quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Coreia do Norte diz que testou bomba de hidrogênio e ONU convoca reunião

O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) convocou uma reunião de emergência para hoje (6), depois de a Coreia do Norte ter anunciado a realização, bem-sucedida, de teste com bomba de hidrogênio. A reunião, a portas fechadas, entre os 15 países-membros foi convocada pelos Estados Unidos e o Japão, informou a porta-voz da missão norte-americana na ONU, Hagar Chemali.
Nessa quarta-feira, o governo norte-coreano informou ter feito, com sucesso, o seu primeiro teste de hidrogênio, dando um passo significativo no desenvolvimento do programa nuclear. “O primeiro teste com bomba de hidrogênio da República foi realizado com sucesso às 10h [hora local] do dia 6 de janeiro de 2016, baseado na determinação estratégica do Partido dos Trabalhadores”, anunciou a televisão estatal.
Vários centros de atividade sísmica detectaram hoje um abalo no país, levantando-se, de imediato, a possibilidade de ter sido causado por um teste nuclear.
“Com o sucesso total da nossa histórica bomba H, juntamo-nos ao grupo dos Estados nucleares avançados”, anunciou o governo, acrescentando que o teste foi feito com um dispositivo em miniatura.

O teste foi encomendado pessoalmente pelo líder norte-coreano Kim Jong-un e ocorre dois dias antes do seu aniversário.
No mês passado, durante uma inspeção militar, Jong-un sugeriu que o país já tinha desenvolvido uma bomba de hidrogênio, apesar de o anúncio ter sido acolhido com ceticismo por especialistas internacionais.
A bomba de hidrogênio, ou termonuclear, usa a fusão nuclear numa reação em cadeia que resulta em explosão poderosa.
“O último teste confirmou que os nossos recursos tecnológicos, recentemente desenvolvidos, são precisos e demonstram cientificamente o impacto da nossa bomba H miniaturizada”, disse o apresentador de televisão, que transmitiu a mensagem do governo.
A realização efetiva do teste ainda precisa ser confirmada pela comunidade internacional.
O regime norte-coreano afirmou que não é o primeiro a recorrer à bomba e indicou que continuará a desenvolver sua capacidade de ataque nuclear. “Enquanto persistir a política dos Estados Unidos contra a Coreia do Norte, não vamos parar de desenvolver o programa nuclear”.

O país já tinha feito três testes nucleares, em 2006, 2009 e 2013, o que lhe valeu sanções da ONU. Várias resoluções das Nações Unidas proíbem o governo norte-coreano de desenvolver atividades nucleares ou ligadas à tecnologia de mísseis balísticos.
Créditos: Agencia Brasil

