sexta-feira, 6 de maio de 2016

Dilma inaugura usina hidrelétrica de Belo Monte

A presidenta Dilma Rousseff inaugurou, ontem (5), a usina hidrelétrica de Belo Monte, localizada no município de Vitória do Xingu, sudoeste do Pará. Construída no rio Xingu, a usina é a maior hidrelétrica 100% nacional e a terceira maior do mundo. Com capacidade instalada de 11.233,1 MW, terá carga suficiente para atender 60 milhões de pessoas em 17 estados, o que representa cerca de 40% do consumo residencial de todo o País.

Duas turbinas já começaram a gerar energia comercialmente desde abril, uma localizada na Casa de Força Principal, no Sítio Belo Monte, e a outra, na Casa de Força Complementar, no Sítio Pimental. Juntas, adicionam 649,9 MW ao Sistema Interligado Nacional (SIN), operação também autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A usina de Belo Monte foi leiloada, em 2010, por R$ 25,8 bilhões para a empresa Norte Energia S.A, responsável pela construção e operação da hidrelétrica. Segundo informações da empresa, as obras civis do empreendimento estão praticamente concluídas e a previsão é que a cada dois meses, em média, seja ativada uma nova turbina até o pleno funcionamento da hidrelétrica, em 2019.

A construção de Belo Monte atende aos interesses do governo brasileiro de produzir energia limpa, renovável e sustentável para assegurar o desenvolvimento econômico e social do País. Os primeiros estudos começaram na década de 1970 e, desde então, o projeto original sofreu várias modificações para que fossem reduzidos os impactos ambientais da usina.


Através da interligação dos reservatórios por um canal, o chamado modelo de usina a fio d’água permitiu que Belo Monte ocupasse uma área 60% menor do que a prevista no projeto original. A mudança garantiu que nenhuma aldeia indígena próxima ao empreendimento fosse inundada e a hidrologia do rio Xingu, preservada. A piracema também não comprometida, graças a colocação de escadas de peixes que preservam o equilíbrio da fauna aquática do rio Xingu.

Cerca de 14% do total do orçamento de Belo Monte, cerca de R$ 4 bilhões, foram investidos em melhorias em 12 municípios da área de influência da usina. Entre essas ações, estão a instalação da rede de saneamento básico de Altamira, construção de escolas e unidades de saúde, melhora da qualidade da água e dos igarapés da cidade e na transferência de mais de 30 mil pessoas dessas áreas de risco para cinco novos bairros construídos pela Norte Energia.

Para preservar a floresta às margens do Rio Xingu, a empresa comprou 26 mil hectares em uma faixa contínua, onde a vegetação está sendo enriquecida com espécies nativas. Como compensação ambiental pelo empreendimento, foram repassados R$ 135 milhões ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para criar ou regularizar unidades de conservação ambiental.
Créditos: Blog do Planalto

Inflação recua para 0,36% em abril

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) ficou em 0,36%, em abril deste ano. A taxa é inferior às registradas em março deste ano (0,43%) e em abril do ano passado (0,92%). O IGP-DI acumula taxas de 3,15% no ano e de 10,46% em 12 meses, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
A queda na passagem de março para abril foi observada nos três subíndices que compõem o IGP-DI. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que avalia o comportamento dos preços no atacado, caiu de 0,37% em março para 0,29%.
O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, teve leve queda, ao passar de 0,5% em março para 0,49% em abril. Já o Índice Nacional de Custo da Construção recuou de 0,64% para 0,55% no período. O IGP-M é calculado com base em preços coletados entre os dias 1º e 30 do mês de referência.
Créditos: Agencia Brasil 

Brasil terá vacina contra zika vírus em 5 anos

O diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Reginaldo Prata, disse, ontem (5), que a expectativa é que o Brasil tenha uma vacina contra o zika vírus daqui a cinco anos. Para isso, o Ministério tem apoiado o Instituto Butantan e o Biomanguinhos no desenvolvimento do medicamento. Ele participou de audiência pública promovida pela comissão externa que acompanha as ações do governo sobre o assunto.
"Se a gente conseguir que a vacina fique pronta em cinco ou seis anos, a atual geração de meninas, por exemplo, que daqui a esses cinco ou seis anos vai estar atingindo a puberdade, a idade da reprodução, já terá um instrumento para evitar que essa tragédia da microcefalia se repita", exemplificou.
Prata revelou, também, que será lançado, nos próximos dias, um edital para uma chamada pública de pesquisa em zika vírus. Para ele, é importante que toda prioridade seja dada para a questão da doença, uma vez que ela compromete gerações futuras.

