domingo, 28 de agosto de 2016

Obesidade diminui expectativa de vida em até 10 anos

Os riscos causados pela obesidade são preocupantes: estar levemente acima do peso já pode diminuir cerca de um ano da expectativa de vida. Já em pessoas “moderadamente” obesas, há a diminuição de cerca de três anos de vida, com base no IMC – Índice de Massa Corporal. Revista médica “The Lancet” publicou uma pesquisa alarmante, mostrando que em casos de obesidade severa a expectativa de vida cai em até 10 anos. Dessa forma, o aumento do peso pode resultar no risco de morte antes dos 70 anos.
Os pesquisadores utilizaram o maior conjunto de dados sobre obesidade e mortalidade já realizado, tendo mais de 10,6 milhões de participantes de 239 estudos realizados entre 1970 e 2015, em 32 países na América do Norte, Europa, Austrália, Nova Zelândia e no leste e no sul da Ásia. A pesquisa descartou fumantes e ex-fumantes, portadores de doenças crônicas e pessoas que morreram nos primeiros cinco anos do projeto.
A amostra foi dividida em categorias, de acordo com seu IMC – Índice de Massa Corporal, e verificou os números e as causas de morte de cada grupo. Se todos com sobrepeso e obesidade tivessem níveis normais de IMC, seria evitada uma em cada cinco mortes prematuras na América do Norte, uma em cada seis na Austrália e na Nova Zelândia, uma em cada sete na Europa e uma em cada 20 no leste da Ásia.
O estudo constatou que o risco de morte antes dos 70 anos aumentou de 19% em homens com peso normal para 29,5% em homens moderadamente obesos. Entre as mulheres, esse risco aumentou de 11% para 14,6%. O padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS), um IMC de 18,5 a 24,9 é considerado normal, 25 a 29,9 excesso de peso, 30 a 34,9 obesidade moderada, 35 a 39,9 obesidade severa, e acima de 40 obesidade mórbida. Em 2014, mais de 1,9 milhão de adultos em todo o mundo estavam acima do peso, sendo que mais de 600 milhões eram obesos.
Créditos: Focando a Notícia

sábado, 27 de agosto de 2016

Réus, cassados e até condenado viram “juízes” no impeachment de Dilma

Chamados de “verdadeiros juízes” pelo presidente do STF no início do julgamento, colecionam problemas no próprio Supremo. Um em cada três senadores é alvo de investigação na mais alta corte do país.

Na abertura do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que conduz a sessão, fez uma advertência aos senadores: “Os parlamentares congregados nesta Casa de leis transmudam-se, a partir de agora, em verdadeiros juízes”. O novo figurino parece desconfortável a um terço do Senado. Um em cada três senadores que vão julgar a petista responde a investigações ou ações criminais no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as acusações, corrupção, crime eleitoral, lavagem de dinheiro, desvio de verba pública e crime de responsabilidade – denúncia pela qual Dilma também responde.
Dos 81 integrantes do Senado, 26 são alvos de inquérito ou ação penal no Supremo, a corte presidida por Lewandowski. Ao menos 13 senadores são suspeitos de participar do petrolão, o maior esquema de corrupção descoberto no país. Dos 24 que tinham pendência criminal na sessão que suspendeu o mandato de Dilma, em 12 de março, 18 votaram a favor do afastamento, e seis foram contrários. (Por Luma Poletti )
Créditos: Congresso em Foco

