terça-feira, 12 de julho de 2016

Embratur quer fim de visto para americanos

De olho na experiência argentina, o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, vai propor ao chanceler José Serra o fim da exigência de visto de entrada no Brasil para norte-americanos, segundo a coluna de Andreza Matais. O visto será suspenso durante a Olimpíada do Rio.
No país vizinho, no primeiro trimestre, a iniciativa representou um aumento de 25% no fluxo de turistas dos EUA, em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a “Coluna do Estadão”, apesar da boa perspectiva em termos financeiros, o tema pode enfrentar resistência técnica dentro do Itamaraty. Foto: O Dia
Créditos: Brasil 247

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Mulheres podem levar até dez anos para denunciar violência, diz pesquisa

Mulheres vítimas de violência em seus relacionamentos podem levar até 10 anos ou mais para denunciarem o crime, apontou uma análise feita pelo núcleo de gênero do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

“Romper o silêncio é muito difícil, porque há um tempo para que a vítima entenda que está sofrendo violência”, explica a promotora Valéria Scarance, de 44 anos, coordenadora do núcleo.

A unidade analisou todas as denúncias de violência contra mulher feitas ao aparelho Ligue 180, do Governo Federal, entre 2014 e 2015. Na semana passada, a ex-modelo e atriz Luiza Brunet acusou o ex-marido, o empresário Lírio Parisotto, de agressão. Em depoimento ao Ministério Público (MP) de São Paulo, ela disse ter sido agredida mais de uma vez, durante os quase cinco anos de relacionamento que tiveram. Ao Fantásitco, ela contou que teve “medo e vergonha” de denunciar.
De acordo com a pesquisa, cerca de 37% das denúncias foi feita por mulheres que estavam em relacionamentos há uma década ou mais. A análise tem índice de erro de até dois pontos percentuais, para mais ou para menos.“Nem sempre a violência física acontece no começo da relação, e há também o tempo para que ela se conscientize que aquele comportamento do agressor é duradouro, é repetitivo, que pode colocar em risco sua vida e sua saúde”, explica Valéria.
Ainda segundo o estudo, no mesmo período, apenas entre 11% e 12% das queixas recebidas foram registradas por mulheres em relacionamentos de um ano ou menos. Para Scarance, que é também autora de um livro sobre a Lei Maria da Penha, os dados confirmam a dificuldade das mulheres em relatar de forma imediata uma agressão.
A promotora revela que o tempo de repressão da denúncia pode ser estendido, também, pela vergonha da vítima em ter sua vida pessoal exposta; pelo medo de reações ainda mais agressivas vindas do parceiro ou de terceiros e, principalmente, pelo medo de sofrer revitimização – quando a vítima é culpabilizada pela violência sofrida.
“Isso acontece tanto pelos destratos das autoridades, quanto por parte da sociedade, quando se avalia conduta, o histórico da vítima, suas vestes, seu comportamento, o porquê e as vírgulas e entrelinhas do relato da vítima”, diz. Para ela, o que se deve avaliar quando há a denúncia de um crime é se houve violação e quem a fez.

Outros questionamentos seriam “juízo de valor que não são compatíveis com uma sociedade que se julga desenvolvida”.“A responsabilidade de cada um é não julgar as vítimas de violência de gênero. Se o nosso país é o quinto no mundo que mais mata mulheres, é porque muitas não encontraram apoio, acolhida. A responsabilidade dessas mortes não é só das autoridades, é de cada um de nós”, defende.(G1/ Foto: MídiaNews).
Créditos: Focando a Notíci

Luta contra o golpe ganha tribunal internacional

Foto: Democracy for BRASIL UK
A ruptura democrática provocada pelos golpistas ao afastarem do governo a presidenta Dilma Rousseff  repercutiu em todo o continente e em outros países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas. Mais que isso, colocou em risco, pelo peso que o País representa, o processo de integração e  instituições como Mercosul, Unasul, Celac, BRICs entre outras.

Com o objetivo de ampliar o debate e o conhecimento sobre esta nova modalidade de golpe de estado (o impeachment sem crime de responsabilidade), movimentos sociais brasileiros resolveram instituir, no Rio de Janeiro, um Tribunal Internacional pela Demoracia no Brasil.

Para isso foram convidados renomados juristas e intelectuais de vários países, com a atribuição de julgarem este procedimento de violação do regime democrático e da Constituição. 
A abertura está marcada para as 18 horas do dia 19 de julho, e o encerramento, no dia seguinte, às 12 horas. O evento será no Teatro Oi Casa Grande, com entrada franca. ( Por Rui Falcão presidente nacional do PT ).
Créditos: Agencia PT

Rússia registra violações ao cessar-fogo na Síria

O Centro Russo para Reconciliação Síria, instalado na base aérea de Hmeymim, registrou duas violações ao regime de cessar-fogo na Síria nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Defesa da Rússia. O cessar-fogo, negociado por Rússia e Estados Unidos, entrou em vigor no dia 27 de fevereiro em toda a Síria, mas organizações terroristas como a Frente Nusra e o Estado Islâmico não aderiram.

