O Brasil terminou o mês de setembro com um superávit comercial positivo em US$ 2,944 bilhões. O resultado é o melhor para o mês desde setembro de 2011. Esse resultado reflete exportações de US$ 16,148 bilhões e importações de US$ 13,204 bilhões. Os números foram divulgados na tarde, desta quinta-feira (1º), em Brasília, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Em setembro do ano passado, a balança comercial brasileira havia registrado déficit de US$ 943 milhões. No acumulado entre janeiro e setembro de 2015, a balança comercial está positiva em US$ 10,246 bilhões, melhor resultado para o período desde 2012 No Rio de Janeiro, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, afirmou hoje que, em 2015, o saldo comercial ficará positivo em torno de US$ 15 bilhões. “Temos chance de fechar o ano com superávit em torno de US$ 15 bilhões, que é um resultado fantástico, pois, no ano passado, tivemos déficit de US$ 4,5 bilhões”, disse..
“Acho que seguramente teremos condições, no próximo ano, de gerar um superávit de mais de US$ 25 bilhões”, completou o ministro. Armando Monteiro participou, nesta quinta-feira, do "Almoço do Empresário", promovido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro. Convidado de honra do evento, ele discursou para mais de 200 empresários. O ministro reafirmou que o comércio exterior é um “caminho irrecusável em um momento como este, de retração da demanda interna”.
As exportações por fator agregado do mês passado alcançaram as marcas de US$ 7,163 bilhões entre os produtos básicos, US$ 6,330 bilhões nos manufaturados e US$ 2,277 bilhões nos semimanufaturados. Os cinco principais compradores foram: China (US$ 3,407 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,942 bilhão), Argentina (US$ 1,088 bilhão), Países Baixos (US$ 827 milhões) e Japão (US$ 389 milhões).
Entre os produtos básicos, cresceram no mês passado, em relação a setembro de 2014, as vendas de milho em grão (alta de 22,8%, somando US$ 580 milhões), soja em grão (elevação de 11,2%, para US$ 1,4 bilhão) e carne bovina (alta 3,7%, para US$ 437 milhões). Nos manufaturados, aumentaram as vendas de plataforma para extração de petróleo (de zero para US$ 394 milhões), tubos de ferro fundido, (alta de 55,1% para US$ 112 milhões), laminados planos (crescimento de 7,3% para US$ 203 milhões), óxidos e hidróxidos de alumínio (elevação de 16,4% para US$ 252 milhões), veículos de carga (alta de 15,7% para US$ 136 milhões) e aviões (crescimento de 8,4% para US$ 305 milhões).
Créditos: Portal Brasil
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
TCU decide julgar contas de Dilma na próxima semana
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu que as contas de 2014 do governo Dilma serão julgadas na próxima semana. Notícias vinculadas na imprensa nas últimas semanas indicam que a tendência é que o tribunal recomende ao Congresso a rejeição das contas da presidente Dilma Rousseff, devido a supostas irregularidades na gestão das contas públicas.
A oposição espera usar essa decisão como argumento jurídico para fundamentar um pedido de impeachment de Dilma, embora haja controvérsia entre juristas sobre isso ser ou não motivo suficiente para derrubar a presidente.
Em sessão realizada na tarde desta quarta-feira, o ministro-relator do caso, Augusto Nardes, disse que já concluiu a análise da defesa do governo e que distribuirá seu relatório na noite desta quinta. Cinco ministros presentes disseram que estavam prontos para votar a questão.
"Foram dadas todas as oportunidades para o governo fazer sua defesa. Foi dado um prazo muito elástico e a sociedade clama por uma decisão", afirmou Nardes. O relator insistiu que a sessão de julgamento fosse marcada para a próxima quarta-feira, o que gerou certo mal-estar com o presidente da sessão, ministro Aroldo Cedraz.
Cedraz disse que só marcaria a data definitiva após consultar dois ministros que estavam ausentes da sessão desta quarta, Bruno Dantas e Vital do Rêgo. Nardes reforçou que já havia conversado com os dois, mas o presidente do tribunal não cedeu aos apelos, embora a maioria dos ministros presentes tenha se manifestado em favor do relator. Diante de questionamento do ministro José Múcio, ele se comprometeu a colocar em votação na próxima semana, sem se comprometer com o dia. Leia mais em BBC Brasil.