O infectologista do Instituto Evandro Chagas, José Cerbino Neto, que representou a Fiocruz, informou que as pesquisas em relação ao kit diagnóstico já estão bem avançadas. Segundo ele, existem dois kits sendo desenvolvidos, que devem passar pela aprovação da Anvisa e ser disponibilizados na rede pública.
"A zika é uma questão de emergência de saúde pública e a resposta da pesquisa é muito mais urgente do que em uma pesquisa habitual de saúde. O parlamento pode ajudar acelerando os instrumentos de financiamento e fomento à pesquisa para que a gente possa acelerar as pesquisas e ter resultados mais rápidos para trazer respostas para a sociedade", pediu.
Créditos: Cenário MT

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Brasil rural contará com crédito recorde de R$ 202,8 bi no Plano Safra 2016/2017

A presidenta Dilma Rousseff e a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, lançaram, ontem (4), no Palácio do Planalto, o Plano Agricultura e Pecuário 2016/2017, conhecido como Plano Safra, que destinará R$ 202,8 bilhões de crédito aos produtores rurais brasileiros. O valor é recorde e representa aumento de 8% em relação à safra anterior (R$ 187,7 bilhões).

Um dos destaques é o crescimento de 20% dos recursos para custeio e comercialização a juros controlados (mais baixos que os de mercado). A modalidade contará com R$ 115,8 bilhões. As taxas foram ajustadas sem comprometer a capacidade de pagamento do produtor, com índices que variam de 8,5% a 12% ao ano.

Um dos destaques é o crescimento de 20% dos recursos para custeio e comercialização a juros controlados (mais baixos que os de mercado). A modalidade contará com R$ 115,8 bilhões. As taxas foram ajustadas sem comprometer a capacidade de pagamento do produtor, com índices que variam de 8,5% a 12% ao ano.

Os agricultores de médio porte tiveram prioridade. Os recursos de custeio para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) cresceram 15,4% e alcançaram R$ 15,7 bilhões, com juros anuais de 8,5%. A oferta de crédito agrícola tem crescido a cada safra, demonstrando o potencial e a confiança dos produtores no setor. 

Somente nos últimos cinco anos, os recursos do Plano Agrícola aumentaram 89%, somando R$ 905,1 bilhões no acumulado do período. Saltou de R$ 107,2 bilhões, na safra 2011/2012, para R$ 202,88 bilhões, no ano agrícola atual.
O Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017 entra em vigor no dia 1º de julho deste ano e se estende até 30 de junho de 2017.
Créditos: Portal Brasil

Pesquisa desenvolve nova membrana para tratamento de queimadura

Uma pesquisa de pós-doutorado que está sendo realizada na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP, em Pirassununga, e com o apoio e financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), promete trazer uma solução mais barata do que as peles biossintéticas usadas hoje por quem sofreu queimaduras. 

Daniel López Angulo investiga o uso de gelatina, quitosana, aloe vera e do muco excretado por caracóis para produzir um novo tipo de membrana para ser colocada na pele queimada, promovendo sua regeneração e estimulação de células. O estudo é orientado pelo professor Paulo José do Amaral Sobral, cientista do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC – Food Research Center).


