Um ataque a uma escola na província síria de Idlib, no noroeste do país, provocou a morte a 22 crianças e seis professores, indicou a agência da Organização das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Em comunicado, o diretor-geral da UNICEF, Anthony Lake, denunciou "uma tragédia" e um possível "crime de guerra", sem, contudo, especificar a autoria do ataque.
Este poderá ter sido, segundo Lake, "o ataque mais mortífero contra uma escola desde o início da guerra" na Síria, há cinco anos e meio. "É uma tragédia, um escândalo, e se este ataque foi deliberado, é um crime de guerra", acrescentou.
A escola foi atacada "por várias vezes", especificou-se no comunicado, sem dar mais detalhes.
Um balanço anterior dava conta de 35 mortos, entre os quais 11 crianças. "Aviões militares fizeram seis ataques à localidade de Hass, contra uma escola e as suas envolventes, matando 35 civis, dos quais 11 crianças", indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Um dos projéteis caiu na entrada da escola no momento em que as crianças eram retiradas devido precisamente aos bombardeamentos, disse à agência notiicosa AFP um militante anti-regime do Centro de Imprensa de Idlib, que requereu o anonimato. Foto: Reuters.
Créditos: Diário de Notícias
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
Câmara aprova PEC 241 em segundo turno com 359 votos a favor
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem (25), em segundo turno, com 359 votos favoráveis, 116 contrários e duas abstenções, o substitutivo para a Proposta de Emenda à Constituição 241/16. O texto, de autoria do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), impõe limites para os gastos federais para os próximos 20 anos. Foram mais de sete horas de sessão.
Para que a PEC 241 seja encaminhada para discussão e votação no Senado, os deputados precisam agora votar os destaques ao texto.
Em São Paulo, um ato na Avenida Paulista na noite desta terça-feira os efeitos nocivos da PEC à sociedade brasileira. As lideranças das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo denunciaram a mídia tradicional e o governo Michel Temer de iludir a população. Durante todo o mês de outubro foram realizados protestos contra a medida. Hoje, 1.108 escolas e 82 universidades estão ocupadas contra a PEC e outras medidas nocivas à educação como a Medida Provisória 746, de reforma do ensino médio, e o projeto Escola sem Partido.
Nas discussões que precederam a votação, o líder do governo, deputado André Moura (PSC-SE), disse que a limitação de gastos é fundamental para a retomada do crescimento econômico e do emprego e para o fim da recessão. Segundo Moura, a PEC não mexe nos recursos das áreas prioritárias como a saúde e a educação.
A oposição critica a medida e diz que a limitação vai retirar recursos das áreas sociais, principalmente da saúde e da educação. Os governistas rebatem os argumentos e garantem que não haverá cortes nessas áreas.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os aliados do governo esperam concluir a apreciação da PEC na Casa em novembro para que a proposta seja promulgada e anexada à Constituição Federal.
Jornada
Durante várias horas, a briga entre oposicionistas e integrantes da base aliada foi grande, em meio à variação de assuntos abordados em plena apreciação da proposta e trocas de farpas.Vários requerimentos foram rejeitados, ao longo do dia. Inclusive um que pedia a votação da proposta dividindo o texto em blocos e um segundo, que pedia a votação da PEC item por item.
Dentre as principais discussões, os destaques continuam sendo danos a serem observados com o congelamento nos setores de educação e saúde, que foi objeto de um protesto, das galerias por parte de grupo de estudantes. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) subiu para as galerias para tentar proteger os manifestantes de algum confronto com a polícia legislativa, ao ver a tensão instalada.
Já deputado Henrique Fontana (PT-RS) subiu ao plenário para afirmar que se a PEC já estivesse em vigor, o salário mínimo só poderia ser corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) “e hoje seria de R$ 500”. “O mesmo raciocínio vale para a saúde e para a educação, que sempre cresceram acima do IPCA”, afirmou.
O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), rebateu Fontana afirmando que os deputados contrários à PEC “parecem não ver o tamanho da crise do país”. A cada informação sobre as medidas apresentadas, pela base aliada, e a cada pesquisa ou estudo divulgado, mostrando os prejuízos a serem observados com a proposta, pela oposição, outros argumentos eram rebatidos de imediato num confronto sem fim.
