sábado, 20 de agosto de 2016

Universidade federal ganha mais alunos negros e de baixa renda

Os alunos negros, de baixa renda e que cursaram o ensino médio em escolas públicas são maioria nas universidades federais, de acordo com estudo divulgado ontem pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Em 2014, 51,43% dos estudantes que participaram do levantamento vinham de famílias com renda bruta de até três salários mínimos, ante 40,66% em 2010, data da pesquisa anterior. As mulheres são 53% dos alunos, percentual estável sobre 2010.
“As nossas universidades hoje expressam melhor a composição social do país. A cara da universidade é a cara da sociedade brasileira. Uma universidade com maioria feminina e presença popular e negra”, disse a presidente da Andifes e reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Ângela Maria Cruz. Na visão da entidade, a mudança de perfil é reflexo de políticas públicas como a unificação dos exames de entradas nas universidades públicas e a Lei de Cotas para os vestibulares das universidades e institutos federais.
De acordo com a quarta edição da “Pesquisa do Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Graduação das Instituições de Ensino Superior Brasileiras”, 10,6% dos estudantes das universidades federais em 2014 eram de famílias com renda bruta acima de dez salários mínimos.
Em 2010, ano da pesquisa anterior, 16,72% estavam na escala superior de renda, nas famílias com renda média bruta maior que dez salários mínimos. “É o fim do velho mito de que as instituições federais de ensino superior são redutos da elite brasileira”, afirmou a presidente da Andifes.
Ao todo, 62 universidades (de um total de 63) participaram e mais de 130 mil estudantes responderam à pesquisa da Andifes, o que representa 10% do universo de alunos matriculados na rede de ensino superior federal.
De acordo com os dados de 2014, 47,57% dos alunos se declaram pretos ou pardos e 45,67%, brancos. A maior participação dos negros nas universidades federais vem crescendo nas estatísticas desde 2003, ano em que a Andifes realizou a pesquisa pela primeira vez, quando 59,4% dos estudantes eram brancos e 34,2% pretos ou pardos.
Em 2010, 53,93% dos estudantes eram brancos e 40,8% pretos ou pardos. Como comparação, a pesquisa traz os dados do Censo de 2010, no qual 45,48% da população se declarou como branca e 53,63% como preta ou parda.
Outra revelação da pesquisa é que a maioria dos estudantes de universidades públicas fez todo o ensino médio no sistema público de ensino. Dos alunos que responderam a pesquisa, 60,16% assinalaram essa opção. Outros 3,86% responderam que fizeram a maior parte dos estudos em colégio público, enquanto 31,49% estudaram apenas em escolas particulares e 4,49% passaram a maior parte do ensino médio no sistema privado.
Para a presidente da Andifes, a mudança de perfil das federais reflete o “advento, nesses últimos anos, do Sistema de Seleção Unificada [Sisu], da política de cotas e do Programa Nacional de Assistência Estudantil, que fez com que essa população se interessasse e ingressasse na universidade.”
Na avaliação de Ângela, o momento é de reforçar as políticas de assistência estudantil, porque, como mostra a pesquisa, um grande número de estudantes ainda precisa trabalhar durante os estudos, o que atrapalha o aprendizado.
De acordo com o levantamento, 35,39% dos estudantes trabalham e, por conta disso, dedicam um número menor de horas aos estudos. Desse total, 45,72% dedicam menos de cinco horas de estudo extraclasse. “Há alguns cursos para os quais isso é impeditivo”, explica afirmou Ângela.
Em meio à crise e ao ajuste fiscal, a reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte reconhece haver um certo temor em relação à política do presidente interino Michel Temer para o setor de educação. “Temos temores, mas não ficamos resguardados nessa temeridade”, afirmou Ângela, questionada sobre o assunto. Segundo ela, é “providencial” que o resultado desse perfil esteja sendo publicado agora. “É com esse material que temos de conversar com a sociedade em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade.” Foto: BA
Fonte: Valor Econômico

