quinta-feira, 12 de novembro de 2015

13º injeta R$ 173 bilhões na economia, quase 3% do PIB

O pagamento do 13º salário vai proporcionar acréscimo de aproximadamente R$ 173 bilhões na economia, valor que representa 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo estimativa divulgada ontem (11) pelo Dieese. O cálculo inclui em torno de 84,4 milhões de pessoas que devem receber o 13º, sendo 50,8 milhões de empregados formais (60,2% do total) e 33,6 milhões de aposentados ou pensionistas da Previdência Social (38,6%), além de 979 mil aposentados e beneficiários da União (1,2%). O valor médio por pessoa é de R$ 1.924.
Segundo o instituto, o número de pessoas que receberão o 13º é 0,3% menor do que o estimado em 2014, basicamente pela queda no emprego formal. Ao mesmo tempo, há um acréscimo aproximado de 900 mil aposentados e pensionistas do INSS. Em valores, este ano a soma cresce 9,9%.
Dos R$ 173,271 bilhões calculados para o 13º, R$ 121,793 bilhões são para trabalhadores do mercado formal, com pagamento médio de R$ 2.396. Os assalariados dos setores público e privado (48,9 milhões de pessoas) recebem, em média, R$ 2.451, enquanto os empregados no setor doméstico (1,916 milhão) ganham R$ 997. Entre aposentados e pensionistas do INSS, o valor é de R$ 1.003.
O levantamento do Dieese se baseia em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho, além da PesquisaNacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, e informações do Ministério da Previdência e da Secretaria Nacional do Tesouro. Não estão incluídos autônomos, assalariados sem carteira e pensionistas de estados e municípios.
Pouco mais da metade do pagamento (51,3%) se concentra na região Sudeste. Outros 15,9% vão para o Nordeste e 15,6%, para o Sul. As regiões Centro-Oeste e Norte têm, respectivamente, 8,6% e 4,9%. Apenas o estado de São Paulo soma R$ 50,9 bilhões, 29,4% do país e 57,4% do Sudeste.
Dos quase 49 milhões de trabalhadores no setor formal, 26,6 milhões são do setor de serviços (incluindo ainda administração pública, agropecuária, extração vegetal, caça e pesca), somando pagamento de R$ 74,5 bilhões e valor médio de R$ 2.795. A indústria (8,578 milhões) totaliza R$ 22 bilhões, com média de 2.570. Outros 9,5 milhões são do comércio (média de R$ 1.654) e 2,6 milhões, da construção civil (R$ 2.064).
Recentes acordos salariais também proporcionam mais recursos para a economia. No caso da convenção coletiva dos bancários, por exemplo, o aumento de 10%, mais vales e participação nos lucros ou resultados, significam incremento anual de R$ 11,2 bilhões, sendo R$ 6,04 bilhões relativos à PLR, R$ 4,2 bilhões do reajuste e R$ 894 milhões nos auxílios refeição e alimentação. O acordo da categoria é nacional.
Na base dos químicos do estado de São Paulo, o reajuste de 10,33% conquistado este ano deve injetar R$ 1,26 bilhão nos próximos 12 meses, também segundo o Dieese. O impacto mensal é de aproximadamente R$ 105 milhões. O valor refere-se a 258 mil trabalhadores. Apenas na região do ABC, o acordo do setor químico deve injetar por volta de R$ 176 milhões, de acordo com o sindicato da categoria.
Créditos: Rede Brasil Atual

Mortalidade materna caiu para quase metade

O número de mortes de mulheres relacionadas com a gravidez caiu para quase metade no mundo em 25 anos, mas apenas nove países, incluindo Cabo Verde e Timor Leste, alcançaram os objetivos fixados pela Organização das Nações Unidas (ONU), mostram dados divulgados hoje (12).

“O relatório mostra que no fim de 2015 a mortalidade materna terá caído 44% relativamente aos níveis de 1990”, afirmou Lale Say, coordenadora do Departamento de Saúde Reprodutiva e Investigação da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Trata-se de enorme progresso, mas o avanço é desigual entre os países, em diferentes regiões do mundo”, com 99% das mortes a envolver países em desenvolvimento, disse a especialista, em entrevista em Genebra.

O relatório, publicado simultâneamente na revista médica britânica The Lancet, elaborado por agências das Nações Unidas e pelo Banco Mundial, informa que, em 2015, cerca de 303 mil mulheres morreram em consequência de complicações da gravidez ou até seis semanas depois do parto, contra 532 mil em 1990. “Isso equivale a um número global estimado de 216 mortes maternas por 100 mil nascidos-vivos, menos 385 em relação a 1990”, acrescenta o documento.

