quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Estudante cria fusca elétrico movido a energia solar e eólica

O estudante nigeriano da Universidade de Obagemi Awolowo, Nigéria, Segun Oyeyiola converteu um fusca movido a combustível fóssil (como todos os outros) em um veículo abastecido por energia solar e eólica — perfeito para o clima da região em que ele mora!

O projeto custou US$ 6 mil e contou com muitas doações da família e colegas, que deram ao nigeriano materiais que iriam para o lixo ou que, sozinhos, não tinham mais utilidade nenhuma para os donos. Isso prova que qualquer um consegue fazer a diferença com um pouco de conhecimento e esforço!

Com um painel solar gigante no teto e uma turbina eólica embaixo do capô, o carro também foi equipado com um sistema de suspensão, para garantir que o veículo aguente o peso de tanta tecnologia. Em entrevista ao site FastCoExist, o rapaz falou que quer “reduzir a emissão de dióxido de carbono que piora o aquecimento global e as mudanças climáticas”.

Atualmente, a bateria do fusca sustentável leva cinco horas para carregar completamente, mas Segun ainda está trabalhando no modelo e pretende realizar melhorias. Todo esforço vale a pena! O estudante demorou para juntar todo o material necessário para montar o fusquinha e ainda teve que lidar com os críticos que acreditavam que ele estava perdendo tempo.
Créditos: Theo Greenestpost

Brasil tem mais de 3.500 casos suspeitos de microcefalia associada ao vírus Zika

Em novo balanço divulgado ontem (12), o Ministério da Saúde informou que 3.530 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika em recém-nascidos foram notificados no país entre 22 de outubro de 2015 e 9 de janeiro. O boletim também traz a confirmação de que a morte de dois recém-nascidos e dois abortos de bebês com a malformação no Rio Grande do Norte foram em decorrência do vírus Zika.

O ministério ainda investiga se a morte de outros 46 bebês com microcefalia na região Nordeste também tem relação com o Zika.

As notificações da malformação estão distribuídas em 724 municípios de 21 unidades da federação. O estado de Pernambuco, primeiro a identificar aumento de microcefalia, continua com o maior número de casos suspeitos (1.236), o que representa 35% do total registrado em todo o país.

Em seguida, estão os estados da Paraíba (569), Bahia (450), do Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), de Sergipe (155), Alagoas (149), do Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro (122).

Transmitido pelo Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre de 2015, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito.

Porém, no dia 28 de novembro, o ministério confirmou que, quando gestantes são infectadas por esse vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode ser associada a danos mentais, visuais e auditivos.

A microcefalia não é uma malformação nova, é sintoma de algum problema no organismo da gestante e do bebê, e pode ter diversas origens, como infecção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e agora ficou confirmado que também pelo vírus Zika. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode levar a essa condição.
Créditos: Agência Brasil

Irã apreende dois navios de guerra dos Estados Unidos

A polícia do Irã confirmou ontem (12) ter apreendido dois navios de guerra dos Estados Unidos com dez militares a bordo. Segundo comunicado publicado pelo site de notícias do governo iranianos, os navios entraram em águas territoriais do Irã no Golfo Pérsico.

"Os dois barcos de guerra americanos, com dez marines armados, entraram nas águas territoriais iranianas nos arredores da Ilha de Farsi e foram apreendidos pelas unidades de guerra das forças navais dos Guardas da Revolução", informou o comunicado, acrescentando que os militares norte-americanos estão "bem de saúde".

Os Estados Unidos declararam que os navios estavam no Irã para recuperar um grupo de militares da Marinha do qual tinham perdido contato quando seguiam a bordo de duas pequenas embarcações no Golfo Pérsico.

“Hoje de manhã perdemos o contato com as duas pequenas embarcações que estavam em rota do Kuwait para o Bahrein”, afirmou um alto funcionário do governo norte-americano.

“Posteriormente, nos comunicamos com as autoridades iranianas, que nos informaram que estão bem e em segurança. Recebemos garantias de que os militares serão autorizados a prosseguir viagem”, acrescentou.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, informou que o secretário de Estado, John Kerry, falou ao telefone com o secretário iraniano, Mohammad Javad Zarif, que garantiu a libertação dos soldados norte-americanos.
Créditos: Agência Brasil

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Corrupção se tornou uma forma de vida, afirma Papa

Trata-se do primeiro livro assinado pelo papa Francisco “O Nome de Deus é Misericórdia”,  produzido em parceria com o vaticanista Andrea Tornielli, do diário italiano “La Stampa”, lançado na terça-feira (12) 

O texto transcreve trechos de conversas entre Tornielli e o pontífice que aconteceram em julho de 2015 nos aposentos de Francisco na Casa Santa Marta, a “hospedaria” do Vaticano.