“O fim das hostilidades na Síria vem sendo respeitado na maioria das províncias da Síria. Entretanto, duas violações foram registradas nas províncias de Damasco”, disse o ministério em boletim publicado em seu site.

A Síria vive uma guerra civil desde 2011, com forças governamentais leais ao presidente Bashar Assad combatendo vários grupos de oposição e extremistas. O boletim informou também que o regime de silêncio estabelecido na Síria durará até à meia-noite de hoje.(Por Agencia Brasil)
Créditos: WSCOM

Movimentos sociais não conseguem dialogar com ministro da Saúde

Em ocupação do Ministério da Saúde, na Bahia, lê-se: “Na casa do SUS, todos entram” . Foto: OcupaSUS
Depois de meses à frente do ministério da Saúde, Ricardo Barros (PP), fez sua primeira reunião com o Conselho Nacional de Saúde (CNS), na semana passada. O saldo, no entanto, segundo o CNS, não foi nada positivo. O conselho emitiu nota em que disse ser “evidente” o distanciamento das agendas das duas partes. “Pautas como o ajuste fiscal, que enfraquece demasiadamente o Sistema Único de Saúde (SUS), e a pulverização de aéreas urbanas com agrotóxicos mostraram o abismo entre as duas partes”, diz o CNS.
Na conversa, o conselho disse ainda que, “apesar de todas as críticas estarem amparadas em dados técnicos e relacionadas diretamente ao SUS, o ministro interino Ricardo Barros preferiu classificar o debate como “político”.
Entidades como a Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e especialistas como Mário Scheffer, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo o, e Lígia Bahia, professora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ) criticaram fortemente a fala em entrevista ao “Estadão”.
Scheffer, que já falou ao Saúde! Brasileiros, que planos de saúde nunca vão substituir o SUS, salientou que não é a primeira vez que a ideia de planos baratos surgem. “Esse é um velho sonho de empresas de saúde. Ter uma regulação mais flexível, que permita ao setor a oferta de serviços mínimos e muitas bondades de governo, sobretudo renúncia fiscal”, afirmou, em entrevista.
Barros recebeu doação de administradora de plano de saúde e, desde que assumiu, defende uma agenda de expansão do setor privado, com menos fiscalização. Ele chegou a afirmar que quanto “mais gente tiver plano melhor” e sugeriu que o setor não precisava de fiscalização.
Ligia Bahia, professora da UFRJ, vê no posicionamento do ministro um incentivo para que as operadoras se sintam desobrigadas a pensar na qualidade do atendimento prestado, fato que já acontece “Não há milagre. De que adianta as pessoas contratarem um plano que não tem credenciados em número suficiente, clínicas ou hospitais?”, disse.
Entidades também divulgaram nota em apoio à livre expressão de funcionários do ministério da Saúde, em face de suspeitas sobre as motivações de muitas demissões que ocorrem na pasta. Uma nota, assinada pelo Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES), pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), Frente Democracia e Saúde, pela Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde (ANEPS) e pela Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, denuncia as demissõee diz que há abuso de autoridade, e atitudes contra à liberdade de consciência, em especial no Ministério da Saúde.
A nota evoca art. 5 da Constituição Federal, que prevê como um direito fundamental a liberdade de consciência. O texto enfatiza que não existem condicionalidades aos direitos fundamentais, que são garantidos a todas as brasileiras e brasileiros, inclusive servidores públicos, concursados, temporários, contratados, terceirizados. “Qualquer tentativa de restringir esse direito dos servidores públicos se configura crime de abuso de autoridade conforme art. 3o da Lei 4898”, diz a nota.
“Somente as declarações do ministro já seriam motivos suficientes para ele até mesmo deixar de ser ministro da Saúde, uma vez que não defende os propósitos da pasta, nem do povo brasileiro. Diante desse cenário, só há uma alternativa ao povo brasileiro, aí inclusos os servidores públicos, trabalhadores da saúde e do próprio Ministério da Saúde: ampla resistência social. E é isso que tem sido feito”, enfatizou a nota.
 Estudo realizado pela Comissão de Financiamento e Orçamento (Cofin)  do CNS mostra que a PEC 241/2016, que estabelece teto de gastos para a saúde, levaria ao subfinanciamento na ordem de bilhões de reais do sistema. A preocupação é tão grande que essa PEC está sendo classificada como a morte do SUS, informa o Conselho Nacional de Saúde.
Outra proposta duramente criticada pelos conselheiros é a lei sancionada recentemente pelo presidente interino Michel Temer que autoriza a pulverização aérea com agrotóxicos em áreas urbanas. A falta de medicamentos para doenças crônicas, degenerativas e raras, além da falta de soros e vacinas na rede pública, também foram expostas.
No País, três sedes estaduais do ministério estão ocupadas (Florianópolis, Belo Horizonte e Bahia). O prédio da pasta no Rio de Janeiro também chegou a ser ocupado por 20 dias. Na semana passada, ativistas marcharam em frente ao Congresso Nacional em defesa do SUS, democracia e da seguridade social. Diversas manifestações em audiências públicas e reuniões também têm sido organizadas.
Créditos: Brasileiros

