terça-feira, 6 de outubro de 2015

Porco nasce com cabeça semelhante a um ser humano

Um fato inusitado chamou a atenção dos moradores do sítio Lagoa do Mato, zona rural do município de Cachoeira dos Índios, no Sertão da Paraíba. Uma porca deu à luz a um filhote com uma face muito parecida com a de um humano. Ele já nasceu sem vida.

O proprietário da fazenda afirmou que ficou surpreso ao avistar o porco com a cabeça em formato de um ser humano. Além disso, a boca e o nariz também eram semelhantes aos de uma pessoa. Como o animal tem uma aparência bastante incomum, especialistas estão estudando o caso para descobrir o que causou mudança na face do filhote.(Diário do Sertão).
Créditos: WSCOM

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Papa diz que Igreja é local para o progresso

O papa Francisco disse hoje (5) que a Igreja “não é um museu”, mas um local para o progresso, dirigindo-se aos 360 participantes do Sínodo dos Bispos, no início de três semanas de debates. Ele pediu espírito de “solidariedade, coragem e humildade” no momento em que a Igreja Católica vai abordar temas sensíveis,como a comunhão para divorciados que voltam a se casar e a homossexualidade.

A Igreja “não é um museu para manter ou preservar. É um lugar onde o povo santo de Deus avança”, declarou o papa. Na missa de abertura do sínodo nesse domingo, o papa defendeu o casamento e os casais heterossexuais, mas também insistiu em que a Igreja deve ter “as portas abertas para receber todos os que a procuram”.

A 14ª Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, que ocorre até o dia 25 no Vaticano, tem como temas centrais os desafios, a vocação e a missão das famílias católicas no mundo atual, analisados ao longo de 147 artigos do documento de trabalho, apresentado em junho à imprensa.
Créditos: Agencia Brasil

