sábado, 6 de agosto de 2016

Temer é vaiado na abertura do Rio 2016

O presidente interino Michel Temer (PMDB) foi alvo de uma sonora vaia durante a abertura das Olimpíadas do Rio. O protesto contra Temer tomou conta do Maracanã já ao final do evento, quando ele foi ao microfone anunciar que os Jogos Olímpicos estavam oficialmente abertos.
Mais cedo, a blindagem ao interino Michel Temer, alvo de protestos no Rio de Janeiro e em São Paulo nesta sexta, motivou uma quebra de protocolo na Rio 2016. Temer não foi anunciado ao lado de Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional. O protocolo previa a apresentação da dupla, mas apenas o segundo teve seu nome chamado ao microfone.
Créditos: WSCOM

Governo interino coloca privatização da Petrobras na mesa, diz Dilma

“O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil está caindo porque arrebentaram com a cadeia produtiva do petróleo e gás”, afirmou a presidenta Dilma Rousseff (PT) em encontro com petroleiros em defesa do pré-sal e da democracia, no Palácio da Alvorada, em Brasília. “Também, é importante dizer que tratam a questão como problema só da Operação Lava Jato, mas o preço do barril do petróleo despencou. Não é uma questão só ligada à operação. Até porque a Lava Jato tenta destruir a cadeia, mas não consegue destruir a Petrobras”, completou.
Dilma ressaltou a importância da empresa estatal para estimular uma cadeia produtiva, por meio da contratação sistêmica de fornecedores. “A Petrobras criou uma indústria por trás, com engenharia e serviços. A empresa tem um papel estratégico que define o PIB brasileiro”, disse. Ao lado do coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, e do ex-ministro chefe da Secretaria de Governo Ricardo Berzoini, a presidenta ressaltou que tal papel da Petrobras vem sendo exercido de forma “extremamente competitiva, não pela proteção do governo, mas sim pela grande capacidade”.
Para a presidenta, as propostas da base do governo interino de Michel Temer (PMDB) colocam na mesa uma vontade de privatizar a estatal. “É o que está novamente em questão. O controle das reservas estratégicas através da quebra do modelo de partilha. Retirar a Petrobras como operadora única é apenas a pré-estreia dos objetivos finais”, afirmou em referência ao Projeto de Lei 4.567/16, de autoria do ministro interino das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), que tramita na Câmara dos Deputados.
Zé Maria, que falou antes da presidenta, reafirmou que as ameaças à Petrobras não são novas. “A empresa vem sendo motivo de disputa desde antes de sua criação. Tem gente que, além do complexo de vira-lata, tem o complexo do entreguista. Acham que devemos ser reféns do capital internacional. Foi assim com o Collor e com o FHC, que tentaram entregar a Petrobras. Os adversários dizem que os governos do PT quebraram a Petrobras. Desafio qualquer um deles a mostrar que, sem esses governos, não existiríamos mais”, disse. “Podemos recordar como símbolos da Petrobras com o FHC o afundamento de plataformas e vazamentos”, completou.
O coordenador da FUP ainda afirmou que não existe problema em investigar ilegalidades na companhia. “Não canso de dizer. A Operação Lava Jato tem apoio de todos os cidadãos. Também nosso, desde que não seja um circo, desde que apure a todos, investigue as pessoas, o CPF e não o CNPJ. Estamos vendo a Petrobras paralisada, toda sua cadeia produtiva. E sabemos que um dos grandes pontos do golpe de Estado é o pré-sal. Para a FUP, o pré-sal deve ser política de Estado e não de governo. A empresa deve ser operadora única.”
A operação da Petrobras significa, de acordo com a vice-presidenta da CUT, Carmen Foro, a possibilidade de avançar em direitos essenciais do povo brasileiro. “Precisamos restabelecer a democracia em nosso país. Estamos vivendo em um momento de trevas. Temos de ligar o petróleo com a democracia, com a saúde, educação, direitos e com a soberania nacional. Estamos aqui para reafirmar nosso compromisso à campanha de que o pré-sal é nosso”, disse.
Para Dilma, a única forma que interesses entreguistas encontraram de encostar na Petrobras foi por meio do golpe. “Estão tornando isso possível sem eleições, sem discussão política. O colégio eleitoral do povo não aprovaria este programa de governo. Transformaram o colégio eleitoral no Senado, ele que está elegendo o presidente, pouco interessa o que o povo pensa”, disse.
Créditos: Rede Brasil Atual