Cafeína: perigos do consumo excessivo

Considerada por muitos uma "fiel companheira" para combater o cansaço, a cafeína também pode ser vilã. Quando ingerida em quantidades exageradas, a substância pode causar danos graves à saúde ou até mesmo ser fatal. O Japão recentemente registrou sua primeira morte causado por overdose de cafeína. A vítima era um homem de 20 anos que trabalhava em um posto de gasolina no turno da madrugada.
Com base em análises, as autoridades de saúde japonesas informaram que a vítima faleceu porque ingeria grandes quantidades de bebidas ricas em cafeína para se manter acordado.
Segundo a agência de notícias Kyodo, a autópsia, realizada pela Universidade de Fukuoka, não conseguiu determinar a quantidade de cafeína ingerida, nem o período de tempo levado para que o consumo tivesse esse efeito letal.
O caso é inédito no Japão, mas não é tão raro em alguns outros lugares do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, já foram registradas pelo menos dez mortes causadas por excesso de cafeína.
Os casos que mais chamaram a atenção ocorreram em maio e julho do ano passado e causaram preocupação no país. As vítimas foram adolescentes: Logan Stiner, de Ohio, de 18 anos, e Lanna Hamann, do Arizona, de 16.
Os médicos que analisaram o corpo de Stiner detectaram 70 miligramas de cafeína por mililitro de sangue. As autoridades internacionais de saúde advertem que 50 miligramas por ml de sangue já são suficientes para provocar uma morte.
Já Hamann sofreu uma parada cardíaca e faleceu depois de ingerir uma grande quantidade de bebidas energéticas durante as férias que passou no México, segundo o que relatou a mãe dela à rede americana CBS.
Os casos de morte causadas por consumo excessivo de cafeína não são muito frequentes, mas a partir de que dose esse alcaloide que estimula o sistema nervoso pode se tornar perigoso?
Doses recomendadas
Segundo a Autoridade Europeia de Segurança Alimentícia (EFSA, na sigla em inglês), uma dose entre 75 mg e 300 mg de cafeína ao dia pode ajudar a melhorar o rendimento de atividades físicas e intelectuais. Isso equivale a tomar de meia a três xícaras de café por dia. No caso dos adolescentes, a quantidade não deveria ultrapassar os 100 miligramas por dia. Quantidades superiores a essa podem causar irritação, insônia e até complicações cardíacas.
Mas quando exatamente se pode falar em overdose de cafeína? Chás, cafés, energéticos...todos contêm cafeína e devem ser consumidos com cautela
Excessos
De acordo com a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), os sintomas de overdose de cafeína podem incluir o pulso acelerado ou perigosamente irregular.
Pessoas que ficam intoxicadas por essa substância podem ter os seguintes sintomas: vômito, diarreia, letargia – diminuição da atividade das funções intelectuais, acompanhada de uma sensação de desorientação.
Nos casos mais extremos, a agência adverte que a overdose de cafeína pode provocar a morte – mas ressalta que esses casos são mais raros.
Segundo a FDA, é preciso ter cautela no consumo de qualquer bebida ou comida que contenha cafeína, mas há um produto em particular que merece atenção especial.
Se trata da cafeína pura em pó, que é vendida como suplemento para atletas. Na internet, é possível adquirir um desses pacotes de 100 gramas por cerca de US$ 6 (R$ 23).
Uma marca em particular, que vende esse produto online, garante que ele "ajuda a diminuir a fadiga física, a melhorar a claridade do pensamento e a capacidade de concentração, aumenta a coordenação física, reduz a sensação de cansaço e é especialmente eficaz para atividades como levantar peso".
No entanto, a FDA alerta que esses produtos são 100% cafeína, e uma colher pequena desse pó já equivaleria a aproximadamente 28 xícaras de café. "A cafeína pura é um estimulante poderoso e em pequena quantidade já pode causar uma overdose acidental", adverte a entidade. Segundo a autópsia, foi isso que aconteceu com a jovem americana Logan Stiner – e, no caso dela, a overdose foi fatal.
Quantidade de cafeína em bebidas e outros produtos
- Uma xícara normal de café contém 260 mg de cafeína
- Um quarto de litro de chá preto contém entre 30 mg e 80 mg
- Uma lata de energético Red Bull tem 80 mg
- Uma barra de chocolate amargo tem 20 mg
- Um comprimido para enxaqueca ou gripe pode chegar a conter 130 mg
Créditos: WSCOM

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Ex-ministro sugere que Dilma deixe o PT