Créditos: BBC Brasil
Prédios abandonados viram condomínios populares em São Paulo e no Rio de Janeiro
Criado com o objetivo de tornar a moradia acessível às famílias organizadas por meio de cooperativas habitacionais, associações e demais entidades privadas sem fins lucrativos, o Minha Casa Minha Vida- Entidades já ultrapassou a marca de 60 mil casas e apartamentos contratados, beneficiando quase 250 mil pessoas em todas as regiões do País.
Por meio desta modalidade, que permite a construção ou reforma de unidades, o programa de habitação popular tem contribuído para revitalizar áreas centrais das duas maiores metrópoles brasileiras. Dois empreendimentos em andamento, em São Paulo (SP) e no Rio de Janeiro (RJ), já são considerados casos de sucesso.
O primeiro é o Edifício Manoel Congo, na Cinelândia, no centro da capital fluminense, que abrigará 42 famílias. Abandonado por mais uma década, o antigo prédio comercial de dez andares já era ocupado por essas famílias antes de ter o seu direito de uso, como habitação popular, repassado ao Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM).
Gerida pela entidade e viabilizada pelo Minha Casa Minha Vida Entidades, a reforma total transformará 58 salas em 42 apartamentos com cinco plantas diferentes, de acordo com o tamanho das famílias. Um grupo de 23 moradores trabalha atualmente na obra, que termina em outubro.
Entre eles está Ronaldo Vicente, 47 anos. Treinado pelo MNLM, ele se tornou o marceneiro encarregado de reciclar portas e janelas, todas em madeira de lei, do prédio construído na década de 1920. As esquadrias serão aproveitadas nos novos apartamentos. "É uma alegria muito grande estar aqui porque estamos longe de drogas e armas que existem na comunidade", afirma ele.
Na capital paulista, o endereço não é menos nobre. O Edifício Ipiranga está situado no mesmo quarteirão em que se dá o encontro da Avenida Ipiranga, onde está o prédio, com a São João, imortalizado nos versos da canção Sampa, de Caetano Veloso.
120 famílias vão viver, contribuindo para os projetos de revitalização do centro de São Paulo (SP), cada vez mais ocupado por residências. Ansiosas, duas futuras moradoras fazem questão de visitar a obra, a assistente fiscal Cássia Carolina Gentile, 45, e a servidora pública estadual Flávia Carvalhaes, 32. Ambas elogiam a localização do condomínio em que irão viver a partir do ano que vem.
"Com a mudança para o Ipiranga, vou poder fazer o percurso para o trabalho a pé, sem a necessidade de transporte público", afirma Cássia Gentile, que comemora o ganho em qualidade de vida de morar no centro. "Ter a moradia é um direito e uma estabilidade conquistada para uma vida social mais justa", acrescenta.
Tanto em São Paulo quanto no Rio, os beneficiários do Minha Casa Minha Vida Entidades irão pagar prestações que vão variar entre R$ 25 e R$ 80. Um grande diferencial desta modalidade é que o processo conta com a participação das famílias beneficiadas na definição do projeto.
Os contratos com as entidades organizadoras são de autogestão em regime de mutirão ou de administração direta, no qual uma construtora é contratada pela organização para a execução da obra. Todos os critérios de seleção dos moradores seguem rigorosamente as regras estabelecidas pelo Ministério das Cidades.Fonte: Caixa Econômica Federal
Créditos: Portal Brasil
Por meio desta modalidade, que permite a construção ou reforma de unidades, o programa de habitação popular tem contribuído para revitalizar áreas centrais das duas maiores metrópoles brasileiras. Dois empreendimentos em andamento, em São Paulo (SP) e no Rio de Janeiro (RJ), já são considerados casos de sucesso.
O primeiro é o Edifício Manoel Congo, na Cinelândia, no centro da capital fluminense, que abrigará 42 famílias. Abandonado por mais uma década, o antigo prédio comercial de dez andares já era ocupado por essas famílias antes de ter o seu direito de uso, como habitação popular, repassado ao Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM).
Gerida pela entidade e viabilizada pelo Minha Casa Minha Vida Entidades, a reforma total transformará 58 salas em 42 apartamentos com cinco plantas diferentes, de acordo com o tamanho das famílias. Um grupo de 23 moradores trabalha atualmente na obra, que termina em outubro.