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Senadores denunciam censura na Comissão do Impeachment

Marcos Oliveira/Agência Senado:
Senadores contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff repudiaram, nesta quinta-feira 4, o que chamaram de censura por parte do presidente da Comissão Especial do Impeachment, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que retirou das notas taquigráficas expressões como "fraude" e "golpe" em referência ao relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) e a ao processo em si.
A discussão começou após encaminhamento de voto da senadora Fátima Bezerra (PT-RN), contrário ao relatório, por considerá-lo uma fraude. Para a senadora, o regimento do Senado Federal nunca pode ser maior que a Constituição Federal.
"O artigo 53 da carta magna do país determina que os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Portanto, eu tenho direito de dar minha opinião, de conteúdo político", declarou.
"Isto não pode ser retirado de notas taquigráficas nenhuma porque é documento que vai ficar para a história. Minha opinião não é pessoal em relação ao relator. Estou expressando uma opinião do ponto de vista político sobre o relatório produzido por ele e tenho direito que isso fique registrado nos anais da casa", ressaltou a senadora.
Mesmo após as manifestações dos senadores, o presidente da Comissão manteve sua decisão de censurar os pronunciamentos dos parlamentares. Uma questão de ordem da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) pediu a manutenção ipis litteris do pronunciamento de todos os senadores para o registro da História.
Para Vanessa, a censura é mais uma fraude processual e ela adiantou que recorrerá ao plenário para manter as falas dos senadores na ata. "Ora, atas anteriores comprovam claramente que senadores, a exemplo de Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), acusou a presidente Dilma de cometer fraude eleitoral. Logo, todos podem falar o que bem quiser", comparou.
Com informações de Esmael Morais
Créditos: Portal Brasil 247

Vacina contra zika é eficiente em macacos

A segunda etapa de estudos pré-clínicos da vacina contra o vírus da zika do Instituto de Pesquisa do Exército Walter Reed (WRAIR, na sigla em ingês), nos EUA, demonstrou que sua proteção contra a doença é efetiva em macacos.
Recentemente, os pesquisadores já haviam relatado a eficácia da vacina ZIKV com o vírus inativado (ZPIV) em ratos. Os resultados dessa nova pesquisa em macacos demonstram uma proteção mais robusta, já que esses animais desenvolvem respostas imunitárias similares aos seres humanos. O estudo, que tem a colaboração do Hospital Beth Israel Deaconesss e da Harvard Medical School foi publicado nesta quinta-feira (4) na revista “Science”.
O ZPIV, que foi desenvolvido por pesquisadores do WRAIR, induz à criação de anticorpos neutralizantes da doença duas semanas após a vacinação inicial. Uma segunda dose de reforço é dada na quarta semana após a primeira aplicação.
Após receberem a vacina, os macacos mostraram proteção completa para os tipos de vírus da zika encontrados no Brasil e em Porto Rico, o mesmo encontrado nos Estados Unidos. O vírus não foi encontrado no sangue, urina e secreção dos primatas.
"Os resultados tanto dos testes com ratos quanto com macacos são encorajadores e estimulam a decisão de avançar com o governo dos Estados Unidos, a indústria e os parceiros de regulamentação para a nossa vacina candidata ZPIV a testes em humanos", disse o coronel Stephen Thomas, médico do exército especializado em doenças infecciosas e em flavivírus, que incluem zika e dengue.
"Baseia-se em uma tecnologia do WRAIR desenvolvida e aplicada com sucesso a outras vacinas contra flavivírus. Esperamos que, aproveitando essa tecnologia comprovada, aumentem nossas chances de desenvolver uma vacina da zika segura e eficaz", completou.
Os pesquisadores também avaliaram a eficácia do gene utilizado em vacinas contra a zika criadas pela Universidade Harvard. Elas também protegeram contra o vírus os primatas não-humanos. Além disso, os investigadores não observaram efeitos adversos em nenhum dos testes.
Os pesquisadores esperam que a fase 1 de testes clínicos em humanos dessa vacina comece ainda neste ano. Recentemente, o WRAIR assinou um acordo para desenvolver a tecnologia ZPIV com a produção e fabricação do laboratório francês Sanofi Pasteur, responsável pela primeira vacina contra a dengue em circulação no Brasil.(G1). Foto: Google.
Créditos: WSCOM