Agricultores expostos a agrotóxicos ignoram risco de morte e doenças graves

Nas planícies do Rio Grande do Sul, onde predominam as monoculturas mecanizadas de soja, milho e trigo, o uso de agrotóxicos é intenso. Ali, centenas de tipos de venenos sistematicamente pulverizados nas plantações circulam livremente pelo ar, sendo carregados para longe pelos ventos, chegando até os quintais das casas localizadas nos perímetros urbanos. 
A contaminação vai além dos trabalhadores rurais: atinge a população da área rural e também das pequenas cidades, o que praticamente anula os esforços individuais de produtores que optam pela produção livre de intervenções químicas.
"De nada adianta um agricultor ou outro evitar usar agrotóxicos ou usá-los de forma racional; todos estão sob risco intenso de contaminação", avalia o promotor de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul em Catuípe, Nilton Kasctin dos Santos.
Conferencista na área de meio ambiente e autor de artigos em diversas publicações, entre elas a Revista de Direito Ambiental, o promotor explica que todos esses agrotóxicos interagem entre si, potencializando o risco à saúde e ao meio ambiente.
"O fungicida Authority (fabricado pela FMC Corporation), por exemplo, segundo sua própria bula, tem 'meia vida de um ano'. Isso quer dizer que após um ano de sua aplicação na lavoura, metade do veneno não se degradou e continua ativa no ambiente. E durante esse ano foram aplicados dezenas de outros venenos, alguns com meia vida muito maior. Imagine esse coquetel de fungicidas, inseticidas e herbicidas interagindo entre si, com o ar, a água e o solo", diz.
É nesse ambiente, segundo ele, que vivem todos os agricultores do Rio Grande do Sul e da maior parte do Brasil. O mais perverso, conforme diz, é que praticamente 100% dos agricultores que manuseiam os venenos são analfabetos funcionais. Lidam com essas substâncias sem saber sobre sua formulação química.
"Mesmo lendo a bula, o rótulo e a receita agronômica, não conseguem entender o significado do que está escrito ali e dos riscos a que estão expostos, às graves consequências para a própria saúde e do meio ambiente. Na região de Ijuí, é raro ver um agricultor usando equipamento de proteção individual enquanto pulveriza a lavoura".
Para piorar a situação, os agrônomos, técnicos, comerciantes e fabricantes não chamam agrotóxicos pelo nome, nem os mais perigosos. Referem-se a eles como "agroquímico", "defensivo agrícola", "molécula", "material", "produto", "princípio ativo", "remédio" e até mesmo "tratamento". "Dessa maneira, os trabalhadores ficam despreocupados, totalmente alheios ao risco a que estão submetidos. O correto seria orientar sobre os riscos e que agrotóxico mata".
Pela sua experiência de mais de uma década na fiscalização de irregularidades praticadas por aplicadores de agrotóxicos, Santos afirma, categoricamente, que nas regiões de plantações de alimentos não há mais local livre do perigo de contaminação por agrotóxicos. Segundo ele, o herbicida 2.4-D – proibido na maior parte do mundo, mas largamente usado no Brasil –, se propaga pelo ar por centenas de quilômetros.
"Não respeita quebra-vento, morro, floresta, muralhas, casas ou prédios. É um gás realmente incontrolável, um veneno altamente volátil, que fez parte do coquetel mortífero denominado "agente laranja", usado pelos americanos na guerra do Vietnan para dessecar as florestas", diz.
"Ficamos estarrecidos com as notícias sobre as consequências trágicas que até hoje esse veneno perigoso provoca na comunidade vietnamita atingida, mas achamos natural que os agricultores utilizem cada vez mais 2.4-D bem do nosso lado. E ainda misturado a outros venenos perigosos, como o Gramoxone e Helmoxone, com princípio ativo Paraquat, até pouco tempo proibido no RS. "É mesmo de se concluir, sem medo de errar, que a situação dos agricultores é extremamente grave, digna de decretação de estado de calamidade pública. Mas sequer preocupa os governantes e a própria sociedade".
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), o modelo de produção agrícola baseado no monocultivo em grandes extensões de terra, com uso intensivo de agrotóxicos, predomina em praticamente todo o país. Até mesmo no Nordeste, em grandes áreas com cultivo de frutas voltado à exportação. Poucas regiões, como a caatinga, por suas características de solo e clima, ainda estão fora desse mapa.
Assim como o meio ambiente sofre, com o solo, os rios e lençóis freáticos contaminados pelos venenos usados na agricultura, os trabalhadores adoecem pela exposição aos venenos sem equipamento de proteção, ou em acidentes que ocorrem na manipulação mesmo que eles usem roupas de proteção, e se alimentando com alimentos que recebem venenos", diz o secretário de Políticas Sociais da entidade, José Wilson Gonçalves. 
Apesar da força da bancada do agronegócio no Congresso Nacional, a Contag acredita que é possível mudar, aos poucos, essa situação. Entre as ações das quais participa, estão grupos de trabalho no Ministério da Saúde e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que discutem estratégias para reduzir o apoio governamental às políticas que privilegiam o agronegócio e todos os males trazidos por esse modelo de produção.
"O Ministério precisa atuar nessa questão, tem de ter estratégia de punição para o excesso de venenos e tributar empresas que poluem o meio ambiente e adoecem as pessoas. E a Anvisa deve regulamentar politicas de fiscalização mais intensa para coibir a produção agrícola com uso excessivo de agrotóxicos", afirma.
Para Gonçalves, são necessárias normas mais duras. Para começar, proibir o uso de venenos que já estão proibidos em outros países e dificultar a entrada desses venenos de maneira irregular. "É preciso também taxar esses venenos, ter impostos. No Ceará, por exemplo, não há cobrança de impostos na comercialização de agrotóxicos. Lá se paga impostos, é mais caro comprar comida do que agrotóxicos".
A Contag defende a implementação, de fato, da Política Nacional de Agroecologia. "Precisamos sair de um modelo tao agressivo à saúde. Esperamos que possamos concluir os trabalhos para aprovar regras mais rígidas. O Ministério precisa definir taxações dessas empresas de agrotóxicos para financiar a saúde. Já que estão lucrando com a produção de comida que adoece, têm de financiar o SUS".

Governo pedirá afastamento de relator de contas no TCU

O governo federal encaminhará nesta segunda-feira (5 de outubro) ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma arguição de suspeição relativa à condução da relatoria do processo de julgamento das contas relativas a 2014. Em entrevista coletiva neste domingo (4), o ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, afirmou que o relator do processo no TCU, ministro Augusto Nardes, tem manifestado publicamente sua opinião antes do julgamento pelo plenário, o que coloca o julgamento em suspeição, e torna necessário o afastamento do relator.