Lula vê esforço para tirá-lo de sucessão em 2018

Em nota publicada na noite de ontem, o ex-presidente Lula fez sua crítica mais direta à força-tarefa da Lava Jato e disse que seu indiciamento no caso Guarujá visa afastá-lo do processo político por "vias tortuosas e autoritárias". Confira abaixo:
O relatório do delegado Marcio Anselmo sobre o Edifício Solaris, divulgado hoje (26/08), é a prova cabal de que, após dois anos de investigações marcadas por abusos e ilegalidades, os operadores da Lava Jato não encontraram nenhuma prova ou indício de envolvimento do ex-presidente Lula nos desvios da Petrobrás.
      Não encontraram porque este envolvimento nunca existiu, como bem sabe a Lava Jato. Mas seus operadores não podem admitir, publicamente, que erraram ao divulgar, por tanto tempo e com tanto estardalhaço, falsas hipóteses e ilações. Por isso, comportam-se de forma desesperada, criando factoides para manter o assunto na mídia. O relatório do delegado Anselmo é "uma peça de ficção", de acordo com a defesa de Lula (leia nota dos advogados ao final do texto)
      Lula não é e nunca foi dono do apartamento 164-A do Solaris nem de qualquer imóvel além dos que declara no Imposto de Renda. O relatório do delegado Anselmo não acrescenta nada aos fatos já conhecidos. É uma caricatura jurídica; um factoide dentre tantos criados com a intenção de levar Lula a um julgamento pela mídia, sem provas e sem direito de defesa.
      É simplesmente inadmissível indiciar um ex-presidente por suposta (e inexistente) corrupção passiva, a partir de episódios transcorridos em 2014, quatro anos depois de encerrado seu governo. É igualmente inadmissível indiciar pelo mesmo sposto crime o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, que também não é servidor público.
Mais grave, injusto e repugnante, no entanto, é o indiciamento de Marisa Letícia Lula da Silva. Trata-se de mesquinha vingança do delegado e de seus parceiros na Lava Jato, a cada dia mais expostos perante a opinião pública nacional e internacional, pelos abusos sistematicamente cometidos. Esta mais recente violência da Lava Jato contra Lula e sua família só pode ser entendida por 3 razões:
O desespero dos operadores da Lava Jato, que não conseguiram entregar para a imprensa a mercadoria prometida, ou seja: provas contra Lula nos desvios da Petrobrás.
Trata-se de mais uma retaliação contra o ex-presidente por ter denunciado os abusos da Lava Jato à Corte Internacional de Direitos Humanos da ONU;
É mais um exemplo da sistemática sintonia entre o calendário da Lava jato e a agenda do golpe, tentando criar um “fato novo” na etapa final do processo de impeachment.
O povo brasileiro reconhece Lula como o melhor presidente que o país já teve, o que está claro nas pesquisas sobre as eleições de 2018. O povo está percebendo, a cada dia com mais clareza, os movimentos da mídia, dos partidos adversários do PT e de agentes do estado, que não atuam de forma republicana, para afastar Lula do processo político, por vias tortuosas e autoritárias. Têm medo de Lula e têm pavor da força do povo no processo democrático.
Leia, aqui, nota dos advogados de Lula. 
Créditos: WSCOM

Zika se reproduz na vagina por vários dias após infecção

O vírus da zika pode se reproduzir na vagina durante vários dias após a infecção, afirmam pesquisadores americanos que estudaram a transmissão sexual do vírus em roedores. A reprodução do zika através do trato vaginal pode ser uma fonte potente de infecção “com consequências potencialmente desastrosas”, ressaltou o estudo realizado pela Universidade de Yale e publicado na revista científica “Cell”.
Fêmeas de camundongo grávidas foram infectadas por via vaginal com o zika, que se espalhou dos genitais para o cérebro do feto. “Vimos uma replicação significativa do vírus no tecido genital, em quatro a cinco dias”, disse Akiko Iwasaki, professora de Imunobiologia e pesquisadora do Howard Hughes Medical Institute.
Quando os roedores foram infectados no início da gravidez, os cientistas encontraram evidências de vírus zika no cérebro fetal. Estas infecções foram associadas a uma perda de peso do feto. “No início da gravidez, se a mãe estiver infectada, há um impacto significativo no feto, mesmo em camundongos do tipo selvagem”, disse a pesquisadora. Embora as conclusões de estudos com animais muitas vezes não se apliquem diretamente aos seres humanos, Iwasaki disse que as descobertas lançam uma nova luz sobre a questão.
“A descoberta pode ser importante para as mulheres, não só para as mulheres grávidas”, disse. “A vagina é um local onde o vírus pode se replicar e, eventualmente, ser transmitido para parceiros”. “Em mulheres grávidas, a transmissão vaginal do vírus da zika pode ter um impacto significativo no feto em desenvolvimento”, acrescentou.
O zika é transmitido principalmente através da picada do mosquito Aedes aegypti infectado, mas também por contato sexual. Existe pelo menos um caso conhecido de uma mulher que infectou o seu parceiro, e foram registrados vários casos em que os homens transmitiram o vírus durante o sexo para parceiros masculinos e femininos. O zika pode permanecer no sêmen por até seis meses, de acordo com um estudo recente.
A infecção pelo zika é particularmente perigosa para as mulheres grávidas, visto que o vírus pode causar malformações congênitas em fetos em desenvolvimento, como a microcefalia.Autoridades de vários países recomendam que as mulheres grávidas que vivem ou viajam para áreas com transmissão ativa do zika usem preservativos ou se abstenham de sexo. Foto: R7. (G1).
Créditos: Focando a Notícia