Crèditos: Rede Brasil Atual
SUS vai ofertar testes rápidos para zika vírus
A rede pública de saúde vai passar a ofertar o teste rápido para identificação do zika. O exame, produzido pelo Bahiafarma, laboratório ligado à Secretaria de Saúde da Bahia, começará a chegar nos postos a partir de novembro, em todas as regiões do País. A compra, antecipada pelo Estado, será de 3,5 milhões de exames. Cada kit custará R$ 34. Os exames, no entanto, não estarão disponíveis para toda população. A indicação de quem deve ou não fazer o teste fará parte de um protocolo que deverá ser divulgado pelo Ministério da Saúde em novembro.
Os testes serão feitos por indicação do médico. O diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, afirmou que há alguns critérios já estabelecidos: gestantes com sintomas de zika, gestantes que tenham feito exames de ultrassom que indiquem a suspeita de que o feto apresenta má-formação no sistema nervoso central, adultos de ambos os sexos com suspeita de zika e que apresentem um quadro mais grave, com sintomas de problemas neurológicos.
Em adultos, o teste será feito para afastar o risco de Guillain-Barré. Guillain-Barré é uma doença autoimune cuja incidência aumentou de forma expressiva depois do surto de zika no País. Ela provoca a destruição da bainha de mielina, uma espécie de capa que recobre os nervos periféricos.
Feito a partir da análise de uma gota de sangue, o teste rápido se assemelha a um exame de farmácia para gravidez. O resultado é obtido em 20 minutos. Ele é considerado uma arma importante para identificar focos da infecção por zika, para orientar gestantes e o planejamento familiar. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que a mulher que teve a infecção aguarde pelo menos dois meses antes de engravidar, para evitar riscos de contaminação do feto. Não está claro, no entanto, se nessa primeira fase o governo vai ofertar o exame para mulheres que queiram engravidar.
Atualmente, a confirmação de zika é cara e demorada. Ela é feita por meio da técnica PCR, que identifica traços do vírus no material analisado. Esse exame custa em média R$ 400 e os resultados demoram cerca de duas semanas.
O exame da Bahiafarma, desenvolvido em uma parceria com a empresa coreana Genbody, obteve o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária em maio. Recebeu também o aval do INCQS — Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde.
Em janeiro deste ano, o então ministro da Saúde, Marcelo Castro, havia anunciado a adoção de um teste para identificar zika, desenvolvido pela Fiocruz. O exame, porém, não havia sido registrado pela Anvisa.
O teste da Bahiafarma é capaz de identificar tanto se o paciente está no momento com infecção como também se ele já teve o contato com vírus e desenvolveu a doença no passado. O teste da Bahiafarma é capaz de identificar tanto se o paciente está no momento com infecção como também se ele já teve o contato com vírus e desenvolveu a doença no passado.
A zika é uma doença que em 80% dos casos não apresenta sintomas. Quando afeta mulheres grávidas, no entanto, a infecção pode aumentar o risco de o bebê nascer com uma síndrome que pode levar à microcefalia, problemas nas articulações e visão. Hoje, quase um ano depois de o Brasil decretar emergência em saúde pública, há ainda um grande número de casos suspeitos de bebês microcefalia aguardando confirmação — o equivalente a 30% dos casos notificados enter 2015 e 2016. O teste será útil para ajudar a esclarecer esses casos.
A ferramenta também é essencial para dar mais agilidade na análise de casos de pedidos para o Benefício de Prestação Continuada, concedido a crianças com microcefalia que vivam em famílias cuja renda per capita não ultrapassa um quarto de salário mínimo.
Créditos: R7
Nenhum país adotou teto de gastos como o da PEC 241
"Vale a pena destacar casos positivos da fixação de teto de gastos. Todos os países que adotaram essa sistemática recuperaram sua economia. A Holanda, por exemplo, adotou limites em 1994, conseguiu reduzir a relação dívida/PIB de 77,7% para 46,8% e enxugou as despesas com juros de 10,7% para 4,8% do PIB. Ao mesmo tempo o desemprego caiu de 6,8% para 3,2%." – Trecho do relatório da PEC 241 na Câmara, de autoria do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS)
A fixação de um teto para os gastos públicos, defendida pelo governo Michel Temer (PMDB) com a Proposta de Emenda à Constituição 241/2016 (PEC 241), tem sido adotada ao redor do mundo desde meados dos anos 1990. Pioneira ao aderir a esse tipo de controle, a Holanda foi usada como exemplo por Darcísio Perondi (PMDB-RS) na Câmara dos Deputados. O Truco no Congresso – projeto de checagem da Agência Pública, feito em parceria com o Congresso em Foco – verificou um trecho do relatório escrito pelo deputado, que defende a aprovação da iniciativa. O parlamentar citou números positivos do país europeu, e escreveu ainda que todos os que implantaram a medida recuperaram a sua economia. Será que as informações usadas por Perondi estão corretas?