Papa Francisco aborda o tema da misericórdia divina e do anseio humano por essa misericórdia num tom que já caracterizava os sermões do papa em sua visita ao Brasil, em 2013: o de pároco planetário. De fato, a “persona” adotada pelo papa no texto é a daquele padre idoso e compreensivo de cidade pequena, acostumado a lidar tanto com as beatas da paróquia quanto com os bêbados que às vezes invadem a missa de domingo.

Por isso mesmo, não há nada no texto que faça jus à aura de revolucionário do pontífice. Mesmo porque as perguntas de Tornielli, bastante domesticadas, raramente tocam temas polêmicos.
O que predomina no pensamento do papa é a reafirmação serena e moderada da doutrina cristã tradicional: sim, o pecado existe (inclusive o pecado original, embora Francisco, defensor da teoria da evolução, não interprete de forma literal a rebelião de Adão e Eva contra Deus); se o ser humano não reconhece a mácula gerada por esse pecado e não deseja o perdão divino, não há esperança para ele.

Francisco, porém, enfatiza a boa notícia embutida nesse cenário teológico aparentemente desolador: não importa o tamanho da escorregada humana nem a frequência dessas escorregadas, Deus estará sempre de braços abertos. Isso também significa que as pessoas precisam se esforçar para seguir o exemplo do Criador e perdoar sempre —ou “setenta vezes sete”, como escreve, citando uma fala de Jesus nos Evangelhos.

Essa convicção motivou Francisco a abrir no fim de 2015 um Ano Santo da Misericórdia, no qual os fiéis podem “zerar suas dívidas” com Deus, por assim dizer.
Em sua conversa com Tornielli, ele ressalta que não há nenhuma grande novidade nessa visão. Tanto João Paulo 2º quanto Bento 16 dedicaram parte importante de seus escritos e de seu apostolado à misericórdia. O título do livro, aliás, é inspirado numa frase do papa emérito e antecessor de Francisco.
NO CONFESSIONÁRIO
Dada essa ênfase na continuidade, algo de fato muda com o pontificado de Francisco? Talvez o mais marcante seja a imagem, repetida pelo papa no livro, de uma igreja que é um hospital improvisado numa zona de guerra, que vai ao encontro de quem se sente ferido, e não uma igreja que permanece fechada em si mesma.

O papa aconselha, por exemplo, os padres a não serem sovinas com as absolvições no confessionário —Francisco é um entusiasta da confissão tradicional— e a dar uma bênção aos fiéis mesmo quando sentem que não é possível absolvê-los.
Cita um padre que admirava, o qual, preocupado por absolver as pessoas com muita facilidade, rezava a Jesus dizendo: “Senhor, perdoe-me, mas foi o Senhor que me deu o mau exemplo de perdoar sempre!”.
‘por que eles?’

Os aspectos mais polêmicos aparecem tangencialmente na obra, embora Francisco às vezes surpreenda ao abordá-los.
Comentando seu famoso “Quem sou eu para julgar?”, a respeito dos fiéis gays, ele afirma: “Prefiro que as pessoas homossexuais se venham confessar, que fiquem próximas do Senhor, que possamos rezar juntos”.

Em contraste com certos grupos cristãos conservadores, o papa defende a necessidade de um tratamento humano e misericordioso dos que estão na prisão, independentemente do crime que tenham cometido. “Cada vez que entro numa prisão, tenho sempre este pensamento: ‘Por que eles e não eu?’. Devia estar aqui, merecia estar aqui.” (Folha).
Créditos: Focando a Notícia

Empresas investirão R$ 4,5 bilhões na Paraíba


O ano de 2016 marcará a consolidação de investimentos importantes para impulsionar a economia paraibana. O novo Terminal de Múltiplos Usos (TMU), em Cabedelo, e o maior estaleiro de reparos de navios do Hemisfério Sul, em Lucena, são exemplos de empreendimentos que apontam para um futuro mais promissor e menos pessimista, um contraponto ao cenário presenciado pelo Brasil diante das crises econômica e política.