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

48% das empresas esperam o fim do impeachment para investir

Os diretores financeiros das empresas estão aguardando o término do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff para investir e tomar decisões estratégicas. Essa é análise de 48% dos executivos da área, ouvidos pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), durante o evento CFO Fórum, na última terça-feira (23), em São Paulo.
Foram entrevistados 155 profissionais. Uma parcela de 35% deles disse que a indefinição do cenário político não impacta os investimentos das companhias em que atuam e outros 17% preferiram opinar. Para 67% dos que participaram da enquete, a onda de otimismo vista recentemente em alguns setores ainda é pontual e representa um voto de confiança do mercado no governo de transição.
Na opinião deles não há bases concretas que indiquem uma melhora da economia, que ainda depende de reformas. Uma fatia de 24% deles, porém, enxerga uma retomada concreta do cenário macroeconômico e acredita na nova agenda de ajustes de Temer. Outros 6% disseram que não veem otimismo.
Já quando questionados sobre um possível cenário para 2017, a grande maioria dos diretores financeiros acredita que haverá uma retomada do crescimento e que os indicadores de produção e consumo devem melhorar.Um grupo menor, de 22% acha que a incerteza vai persistir e que a crise vai se agravar no próximo ano.
A maior parte (83%) dos executivos considera que o ajuste nas contas públicas deve ser uma grande prioridade para a agenda macroeconômica. A reforma trabalhista, o maior diálogo entre os setores público e privado e a reforma da previdência aparecem na sequência, com 6%, 5% e 2% das citações, respectivamente.
Enquanto 65% atribuem a causa da crise à incerteza política decorrente dos escândalos de corrupção e dos conflitos no governo, 32% acham que a culpa é do fator econômico, principalmente a situação fiscal do governo. Só 2% dos ouvidos consideram a influência externa e a desaceleração de grandes economias globais como responsáveis pela recessão no país.
Entre os fatores macroeconômicos que mais preocupam os diretores financeiros, foram citados principalmente a queda do consumo (39%), a possibilidade de aumento dos impostos (17%), a inadimplência alta (14%), a volatilidade do câmbio (13%) e o crédito escasso (5%). Internamente, o que mais tira o sono dos executivos é a busca por eficiência e otimização de processos, citada por 56%, o corte de gastos (24%), a gestão do risco financeiro (9%) e a busca por crédito (6%).
Créditos: Paraíba Total

Senadores falam em 'racha' na base e falta de governabilidade

aloysio-jereissati-aecio.jpg
RBA - Enganam-se os que acham que entre os senadores pró-impeachment o ambiente desta quinta-feira (25), no plenário do Senado, tem sido apenas de defesa do processo do clima de “já ganhou”. Comentários do dia passaram por uma espécie de “pacto” entre os grupos que compõem a base do governo provisório até o fim da votação do processo. Mas, por outro lado, eles têm mantido posições firmes que mostram que não existe consenso sobre o teor das matérias legislativas encaminhadas nos últimos 100 dias ao Congresso – referentes ao ajuste fiscal.
“Como é que eles podem trabalhar para aprovar o impeachment se têm um presidente cujas propostas não apoiam?”, provocou o líder das minorias no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), diante do semblante fechado do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que tinha tentado se esquivar do assunto poucos minutos antes, quando indagado por jornalistas.
As supostas divergências são comentadas há dias: o PSDB já se pronunciou por meio do líder do governo, Aloysio Nunes (SP), que não votará as medidas de ajuste se Michel Temer insistir em aprovar aumentos salariais para servidores. “Estamos tentando tirar uma presidenta por ter cometido atos irresponsáveis no trato das contas públicas e não podemos apoiar um governo que quer seguir no mesmo caminho”, teria dito Nunes a colegas.
O DEM, por meio do líder Ronaldo Caiado (GO), foi outro a dizer que precisa sentar, antes, para verificar vários itens dos textos que estão em tramitação, principalmente em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita o teto dos gastos públicos. No início da semana, o presidente em exercício resolveu pedir aos líderes que o apoiam a suspensão da votação do texto referente ao reajuste do salário de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para amenizar o clima conturbado.