Entre eles está Ronaldo Vicente, 47 anos. Treinado pelo MNLM, ele se tornou o marceneiro encarregado de reciclar portas e janelas, todas em madeira de lei, do prédio construído na década de 1920. As esquadrias serão aproveitadas nos novos apartamentos. "É uma alegria muito grande estar aqui porque estamos longe de drogas e armas que existem na comunidade", afirma ele.
Na capital paulista, o endereço não é menos nobre. O Edifício Ipiranga está situado no mesmo quarteirão em que se dá o encontro da Avenida Ipiranga, onde está o prédio, com a São João, imortalizado nos versos da canção Sampa, de Caetano Veloso.
120 famílias vão viver, contribuindo para os projetos de revitalização do centro de São Paulo (SP), cada vez mais ocupado por residências. Ansiosas, duas futuras moradoras fazem questão de visitar a obra, a assistente fiscal Cássia Carolina Gentile, 45, e a servidora pública estadual Flávia Carvalhaes, 32. Ambas elogiam a localização do condomínio em que irão viver a partir do ano que vem.
"Com a mudança para o Ipiranga, vou poder fazer o percurso para o trabalho a pé, sem a necessidade de transporte público", afirma Cássia Gentile, que comemora o ganho em qualidade de vida de morar no centro. "Ter a moradia é um direito e uma estabilidade conquistada para uma vida social mais justa", acrescenta.
Tanto em São Paulo quanto no Rio, os beneficiários do Minha Casa Minha Vida Entidades irão pagar prestações que vão variar entre R$ 25 e R$ 80. Um grande diferencial desta modalidade é que o processo conta com a participação das famílias beneficiadas na definição do projeto.
Os contratos com as entidades organizadoras são de autogestão em regime de mutirão ou de administração direta, no qual uma construtora é contratada pela organização para a execução da obra. Todos os critérios de seleção dos moradores seguem rigorosamente as regras estabelecidas pelo Ministério das Cidades.Fonte: Caixa Econômica Federal
Créditos: Portal Brasil
Cunha tem conta secreta na Suíça, afirma Janot
Brasília 247 – Agora é oficial: por meio de nota divulgada ontem (30), a Procuradoria-Geral da República, comandada por Rodrigo Janot, confirmou que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e seus familiares possuem contas secretas na Suiça, cujos valores foram bloqueados pelas autoridades helvéticas.
"As informações do MP da Suíça relatam contas bancárias em nome de Cunha e familiares. As investigações lá iniciaram em abril deste ano e houve bloqueio de valores", diz a nota do MP.
Com a denúncia, Cunha, que já foi citado por cinco delatores da Operação Lava Jato, perde as condições de se manter à frente da Câmara.
LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DA PGR:
“O Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil, nesta quarta-feira, 30 de setembro, os autos da investigação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A transferência da investigação criminal foi feita por meio da autoridade central dos dois países (Ministério da Justiça) e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aceitou a transferência feita pelo MP suíço.
As informações do MP da Suíça relatam contas bancárias em nome de Cunha e familiares. As investigações lá iniciaram em abril deste ano e houve bloqueio de valores. Os autos serão recebidos pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) e posteriormente serão remetidos à PGR.
Por ser brasileiro nato, Eduardo Cunha não pode ser extraditado para a Suíça. O instituto da transferência de processo é um procedimento de cooperação internacional, em que se assegura a continuidade da investigação ou processo ao se verificar a jurisdição mais adequada para a persecução penal.
Com a transferência do processo, o estado suíço renuncia a sua jurisdição para a causa, que passa a ser do Brasil e de competência do Supremo Tribunal Federal, em virtude da prerrogativa de foro do presidente da Câmara. Este é o primeiro processo a ser transferido para o STF a pedido da Procuradoria-Geral da República e o segundo da Operação Lava Jato. A primeira transferência de investigação foi a de Nestor Cerveró para Curitiba.” G1.
Créditos: Portal Brasil 247
Jovens negros e pobres são maioria entre vítimas de chacinas
Por volta das 23h do dia 18 de abril deste ano, três pessoas armadas entraram na sede da torcida organizada do Corinthians (Pavilhão 9), na zona oeste da capital, logo após um churrasco. Doze torcedores ainda estavam no local. Quatro deles conseguiram fugir, mas os demais foram obrigados a se ajoelhar e a deitar no chão. Todos foram executados. Sete morreram no local. A oitava vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.
Todas as vítimas dessa chacina tinham entre 19 e 38 anos. Em entrevista à Agencia Brasil, o parente de um dos torcedores assassinados, que pediu para não ser identificado por medo de retaliação, disse que o jovem era estudante e trabalhador.