Além disso, o Governo aprovou em 2015 a concessão de incentivos a empresas que investirão R$ 4,5 bilhões e devem gerar mais de 7 mil empregos a partir deste ano. A estimativa é baseada nos incentivos fiscais, locacionais e protocolos de intenções firmados entre as empresas e a Cinep – Companhia de Desenvolvimento da Paraíba. Em 2015, foram incentivados 41 empreendimentos. A maior parte dos investimentos atraídos pela Paraíba em 2015 está concentrada na Grande João Pessoa, Zona da Mata Sul e Campina Grande. Entretanto, no ano passado, também foram incentivados negócios em Cajazeiras, Patos, Catolé do Rocha, Guarabira, Gurinhém, Itaporanga, Itabaiana e Pocinhos.
De acordo com a presidente da Cinep, uma das metas para seguir impulsionando a economia do estado é consolidar ações importantes para o desenvolvimento de municípios do interior. Em Itaporanga, por exemplo, o Governo do Estado restaurará o Centro de Comercialização. Em um espaço de 720 metros quadrados, as empresas poderão expor seus produtos ao público da região e elevar o faturamento. A obra está em fase de licitação e será entregue no segundo semestre deste ano.
Outro investimento importante em andamento é a construção do estaleiro do grupo norte-americano McQuilling Services Company, em Lucena, no Litoral Norte. As obras devem começar até o final deste ano. A licença ambiental para a construção já foi expedida, marcando o primeiro passo para a implantação de um dos maiores investimentos privados instalados no estado. Através de uma parceria público-privada (PPP), o Porto de Cabedelo terá sua capacidade operacional duplicada com a construção do Terminal de Múltiplos Usos (TMU). O investimento é fruto de uma joint venture (empreendimento conjunto) entre a empresa paraibana Marlog Logística e o grupo português Mota-Engil.
Atualmente, o projeto aguarda a liberação das licenças ambientais e da área junto à Secretaria dos Portos, em Brasília. Após a concessão das autorizações, os investidores esperam iniciar a construção do empreendimento este ano e as obras devem ser concluídas em aproximadamente 18 meses. Os investidores completarão ainda projetos da dragagem de aprofundamento do canal de acesso e da bacia de evolução do Porto de Cabedelo para 11 metros de profundidade. Serão realizados também programas de qualificação profissional para que o empreendimento absorva a mão de obra local.
Créditos: O Petróleo

EUA: onze milhões de trabalhadores vivem abaixo da linha da pobreza

Em 1938, o então presidente estadunidense, Franklin D. Roosevelt, criou o salário mínimo, que foi fixado em 25 centavos de dólar por hora. "Um pagamento justo por uma jornada justa", destacava Roosevelt.
Desde então houve uma série de aumentos, até o salário mínimo ser elevado a US$ 5,15, e mais recentemente em 2007, seria aumentado para US$ 7,25 durante a presidência de George W. Bush.

Cifra completamente insuficiente para 70% dos americanos, que desde 2013 apoiam o aumento do salário mínimo para US$ 10,10 a hora. Mesmo que o presidente Obama tenha prometido em suas duas campanhas eleitorais aumentar o salário mínimo, ainda não o fez a nível nacional, em parte pelo rechaço e bloqueio dos republicanos no Congresso, que argumentam que o aumento salarial implicaria a perda de 500 mil postos de trabalho.

Certamente este será um dos temas importantes que estarão presentes nas próximas eleições presidenciais em 2016. Uma das possíveis candidatas, pelo Partido Democrata, Elisabeth Warren, senadora pelo estado de Massachusetts, é quem está tomando a dianteira neste tema, apoiada por forças do progressismo político e sindical como a AFL-CIO (Federação Estadunidense do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais). Warren assegura que "mesmo que o desemprego tenha caído 5,8%, para milhões de estadunidenses a economia não funciona".
Warren não se equivoca: 46 milhões de pessoas vivem na pobreza nos EUA; dentro desse número, 14,4 milhões são trabalhadores de meio período e 4,4 milhões trabalham em tempo integral.
De acordo com o Departamento de Saúde e Recursos Humanos dos Estados Unidos, uma pessoa está abaixo do nível da pobreza quando recebe US$ 11.170 por ano e US$ 23.050 para uma família de quatro pessoas.

