quinta-feira, 16 de junho de 2016

Jaguar Land Rover inaugura fábrica de R$ 750 milhões no Brasil

O polo automotivo do estado do Rio de Janeiro ganhou mais uma gigante: a Jaguar Land Rover inaugurou, na terça-feira (14/6), em Itatiaia, sua primeira fábrica fora do Reino Unido. A inglesa prevê um investimento de R$ 750 milhões até 2020. Estima-se a fabricação de 24 mil veículos por ano, gerando até 400 empregos diretos nesta primeira fase. 
Outras quatro grandes marcas já estão instaladas no polo automotivo do estado, na região do Médio Paraíba: Man Latin America e Nissan, em Resende; PSA Peugeot Citroen, em Porto Real; além da montadora de tratores e máquinas pesadas da Huyndai, em Itatiaia. As montadoras – instaladas ou em instalação – já somam investimentos acima de R$ 14 bilhões e geram mais de 10 mil empregos.
- Precisamos trabalhar nas fontes adequadas para gerar receitas. Temos uma meta, que é atender a 10% da indústria de logística no Rio. Hoje, estamos com 5,5%. O que me entusiasma mais é saber que uma fábrica como essa (Jaguar Land Rover) traz movimentação para o Porto, traz toda uma rede de fornecedores e gera empregos – afirmou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Marco Antônio Capute.  O diretor global de operações da Jaguar Land Hover, Neal Jauncey, classifica o Brasil como mercado estratégico.
–  Estamos orgulhosos com a forte ligação que já criamos com a comunidade local e felizes por podermos abrir nosso primeiro centro educacional para jovens fora do Reino Unido. Mais de mil pessoas já completaram nosso curso e estão prontas para começar uma nova carreira – antecipou Jauncey.
Com os anúncios dos investimentos feitos pelas montadoras, fornecedores também foram atraídos para a região. Atualmente, outros 15 grupos já anunciaram sua instalação no polo automotivo do estado. Os investimentos ultrapassam R$ 2 bilhões.  (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Créditos: Jornal do Brasil

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Déficit da Previdência é farsa, afirma pesquisadora da UFRJ

O presidente interino Michel Temer extinguiu o Ministério da Previdência Social e transferiu as funções da pasta para o Ministério da Fazenda. E, agora, o governo articula a aprovação da reforma da Previdência

Dentre as mudanças, está a idade mínima para aposentadoria de 65 anos, tanto para homens como para mulheres.
Hoje, não existe idade mínima. Homens podem se aposentar depois de 35 anos de contribuição, e mulheres, após 30. 

Para receber a aposentadoria integral, é necessário que a idade e o tempo de contribuição somem 85 para as mulheres e 90 para os homens. Para a professora Denise Gentil, do Instituto de Economia da UFRJ, a nova proposta, que iguala a idade mínima para ambos os sexos, tem um caráter machista ao desconsiderar que as mulheres possuem muito mais tarefas que os homens na vida cotidiana. “Elas trabalham na casa, estudam, trabalham. São três, quatro jornadas”, lembra ela.

A nova proposta também acabaria com a diferença para os trabalhadores rurais, que atualmente podem se aposentar cinco anos antes. “Quem propõe a reforma não tem a menor noção do que é o trabalho no campo quando oferece a mesma condição de aposentadoria para o trabalhador urbano”, afirma. “É absolutamente injusto. O trabalhador no campo está muito mais exposto e inicia o trabalho muito mais cedo”, afirma.

Outra mudança é a desvinculação da aposentadoria ao salário mínimo. Nos moldes atuais, o piso do benefício e os reajustes têm que acompanhar os aumentos anuais do salário mínimo.
O argumento para todas essas mudanças é o suposto déficit da Previdência. Segundo o governo golpista, o sistema da Previdência gasta mais do que ganha. No entanto, para Denise Gentil, o déficit é uma falácia. A pesquisadora explica que a Constituição prevê que todas as contribuições sociais sejam destinadas para a Seguridade Social, mas apenas uma delas é incluída na conta – a contribuição sobre a folha de pagamento.