“Não tinha nenhum tipo de vício. A única coisa que ele gostava de fazer era torcer para um time de futebol”, disse. O jovem assassinado também não tinha passagem pela polícia. “E mesmo que eles [as vítimas] não estivessem trabalhando ou que estivessem fazendo bico. A coisa é o seguinte: por que está desempregado tem que morrer? Por que já passou pela polícia tem que morrer? E esses 19 que foram mortos lá em Osasco e que nem passagem tinham?”, questionou.
A maioria das vítimas das chacinas ocorridas em São Paulo é jovem e mora na periferia, segundo representantes do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e da Defensoria Pública de São Paulo ouvidos pela Agencia Brasil. Na chacina de Carapicuíba, por exemplo, ocorrida no dia 19 de setembro, três dos quatro mortos tinham menos de 18 anos: dois deles tinham 16 e um, 17 anos. Já nas chacinas de Osasco e de Barueri, do dia 13 de agosto, as vítimas tinham entre 15 e 41 anos.
“Existe um estereótipo. Geralmente [as vítimas] são pobres, de cor negra e jovens. E tem também estereótipo de linguagem e de comportamento coletivo. Isso tem chamado muito a atenção: a padronização da vítima”, disse Rildo Marques, presidente do Condepe.
Segundo a defensora pública Daniela Skromov de Albuquerque, as vítimas ou os parentes das vítimas são pessoas “traumatizadas com as ações do Estado”.“São pessoas já massacradas pela vida periférica que levam. E mais massacradas ainda pelo poder letal. É completamente enlouquecedor você passar uma vida ouvindo que a polícia serve para proteger, brinca de polícia e bandido, paga os impostos e, de repente, o imposto que você paga financiou a bala que matou o seu filho. Ou as balas, porque são várias”, disse Daniela.
Débora Maria da Silva, que perdeu o filho na onda violenta de maio de 2006 no estado e ajudou a fundar o movimento Mães de Maio, diz que as vítimas das chacinas ou da violência policial são pessoas como seu filho: “pobre, preto e periférico”. A questão da pobreza, segundo ela, tem um grande peso na “seleção” feita pelos executores. “Há brancos dos olhos azuis assassinados, mas eles não têm um CPF com conta bancária robusta. Matam aqueles que não tem acesso à Justiça”, disse.
Um levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz com base em dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação junto à Secretaria de Segurança Pública revelou que as vítimas de chacinas são ainda mais jovens que as de homicídios praticados no estado de forma geral. “Entre as vítimas em chacinas temos quase 28% delas na faixa entre 15 e 19 anos e, comparado com homicídio normal, esse número não chega a 8%”, disse Bruno Langeani, coordenador do instituto.
Ainda segundo o levantamento, a maioria das vítimas é do sexo masculino. “Olhando geograficamente, vemos que, infelizmente, grande parte das chacinas acontece nas periferias da capital e também há uma concentração na Grande São Paulo”, acrescentou.
O perfil das vítimas já havia sido constatado por um levantamento feito pela Defensoria Pública em 2012, ano em que foram registrados numerosos casos de chacinas devido a retaliações entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e policiais. Entre maio e dezembro daquele ano, período analisado pela Defensoria com base em matérias publicadas pela imprensa, ocorreram 610 mortes possivelmente relacionadas com o que eles chamaram de “onda de violência”. Desse total, 86% das vítimas eram do sexo masculino e grande parte delas tinha entre 20 e 40 anos de idade.
Leia mais na Agencia Brasil. Foto:Terra
Créditos: Agencia Brasil
Todas as vítimas dessa chacina tinham entre 19 e 38 anos. Em entrevista à Agencia Brasil, o parente de um dos torcedores assassinados, que pediu para não ser identificado por medo de retaliação, disse que o jovem era estudante e trabalhador.
“Não tinha nenhum tipo de vício. A única coisa que ele gostava de fazer era torcer para um time de futebol”, disse. O jovem assassinado também não tinha passagem pela polícia. “E mesmo que eles [as vítimas] não estivessem trabalhando ou que estivessem fazendo bico. A coisa é o seguinte: por que está desempregado tem que morrer? Por que já passou pela polícia tem que morrer? E esses 19 que foram mortos lá em Osasco e que nem passagem tinham?”, questionou.