Segundo estudos realizados pelo Pew Research Center, 20,6 milhões de trabalhadores (30% de todos os trabalhadores por hora do país) maiores de 18 anos se encontram na categoria dos que recebem salário mínimo. 50% têm 30 anos, 76% são brancos, 45,8% homens, 54,2% mulheres, 26,7% hispanos e 73,3% não hispanos, 56% têm baixos níveis de educação (apenas secundária) e 37% têm algum grau de universidade.
Referente às regiões onde se concentram a maioria dos empregados com salário mínimo, 36,7% se encontram na região oeste do centro-sul (Arkansas, Luisiana, Oklahoma e Texas), 36,2% na região leste do centro-sul (Alabama. Kentucky, Mississippi e Tennessee) e 31% na divisão do Atlântico-Sul (do Delaware até a Florida). É menos comum na Nova Inglaterra, onde só uma quarta parte (23,4%) dos trabalhadores ganham salário mínimo.
Muitos desses trabalhadores mencionados têm que recorrer à ajuda do governo para sobreviver. Em 2010, 1.847.155 moradias receberam Assistência Temporária para Famílias Necessitadas (TANF, pela sigla em inglês), 18.618.436 vales-alimentação, 65.989.147 seguros-doença (Medica ID, na sigla em inglês).

Segundo investigações, se o salário fosse incrementado, melhoraria a economia nacional, se reduziriam as ajudas governamentais, o aluguel ou a compra de melhores moradias seria fomentado e doenças relacionadas com o estresse laboral seriam evitadas.
Ralph Nader, defensor dos consumidores e ex-candidato presidencial pelo Partido Verde, calculou que "o aumento do salário mínimo beneficiaria 30 milhões de trabalhadores, que em 2014 ganharam menos do que em 1968, tendo em conta a inflação".
Em 2014, um empregado teve que trabalhar três meses para ganhar o que ganhava seu chefe executivo. Enquanto isso estiver ocorrendo não acontecerá o que o presidente Roosevelt disse: "um pagamento justo por uma jornada justa". (Por Anahi Rubin, tradução do Diário Liberdade)

(Anahí Rubin é uma jornalista e psicóloga argentina que vive em Nova Iorque. Investigadora de temas migratórios e de gênero. Realizadora de exposições artísticas sobre fenômenos migratórios, identidade e cultura).
Créditos: Diário Liberdade

Caixa aposta no mercado de habitação popular em 2016

O diretor-executivo de Habitação da Caixa, Teotonio Rezende, estima crescimento de 30% nos financiamentos de imóveis de até R$ 225 mi neste ano em relação ao ano passado. Nesse grupo, estão moradias enquadradas nas faixas 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida, cujas contratações começaram na semana passada.

“Na habitação social, modalidade em que não houve restrição de oferta de recursos, já houve uma aplicação bastante expressiva em 2015, quando fechamos o ano com [volume de financiamento] 31% maior do que no ano anterior”, afirma ele. Os empréstimos com recursos do FGTS (fonte de financiamento das faixas 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida) somaram 37,9 bilhões entre janeiro e setembro de 2015, último dado disponível, volume próximo aos R$ 40,9 bilhões concedidos durante todo o ano de 2014.


A estimativa de crescimento de 30% em 2016 já leva em conta a demanda da terceira fase do Minha Casa Minha Vida, que trará uma série de mudanças. Entre elas está a criação da faixa 1,5, que atenderá maior número de pessoas de baixa renda com capacidade para financiar imóvel e que não eram contempladas, até então. As contratações para essa nova faixa ainda dependem de instrução normativa do Ministério das Cidades.

 “As grandes construtoras, que trabalham com as faixas 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida, não têm problema de estoque e de velocidade de venda. É que, na habitação social, o cliente está trocando o aluguel pela prestação da casa própria. Para ele, não faz sentido mudar a decisão de comprar”, explica Rezende.

Dois outros fatores devem impulsionar as vendas no segmento. O limite de renda mensal dos beneficiários do Minha Casa Minha Vida subiu de R$ 5 mil para R$ 6,5 mil na terceira etapa do programa. Além disso, os valores máximos dos imóveis das faixas 2 e 3 também foram reajustes de acordo com cada região do País, variando de R$ 90 mil a R$ 225 mil.

Dados da Caixa apontam que 60% dos 6,5 milhões de simulações de crédito imobiliário realizadas mensalmente no site do banco são para imóveis de até R$ 200 mil. Essas simulações servem de termômetro do impacto positivo que o Minha Casa Minha Vida 3 deve provocar no mercado imobiliário este ano. “A tendência é que a demanda continue em alta com os ajustes do progarma e a criação da faixa 1,5”, aposta Rezende.
Créditos: Portal Brasil