Pacto

Na madrugada desta quinta-feira, Temer participou de um jantar com vários parlamentares. O objetivo foi não apenas dar orientações sobre a sessão que teve início hoje, como também pedir apoio e traçar uma espécie de acordo, para que todas estas questões sejam pautadas somente após a votação final do impeachment.
Mas articulações sobre indicações de cargos, nova reforma ministerial e apreciação desses textos legislativos não deixaram de ser comentadas ao lado das cadeiras onde se encontram os senadores, no plenário. “Imagine o nível de governabilidade desse homem”, criticou um deputado do PSB contrário ao afastamento da presidenta Dilma Rousseff.
Entre os integrantes da base de apoio de Temer, mesmo peemedebistas, a justificativa é de que, passado o processo de votação, seja qual for o resultado, será virada uma página no país. “E aí temos de ser pragmáticos: ou volta tudo a ser como estava no governo do PT ou o PMDB tem de assumir as rédeas da situação e ver o que é preciso para ter a coligação definitiva das outras legendas da base”, disse em caráter reservado outro senador, que foi ministro de Dilma e deixou o cargo para seguir com o vice-presidente.
Ele argumentou que há uma reclamação dos parlamentares sobre troca de cargos no Executivo e que, a seu ver, “o governo está engessado”.

Siglas menosprezadas

“Estão contando como certo um fato que ainda não aconteceu, e menosprezando o poder de fogo de legendas como o PSDB e o DEM e, pior ainda, a característica do próprio PMDB, que possui alas fortes sem afinidade com Temer, como é o caso do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)”, avaliou o cientista político Alexandre Ramalho.
Ramalho se refere a notícias divulgadas hoje de que, até a tarde de ontem, parlamentares do PSDB e do DEM ameaçaram deixar a base aliada do governo Temer e passar a ter postura de “partidos independentes”.
Entre os parlamentares do PT, os comentários sobre o assunto são feitos, em tom de ironia, no sentido de que o interino e sua base agem como “noivos”. Mas, se o casamento vier a ser consolidado, não se sabe como será o destino deste relacionamento. Embora saiam vez por outra do plenário, os senadores favoráveis ao impeachment (principalmente do PSDB e do DEM) tentam se esquivar e até rir das ironias dos petistas. Mas têm evitado dar novas declarações a respeito. Por Hylda Cavalcanti, da RBA 
Créditos: Rede Brasil Atual

Lula vai ao Senado acompanhar depoimento de Dilma

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ao Senado na próxima segunda-feira (29) para acompanhar o depoimento da presidenta afastada Dilma Rousseff no julgamento do impeachment.
"Conversamos com o presidente Lula e ele disse que estaria aqui na segunda-feira para acompanhar o depoimento da presidenta Dilma e que, se fosse necessário, estaria à disposição para vir para Brasília no domingo", disse o líder do PT na Casa, senador Humberto Costa (PE).
Lula deve assistir ao depoimento de Dilma em algum gabinete, e não no plenário, onde Dilma falará aos senadores.
No domingo (28), Dilma terá um encontro com senadores que a apoiam para acertar os detalhes de seu pronunciamento no Senado. Segundo Costa, não se trata de um treinamento para as perguntas que Dilma terá que responder. O líder petista diz que a presidenta afastada conhece melhor que ninguém os argumentos que deve usar e não precisa ser orientada. "Quanto mais a presidenta se sentir à vontade em dizer o que pensa e o que sabe, será melhor", disse.
Créditos: WSCOM