domingo, 17 de julho de 2016

Lula lidera intenção de voto em 2018

Pesquisa do Datafolha divulgada neste sábado, 16, aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como líder de intenção de voto para o primeiro turno da eleição presidencial de 2018. De acordo com a sondagem, o petista, no entanto, perderia a disputa no segundo turno para a ex-senadora Marina Silva (Rede) ou para o ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB).

No cenário de primeiro turno em que Aécio Neves (PSDB) é o adversário, Lula aparece com 22%, Marina com 17% e o tucano, com 14%. Lula também lidera os índices de rejeição, com 46%, seguido por Aécio Neves e Michel Temer, ambos com 29%. A pesquisa foi realizada nos dias 14 e 15 de julho, com 2.792 entrevistados. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos. 
Créditos: WSCOM

sábado, 16 de julho de 2016

Senadores pedirão a paralisação do impeachment

Após a decisão do Ministério Público, que pediu arquivamento do processo das "pedaladas fiscais" contra Dilma Rousseff, senadores da base aliada do governo afastado entrarão com requerimentos para paralisar a comissão do impeachment no Senado.Ontem, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) ingressou com um requerimento para que o Senado escute o procurador.
"E agora? O que fará o Tribunal de Contas da União? E o Senado Federal?", questionou Gleisi, lembrando ser esta a acusação que embasou o afastamento temporário da presidenta. Segundo ela, a única solução possível é o arquivamento do pedido de impeachment, uma vez que está comprovada a inocência de Dilma.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que outros senadores devem seguir o movimento e entrar com pedidos para interromper os trabalhos da comissão no processo contra Dilma. "Esse processo está desmoralizado de uma vez por todas. Como é que o Senado vai continuar levando esse processo de impeachment à frente?".Ele lembra que nos dias 19 e 20, juristas de todo mundo e personalidades farão um tribunal moral internacional para julgar esse processo.(247)
Créditos: RBA

Quase 200 pessoas morrem em tentativa de golpe

Quase 200 pessoas morreram em uma tentativa de golpe militar de Estado conduzida ontem (15 ), na Turquia, por uma facção das forças armadas do país. Os militares chegaram a realizar movimentos com tanques e helicópteros para tomar o poder: assumiram a TV estatal, impuseram a lei marcial e um toque de recolher, atacaram a sede do órgão de inteligência turco e atiraram no prédio do Parlamento do país e em um resort na cidade portuária de Marmaris.
No entanto, no final da noite de ontem (15) e na madrugada de hoje (16) milhares de turcos responderam positivamente ao apelo do presidente Tayyip Erdogan para resistir ao golpe e tomaram as ruas de Ancara (capital do país) e de Istambul (principal cidade da Turquia). Em consequência, dezenas de soldados que atuaram em favor do golpe abandonaram os tanques nas ruas. Esses tanques foram ocupados por civis que apoiam o presidente Erdogan.
Comunicado distribuído à imprensa pela Embaixada da Turquia em Washington, capital dos Estados Unidos, informou, no final da noite de ontem, que “o que se desenrolou na Turquia foi uma tentativa de golpe para derrubar o governo democraticamente eleito".
O documento informou ainda que "a tentativa foi frustrada pelo povo turco em unidade e solidariedade”. Segundo o comunicado, a tentativa de golpe foi conduzida por “uma minoria” dentro das Forças Armadas.
Hoje pela manhã, a agência Anadolu, a principal do país, informou que 1.563 membros das forças armadas foram detidos em todo o país. De acordo com o Ministério do Interior, 5 generais e 29 coronéis foram afastados das suas funções.
Cerca de 200 soldados desarmados deixaram quartéis militares da Turquia e se entregaram à polícia, segundo informou a Agência Anadolu.
A tentativa de golpe começou a se reverter, ontem, a partir do momento em que o presidente Tayyp Erdogan desembarcou no Aeroporto de Istambul, vindo de um local não identificado. Em seguida, ele fez um apelo dramático para que a população do país fosse às ruas.
"Uma minoria dentro das forças armadas, infelizmente, tem sido incapaz de digerir a unidade da Turquia", disse Erdogan ao canal de televisão privado NTV. Ele acrescentou: "O que está sendo perpetrado é uma rebelião e uma traição. Eles vão pagar um alto preço por sua traição à Turquia ".
Na entrevista, o presidente turco deu a entender que os conspiradores tinham tentado assassiná-lo, referindo-se a um bombardeio que ocorreu em um resort mediterrâneo na cidade portuária de Marmaris. "Parece que eles pensaram que eu estava lá", disse o presidente.
A Turquia é um país integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e um dos principais aliados dos Estados Unidos. A Otan é uma aliança política e militar que integra 28 países da América do Norte e Europa. Quase 100% da população turca se identifica como muçulmana.
A maior parte dos muçulmanos da Turquia são sunitas e professam a religião dentro de padrões moderados, ao contrário de outras nações muçulmanas, que seguem uma orientação fundamentalista. O presidente Erdogan, que também é muçulmano, tem dominado a cena política turca por mais de uma década.
Créditos: EBC