As outras (como o Cofins, o PIS/PASEP e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido) são utilizadas para outros fins, de acordo com a professora. Nessa conta, a Previdência teria um superávit de 20 bilhões, e não um déficit de quase R$ 80 bi. Gentil afirma que o problema do Brasil não é fiscal, mas sim financeiro. Com uma das taxas de juros mais altas do mundo (a Selic, taxa básica de juros, é de 14,25% ao ano), o Brasil gastou apenas em 2015 cerca de R$ 501 bilhões com pagamento de juros da dívida, distribuídos entre 100 mil pessoas. Com a Previdência, o gasto foi de R$ 436 bilhões, distribuídos em 28 milhões de beneficiários.

Esses R$ 501 bilhões são pagos em remunerações para os detentores dos títulos da dívida. A diferença é que, enquanto a aposentadoria é paga a trabalhadores que tiveram uma vida inteira de contribuição, os detentores de títulos não deram nenhuma contribuição ao setor produtivo. “A aposentadoria não é nenhum altruísmo do governo. O que as pessoas que pagam juros trabalharam para receber isso?”, questiona ela.

O objetivo do discurso de déficit é estimular as pessoas a contratarem planos de previdência privada, segundo a pesquisadora. “Bancos querem passar a fazer serviços financeiros que antes eram serviços do Estado”, afirma ela. Por Clara Roman, da Agência PT de Notícias
Créditos: Agencia PT

Bens de Eduardo Cunha e de sua mulher são bloqueados

O juiz Augusto César Pansini, da 6ª Vara Federal em Curitiba, determinou ontem (14) o bloqueio de bens do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de sua mulher, Cláudia Cruz, do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Zelada e mais dois investigados. Na mesma decisão, o magistrado determinou a quebra sigilo fiscal de Cunha desde 2007. A informação veio a público pouco depois do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara ter aprovado o pedido de cassação de Cunha, por 11 votos a 9.
A decisão do juiz Pansini responde a pedido do Ministério Público Federal, que defende a condenação de Cunha a devolver R$ 20 milhões, referentes a movimentações em contas não declaradas no exterior, além da suspensão dos direitos políticos por dez anos. Se condenada, a mulher de Cunha deverá devolver o equivalente R$ 4,4 milhões por ter sido beneficiada por valores depositados em uma das contas.
“A corroborar todos esses indícios, o deputado Federal Eduardo Cunha é investigado no Inquérito n.º 4.146/DF, sob o jugo do STF e no qual são apurados os mesmos fatos questionados nesta ação de improbidade”, diz o juiz na decisão.
Ele acrescenta: “Defiro o pedido de liminar (nos termos formulados pelo MPF) e decreto a indisponibilidade de recursos financeiros e bens dos réus, inclusive das empresas C3 Produções Artísticas e Jornalística Ltda. e C3 Atividades de Internet Ltda. (nome fantasia Fé em Jesus, antes denominada Jesus.com), pois há elementos de prova revelando que existe uma confusão patrimonial entre tais entidades societárias e seus sócios, autorizando, portanto, a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica”.Leia a íntegra da decisão do juiz: Ação Civil de Improbidade Administrativa nº 5028568-79.2016.4.04.7000/PR. (Com informações da Agência Brasil./Foto: Marcos Oliveira ).
Créditos: Rede Brasil Atual

Bebidas muito quentes podem levar a câncer de esôfago, diz OMS

As bebidas muito quentes 'provavelmente' provocam câncer de esôfago, anunciou nesta quarta-feira (15) a agência especializada em pesquisas de câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS), que fez questão de explicar que a temperaturas "normais" o café e o mate não possuem efeito cancerígeno.