A PEC 241 define um limite para os gastos do governo federal, que durante 2o anos só será corrigido pela inflação do ano anterior – se aprovada em 2016, a medida valerá até 2036. Qualquer mudança nas regras da PEC só poderá ser feita a partir do décimo ano, e será limitada à alteração do índice de correção anual.
A proposta retira dos próximos governantes parte da autonomia sobre o orçamento. Isso porque a PEC 241 não permitirá o crescimento das despesas totais do governo acima da inflação, mesmo se a economia estiver bem. E só será possível aumentar os investimentos em uma área desde que sejam feitos cortes em outras.
Economistas têm advertido para os efeitos colaterais que a medida poderá causar, como a redução nos investimentos em saúde e educação, a perda do poder de compra do salário mínimo, entre outros. Ainda assim, a medida avançou rapidamente e já passou em primeiro turno no plenário da Câmara, por 366 a 111 votos, no dia 10 de outubro. Se passar pela votação em segundo turno, prevista para esta terça-feira (25), a matéria segue para o Senado Federal, que pode aprová-la ainda em 2016.
O teto é igual para todos?
Perondi afirmou que "todos os países que adotaram essa sistemática recuperaram a sua economia". Um levantamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) que analisou regras fiscais em 89 países entre 1985 e 2015, consultado pelo Truco, mostra, no entanto, que o modelo não é igual em todos os lugares. Logo, não é possível falar em uma mesma "sistemática".
A Holanda adota um limite de gastos desde 1994. O teto vale para um período de quatro anos e inclui quase todas as despesas, como saúde, seguridade social e o pagamento de juros da dívida pública. A partir de alguns critérios, o governo faz uma previsão – em geral, depois de negociar com os partidos da base de apoio – que ele mesmo terá de cumprir. São permitidos aumentos nos gastos após a previsão inicial, desde que seja comprovada a existência de recursos.
Diferentemente da PEC 241, o modelo holandês impõe um limite também ao pagamento de juros da dívida pública. Isso deixou de acontecer entre 2007 e 2010, quando esse tipo de despesa foi excluída do teto. A crise econômica de 2008 levou ainda à exclusão, no teto, de certos benefícios e programas de assistência social e desemprego, entre 2009 e 2010. Mudanças como essas, para reagir a pressões econômicas internas e externas, não serão possíveis durante a vigência da PEC 241, caso ela seja aprovada sem alterações.
As regras de limitação para gastos foram adotadas de forma pioneira também na Suécia e Finlândia. Assim como ocorre na Holanda, o regime usado nos dois países tem diferenças em relação à PEC 241. Em 1997, a Suécia criou um rígido sistema de teto de gastos, que não permite alterações nos limites estabelecidos, mas válidos por três anos – não por 20, como quer Temer.
Na Finlândia, após mais de uma década tentando implementar um limite anual de gastos, o país estabeleceu um teto válido por quatro anos, em 2003. O governo seguinte manteve o regime, introduzindo alterações para torná-lo mais flexível. As limitações para o crescimento das despesas atingem hoje cerca de 75% das despesas federais finlandesas. Suécia e Finlândia não impõem valores máximos para os gastos com juros da dívida – o que também ocorre na PEC 241.
Também pioneira no teto, a Dinamarca limitou o crescimento real (acima da inflação) dos gastos a 0,5% ao ano, em 1994. O índice foi elevado para 1% entre 2002 e 2005. Após alterações nos anos seguintes, entrou em vigor, em 2014, uma lei que determina limites estabelecidos pelo parlamento a cada quatro anos e que vale para estados e municípios, além do governo federal.
A União Europeia adota uma regra com metas específicas por país, mas que, em geral, limita o aumento das despesas ao mesmo porcentual previsto para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em médio prazo. Além de excluir dos limites os gastos com benefícios para desempregados, a regra permite um aumento mais veloz das despesas, desde que amparado por um crescimento de receitas.