Dilma diz que resiste a golpe por 'dever com os votos da população'

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“Se eu não voltar, as medidas do governo ilegítimo se tornarão permanentes. E eu pergunto: alguém votou para que a Educação e a Saúde não tenham recursos para atender aos que precisam? Tenho certeza que não”, a presidenta Dilma Rousseff, em ato realizado em Teresina. Ela reafirmou que sua posição de resistência diante do golpe é “dever com os votos da população”.
No início de seu discurso, a presidenta fez uma ressalva de que “não estava ali, como em outras ocasiões, para inaugurar mais um programa bem sucedido, mas sim para lutar pelos direitos sociais conquistados nos últimos 13 anos”. Entretanto, Dilma prometeu regressar para o estado, caso o processo de impeachment em trâmite no Senado Federal não a afaste definitivamente do cargo. “Vou voltar para inaugurar novas obras, as que estão em andamento.”
A presidenta fez referência à fala do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, que há uma semana, ao lado do presidente interino, Michel Temer, defendeu mudanças na Previdência e nas leis trabalhistas, retirando direitos. Andrade chegou a mencionar o exemplo de uma jornada de 80 horas semanais para o trabalhador. Após repercussão, recuou, dizendo que foi mal interpretado.
“Não somos a favor desse absurdo que anunciaram depois se calaram”, disse Dilma, “Mesmo que a ideia do aumento da jornada de trabalho para 80 horas seja retirado por eles, só em um ambiente em que direitos sociais e coletivos não importam, alguém ousa falar algo como isso. É a volta da escravidão. É a pessoa não ter tempo para a família, não ter direito a nada. Essa é uma razão do golpe. Através de eleições, nunca esse programa seria eleito”, afirmou.
Outro ponto enfatizado pela presidenta foi o laudo do Ministério Público que a inocenta de possíveis “pedaladas fiscais”. “Temos dito que é golpe, pois é. Não houve crime de responsabilidade. A decisão do MP foi no sentido de que não houve pedalada. Passaram dois anos me acusando e, agora, o MP diz que não, a não ser as da minha bicicleta”, ironizou.
A presidenta afirmou que o programa Temer carrega “a seguinte situação: cortar despesas, privatização, venda de patrimônio e busca de outras formas de receitas. É como se uma família em dificuldade financeira cortasse a escola das crianças e vendesse o sofá, a geladeira, o fogão e até os talheres”.
Créditos: Rede Brasil Atual

Enxaqueca não é dor de cabeça; entenda risco maior de AVC e infarto

Um estudo feito nos Estados Unidos mostrou que as mulheres que têm enxaqueca correm um risco muito maior de desenvolver doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. Mais grave ainda, se elas usam anticoncepcionais.Para o cardiologista Roberto Kalil, consultor do programa, e a neurologista Doutora Thaís Villa, chefe do setor de Cefaleias da Unifesp. 
A enxaqueca é uma doença que pode tornar a pessoa incapacitada. Ela deve ser tratada com muita seriedade e controle porque aumenta o risco de AVC e infarto, assim como a hipertensão, o colesterol alto e o tabagismo. A enxaqueca é hereditária e, na maioria dos casos, a automedicação pode ser uma cilada.

A dica é registrar as manifestações e crises em um caderno de anotações. Fatores como duração e horários predominantes, intensidade e localização da dor, sintomas acompanhantes, situações desencadeantes, entre outros, devem ser observados. A alimentação de quem tem enxaqueca deve ser balanceada, com intervalos regulares entre uma refeição e outra. O jejum é um importante desencadeante da cefaleia. Evitar o uso de substâncias estimulantes em excesso, como a cafeína, também é importante, assim como manter uma rotina de sono. Dormir pouco ou muito pode provocar crises. (G1)
Créditos: Focando a Notícia

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Câmara aprova urgência para projeto de entrega do pré-sal

Urgência para entregar os recursos da exploração do pré-sal para empresas estrangeiras. Essa foi a decisão do plenário da Câmara dos Deputados, tomada nesta semana pela maioria dos votos: 337 a favor e 105 contra. A bancada do Partido dos Trabalhadores votou em peso contra a urgência ao PL 4567/16, de autoria do senador e hoje ministro das Relações Exteriores, José Serra, (PSDB). 