Copacabana abre onda de protestos contra Temer durante Jogos Olímpicos

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“Vamos ter um grande ato aqui, com gente de todo o Brasil, denunciando o golpe para o mundo, aproveitando que é o dia de abertura dos Jogos Olímpicos”, diz o presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues, o Marcelinho, sobre as manifestações que marcam o evento esportivo nesta sexta-feira (5). O ato será realizado a partir das 11h, em frente ao Copacabana Palace, na zona sul da cidade.
Com a concentração, os organizadores da mobilização – CUT, movimentos sociais e sindical ligados à Frente Povo Sem Medo, Frente Brasil Popular e Frente de Esquerda Socialista – preveem grande repercussão internacional para denunciar o golpe parlamentar em curso no país. “A questão da denúncia do golpe tomou uma proporção mundial. Nós tivemos esta semana, inclusive, a discussão da representação do ex-presidente Lula (contra o juiz Sérgio Moro no Comitê de Direitos Humanos da ONU), nós achamos que esse debate tem de ser feito nos tribunais internacionais, não só na América Latina, mas no mundo todo, que não pode conviver com esse golpe de estado”, afirma Marcelinho.
Amanhã, as manifestações ocorrem no período da manhã na praia de Copacabana. À tarde, nos arredores do estádio do Maracanã, palco da cerimônia de abertura das Olimpíadas – a partir de 19h15 com show preliminar; a cerimônia propriamente começa às 20h e deve seguir até as 23h20.
A Frente Brasil Popular também convocou manifestações em diversas cidades para terça-feira (9), quando será votado o juízo de pronúncia no Senado, no processo de impeachment. “Está em jogo o presente e o futuro do povo brasileiro. Agora é a hora: não temos tempo a perder e não temos nada a temer”, diz a Frente Brasil Popular.
As centrais sindicais farão também no dia 16, em todas capitais, atos em defesa dos empregos e dos direitos dos trabalhadores. A data foi escolhida durante assembleias das centrais no último dia 26 de julho.
“A partir desse ato (de amanhã), nós temos algumas construções coletivas acontecendo, tem o pessoal da cultura que fez o Ocupa MinC, e neste momento está lá no Canecão, e tem vários coletivos organizando atividades, mas a nossa ideia aqui é fazer com que durante as Olimpíadas as atividades sejam bem centralizadas”, diz Marcelinho. O Canecão está ocupado desde a madrugada de segunda-feira (1º) pelo grupo de artistas que ocupava a sede da Funarte, no Palácio Capanema, e enfrentou ação de reintegração de posse da Polícia Federal, no último dia 25.
“Durante as Olimpíadas não vamos ter grandes atividades como vai ser na abertura. Teremos pequenas atividades, acontecendo pontualmente em todo o Rio de Janeiro”, diz Marcelinho. “Atividades com enfoque cultural, botando a cultura para fazer esse debate, mas dentro do VLT. No Metrô vai acontecer outra atividade, e isso vai ser descentralizado e nós não vamos divulgar. Não é atividade para chamar massa, mas para chamar atenção”, afirma, sobre a estratégia de manifestação adotada.