A maioria das vítimas das chacinas ocorridas em São Paulo é jovem e mora na periferia, segundo representantes do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e da Defensoria Pública de São Paulo ouvidos pela Agencia Brasil. Na chacina de Carapicuíba, por exemplo, ocorrida no dia 19 de setembro, três dos quatro mortos tinham menos de 18 anos: dois deles tinham 16 e um, 17 anos. Já nas chacinas de Osasco e de Barueri, do dia 13 de agosto, as vítimas tinham entre 15 e 41 anos.
“Existe um estereótipo. Geralmente [as vítimas] são pobres, de cor negra e jovens. E tem também estereótipo de linguagem e de comportamento coletivo. Isso tem chamado muito a atenção: a padronização da vítima”, disse Rildo Marques, presidente do Condepe.
Segundo a defensora pública Daniela Skromov de Albuquerque, as vítimas ou os parentes das vítimas são pessoas “traumatizadas com as ações do Estado”.“São pessoas já massacradas pela vida periférica que levam. E mais massacradas ainda pelo poder letal. É completamente enlouquecedor você passar uma vida ouvindo que a polícia serve para proteger, brinca de polícia e bandido, paga os impostos e, de repente, o imposto que você paga financiou a bala que matou o seu filho. Ou as balas, porque são várias”, disse Daniela.
Débora Maria da Silva, que perdeu o filho na onda violenta de maio de 2006 no estado e ajudou a fundar o movimento Mães de Maio, diz que as vítimas das chacinas ou da violência policial são pessoas como seu filho: “pobre, preto e periférico”. A questão da pobreza, segundo ela, tem um grande peso na “seleção” feita pelos executores. “Há brancos dos olhos azuis assassinados, mas eles não têm um CPF com conta bancária robusta. Matam aqueles que não tem acesso à Justiça”, disse.
Um levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz com base em dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação junto à Secretaria de Segurança Pública revelou que as vítimas de chacinas são ainda mais jovens que as de homicídios praticados no estado de forma geral. “Entre as vítimas em chacinas temos quase 28% delas na faixa entre 15 e 19 anos e, comparado com homicídio normal, esse número não chega a 8%”, disse Bruno Langeani, coordenador do instituto.
Ainda segundo o levantamento, a maioria das vítimas é do sexo masculino. “Olhando geograficamente, vemos que, infelizmente, grande parte das chacinas acontece nas periferias da capital e também há uma concentração na Grande São Paulo”, acrescentou.
O perfil das vítimas já havia sido constatado por um levantamento feito pela Defensoria Pública em 2012, ano em que foram registrados numerosos casos de chacinas devido a retaliações entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e policiais. Entre maio e dezembro daquele ano, período analisado pela Defensoria com base em matérias publicadas pela imprensa, ocorreram 610 mortes possivelmente relacionadas com o que eles chamaram de “onda de violência”. Desse total, 86% das vítimas eram do sexo masculino e grande parte delas tinha entre 20 e 40 anos de idade.
Leia mais na Agencia Brasil. Foto:Terra
Créditos: Agencia Brasil
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
SP atinge menor número de mortes no trânsito em dez anos
A cidade de São Paulo registrou queda de 19% nas mortes em acidentes de trânsito nos primeiros seis meses deste ano, atingindo o menor número em uma década. O balanço divulgado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) indicou uma diminuição de 637 para 519 mortes –na comparação de 2014 e 2015, entre janeiro e junho.
O prefeito atribuiu o índice a sua politica de trânsito, com a implantação de faixas de pedestres, lombadas eletrônicas, áreas com limite de 40 km/h e a rede de ciclovias. "Mortes no trânsito caem 18,5% no 1º semestre na cidade de SP. 118 vidas salvas. Mortes de ciclistas caíram 46%", postou Haddad em sua conta no Twitter.
Créditos: Brasil 247
Petrobras aumenta os preços da gasolina em 6% e do diesel em 4%
A Petrobras informou, na noite desta terça-feira (29), que decidiu reajustar os preços de venda de seus combustíveis nas refinarias. Os reajustes são de 6% na gasolina e de 4% no óleo diesel.
Os aumentos já valem a partir desta quarta-feira (30) e são em valores médios no Brasil. “Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado não incluem os tributos federais CIDE e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS”, especificou a estatal em nota.
A recomposição de preços é uma estratégia da companhia para recuperar sua situação financeira e permitir que possa manter os investimentos previstos.
Créditos:Agencia Brasil
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