“Ele está conduzindo o processo em desfavor de uma parte, contra uma parte. Isso é vedado na lei. E portanto está em uma situação que o impede, inclusive, de participar do julgamento. Quando ele diz que o ‘TCU vai fazer história com a rejeição das contas’, ele está exatamente indicando essa intenção. Ele declara isso no momento em que as análises estão sendo feitas ainda, que não foram concluídas, está antecipando o voto, antecipando posição. Ao ministro é vedado falar sobre o processo e é o que ele fez reiteradamente”, disse Adams. 

Segundo o ministro, a Lei Orgânica da Magistratura e o próprio regimento interno do TCU vedam este tipo de conduta. O objetivo do governo é garantir que o julgamento das contas siga um parâmetro técnico e balizado pela lei. Segundo o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que também participou da coletiva, o TCU não pode conduzir um julgamento político de uma questão que é técnica.

“A aprovação das contas de qualquer governo é eminentemente técnica, baseado em lei. Uma questão que envolve interpretação da lei e das decisões econômicas baseadas em lei”, afirmou. Barbosa reiterou ainda que, no entendimento do governo, todas as medidas que foram tomadas pelo governo no repasse de verbas para os bancos públicos – uma das principais questões em análise –, foram estritamente dentro da jurisprudência estabelecida pelo próprio TCU.

“Reafirmamos nossa posição. Todas as medidas que estão em análise pelo TCU foram feitas de nossa parte com amparo legal. Seguiram o entendimento da legislação em vigor, o entendimento que foi aplicado na análise de contas de todos os outros anos anteriores. Os pontos indicados podem ser objetos de aperfeiçoamento, já estão sendo. Isso é feito sempre para a frente”.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que também participou da entrevista coletiva, ressaltou que a arguição de suspeição a ser encaminhada pelo governo visa que o processo que está sendo julgado siga estritamente o que processo legal. “O governo respeita profundamente o TCU e todos os seus membros, sem exceção. Tem um papel importante no combate à improbidade. O governo sempre teve uma harmônica relação com o tribunal”, disse. 

Contudo, disse considerar “lamentável a postura de alguns setores que querem fazer desse cenário de julgamento técnico, um cenário de disputa política”. “O Brasil é um país de institucionalidade forte”, anotou. Cardoso afirmou também que o governo tem absoluta convicção que não há motivos ou justa causa para a rejeição das contas.
Créditos: Portal Brasil

Apesar dos muitos partidos, pouca ideologia é vista

Nas eleições municipais do próximo ano, 35 partidos vão estar na disputa, três deles criados este mês. Historicamente, no ano que antecede os processos eleitorais é aberta a temporada de criação de novos partidos. Em uma década, entre 2005 e este ano, 11 partidos foram criados no país. Sem qualquer ideologia ou representatividade entre segmentos da sociedade, as legendas servem muito mais para atender aos interesses pessoais dos seus dirigentes.
Desde 1979, com o fim do bipartidarismo, as siglas se proliferam. Nas eleições gerais de 1982, apenas quatro dos partidos hoje existentes disputaram o pleito (PMDB, PTB, PDT e PT). Trinta e três anos depois, o número de legendas que vão disputar as eleições chega a 35. Durante o período em que o bipartidarismo esteve em vigor, entre 1966 e 1979, existiam apenas o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido dos militares. Algumas siglas não sobrevivem por muito tempo. Um dos casos mais emblemáticos é do PRN, que elegeu Fernando Collor presidente em 1989 e foi extinto em 2001.
Verbas do fundo partidário, poder de barganha com outros partidos e chances de mudar de siglas sem problemas de infidelidade partidária são alguns dos atrativos que impulsionam políticos a tentar criar novas siglas ou aderir a uma delas. Para participar das eleições do próximo ano, o partido precisava estar registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um ano antes do pleito.
Nas eleições do próximo ano, três partidos novatos entrarão na disputa: Partido Novo (Novo), Rede Sustentabilidade e Partido da Mulher Brasileira (PMB). A criação do Partido Novo foi aprovada pelo TSE no dia 15 de setembro, já a criação do Rede Sustentabilidade foi aprovado no dia 22 e o último partido a conseguir aval da Justiça Eleitoral foi o PMB, no dia seguinte.
Pela legislação, para ser instituído, o partido necessita comprovar no TSE o apoio mínimo de 0,5% dos votos dados para a Câmara dos Deputados na última eleição geral, o que hoje corresponde a 486.679 eleitores. No processo eleitoral de 2014, entraram na disputa pela primeira vez o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e o Solidariedade (SD). Na Paraíba, o deputado federal Benjamin Maranhão foi eleito pelo Solidariedade após deixar o PMDB.
Para o cientista político Fábio Machado, o elevado número de novos partidos chega a ser quase um caos. Ele afirma que no Brasil há uma grande fragmentação de partidos sem representação ideológica ou social, legendas criadas apenas para alcançar resultados positivos nas urnas. “Precisamos do fortalecimento dos partidos, sem a proliferação inescrupulosa e distanciamento da sociedade, visando exclusivamente o resultado eleitoral. 
A gente percebe que o importante é garantir a reeleição e se for necessário, para alcançar resultado positivo são criados até 50 partidos”, avaliou. No mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve válidas as regras que dificultam a criação e fusão entre partidos. As regras foram alteradas pela lei nº 13.107/2015. O texto dispõe que somente eleitores que não sejam filiados a nenhuma agremiação poderão apoiar a criação de uma nova sigla. Além disso, a lei exige tempo mínimo de cinco anos de existência oficial do partido para que ele possa se fundir com outras legendas.
A ministra Cármen Lúcia destacou que um dos chamarizes para a criação de tantos partidos é o fundo partidário. “Formalizam-se agremiações intituladas partidos políticos sem qualquer substrato eleitoral. Essas legendas habilitam-se a receber parcela do fundo partidário e disputam tempo de TV, não para difundir ideias e programas, mas muitas vezes para obter vantagens, em especial para seus dirigentes”.
Créditos: Focando a Notícia