Como parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – adotados em 2000 – os Estados-Membros da ONU comprometeram-se a reduzir a taxa de mortalidade materna em 75% em 2015, relativamente a 1990. Contudo, apenas nove países em todo o mundo cumpriram essa meta (Butão, Cabo Verde, Camboja, Irã, Laos, Maldivas, Mongólia, Ruanda e Timor Leste). Mais 39 países registraram “progressos significativos”, afirmou Lale Say.

A melhoria mais relevante no plano mundial foi observada no Leste da Ásia, onde a taxa de mortalidade materna caiu de aproximadamente 95 para 27 por cada 100 mil nascidos-vivos. A África Subsaariana é responsável por duas em cada três mortes em todo o mundo. “No entanto, isso representa uma grande melhoria: a África Subsariana viu as mortes maternas caírem quase 45%” durante os últimos 25 anos, diz o relatório, citado pela agência France Press.
“Garantir o acesso a serviços de saúde de elevada qualidade durante a gravidez e no nascimento da criança está ajudando a salvar vidas”, destaca.

A ONU definiu agora o objetivo de reduzir o número de mortes maternas para menos de 70 em cada 100 mil nascidos-vivos até 2030. Mas atingir essa meta requer muito mais esforço, afirmou o diretor executivo do Fundo das Nações Unidas para a População (Fnuap), Babatunde Osotimehin.
Créditos: Agencia Brasil

BB tem lucro líquido de R$ 3,1 bilhões no terceiro trimestre de 2015

O lucro líquido do Banco do Brasil (BB) atingiu R$ 3,062 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com balanço divulgado hoje (12) pela instituição financeira. No período de janeiro a setembro, o BB registrou lucro líquido de R$ 11,8 bilhões, o que representa crescimento de 43,5% em relação aos nove primeiros meses do ano passado.

Os ativos do banco atingiram R$ 1,6 trilhão em setembro, aumento de 10% em 12 meses e 2,7% em relação ao trimestre anterior. De acordo com o comunicado do BB, o aumento foi favorecido principalmente pela expansão da Carteira de Crédito Ampliada. A carteira de crédito registrou aumento de 9,8%, em 12 meses, e atingiu R$ 804,6 bilhões, em setembro. No trimestre a alta foi 3,6%. O financiamento imobiliário, que registrou aumento de 34% em 12 meses e 6,4% no trimestre, foi o principal responsável pela alta.

O financiamento ao agronegócio encerrou o terceiro trimestre com saldo R$ 171,8 bilhões na carteira ampliada. O montante é 8,5% maior em relação a setembro de 2014. Destaque para o saldo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que totalizou R$ 37,9 bilhões, crescimento de 13,5% frente ao mesmo período do ano anterior. O balanço ressalta também a evolução do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC), que totalizou R$ 9,1 bilhões em setembro de 2015, crescimento de 29,9% na comparação anual.

A carteira de crédito ampliada, formada por operações com clientes pessoa física, finalizou o terceiro trimestre com saldo de R$ 189,6 bilhões, crescimento de 8,1% em 12 meses. As linhas de menor risco (Crédito Consignado, CDC Salário, Financiamento de Veículos e Crédito Imobiliário) continuam expressivas, alcançando 79,5% do total da carteira. Destaque para o crescimento de 36,8% na linha Crédito Imobiliário PF, frente ao terceiro trimestre de 2014.

O saldo de crédito concedido às empresas encerrou setembro com R$ 362,2 bilhões, 5,9% maior nos 12 meses. As operações de capital de giro e de investimento, que representam 69,8% do total, obtiveram crescimento de 3,8% e 7% em 12 meses, respectivamente. Nos nove primeiros meses deste ano foi desembolsado mais de R$ 32,7 bilhões em crédito para investimentos.

O BB encerrou o trimestre com saldo de R$ 149,8 bilhões em poupança, alta de 1,7% em comparação ao segundo trimestre de 2015, reflexo de estratégias de comercialização do produto. Esta marca permitiu ao banco atingir seu melhor desempenho no ano. Os índices de inadimplência do BB se mantiveram em patamares menores do que os observados no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ao fim de setembro de 2015, o índice de operações vencidas há mais de 90 dias representou 2,20% da carteira de crédito classificada, inferior ao patamar do SFN, que registrou 3,1%.
Créditos: Agencia Brasil

Dilma cobra de empresa de mineração a responsabilidade por danos da enxurrada

Governo federal vai criar comitê para monitorar ações nas áreas atingidas por rompimento de barragem
A presidenta Dilma Rousseff cobrou firmemente da mineradora Samarco a responsabilidade pelos danos causados em Minas Gerais e no Espírito Santo por causa da enxurrada de lama das duas barragens de rejeitos minerais que se romperam na semana passada, em Mariana (MG), informou na quarta-feira (11) o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, em entrevista no Palácio do Planalto. 