domingo, 10 de julho de 2016

Janot pede que Cunha devolva R$ 300 milhões

247-Além da perda da presidência da Câmara e dos problemas criminais que enfrenta, o deputado afastado Eduardo Cunha pode ser condenado a devolver R$ 298,8 milhões à União. É esse o valor pedido pelo procurador-geral Rodrigo Janot, segundo informam os jornalistas Márcio Falcão e Aguirre Talento (pela Folha de SP).
Janot já pediu ao Supremo Tribunal Federal que o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja condenado a ressarcir os cofres públicos em R$ 298,8 milhões, para compensar valores desviados em esquemas de corrupção na Petrobras e no FI-FGTS, na Caixa Econômica Federal.
Cunha, que declarou patrimônio de R$ 1,6 milhão à Justiça Eleitoral, se disse alvo de perseguição. O procurador-geral pede ainda que outro aliado do interino Michel Temer, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, devolva R$ 3,2 milhões.(247)
Créditos: WSCOM

Gêmeos idênticos não possuem o mesmo DNA, diz estudo

Um estudo liderado pelo geneticista Carl Bruder, da Universidade do Alabama, nos EUA, revelou que o código genético de gêmeos idênticos não é exatamente igual, como se pensava anteriormente.
Comparando o DBA de 19 pares de gêmeos idênticos, Bruder e sua equipe surpreenderam-se ao encontrar diferenças que antes não eram conhecidas, como o número de cópias de alguns genes específicos entre os irmãos. O natural é que cada ser humano carregue duas cópias de cada gene, uma herdada da mãe e outra do pai. Porém, o que Bruder notou, é que os gêmeos, em algumas regiões do genoma, fogem à regra, tendo número diferentes desses genes, carregando de 0 até 14 cópias deles. Isso mostrou que os gêmeos apresentavam números diferentes um do outro.
 O estudo genético de gêmeos é bastante frequente entre o meio científico, justamente para saber se há influência genética para o crescimento ao longo da vida, o aparecimento de doenças e condições específicas, a forma de se comportar, personalidade e transtornos. Com o estudo recente, a maioria das convicções podem mudar, revelando uma alternativa ao estudo das raízes genéticas e ambientais de algumas doenças e condições.
 O próximo passo da pesquisa consiste na comparação genética entre gêmeos, sendo que um deles contenha alguma doença que possa modificar o número de cópias genéticas relacionadas. Porém, de acordo com Kerry Jang, fisiologista da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, líder do maior estudo com gêmeos em seu país, os resultados que Bruder encontrou não mudaria tanto os estudos anteriores. “Podemos ajustar nossos modelos para levar as diferenças genéticas em conta da mesma maneira que os ajustamos para diferenças de ambiente”, disse ela.
Porém, alguns fatores da pesquisa podem, de fato, surpreender. Acredita-se que tal diferença no número de cópias dos genes possa ocorrer ao longo da vida, batendo de frente com a ideia de que a combinação genética do nascimento determina quem você será ao longo da vida, com suas peculiaridades e tendências biológicas. “Acredito que o genoma com o qual você nasce não é o mesmo com o qual você morre – pelo menos não para todas as células no organismo”, disse Bruder, que também espera que a diferença entre os gêmeos possa ajudar, por exemplo, em investigações criminais, podendo “inocentar” o irmão que não estivesse envolvido no caso.
 Charles Lee, geneticista do Women’s Hospital de Boston, nos EUA, salientou que a mudança do DNA ao longo da vida é surpreendente e deve ser levada em conta. “É um alerta para que possamos tomar conta do ambiente, pois ele pode alterar nosso genoma. À medida que você envelhece, as chances de ter um rearranjo genômico que provoca uma certa doença são cada vez maiores”,opinou, levando em consideração os dados do estudo que revelam que tais diferenças genéticas aumentam com o passar do tempo.
 O estudo de Bruder, no entanto, possui dados conflitantes, pois ao mesmo tempo que aponta para a mudança dos genes ao longo da vida, também determina que os gêmeos já nascem diferentes. “Talvez não devêssemos chamá-los de gêmeos idênticos, mas de gêmeos de um único óvulo”, sugeriu Frederick Bieber, patologista da Harvard Medical School, visando uma melhor compreensão do termo, baseando-se nos dados do surpreendente estudo. (Scientific American Brasil / Foto: Reprodução / Pixabay ).
Créditos: Jornal Ciência