Contradições do governo interino

Em nota, a Frente Brasil Popular afirma que o golpe do impeachment tem como alvo "a classe trabalhadora, os setores populares, os direitos sociais, as liberdades civis e democráticas, o patrimônio público, a soberania e o Estado nacional".
O documento também expõe as contradições do governo interino, que adota discurso de austeridade, mas amplia o déficit público. Por outro lado, acaba com a obrigatoriedade de gastos governamentais em saúde e educação, impondo limites que significam um verdadeiro desmonte dos serviços públicos.
Eles também denunciam a diminuição de recursos em programas como o Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família, e atacam a proposta de reforma da Previdência do governo Temer, que quer aumentar a idade mínima para acesso às aposentadorias e desvincular do salário mínimo o reajuste dos aposentados.
"Cientes de que as urnas não aprovariam o desmonte do patrimônio público e a retirada de direitos conquistados", o governo golpista, afirmam, promove também a dilapidação do patrimônio público com privatização de empresas estatais no setor elétrico, nos portos e aeroportos, a venda de campos do pré-sal para corporações transnacionais e a venda de terras e demais recursos naturais ao capital internacional.
Créditos: Rede Brasil Atual

Dilma defende plebiscito e critica Temer e Cunha

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) pretende divulgar carta em que manifesta apoio à convocação de plebiscito popular com objetivo de definir realização de novas eleições. A informação é da Folha de S. Paulo. Na madrugada desta sexta-feira (5), o veículo divulgou que leu parte do documento preparado pela petista. "Que o povo se manifeste, não só através de pesquisas de opinião, mas por meio do voto sobre a antecipação das eleições e reforma política", exclamou Dilma, em entrevista à Folha.
Ainda na publicação, a presidente afastada voltou a defender que está sendo vítima de um golpe e que seu governo é legítimo. "Estão tratando o presidencialismo como se parlamentarismo fosse. O parlamentarismo permite o voto de desconfiança. No presidencialismo, o impeachment, sem crime, é golpe", afirmou. A presidente ainda negou participação em esquema de caixa dois na campanha de 2010 e voltou a atacar Eduardo Cunha e Michel Temer: "O centro político se desloca para direita com Eduardo Cunha. Temer nunca controlou nada, é o Cunha".
Créditos: Portal Correio

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Professores no Brasil estão entre os mais mal pagos em ranking mundial

O Brasil é o último em um ranking internacional que compara a eficiência dos sistemas educacionais de vários países, levando em conta parâmetros como os salários dos professores, as condições de trabalho na escola e o desempenho escolar dos alunos. O ranking é de setembro de 2014. O estudo internacional foi elaborado pela consultoria Gems Education Solutions usando dados dos mais de 30 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e alguns emergentes, como o Brasil. Nele, o país aparece como um dos últimos em termos de salário pago aos professores, por exemplo.

O valor que os educadores brasileiros recebem (US$ 14,8 mil por ano, calculado por uma média de 15 anos e usando o critério de paridade de poder de compra) fica imediatamente abaixo do valor pago na Turquia e no Chile, e acima apenas de Hungria e Indonésia. ores, por exemplo. Os salários mais altos são na Suíça (US$ 68,8 mil) e na Holanda (US$ 57,8 mil).

Os professores brasileiros também são responsáveis por mais estudantes na sala de aula: 32 alunos, em média, para cada orientador, comparado com 27 no segundo lugar, o Chile, e menos de 8 em Portugal. Combinando fatores como estes com o desempenho dos alunos – entre os piores entre os países pesquisados – a consultoria coloca o sistema educacional brasileiro como o mais ineficiente da lista. 

"Nossas conclusões sugerem que o Brasil deveria cuidar do salário dos professores para alcançar o objetivo da eficiência educacional", diz o relatório. Para a consultoria, a meta seria um salário quase três vezes maior que o atual. Foto: EBC
Créditos: G1/BBC Brasil