"O consumo de bebidas muito quentes é uma causa provável de câncer de esôfago e é a temperatura - não a bebida em si - que parece ser a causa", disse Christopher Wild, diretor da Agência Internacional para a Pesquisa sobre Câncer (IARC, na sigla em inglês), ao apresentar o estudo realizado por um comitê de 23 especialistas. As bebidas "muito quentes" são aquelas consumidas a temperaturas superiores a 65 graus, segundo a IARC.

Estudos realizados na China, Irã e Turquia, e no caso do mate na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, onde as infusões geralmente são ingeridas a pelo menos 70 graus, demonstraram que o risco de câncer aumenta com a temperatura da bebida, destaca a agência da OMS.
Créditos: G1

terça-feira, 14 de junho de 2016

Minha Casa Minha Vida não atenderá mais famílias de baixa renda

Confira todas as mudanças realizadas pelo novo governo no programa. A terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida já sofreu algumas mudanças após o presidente interino, Michel Temer, assumir o governo. Alegando problemas orçamentários, Temer encerrará os benefícios antes concedidos às pessoas de renda inferior, que se enquadravam na faixa 1 (renda até R$1.800). Outra faixa que deixará de receber benefícios é a 2 (até 3.600).

Desta forma, a terceira etapa totalmente reformulada e relançada com uma meta inferior ao prometido pela presidente afastada, Dilma Roussef, que prometeu 3 milhões de residências em 2014, antes de sua reeleição. Com o atual governo, esse número cai para 1,5 milhão de unidades nos próximos três anos.

Outra mudança será a extinção da nova faixa de renda, que era a novidade na terceira fase do programa Minha Casa, minha Vida. Dilma criou uma nova categoria 1,5 que provavelmente não sairá do papel. Criado em 2009 pelo Governo Federal, o programa Minha Casa, Minha Vida estava em sua terceira fase com novas regras para quem sonhava com a casa própria. As alterações no PMCMV havia adotado uma nova faixa de renda e ampliado os juros cobrados no financiamento.


Na nova fase do Minha Casa Minha Vida foi criada uma parcela intermediária.
A terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida já sofreu algumas mudanças após o presidente interino, Michel Temer, assumir o governo. Alegando problemas orçamentários, Temer encerrará os benefícios antes concedidos às pessoas de renda inferior, que se enquadravam na faixa 1 (renda até R$1.800). Outra faixa que deixará de receber benefícios é a 2 (até 3.600).

Desta forma, a terceira etapa será totalmente reformulada e será relançada com uma meta inferior ao prometido pela presidente afastada, Dilma Roussef, que prometeu 3 milhões de residências em 2014, antes de sua reeleição. Com o atual governo, esse número cai para 1,5 milhão de unidades nos próximos três anos. Outra mudança será a extinção da nova faixa de renda, que era a novidade na terceira fase do programa Minha Casa, minha Vida. Dilma criou uma nova categoria 1,5 que provavelmente não sairá do papel.

Criado em 2009 pelo Governo Federal, o programa Minha Casa, Minha Vida estava em sua terceira fase com novas regras para quem sonhava com a casa própria. As alterações no PMCMV havia adotado uma nova faixa de renda e ampliado os juros cobrados no financiamento.
Tabela mostra os valores do Minha Casa Minha Vida no governo da Presidente afastada Dilma Rousseff.

Como era antes de Temer:
Uma das principais mudanças desta última etapa, foi a criação de uma faixa intermediária de renda, entre R$ 1.800 e R$ 2.350, que se chama faixa 1,5. Também aumentaram os juros cobrados para a família que recebe acima de R$ 2.350. A faixa 1 continuava sem cobrança de juros. Válidas somente para novos contratos, as novas regras prometiam financiar o imóvel com taxas mais baixas que as oferecidas no mercado. Na terceira fase número menor de financiamentos, o prazo de financiamento era o mesmo e as parcelas deveriam ser pagas no máximo em até 10 anos.

