sexta-feira, 20 de maio de 2016

Temer suspende "Minha Casa, Minha Vida"

O presidente interino Michel Temer suspendeu a meta anunciada pelo governo Dilma Rousseff de contratar 2 milhões de moradias do Minha Casa Minha Vida até o fim de 2018. O ministro das Cidades, Bruno Araújo afirmou que toda a terceira etapa do programa – e não apenas a modalidade Entidades – está suspensa e passará por um processo de “aprimoramento”.
“É preferível que identifiquemos os reais limites do programa e que os números anunciados sejam o limite de contratação”, afirmou ele, em entrevista ao ‘Estado de S. Paulo’.
O ministro disse que vai propor a Temer fazer uma cerimônia simbólica para inaugurar as moradias do programa que estão prontas. De acordo com a Caixa, 46,2 mil moradias da faixa 1 do programa (que atende famílias que ganham até R$ 1,8 mil) estão com as obras concluídas, em fase de legalização para serem entregues aos beneficiários.(247).
Créditos: WSCOM

Fones de ouvido prometem traduzir idiomas em tempo real

Pilot-fone-tradutor-de-idiomas_01
Não se trata de uma espécie de Peixe de Babel (Babel Fish), criado por Douglas Adams em “O Guia dos Mochileiros das Galáxias”, e tampouco traduzirá palavras alienígenas. Porém, o conceito é semelhante. Trata-se uma nova tecnologia criada pela startup Waverly Labs, de Nova York, que, em breve, facilitará o contato entre pessoas de diversas culturas. 
O aparelho funciona como um pequeno fone de ouvido que traduz em tempo real o que está sendo falando em diversos idiomas. Apelidado de Pilot, ele é muito semelhante a um fone regular, só que não possui fios ou cabos, e permite conexão com a internet. Dessa forma, para as pessoas que costumam viajar para países onde o idioma falado é desconhecido por ela, a internet poderá intermediar a tradução.
A versão inicial será lançada na próxima semana e a campanha de financiamento coletivo, intermediada pelo site Indiegogo, iniciará no dia 25 de maio. Serão dispostas traduções para idiomas em inglês, espanhol, francês e italiano. De acordo com a empresa, em breve serão dispostas outras línguas, tais como, hindi, árabe, algumas línguas do leste asiático e também eslavas. Português? Não tem previsão.
Até o momento, os detalhes tecnológicos sobre o funcionamento do produto são poucos. Ao que tudo indica, segundo relatado pela Science Alert, ele é capaz também de funcionar sem conexão com a internet apenas emparelhando-o com um aplicativo de smartphone. Estima-se que o produto final vá custar entre U$ 249 e U$299 (R$ 880 e R$ 1057, respectivamente) e o início das vendas ainda não foi anunciado.
 A primeira versão do dispositivo só funcionará quando a pessoa estiver falando com alguém que também possua o auricular. Porém, a empresa disse que as versões futuras serão capazes de traduzir qualquer fonte falada que esteja perto da pessoa com o Pilot .Science Alert /Foto: Reprodução / Waverly Labs ).
Créditos: Jornal Ciência

Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe será encerrada hoje

Crianças com idade entre 6 meses e menores de 5 anos, gestantes, idosos, mulheres com até 45 dias após o parto, pessoas com doenças crônicas e profissionais de saúde têm até hoje (20) para receber a vacina contra a gripe. Povos indígenas, pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional também devem ser imunizados. 

A meta é vacinar pelo menos 80% do público-alvo, formado por 49,8 milhões de pessoas consideradas mais vulneráveis para complicações provocadas pela gripe.
De acordo com balanço do Ministério da Saude, o Paraná (84%), São Paulo (89,4%), o Amapá (86%), Espírito Santo (87,6%) e o Distrito Federal (89,2%) já atingiram a meta de vacinação para este ano.

Até agora, a Região Sul apresentou o melhor desempenho (84,%), seguida pelo Sudeste (83%), o Centro-Oeste (75,7%); Norte (73,3%) e Nordeste (70%). Entre os grupos prioritários, os profissionais de saúde registram a maior cobertura – 3,9 milhões de doses aplicadas, o que representa 95,2% dos profissionais a serem vacinados. Em seguida, estão as puérperas - que acabaram de dar à luz (88,2%); os idosos (81,6%); as crianças de 6 meses a menores de 5 anos (72,1%) e as gestantes (62,9%).

