A segunda etapa de estudos pré-clínicos da vacina contra o vírus da zika do Instituto de Pesquisa do Exército Walter Reed (WRAIR, na sigla em ingês), nos EUA, demonstrou que sua proteção contra a doença é efetiva em macacos.
Recentemente, os pesquisadores já haviam relatado a eficácia da vacina ZIKV com o vírus inativado (ZPIV) em ratos. Os resultados dessa nova pesquisa em macacos demonstram uma proteção mais robusta, já que esses animais desenvolvem respostas imunitárias similares aos seres humanos. O estudo, que tem a colaboração do Hospital Beth Israel Deaconesss e da Harvard Medical School foi publicado nesta quinta-feira (4) na revista “Science”.
O ZPIV, que foi desenvolvido por pesquisadores do WRAIR, induz à criação de anticorpos neutralizantes da doença duas semanas após a vacinação inicial. Uma segunda dose de reforço é dada na quarta semana após a primeira aplicação.
Após receberem a vacina, os macacos mostraram proteção completa para os tipos de vírus da zika encontrados no Brasil e em Porto Rico, o mesmo encontrado nos Estados Unidos. O vírus não foi encontrado no sangue, urina e secreção dos primatas.
Após receberem a vacina, os macacos mostraram proteção completa para os tipos de vírus da zika encontrados no Brasil e em Porto Rico, o mesmo encontrado nos Estados Unidos. O vírus não foi encontrado no sangue, urina e secreção dos primatas.
"Os resultados tanto dos testes com ratos quanto com macacos são encorajadores e estimulam a decisão de avançar com o governo dos Estados Unidos, a indústria e os parceiros de regulamentação para a nossa vacina candidata ZPIV a testes em humanos", disse o coronel Stephen Thomas, médico do exército especializado em doenças infecciosas e em flavivírus, que incluem zika e dengue.
"Baseia-se em uma tecnologia do WRAIR desenvolvida e aplicada com sucesso a outras vacinas contra flavivírus. Esperamos que, aproveitando essa tecnologia comprovada, aumentem nossas chances de desenvolver uma vacina da zika segura e eficaz", completou.
Os pesquisadores também avaliaram a eficácia do gene utilizado em vacinas contra a zika criadas pela Universidade Harvard. Elas também protegeram contra o vírus os primatas não-humanos. Além disso, os investigadores não observaram efeitos adversos em nenhum dos testes.
Os pesquisadores esperam que a fase 1 de testes clínicos em humanos dessa vacina comece ainda neste ano. Recentemente, o WRAIR assinou um acordo para desenvolver a tecnologia ZPIV com a produção e fabricação do laboratório francês Sanofi Pasteur, responsável pela primeira vacina contra a dengue em circulação no Brasil.(G1). Foto: Google.
Créditos: WSCOM
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