“Muitas pessoas sofrem acidentes com água quente ou fogo, infelizmente, uma elevada percentagem destes acidentes ocorrem em famílias com recursos financeiros limitados e, além disso, a recuperação é lenta e gera grandes períodos de tempo em que a pessoa é incapaz de trabalhar, gerando um alto nível de estresse no grupo familiar. Nosso projeto busca desenvolver um material mais barato e eficaz que as membranas convencionais e enxertos”, afirma Angulo. O Brasil não tem estimativas oficiais sobre o problema, mas os cálculos mais recentes apontados pela Sociedade Brasileira de Queimaduras indicam que pelo menos um milhão de pessoas são vítimas de queimaduras no País por ano, sendo que dois terços deste total envolvem crianças.
O pesquisador propõe o uso de materiais de origem orgânica para produção do novo tipo de membrana, sendo uma alternativa para os materiais sintéticos usados hoje. A membrana é feita de uma matriz protéica, composta por gelatina suína e quitosana, fibra natural derivada da quitina, um elemento encontrado nas carapaças de crustáceos como camarão, caranguejo e lagosta. Essa matriz dá sustentação ao material biológico que estimula a cicatrização. Nela são aplicados dois componentes cujas propriedades de regeneração da pele e proliferação celular já foram demonstradas cientificamente: a aloe vera e o baba de escargot já utilizados na indústria cosmética.
A membrana, anteriormente congelada, passa pela liofilização, que consiste num processo de secagem no qual se utiliza um sistema de baixa pressão que permite uma remoção rápida e eficaz da água, resultando em um material altamente poroso e seco. A membrana fica muito porosa como uma esponja, o que permite uma matriz de poros interligados que beneficiam o crescimento celular e a integração. “O material é leve, de fácil de manipulação e muito flexível para aderir bem à pele, além de ser biodegradável e biocompatível, não gerando componentes tóxicos no processo de regeneração da pele, que consegue minimizar cicatrizes e marcas que muitas vezes permanecem por toda a vida. “, explica.
A membrana é colocada na pele ferida, estimulando a cicatrização e regeneração das células. Até o momento, Angulo trabalhou na caracterização física, mecânica, e biodegradabilidade in vitro do novo material que está desenvolvendo. Nesse estágio da pesquisa não é possível afirmar quanto mais barato será essa membrana em relação às peles biossintéticas de colágeno misturado com materiais sintéticos existentes hoje no mercado. Como próxima etapa, Angulo fará os testes de crescimento de fibroblastos (células que migram e proliferam durante a cicatrização de feridas, estão alojados no tecido conjuntivo e são responsáveis pela síntese de colágeno) incubados in vitro; escolherá um modelo biológico animal a ser aplicado, ainda este ano e, posteriormente, em humanos, se tudo correr conforme o planejado. O projeto deve ser concluído em 2017.
Créditos: Jornal da USP

Inflação para famílias com renda mais baixa é de 9,94% no acumulado em 12 meses

O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, chegou a 0,69% em abril, taxa acima da registrada em março (0,44%). O percentual está acima do registrado pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda e que ficou em 0,49% em abril. Os números foram divulgados hoje (5) pela Fundação Getulio Vargas. O IPC-C1 acumula 3,82% este ano e 9,94% em 12 meses. A taxa acumulada em 12 meses pelo IPC-C1 também é superior ao total acumulado no mesmo período pelo IPC-BR (9,24%).

A alta da taxa do IPC-C1 entre março e abril foi provocada por avanços em quatro das oito classes de despesa: item saúde e cuidados pessoais (passou de 0,36% em março para 3,49% em abril), transportes (de 0,19% para 1,12%), vestuário (de 0,37% para 0,82%) e educação, leitura e recreação (de 0,42% para 0,52%). Quatro grupos de despesa tiveram recuo na taxa de inflação: alimentação (caiu de 1,21% para 0,62%), despesas diversas (de 0,97% para 0,29%), comunicação (de 0,69% para 0,04%) e habitação (de -0,43% para -0,46%).
Créditos: Agencia Brasil

Onze escolas técnicas em São Paulo estão ocupadas

Onze Escolas Técnicas do Estado (ETECs) de São Paulo, administradas pelo Centro Paula Souza (CPS), estão ocupadas hoje (4), de acordo com os estudantes. Além das unidades, a sede da autarquia também foi ocupada por um grupo de alunos.
As instituições atualmente ocupadas são: ETEC Santa Ifigênia (Luz), ETEC São Paulo (Luz), ETEC Paulistano (Jardim Paulistano), ETEC Basilides de Godoy (Vila Leopoldina), ETEC Jaraguá (Jaraguá), ETEC Pirituba (Pirituba), ETEC Embu das Artes (Embu das Artes), ETEC Zona Sul (Jardim Vergueiro), ETEC Mandaqui (Santana), ETEC Horácio Augusto Silveira (Vila Guilherme), ETEC Prof. Aprígio Gonzaga (Penha).
Os estudantes ocuparam as escolas em protesto contra cortes na merenda e denúncias de corrupção nos contratos de alimentação escolar. No domingo (1º), a Justiça paulista determinou a reintegração de posse do prédio do CPS, mas estudantes decidiram permanecer no local. Na segunda-feira (2), um batalhão da Polícia Militar entrou no local por volta de 11h30 e permaneceu lá durante toda a tarde, ação considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, já que o mandado de desocupação não havia sido expedido.
Uma audiência sobre a reintegração de posse da sede do CPS ocorre esta tarde no Fórum Hely Lopes Meirelles, no centro da capital paulista, e é acompanhada por estudantes e representantes da Defensoria Pública, do Ministério Público e da Procuradoria do Estado.(Agencia Brasil)
Créditos: WSCOM