Exame de vista pode vir a detectar Parkinson antes mesmo de primeiros sintomas

Pesquisadores de uma universidade britânica concluíram um estudo considerado animador por neurologistas: testes em ratos mostraram que um exame de vista simples pode vir a detectar a doença de Parkinson em um paciente antes mesmo de os primeiros sintomas se manifestarem.
Segundo a professora e pesquisadora-chefe do estudo Francesca Cordeiro, da University College London, roedores que ainda não tinham nenhum sintoma da doença passaram pelo exame e apresentaram alterações no fundo dos olhos. Ela afirmou que o método é barato e não invasivo e que "é potencialmente uma descoberta revolucionária no que diz respeito a diagnósticos rápidos e tratamento no início de uma das doenças mais debilitantes do mundo".
"Com isso, talvez possamos intervir muito mais cedo e tratar de uma maneira mais eficiente pessoas com essa doença devastadora." Atualmente, não há exames de imagem ou de sangue que concluam um diagnóstico de Parkinson. Sintomas de Parkinson costumam aparecer quando as células cerebrais já foram danificadas.
Arthur Roach, diretor de pesquisa da ONG Parkison's UK, disse que há uma "necessidade urgente de um método simples e preciso para se detectar essa doença, principalmente nos primeiros estágios". "Apesar de a pesquisa ainda estar em seu estágio inicial e precisar ser testada em pessoas com Parkinson, um testes simples e não invasivo, exatamente como um exame de vista, poderia ser um passo significativo no tratamento da doença."
Os pesquisadores disseram ainda que o método pode ser usado também para avaliar como os pacientes estão respondendo ao tratamento. O estudo foi divulgado na publicação Acta Neuropathologica Communications. Os sintomas de Parkinson - que incluem tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos e qualidade de vida prejudicada - geralmente surgem após as células cerebrais já terem sido danificadas.Fonte: BBC.
Créditos: R7

Câmara dos deputados aprova uso de armas de fogo para todos os brasileiros

A Câmara dos Deputados aprovou, por 129 votos a favor e 8 votos contra, o texto do projeto que revoga o Estatuto do Desarmamento. O texto assegura a todos os cidadãos, a partir dos 21 anos, o direito de possuir e portar armas para defesa própria e do patrimônio, bastando cumprir e justificar requisitos legais.
“O texto proíbe porte de arma de forma ostensiva. O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Laudivio Carvalho (PMDB-MG), para o Projeto de Lei 3722/12 e outros 47 projetos apensados. Existem vários tipos de licença, como licença funcional, pessoal, licença para o porte rural e a licença de atirador e caçador. ”

Deputados e senadores também poderão andar armados e pessoas que respondem a inquérito policial ou processo criminal também poderão ter porte. A concessão para compra de armas e porte de arma de fogo baixa de 25 anos para 21 anos. O Estatuto estabelece que é preciso que o solicitante justifique a necessidade de ter uma arma de fogo, e que o pedido será analisado pelas autoridades e pode ser negado.

O texto proíbe porte de arma de forma ostensiva. O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Laudivio Carvalho (PMDB-MG), para o Projeto de Lei 3722/12 e outros 47 projetos apensados. Existem vários tipos de licença, como licença funcional, pessoal, licença para o porte rural e a licença de atirador e caçador. Essas licenças são pessoais e válidas em todo o território nacional pelo prazo de 10 anos. Porém o Estatuto determina que o porte seja renovado a cada três anos.

O Deputado Sarney Filho (PV-MA) declarou: “Facilitar o porte de arma é incentivar a violência. A arma é a expressão maior da violência. Não vejo como fazer a defesa dos cidadãos ao dizer que com a arma eles se tornarão mais tranquilos. Bala chama bala, arma chama violência”.
Créditos: R7