Medicamentos para asma podem prejudicar crescimento em crianças

Segundo a pesquisa, liderada por Antti Saari, da University of Eastern Finland, as crianças que fizeram uso dos corticoides inalados (ICS) para o tratamento da asma tiveram prejuízos no crescimento. Estudos anteriores já haviam relacionado o uso desse tipo de remédios com limitações no crescimento. Especialistas reforçam que essa pesquisa serve para ressaltar a importância de se ter cuidado redobrado ao receitar corticoides para crianças muito pequenas.
A organização Asthma UK, porém, afirmou que corticoides inalados têm um papel crucial no controlo dos sintomas da asma na infância - especialmente para diminuir o número de vezes que as crianças precisam de ser levadas ao hospital por causa de crises.
O principal tratamento para a asma é feito com corticoides inalados que podem ser encontrados em medicamentos com inaladores - mas também são conhecidos por causar efeitos colaterais em algumas pessoas. A recomendação dos médicos é que crianças que costumam tomar corticoides inalados para o tratamento da asma devem ter um acompanhamento rígido e frequente de peso e altura todos os anos para observar qualquer sinal de crescimento reduzido.
Como líder do estudo, Saari explicou que a sua equipa analisou as informações sobre altura dos pais das crianças, assim como os dados do peso delas e a quantidade de medicamento para asma tomavam para calcular o crescimento e a altura esperados.
Ele descobriu uma relação entre uso de corticoides inalados e crescimento que pode significar 3 cm de perda de altura para essa criança quando esta se tornar adulta. «É importante que os médicos pensem duas vezes antes de receitar esse tipo de medicamento a crianças dessa idade (abaixo de dois anos)», explicou.
Créditos: Diário Digital

domingo, 4 de outubro de 2015

Papa Francisco considera que fome é um escândalo nos países ricos

O papa Francisco denunciou hoje que a fome no mundo alcançou “dimensões de verdadeiro escândalo” e destacou que este fato não só acontece nos países pobres, mas também e cada vez mais nas sociedades ricas.

 “A fome alcançou dimensões de um verdadeiro escândalo que ameaça a vida e a dignidade de muitas pessoas, homens, mulheres, crianças e velhos”, disse o líder da Igreja Católica durante encontro com participantes de uma conferência promovida pelo Banco Alimentar em comemoração aos 25 anos da organização. Na opinião do sumo pontífice, “devemos lembrar-nos diariamente desta injustiça: num mundo rico em recursos alimentares, também graças aos enormes progressos tecnológicos, são demasiados aqueles que não têm o necessário para sobreviver”.

 “E isto não acontece apenas nos países pobres, mas também cada vez mais nas sociedades ricas e desenvolvidas”, recordou o papa. Este problema é hoje agravado mais “pelo aumento dos fluxos migratórios, que leva à Europa milhares de refugiados, que fogem dos seus países e que necessitam de tudo”.
Créditos: Agencia Brasil