quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Dilma cobra de empresa de mineração a responsabilidade por danos da enxurrada

Governo federal vai criar comitê para monitorar ações nas áreas atingidas por rompimento de barragem
A presidenta Dilma Rousseff cobrou firmemente da mineradora Samarco a responsabilidade pelos danos causados em Minas Gerais e no Espírito Santo por causa da enxurrada de lama das duas barragens de rejeitos minerais que se romperam na semana passada, em Mariana (MG), informou na quarta-feira (11) o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, em entrevista no Palácio do Planalto. 

Segundo Occhi, a presidenta falou sobre o assunto por telefone, de tarde, com o CEO da BHP Billiton, Andrew Mackenzie, e com o presidente da Vale, Murilo Ferreira, empresas que controlam a Samarco, e cobrou providências para a reparação dos danos às famílias atingidas e também solução para o impacto ambiental.

“A presidenta Dilma cobrou a responsabilidade da mineradora muito firmemente. E a mineradora admite que irá fazer todo o esforço para que, no tempo mais rápido [possível], possa dar a resposta, principalmente às famílias atingidas”, relatou Occhi.
A presidenta determinou também a criação de um comitê de gestão da crise ambiental provocada pelo desabamento das duas represas. A portaria  publicada nesta quinta-feira (12), no Diário Oficial da União.

O objetivo é acompanhar de perto as ações que vão ser estabelecidas pela mineradora Samarco, proprietária das barragens que se romperam, para “uma cobrança mais rápida de soluções para as famílias que perderam seus bens materiais e de respostas principalmente aos municípios da calha do Rio Doce, que estão hoje com problemas de abastecimento de água, bem como o acompanhamento da questão ambiental”, explicou o ministro da Integração.

Para o governo, acrescentou o ministro, a mineradora tem a responsabilidade de arcar com o custo de soluções para os danos provocados pela catástrofe e defende que seja adotado um modelo de cobrança de medidas reparatórias e de punições similar ao adotado pelos Estados Unidos, quando do vazamento de petróleo no Golfo do México, em 2010, que derramou mais de 4 milhões de barris de petróleo na costa nos Estados Unidos.
Créditos: Portal Brasil

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