Em entrevista ao jornal Diário do Nordeste, o ex-ministro da Educação Cid Gomes (PDT) sugeriu que a presidente Dilma Rousseff saia do PT e se distancie do processo eleitoral de sua sucessão para reverter a queda de popularidade:
“Se ela se desfiliar do PT e assumir compromisso público de não participar de campanha à sua sucessão, deixar que as coisas aconteçam no meio da política, poderia desarmar um pouco o PSDB e a sua posição mais radical, golpista. Ela tinha que tratar essas coisas com o PT ideológico. O PT fisiológico ia ter que se render ao mesmo tratamento do PMDB, do PR e outros que têm o mesmo estilo”, disse.
Em balanço sobre 2015, ele disse que o País viveu uma crise orgânica, decorrente de uma relação "promíscua" entre os poderes Legislativo e Executivo, baseada no fisiologismo, na chantagem e no achaque: "Isso não se muda da noite para o dia. Só uma próxima eleição vai permitir que a gente comece a construir uma nova relação. Isso não vem da Dilma não. Ela teve que se render a isso. Tentou resistir no começo, mas não conseguiu", completou.
Dilma, que já foi filiada ao PDT, sancionou recentemente uma lei que inclui o político gaúcho Leonel Brizola no Livro dos Heróis da Pátria, que homenageia brasileiros que se destacaram na defesa e construção da história nacional; nesta segunda, nas redes sociais, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, também disparou críticas ao PT e disse que o partido se lambuzou (leia mais).
Créditos: Brasil 247

Brasil teve superávit comercial de US$ 19,7 bi em 2015

A balança comercial brasileira terminou 2015 com saldo positivo de  US$ 19,681 bilhões. O resultado reflete exportações de US$ 191,134 bilhões e importações de US$ 171,453 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Foi o melhor resultado desde 2011, quando o superávit chegou a US$ 29,792 bilhões. O superávit comercial de 2015 superou, inclusive, as projeções do governo, que vinha apostando em saldo positivo de US$ 15 bilhões para o ano.

Dados referentes exclusivamente ao mês de dezembro de 2015 revelam superávit de US$ 6,240 bilhões, com exportações de US$ 16,783 bilhões e importações de US$ 10,543 bilhões. Ao apresentar os dados, o secretário de Comércio Exterior do Mdic, Daniel Godinho reafirmou que para 2016 o governo projeta saldo positivo em torno de US$ 35 bilhões.

O desempenho de 2015 é bem melhor que o verificado em 2014, quando houve saldo negativo (déficit) de US$ 4,054 bilhões, e mostra que a balança comercial está em um ciclo favorável, influenciada pelo dólar mais alto em comparação ao real. Com a cotação mais alta do dólar em relação à moeda brasileira, as vendas feitas no exterior rendem mais divisas, ajudando na melhora da economia e no desempenho das contas externas (trocas comerciais e financeiras diversas entre o Brasil e outros países). Em 2015, o governo identificou 1.088 novos exportadores. Com isso, o número total de empresas exportadoras subiu a 20.322. Em 2014, esse número havia sido de 19.234. É uma alta de 5,6%.
Créditos:Portal Brasil

Orçamento de 2016 prevê R$ 1 bilhão para reajuste do Bolsa Família

O orçamento do governo federal para 2016 prevê reajuste no programa Bolsa Família, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). O aumento previsto de gastos para o programa é R$ 1 bilhão, informou hoje (4) o ministério. No entanto, ainda não há definição de quanto nem quando será o reajuste.
O reajuste do Bolsa Família entrou em discussão nos noticiários após, no último dia 31 de dezembro, a presidenta Dilma Rousseff vetar um trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, que previa o reajuste para os beneficiários do programa.
De acordo com a proposta aprovada pelo Congresso Nacional, a correção do benefício para todas as famílias seria medida de acordo com o índice da inflação, calculado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. O MDS informou que o veto da presidenta ao trecho da LDO ocorreu em função da vinculação do reajuste do Bolsa Família à inflação. A LDO contém parâmetros e estimativas que orientam a elaboração do Orçamento deste ano.
Na mensagem com justificativa dos vetos à LDO, encaminhada pela presidenta Dilma Rousseff ao Congresso Nacional, ela explica que o Bolsa Família passa por aperfeiçoamentos e mudanças estruturais e, caso esse “reajuste amplo” não fosse vetado, prejudicaria famílias em situação de extrema pobreza que recebem o benefício de forma não-linear, em valores distintos.
De acordo com o ministério, o benefício médio do programa pago as famílias é R$ 164 e cresceu acima da inflação desde 2011. De acordo com o MDS, 13,9 milhões de famílias recebem o Bolsa Família.
Créditos: Agencia Brasil

