O mandatário do PMDB pode ser afetado pela delação de executivos da Odebrecht que afirmaram, segundo a revista Veja, ter custeado campanhas do PMDB em 2010, a pedido de Temer e do seu atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Outra reportagem deste final de semana, do jornal Folha de São Paulo, relata que a campanha à presidência da República naquele ano do atual ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), recebeu 23 milhões de reais de caixa dois da Odebrecht. A informação também teria partido de executivos da empreiteira, que está no centro das investigações de corrupção na Petrobras, que tentam negociar delação premiada com a Justiça.
Antes mesmo das informações serem confirmadas pela força tarefa da Lava Jato, a oposição ao Governo interino no Congresso aproveitou para entrar com uma representação na Procuradoria Geral da República na qual pede que Temer seja afastado da função. Senadores e deputados do PT, do PCdoB e da REDE solicitaram que o procurador-geral, Rodrigo Janot, utilize os mesmos argumentos que resultaram no afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados em maio deste ano: afastamento da função por medida cautelar, uma vez que ele se valeria das prerrogativas do cargo em prol de proteção de seus interesses.
O pedido à PGR é uma tentativa de evitar que o processo de impeachment avance nesta terça-feira no Senado, quando deverá ser julgada a pronúncia da presidenta. “Se votarmos o afastamento definitivo da presidenta Dilma Rousseff não haverá a investigação de nenhum caso envolvendo Michel Temer e o PMDB. É por isso que pedimos à PGR que se posicione como se posicionou no caso Eduardo Cunha”, afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). “Não podemos permitir que alguém que comandou o golpecontinue na função”, completou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Os parlamentares entenderam que a análise do caso é urgente porque, caso se torne presidente efetivo, Temer estaria protegido de investigações por supostos crimes cometidos antes do início de seu mandato, conforme previsto no parágrafo quarto do artigo 86 da Constituição Federal. “Há um sério risco de impunidade. Se Temer se torna presidente definitivo, isso blinda toda e qualquer delação de tudo o que está delatado”, afirmou o deputado Henrique Fontana (PT-RS). Não há prazo para que a PGR se manifeste sobre esse tema.
Os parlamentares entenderam que a análise do caso é urgente porque, caso se torne presidente efetivo, Temer estaria protegido de investigações por supostos crimes cometidos antes do início de seu mandato, conforme previsto no parágrafo quarto do artigo 86 da Constituição Federal. “Há um sério risco de impunidade. Se Temer se torna presidente definitivo, isso blinda toda e qualquer delação de tudo o que está delatado”, afirmou o deputado Henrique Fontana (PT-RS). Não há prazo para que a PGR se manifeste sobre esse tema.
Créditos: El País
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