No Japão, as metas de gastos estabelecidas em 2006 deveriam ser seguidas por cinco anos, mas foram abandonadas em 2009, devido à crise econômica. Desde 2011, o país passou a proibir qualquer aumento nos gastos federais de um ano para o outro, com exceção daqueles relacionados ao pagamento da dívida pública – que preocupa por já ter ultrapassou duas vezes o valor do PIB.
O Kosovo limitou o aumento dos gastos, em 2006, a 0,5% ao ano em termos reais (acima da inflação). A medida foi descumprida e teve a abrangência reduzida, em 2009, passando a valer somente para os municípios. A Bulgária também passou por problemas com os limites estabelecidos em 2006, que não permitiam que as despesas excedessem 40% do PIB. Após furar a meta, a regra foi suspensa em 2009 e voltou a vigorar em 2012, não mais como um acordo político, mas com força de lei.
Na maior parte dos países, a regulação dos gastos é feita por meio de leis ordinárias ou de acordos políticos, como é o caso holandês. Os únicos a terem os modelos incluídos na Constituição, como defende o governo Temer, são Dinamarca, Georgia e Singapura.
Ou seja, a PEC 241 não repete o regime adotado por nenhuma outra nação, tendo como principais diferenças o longo prazo (20 anos), a correção do teto de gastos apenas pela inflação e a inclusão da norma na Constituição.
Todos os países recuperaram a economia?
Perondi exagerou ao dizer que "todos os países que adotaram essa sistemática recuperaram a sua economia". Em alguns casos, o teto foi desrespeitado ou precisou ser modificado – o que será bem difícil de acontecer na proposta brasileira. Também distorceu dados ao citar os números sobre a economia da Holanda: "A Holanda, por exemplo, adotou limites em 1994, conseguiu reduzir a relação dívida/PIB de 77,7% para 46,8% e enxugou as despesas com juros de 10,7% para 4,8% do PIB. Ao mesmo tempo o desemprego caiu de 6,8% para 3,2%."
Segundo a assessoria de Perondi, as informações sobre a Holanda foram retiradas da apresentação de Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em audiência na Comissão Especial da PEC 241. Ao contrário do relatório do deputado, o texto de Portugal deixa claro que os dados sobre a Holanda são relativos ao período 1994-2007. O problema é que há dados mais recentes, que mostram um cenário distinto.
A Holanda teve bons resultados na economia no período entre 1994 e 2007, mas o teto de gastos não a protegeu da crise financeira de 2008. O cenário negativo levou a alterações temporárias no sistema, na tentativa de evitar que os estragos fossem ainda piores. Suécia e Finlândia também sentiram o impacto e tiveram uma piora nos indicadores. Não será possível fazer ajustes de curto prazo se a PEC 241 for aprovada com o texto atual.
Embora tenha recuperado a economia entre 1994 e 2007, como apontou o deputado Perondi, a Holanda sofreu os impactos da crise de 2008, que reverteu a recuperação de indicadores econômicos e expôs limitações do sistema de teto de gastos. Se, por um lado, os anos recentes representam um dos piores cenários da economia mundial nas últimas décadas, o que justifica em parte a piora do quadro holandês, por outro lado houve flexibilidade do modelo de limite de despesas, que foi alterado para cruzar a crise.
A proporção entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) caiu na Holanda, na Suécia e na Finlândia em um primeiro momento, mas não parou de subir depois da crise de 2008. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), na Holanda, o indicador diminuiu de 71,7%, em 1995, para 42,6%, em 2007. Com a crise econômica, no entanto, o índice subiu até alcançar 68,3%, em 2014. A dívida finlandesa equivalia a 42,7% do PIB, em 2003, e foi reduzida gradualmente até 32,5%, em 2008. Com a crise, cresceu sucessivamente até atingir 55,7% em 2013. Na Suécia, o porcentual devido em relação ao PIB era de 70,2% em 1996. Passou para 36,7%, em 2008, e após oscilações chegou a 2012 com 36,4%.
Embora ligeiramente diferentes daqueles compilados pelo FMI, os dados do Banco Mundial para as relações entre déficit e PIB da Holanda e da Finlândia apresentam as mesmas tendências de recuperação pré-crise e deterioração pós-2008. As informações do banco sobre a Suécia, disponíveis apenas a partir de 2010, mostram oscilações até 2013 na casa dos 42% – ou seja, não houve mais queda significativa após a crise.