Segundo Occhi, a presidenta falou sobre o assunto por telefone, de tarde, com o CEO da BHP Billiton, Andrew Mackenzie, e com o presidente da Vale, Murilo Ferreira, empresas que controlam a Samarco, e cobrou providências para a reparação dos danos às famílias atingidas e também solução para o impacto ambiental.

“A presidenta Dilma cobrou a responsabilidade da mineradora muito firmemente. E a mineradora admite que irá fazer todo o esforço para que, no tempo mais rápido [possível], possa dar a resposta, principalmente às famílias atingidas”, relatou Occhi.
A presidenta determinou também a criação de um comitê de gestão da crise ambiental provocada pelo desabamento das duas represas. A portaria  publicada nesta quinta-feira (12), no Diário Oficial da União.

O objetivo é acompanhar de perto as ações que vão ser estabelecidas pela mineradora Samarco, proprietária das barragens que se romperam, para “uma cobrança mais rápida de soluções para as famílias que perderam seus bens materiais e de respostas principalmente aos municípios da calha do Rio Doce, que estão hoje com problemas de abastecimento de água, bem como o acompanhamento da questão ambiental”, explicou o ministro da Integração.

Para o governo, acrescentou o ministro, a mineradora tem a responsabilidade de arcar com o custo de soluções para os danos provocados pela catástrofe e defende que seja adotado um modelo de cobrança de medidas reparatórias e de punições similar ao adotado pelos Estados Unidos, quando do vazamento de petróleo no Golfo do México, em 2010, que derramou mais de 4 milhões de barris de petróleo na costa nos Estados Unidos.
Créditos: Portal Brasil

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Ato dos caminhoneiros tem componente de crime, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff falou na tarde de ontem (10), durante visita a obra da Linha 4 no Rio, sobre o protesto de caminhoneiros iniciado na segunda-feira (9) em diversos estados brasileiros. Dilma reforçou que a manifestação é um direito de todos, mas que interditar estradas e comprometer o abastecimento de diversos setores da economia têm componentes de crimes.
Um dos líderes do ato no Rio Grande do Sul, Fábio Roque, informou que o grupo de caminhoneiros que interdita estradas não é ligado a sindicatos ou federações. Entidades da categoria criticaram o ato, alertando que é imoral “qualquer mobilização que se utiliza da boa fé dos caminhoneiros autônomos para promover o caos”
Questionada sobre o ato dos caminhoneiros por jornalistas, Dilma Rousseff destacou: “Tem que ficar claro que reivindicar neste país é um direito de todo mundo. No Brasil, há muito tempo que isto não é crime, porque lutamos por isso. Agora, este país é responsável. Interditar estradas, comprometer a economia popular, desabastecendo com alimentos ou combustíveis, isso tem componentes de crimes já previstos”.
A presidente salientou o esforço de impedir que haja qualquer prejuízo à economia popular do país, já que o tráfego é essencial para o abastecimento de vários setores. “Isso não será permitido. Obstruir é crime, afetar a economia popular é crime. Agora, manifestar é algo absolutamente legal, é algo da democracia, é algo que faz bem ao país e à sociedade”, reforçou.
Dilma disse ainda que não pediu para Polícia Federal agir em relação a isso, já que a prática de crime e o combate a tal prática estão claras. “A Polícia Federal não é instruída sobre isso, porque isso é da lei brasileira. Todos nós somos obrigados a cumprir a lei. Principalmente aqueles que exercem a faculdade de fazer a lei ser cumprida.”
A presidenta visitou nesta terça-feira (10) as obras da Ponte Estaiada e da Estação Jardim Oceânico do Metrô do Rio de Janeiro. As instalações fazem parte da Linha 4 do metrô carioca, e contam com 80% de financiamento do governo federal, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 6,6 bilhões e R$ 1,6 bilhão financiado pelo Banco do Brasil. Os investimento totais somam R$ 10,3 bilhões. Por Eduardo Miranda/ foto: Roberto Stuckert Filho

Lojas falsas na internet usam venda de carros para aplicar golpes

Lojas fictícias na internet anunciam carros a preços atraentes e mais de 30 pessoas já foram enganadas em João Pessoa apenas em 2015, segundo declarações do delegado Lucas Sá, da Delegacia de Defraudações da Capital Em entrevista a Rede Correio Sat, onde explicou que, para segurar a venda, os golpistas exigem dinheiro antecipado do comprador.