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

OEA pede explicações a Temer sobre impeachment de Dilma

O governo do presidente em exercício Michel Temer foi notificado a dar explicações sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que faz parte da Organização dos Estados Americanos (OEA).
 A manifestação é uma resposta ao pedido feito pelo Partido dos Trabalhadores na semana passada para suspender o processo de impeachment que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff – e contra a qual ela irá se defender no próximo dia 29 de agosto.
A OEA pede ao governo interino que apresente suas observações sobre o pedido do PT, explique o que foi feito para manter a legalidade do processo e quais seriam os efeitos do afastamento definitivo da petista da Presidência da República.
A equipe de Temer foi notificada na terça-feira (16) e tem sete dias para se manifestar. Ojulgamento final da petista começa na próxima quinta-feira (25). Segundo o Itamaraty, a comissão "solicitou as informações que o governo brasileiro considerar oportunas a respeito do caso em apreço". 
Um dos signatários da petição enviada à comissão, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) comemorou a notificação. "Isso mostra que a OEA acatou a nossa denúncia. Estamos confiantes", afirmou. O organismo também pediu novas informações sobre o processo para os deputados petistas, autores da peça. (Com informações do Estadão Conteúdo).
Créditos: IG

Pacote de privatizações de Temer é adiado para pós-impeachment

O primeiro pacote de concessões e privatizações do governo Michel Temer deverá ser anunciado em meados de setembro, após a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. 
O Palácio do Planalto decidiu aguardar também a aprovação pelo Congresso da medida provisória que criou o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), responsável pela gestão da iniciativa, para lançar as medidas. O plano do governo é transferir à iniciativa privada num primeiro momento quatro aeroportos, duas ferrovias e um terminal portuário. 
Existe ainda a expectativa de que o governo anuncie uma lista de empresas que poderão ser privatizadas. A equipe econômica espera arrecadar no próximo ano algo entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões com os leilões em que esses projetos serão oferecidos ao setor privado. Os recursos são essenciais para o governo atingir sua meta de redução do deficit do orçamento para R$ 139 bilhões.
A intenção de Temer é lançar as medidas após retornar da reunião do G-20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, marcada para os dias 4 e 5 de setembro na China. Temer pretende levar com ele na viagem uma comitiva de ministros para ajudá-lo a atrair o interesse de investidores estrangeiros pelo seu programa de privatizações.(247).
Créditos: WSCOM

Atividade econômica recua 4,3% até junho

O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) recuou 0,1% em junho deste ano, já efetuados os devidos ajustes sazonais. Na comparação com o mesmo mês do ano passado (junho/2015), houve retração de 3,2% na atividade econômica em junho de 2016. Com este resultado, o primeiro semestre encerrou com retração de 4,3% na atividade econômica perante o primeiro semestre do ano passado. Foi o pior resultado para um primeiro semestre de toda a séria histórica do indicador, iniciada em 1991. 
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a retração na massa real de rendimentos (inflação alta combinada com desemprego em ascensão), os níveis ainda deprimidos da confiança de consumidores e empresários e as condições mais caras e restritivas do crédito contribuíram para a vigência do quadro recessivo da economia brasileira durante o primeiro semestre de 2016.

Papa Francisco envia carta a Dilma

A Presidente afastada Dilma Rousseff confirmou ontem (18) que recebeu uma carta do Papa Francisco, como havia sido adiantado pelo teólogo Leonardo Boff no início de agosto.
No entanto, Dilma não quis dar mais detalhes sobre o assunto. "Ele escreveu uma carta para mim, mas não vou dizer mais nada sobre isso. Digo apenas que não foi uma carta oficial", declarou Dilma, respondendo a uma pergunta da ANSA em entrevista para agências internacionais no Palácio da Alvorada.
"Não foi uma carta do Papa em sua condição de representante do Vaticano, não tem importância [o conteúdo]. Não é uma carta para ser divulgada", disse, acrescentando que gostaria muito de ser recebida pelo líder da Igreja Católica.
Segundo Boff, a correspondência foi entregue logo após a abertura do processo de impeachment contra a presidente. Oficialmente, o Vaticano não comenta a crise política no Brasil, mas o Papa, em maio passado, chegou a dizer que rezava pela "harmonia" e pela "paz" no país.
Francisco sempre manteve uma boa relação com Dilma, tendo inclusive recebido a petista em fevereiro de 2014. Além disso, o Brasil foi o destino de sua primeira viagem internacional, em julho de 2013, para a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro. (247). Foto: MV.
Créditos: WSCOM