Os dados do ministério mostram ainda que, até o dia 9 de maio, foram registrados 2.808 casos de gripe de todos os tipos no Brasil. Desse total, 2.375 são pelo vírus H1N1, sendo que 470 pacientes morreram em decorrência da doença.
Créditos: Agencia Brasil

Reforma na Previdência deverá atingir trabalhadores que estão na ativa

Ainda sem informar o tamanho real do rombo das contas governamentais este ano, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ameaçou na quarta-feira (18) fazer mais e maiores cortes nos gastos federais caso o governo não consiga aprovar uma reforma da Previdência que valha também para os trabalhadores ainda na ativa. Foi a primeira vez que uma autoridade do governo falou claramente em alterar direitos já em vigor. Idade mínima e tempo de contribuição para a aposentadoria devem sofrer mudanças
Não fazer isso, na avaliação do ministro, seria uma “má solução” para a Previdência e não ajudaria a solucionar os problemas fiscais que estão no centro da crise brasileira. Se as reformas desejadas pela nova equipe forem aprovadas, Meirelles disse que a economia pode voltar a crescer já nos próximos trimestres. “Se o regime de Previdência for alterado apenas para quem não entrou ainda no mercado de trabalho, ótimo, muito bom. Por outro lado, isso só vai fazer efeito num prazo muito longo. Para a dívida pública é uma má solução”, argumentou em entrevista a um grupo de jornalistas.
“Se não for isso, temos de discutir quais outras despesas públicas terão de ser cortadas nos próximos anos. Queremos garantir a aposentadoria dos trabalhadores e a solvência do Tesouro Nacional”, completou. Ainda assim, Meirelles evitou classificar como “inegociáveis” pontos da proposta em estudo pelo governo e que deve ser apresentada em até 30 dias. Mas reforçou que a colocação de uma idade mínima para a aposentadoria – defendida por ele desde o dia em que assumiu o cargo – é um dos fatores que têm “mais peso” no modelo que está sendo desenhado.
A declaração do ministro da Fazenda sobre as consequências aos trabalhadores na ativa foi criticada pela Central Única de Trabalhadores (CUT). Para João Cayres, diretor nacional da entidade, alterações na Previdência para trabalhadores na ativa são uma quebra de contrato. “Não vamos aceitar isso, mexer com as pessoas que já estão no mercado de trabalho é mudar a regra no meio do jogo.”
Em entrevista ao SBT, quando questionado se defendia uma idade mínima igual, de 65 anos, para homens e mulheres, Meirelles disse apenas que essa é uma regra aplicada em vários países, mas que todas as alternativas ainda estão em estudo.
A CUT também não concorda com a ideia de fixar a idade mínima. “Essa mudança é uma injustiça e vai prejudicar principalmente as pessoas mais pobres, porque elas geralmente começam a trabalhar mais cedo”, diz Cayres.
Para ele, a existência do rombo na Previdência é discutível. “O assunto precisa ser tratado com mais transparência para termos certeza de que há o rombo. Se existir, a solução talvez seja fazer uma reforma tributária em que as pessoas mais abastadas contribuam mais e compensem a Previdência.”
Sem negociação e com necessidade de providências
Na última segunda-feira, o presidente em exercício, Michel Temer, convocou centrais sindicais para discutir a reforma da Previdência. A CUT decidiu não participar da reunião. “Não queremos negociar com um governo que consideramos ilegítimo e golpista, a Previdência está na nossa agenda de lutas junto com a questão do impeachment”, disse Cayres.
Consciente da resistência que a reforma terá em diversos segmentos – mesmo com a ampla base de apoio do governo no Congresso Nacional – o ministro tem claro que a comunicação da proposta terá de ser bem feita. “As pessoas dizem que um mês (para apresentar a proposta) é muito tempo, mas uma Reforma da Previdência feita em uma semana seria uma coisa malfeita, não seria aprovada e nem iria funcionar. Trata-se de um trabalho técnico, mas ao mesmo tempo político e social. A sociedade tem de ser convencida do que é preciso fazer.”
Sem prometer um prazo para que o Brasil saia da crise, Meirelles disse esperar que a retomada da atividade econômica ocorra já nos próximos trimestres, mesmo admitindo que as reformas terão impacto maior no mandato do próximo presidente da República.
Créditos: Focando a Notícia

quinta-feira, 19 de maio de 2016

País pode voltar ao Mapa da Fome com cortes no Bolsa Família

Cortes no Progama Bolsa Família propostos pelo governo de Michel Temer (PMDB) podem colocar o Brasil de volta no Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou a presidenta eleita Dilma Rousseff durante bate papo nas redes sociais ontem (18).