Pelo texto, a Petrobras deixa de ser a operadora única de todos os blocos contratados no regime de partilha de produção em áreas do pré-sal, e os recursos obtidos com a exploração do petróleo deixam de ir prioritariamente para Educação e Saúde, como queria a presidenta eleita, Dilma Rousseff.

O texto já havia passado na Comissão Especial na semana passada, no mesmo momento em que o deputado Eduardo Cunhao (PMDB-RJ) anunciava sua renúncia à presidência da Casa. Para o líder da Bancada do PT, deputado federal Afonso Florence (BA), a aprovação da urgência reflete a disposição do governo de Michel Temer de entregar o patrimônio brasileiro.

“O que está em jogo aqui, muito objetivamente? O governo Temer, interino, sem voto, golpista, deseja que o lucro da Petrobras vá para as empresas multinacionais, na medida em que acabará o regime de partilha e implantará o de concessão”, criticou Florence. “O pré-sal é quase 100% de acerto na pesquisa desenvolvida pela Petrobras. O regime de partilha diz que o bolo, o lucro, a maior parte do dinheiro deve ir para a Saúde e a Educação. O governo ilegítimo de Temer quer entregar o lucro do petróleo às multinacionais.”

Integrante da comissão especial, o deputado federal Carlos Zaranttini (PT-SP) reafirmou que o projeto que prejudica a Petrobras é “um mal” para o Brasil. “Retira a Petobras da área estratégica do pré-sal e permite que as multinacionais do petróleo venham ao Brasil retirar petróleo da área mais produtiva, mais rica de todo o país”, criticou Zarattini. “Este é um projeto entreguista do senador tucano José Serra.”
Créditos: Agencia PT

Proposta de Temer achataria em 40% valor das aposentadorias

Se a proposta apresentada pelo governo interino de Michel Temer, de desvincular o reajustes das aposentadorias do salário mínimo, vigorasse há dez anos, os valores dos rendimentos teriam caído cerca de 40%, segundo estudos feitos pelos economistas João Sicsú, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Eduardo Fagnani, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O estudo, que consta na cartilha Entender e Defender a Previdência Social, apresentado hoje (15) durante seminário promovido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, no centro da capital. Segundo previsão dos economistas, sem a vinculação com o salário mínimo, o valor médio do vencimentos pagos aos aposentados e pensionistas cairia dos atuais R$ 1.608 para para R$ 1.013.
Em entrevista à RBA, Sicsú diz que o cerne do modelo proposto pelo governo interino para o setor é de Previdência Social cada vez mais restrita, de menor alcance, gerida pela iniciativa privada. 
"A Previdência tem um sentido essencialmente social, e não um sentido econômico e exclusivamente contábil. Essa visão distorcida leva à redução do bem estar da sociedade", afirma o economista. Ele lembra que as aposentadorias e pensões são pagas a 30 milhões de pessoas, que garante não só a sobrevivência das famílias como colabora também para a estabilidade econômica do país. Desses 30 milhões de benefícios, 70% correspondem ao valor de um salário mínimo.
Segundo o professor, apesar da recuperação de cerca de 70% do valor do salário mínimo nos últimos anos, o valor de R$ 880 ainda é muito pequeno. "Querer pagar menos do que isso representa, de fato, um arrocho aos aposentados, pensionistas e beneficiários da Previdência", diz Sicsú.
Sobre o propalado déficit do sistema previdenciário, pano de fundo para as propostas de reforma, Sicsú afirma que para esse cálculo não estão sendo contabilizadas as contribuições obrigatórias do governo, que compõem o sistema tripartite de financiamento da Previdência Social, conforme definido pela Constituição de 1988. Se contabilizadas, o déficit deixa de existir.
"Não existe esse tal déficit da Previdência Social, porque o nosso sistema, como é no mundo avançado, é tripartite. Sustentado por trabalhadores, empregados e governo. Aqui no Brasil não se contabiliza a parte do governo. A Constituição de 1988 estabelece orçamento onde o governo tem participação. Não se pode fazer essa conta só da folha de pagamento, da contribuição de empresários e trabalhadores", detalha o economista.
Créditos: Rede Brasil Atual