"Tosse de fumante" pode esconder doença grave

Fumantes estão sendo advertidos a não ignorar sintomas aparentemente inofensivos, como a tosse, que poderiam estar por trás de doenças graves.
 O Departamento de Saúde Pública do Reino Unido faz um alerta sobre fatores desconhecidos pelos fumantes em uma nova campanha. Trata-se dos riscos de doenças como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).O problema que torna as vias aéreas mais estreitas pode causar grande dificuldade para a pessoa que a tem em simples atividades como subir escadas. A enfermidade atinge mais de 1 milhão de pessoas somente na Inglaterra, e em cada 10 casos ocorrentes, ao menos 9 são provocados pelo cigarro.
A doença é a ainda mais grave pelo fato de que, na verdade, abrange também uma série de outros problemas pulmonares, mais especificamente crônicos como, por exemplo, bronquite e enfisema.
Quem possui a doença passa a obter dificuldades para respirar, principalmente pelo estreitamento das vias aéreas e da destruição do tecido que forma os pulmões. Entre outros sintomas, a falta de ar, infecções respiratórias e tosse são os mais comuns, principalmente em ocasiões de realização de atividades físicas.
Na campanha, o problema da desconsideração dos sinais pelos próprios fumantes ao pensarem ser apenas uma “tosse de fumante” é posta em pauta, já que continuar fumando faz com que o problema se agrave.
Mesmo sem cura, a doença ainda pode ser controlada e seus danos podem ser reduzidos, podendo dar mais qualidade de vida em quem a possui. Algumas das recomendações são: para de fumar, tomar medicações prescritas pelo devido médico e praticar exercícios físicos específicos.
Créditos: Diário da Manhã

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Valorisação do salário mínimo diminuiu a pobreza

Cerca de 47 milhões de pessoas, entre trabalhadores e aposentados, começam a receber rendimentos maiores a partir de janeiro, devido ao reajuste do salário mínimo. O valor anunciado pelo governo federal é de R$ 880 por mês, substituindo o valor atual, de R$ 788 mensal, um crescimento de 11,6%.

A correção segue a regra de reajuste que vem sendo adotada em 2007 e praticada a partir de 2008. Pela fórmula em vigor, o salário mínimo é ajustado com base na inflação do ano anterior e no desempenho da economia de dois anos antes. Essa regra de reajuste vem garantindo ganho real (descontada a inflação) a trabalhadores e aposentados, em uma mudança que alterou a lógica da renda, ajudando a reduzir a pobreza no País.

Graças a esse tipo de correção, diz a assessora técnica do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), Lilian Marques, o poder de compra do salário mínimo aumentou. Em consequência, a renda em circulação no País foi ampliada, ajudando a diminuir as desigualdades.

“O salário mínimo diminuiu a pobreza, levou recursos para o interior e mudou a lógica do gasto e do consumo porque atende milhões de pessoas, seja no mercado formal seja no mercado informal e na Previdência Social”, diz Lilian. “O salário mínimo tem capilaridade grande e tem papel fundamental no crescimento e no desenvolvimento.”

Citando os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), ela explica que quase 70% das pessoas ocupadas (com ou sem carteira assinada) recebem até dois salários mínimos. É, portanto, um segmento muito influenciado pelo piso salarial nacional. 

O salário mínimo é uma importante referência para o trabalhador que está ocupado, mas que não possui carteira assinada. “Mesmo para quem está no mercado informal, o salário mínimo e um parâmetro importante”, comenta a assessora técnica do Dieese. Um dos exemplo é o segmento dos empregados domésticos. Conforme as estimativas oficiais, nesse grupo de trabalhadores apenas um terço possui registro em carteira. Foto: EBC
Créditos: Portal Brasil