Conforme revelou o delegado, esse golpe ocorre no Brasil todo e, após o pagamento do adiantamento, que pode ser feito em contas de ‘laranjas’, os golpistas acabam não cumprindo com o acertado. Muitas vezes, de acordo com Lucas Sá, as contas podem estar situadas em outros estados, o que dificulta as investigações da polícia em virtude da competência territorial.

“Eles se valem de dois meios que dificultam as investigações. O primeiro é o meio eletrônico, que é a internet; o segundo é a realização de depósitos em contas espalhadas pelo Brasil”, disse o delegado, que acrescentou que o crime tem um “potencial lesivo enorme”.

Lucas Sá disse que em 2014, quando os dados desse tipo de crime começaram a ser computados, houve registro de aproximadamente 30 ocorrências do golpe. Em 2015, até o mês de outubro, os golpes de internet, no geral, já chegam a 80. Desse total, mais de 30 são em anúncios fraudulentos. Até o fim do ano, a contabilização total pode atingir 50 casos, revelou o delegado.

Lucas Sá aconselha os consumidores que, nesse tipo de transação, o comprador identifique a placa do veículo e fique sabendo quem é o verdadeiro dono dele, o que pode ser visto no site do Detran. Sabendo de quem se trata, o interessado deve buscar entrar em contato com o proprietário. Caso o negociante coloque alguma dificuldade nesse processo, deve-se desconfiar da negociação. “Só o real proprietário do veículo vai poder garantir que ele foi repassado para aquele estabelecimento para ser negociado”, alertou o delegado.

Vítimas dos golpes que morem em João Pessoa ou Campina Grande podem procurar a Delegacia de Defraudações para registrar as ocorrências. Em outras cidades, é preciso procurar a Polícia Civil local. O delegado recomenda que a vítima faça um ‘print’ da tela onde encontrou o anúncio na internet, anote o nome do anunciante e as informações de telefones e bancárias que foram utilizadas para a execução da fraude. Com tais dados, a Polícia Civil poderá ir em busca dos responsáveis pelo crime.

Os golpistas estão sujeitos a responder por crime de estelionato em cada um dos golpes aplicados. A pena pode variar de um a cinco anos de prisão mais a aplicação de multa para cada caso, que pode ser somado a outros.
Créditos: Portal Correio

Negras são maiores vítimas de homicídio de mulheres no País

O Brasil ocupa a incomoda 5ª posição em ranking global de homicídios de mulheres, entre 83 países elencados pela Organização das Nações Unidas (ONU). É o que mostra estudo divulgado na segunda-feira (9). Em 2013, a taxa de mortes por assassinato de mulheres para cada 100 mil habitantes foi de 4,8 casos. A média mundial foi de dois casos. Foram 4.762 mulheres mortas violentamente no País naquele ano: 13 vítimas fatais por dia.

O quadro foi ainda mais alarmante em relação às mulheres negras. A década 2003-2013 teve aumento de 54,2% no total de assassinatos desse grupo étnico, saltando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. Aproximadamente mil mortes a mais em 10 anos. Em contraposição, houve recuo de 9,8% nos crimes envolvendo mulheres brancas, que caiu de 1.747 para 1.576 entre os anos.

Os números constam do estudo "Mapa da Violência 2015: Homicídios de Mulheres no Brasil", realizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a pedido da ONU Mulheres. "Em 2013, morreram assassinadas, proporcionalmente ao tamanho das respectivas populações, 66,7% mais meninas e mulheres negras do que brancas", alerta o documento.

A vitimização de mulheres negras - a violência contra elas, que pode não ter se concretizado como homicídio -, cresceu 190,9% na década analisada. A vitimização desse grupo era de 22,9%, em 2003, e saltou 66,7% no ano passado. "Alguns estados chegam a limites absurdos de vitimização de mulheres negras, como Amapá, Paraíba, Pernambuco e Distrito Federal, em que os índices passam de 300%", observa a pesquisa.
O documento observa a existência de escalada na violência contra mulheres a partir de 1980, como uma “tendência histórica que evidência um lento, mas contínuo, aumento do flagelo” vivido por elas.
Fonte: ONU Mulheres Flacso
Créditos: Portal Brasil