Qual é a renda mínima e máxima necessárias?

As primeiras edições do programa Minha casa, Minha vida exigiam renda mínima de R$ 1.600 como primeira faixa de renda. Na fase 3, o valor da renda mínima era de R$ 1.800 livre dos juros.
Veja na tabela abaixo como estavam os valores e os juros antes da suspensão do programa.
Para saber mais sobre o mercado imobiliário acesse: http://bit.ly/NovidadeMinhaCasaMinhaVida.
Fonte : G1.
Créditos: Plantão Brasil

STF derruba ato de comissão e autoriza perícia pedida por Dilma

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, decidiu, nesta segunda-feira (13), derrubar uma decisão da comissão especial do impeachment e acatar um pedido feito pela defesa da presidente afastada Dilma Rousseff para que o colegiado realize uma perícia contábil sobre os fatos que motivam a denúncia contra ela: as chamadas pedaladas fiscais e a edição de decretos suplementares de crédito sem autorização.

Na última quarta-feira (8), o ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo, que defende Dilma, apresentou o pedido ao colegiado sob o argumento de "esclarecer os fatos relacionados à inexistência de materialidade, de lesividade e de conduta típica, elementos centrais para que esteja definitivamente provada a inocência da senhora presidenta".

O relator do caso, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), chegou a acatar o pedido por considerar que o procedimento resguarda o direito de defesa mas, ao ser votado pela comissão, o requerimento foi rejeitado. Cardozo, então, recorreu a Lewandowski, que atua como presidente do processo de impeachment.

A decisão é um revés para a comissão, composta majoritariamente por senadores pró-impeachment. Durante a discussão sobre o tema, na semana passada, eles argumentaram que o fato era apenas uma tentativa de procrastinação feita pela defesa porque já existe documentação sobre a edição de decretos suplementares e das pedaladas fiscais produzida pelo Tribunal de Contas da União.

Em sua decisão, Lewandowski afirmou que a perícia "guarda relação direta com as teses da defesa" e não se mostra "irrelevante ou impertinente". O ministro argumentou também que a perícia "evita futuras arguições de nulidade do processo por parte da defesa" e lembrou que a perícia não ensejará custos ao Senado porque foram designados técnicos da própria Casa.
Créditos: Folha de S. Paulo

Vendas de armas no mundo batem recorde

As compras da região Ásia-Pacífico foram o principal motivo do crescimento das vendas mundiais de armas, que, em 2015, alcançaram a cifra recorde de US$ 65 bilhões, anunciou o instituto de análise de defensa IHS Jane's.As importações de armamento dos países dessa região cresceram 71% entre 2009 e 2016, contribuindo para um aumento de 11,3%, ou US$ 6,6 bilhões, do mercado mundial de armas no ano passado, revelou esta organização com sede em Londres.
No entanto, os principais importadores de armas em 2015 foram a Arábia Saudita e a Índia, seguidos pela Austrália, Egito e Coreia do Sul. O ranking de exportações de armas em 2015 é liderado pelos Estados Unidos (US$ 22,691 bilhões), seguido pela Rússia (US$ 7,44 bilhões), Alemanha (US$ 4,77 bilhões), França (US$ 4,77 bilhões) e Reino Unido (US$ 3,89 billhões).
"O mercado mundial da defesa jamais viveu um aumento como o que vimos entre 2014 e 2015", afirmou Ben Moores, analista de IHS Jane's. "O ano de 2015 foi recorde", acrescentou.
Moores disse que houve uma aceleração das compras, em particular nos "países que bordeiam o mar do sul da China".
IHS Jane's previu que o mercado crescerá em 2016, a US$ 69 bilhões, apontando em particular a incapacidade da Índia de fabricar o equipamento de qualidade de que precisa para substituir seu material ultrapassado. Foto; UOL
Créditos: WSCOM