de agora, o Dia Nacional de Combate ao Contrabando, informou o Movimento em Defesa do Mercado Legal, formado por 70 entidades representadas pelo Etco e pelo FNCP. Para marcar o dia, houve ações em São Paulo, Brasília e Foz do Iguaçu, entre elas, a destruição de produtos contrabandeados e divulgação de quanto o contrabando custa aos cofres do país.

No ano passado, foram apreendidos R$ 515 milhões em cigarros contrabandeados. O produto é protagonista no cenário do contrabando no Brasil. Outros produtos, no entanto, também apresentam números significativos. No mesmo período, foram apreendidos R$ 151 milhões em eletrônicos, R$ 94 milhões em vestuário e R$ 55 milhões em óculos de sol. As entidades mostram ainda que a alta carga tributária no Brasil acaba sendo um obstáculo no combate ao contrabando. Enquanto no Paraguai os impostos giram em torno de 10% do valor dos produtos, no Brasil, as taxas são muito superiores.

De acordo com estudo da Etco e da FNCP, os óculos de sol no Brasil carregam 44% de seu preço em impostos e metade do valor cobrado por aparelhos de DVD é carga tributária. E, não à toa, os cigarros são campeões de contrabando. Consumidores preferem comprar cigarros vindos ilegalmente do Paraguai, em vez de pagar 70% do valor em impostos no cigarro brasileiro.

“Às vezes, a solução pode passar por uma reanálise da carga tributária. Às vezes, pode passar por um problema de esclarecimento público, de convocação dos brasileiros e dos agentes econômicos para um esforço de fazer com que as regras do jogo valham para todos”, disse o presidente da Etco, Evandro Guimarães. 
No Congresso, uma frente parlamentar está sendo criada para tratar a questão. De acordo com o deputado Efraim Filho (DEM-PB), já está sendo formulado um projeto de lei para aumentar a proteção à indústria e à produção nacionais. “Ainda em março, vamos protocolar um projeto de lei com foco na prevenção, com campanhas de advertência, fiscalização, para que os comerciantes estejam aptos a perceber esse novo momento.”

Para o presidente-executivo do FNCP, Edson Vismona, uma das providências mais urgentes é aumentar a fiscalização nas fronteiras. Tivemos esse tema discutido nas duas últimas campanhas para presidente. Todos têm consciência da importância da fronteira. Algumas ações são feitas, mas têm que ser mais constantes, permanentes, porque é assim que vamos sufocar a criminalidade.”
Créditos: Agencia Brasil