Em 2014, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) reconheceu as ações dos governos do ex-presidente Luiz Inácio da Silva e da presidenta Dilma no combate à fome, que ajudaram a reduzir em 82,1% o número pessoas subalimentadas no período de 2002 a 2014. A própria FAO destaca que o Bolsa Família contribuiu para alcançar esse índice.

Ao lado de Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do seu governo, Dilma respondeu a perguntas dos internautas e abordou especificamente sobre o programa que atende a 46 milhões de brasileiros e já tirou mais de 36 milhões de pessoas da pobreza. A presidenta eleita afirmou que, quando o Bolsa Família começou, em 2003, 10% da população estava em situação de insegurança alimentar, ou seja, não sabia se teria as três refeições do dia.

“Hoje, é menos de 1%. Por isso, o Brasil saiu do Mapa da Fome das Nações Unidas. É claro que se houver corte no programa há o risco de voltarmos ao passado. É com orgulho que podemos dizer que nasceu no Brasil a primeira geração de crianças livre da fome e na escola. Não podemos permitir retrocessos”, escreveu Dilma.
Créditos: Agencia PT

Governo Temer anuncia redução de 10 mil médicos no programa "Mais Medicos"

O presidente interino Michel Temer afirmou que manterá programas sociais. Contradição: o ministro interino da Saúde anuncia redução de 10 mil médicos estrangeiros do programa 'MaisMédicos'.  Hoje, estes 10 mil médicos garantem acesso à saúde a 35 milhões de pessoas - populações mais vulneráveis nas periferias das capitais, cidades do interior, regiões de fronteira, departamentos de saúde indígena, áreas quilombolas etc.

O governo Dilma garantiu o 'MaisMédicos' até 2018 com apoio dos prefeitos. Médicos brasileiros são prioridade e estão sendo formados. Médicos estrangeiros estão onde faltam médicos brasileiros.
O ministro interino da Saúde declarou que o Estado brasileiro não tem condições de garantir o que o cidadão pela Constituição tem o direito de receber: saúde universal e gratuita do SUS. 

 Para ele, direitos dos cidadãos devem ser reduzidos e população deve contratar mais planos de saúde. É uma visão política elitista. Mais uma declaração dos interinos que dura 24 horas. O problema é que a intenção é permanente. Heider Pinto
Coordenador do programa #MaisMédicos.
Créditos: Plantão Brasil

Resistência a antibióticos pode matar 10 milhões de pessoas por ano

A resistência aos antibióticos poderá matar em 2050 mais dez milhões de pessoas por ano, ou seja, uma pessoa em cada três segundos, informa estudo hoje (19) divulgado em Londres.
Nomeado pelo governo britânico para conduzir o documento sobre a resistência aos antibióticos, o economista Jim O’Neill destacou a necessidade de ações urgentes para evitar que a medicina preventiva regresse à Idade Média.

“É preciso que isso se torne uma prioridade para todos os chefes de Estado”, afirmou O’Neill, citado pela agência de notícias France Presse, ao propor uma bateria de medidas para enfrentar o problema.
O relatório apela à mudança drástica na maneira de utilizar os antibióticos, cujo consumo excessivo e a má utilização favorecem a resistência das chamadas “super-bactérias.”

O estudo preconiza o lançamento de uma vasta campanha para sensibilizar o público que ignora os riscos. Defende, ainda, a criação de um fundo de investigação; a forte redução da utilização de antibióticos durante a fase de crescimento; ou, ainda, premiar com  milhões de dólares o laboratório que desenvolver uma nova família de fármacos que substituam os antibióticos de forma eficaz.
Mortes
Desde o lançamento do estudo, em meados de 2014, mais de um milhão de pessoas morreram por infecções relacionadas com a resistência aos antibióticos, diz o documento. Ele estima que este balanço pode crescer muito, ao ritmo de mais 10 milhões de mortes por ano até 2050, ou seja, mais pessoas do que o câncer mata hoje.

A eficácia decrescente dos antibióticos preocupa fortemente a comunidade científica. A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu, em novembro, que o fenômeno representa um “imenso perigo” e que, se nada for feito, o planeta caminha para uma “era pós-antibiótica, na qual as infecções atuais podem recomeçar a matar.”
A resistência aos antibióticos acontece quando uma bactéria evolui e se torna resistente aos antibióticos utilizados para tratar infecções.
Créditos: Agencia Brasil