O índice de desemprego seguiu uma tendência semelhante. Na Holanda, caiu de 7,2%, em 1994, para 2,8%, em 2008. Por conta da crise, o porcentual mais que dobrou, atingindo 6,9%, em 2014. Na Finlândia, o desemprego caiu entre 2003 (9%) e 2008 (6,3%), mas subiu para 8,6% em 2014. A Suécia atingiu 8,7% em 2010, o maior índice de desemprego desde 1998 (8,5%), chegando a 2014 com 8%.
Dos indicadores citados por Perondi, o único cuja trajetória de queda não foi revertida após 2008 foi o pagamento de juros da dívida em relação às receitas. Em 1994, a Holanda destinava 9,9% das receitas para esse tipo de despesa. Após forte redução, o índice se estabilizou em torno de 4,4% entre 2006 e 2008. A crise promoveu uma leve alta no parâmetro em 2009 (4,7%), mas a trajetória de queda logo foi retomada, e o menor valor da série foi alcançado em 2014, com 3,4%. Suécia e Finlândia seguiram padrões parecidos, com poucos impactos da crise neste indicador.
Embora tenha sido precedida por grandes dificuldades financeiras, a entrada em vigor do teto na Suécia e na Finlândia não teve como objetivo recuperar o controle fiscal, mas mantê-lo, segundo estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) publicado em 2008. "Interessante notar que os limites máximos de despesas foram introduzidos após a consolidação, e não como parte do esforço para reduzir as despesas. Os limites máximos foram usados para manter a estabilidade, e não para criá-la", diz o artigo.
O trecho do relatório da PEC 241 analisado nesta checagem está, portanto, equivocado. Chamar de "essa sistemática" tanto a proposta brasileira quanto o modelo holandês e de outros países é um exagero, já que as regras são vigentes por uma quantidade diferente de anos, em cada caso – contra 20 anos no Brasil –, e podem incluir ou excluir certos gastos, de acordo com o desempenho da economia – o que não será permitido com a PEC 241. Ao omitir essas diferenças, Darcísio Perondi distorceu fatos importantes e, por isso, o Truco no Congresso classifica a fala do parlamentar com a carta "Não é bem assim".Pública
Créditos: rede Brasil Atual
terça-feira, 25 de outubro de 2016
Inadimplência das empresas cresce 12% em setembro
O número de empresas inadimplentes voltou a acelerar em setembro deste ano, após desacelerar por dois meses seguidos. De acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a alta foi de 12,20% na comparação com setembro do ano passado.
Apesar do patamar ainda elevado, o crescimento da inadimplência em setembro é o terceiro menos intenso observado nos últimos nove meses da série histórica. Além do aumento no número de empresas inadimplentes, houve também um crescimento na variação da quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas: 14,55% a mais em setembro frente a igual mês de 2015. Já na passagem de agosto de 2016 para o último mês de setembro, sem ajuste sazonal, a alta foi de 1,26% na quantidade de empresas inadimplentes e de 1,09% no volume de dívidas.
Os dados levam em consideração todas as regiões brasileiras com exceção do Sudeste, onde vigora no estado de São Paulo a Lei Estadual nº 15.659 que dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas. Segundo o indicador, a região em que mais aumentou o número de empresas negativadas no último mês foi o Nordeste, com avanço de 14,62% na comparação com igual período de 2015. Em seguida aparece o Norte, que registrou avanço de 12,69% na mesma base de comparação, o Centro-Oeste (11,22) e o Sul (9,78%).
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a recessão econômica afeta a capacidade das empresas de honrarem seus compromissos, principalmente por conta dos juros elevados, que encarecem o custo do capital. “A atividade econômica ainda enfraquecida prejudica o faturamento das empresas e, consequentemente a sua capacidade de pagamento. Se o cenário de recuperação econômica se confirmar, o que ainda não parece tão claro, podemos esperar uma desaceleração mais intensa no ritmo ainda alto do crescimento da inadimplência”, explica Pinheiro.
Os dados levam em consideração todas as regiões brasileiras com exceção do Sudeste, onde vigora no estado de São Paulo a Lei Estadual nº 15.659 que dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas. Segundo o indicador, a região em que mais aumentou o número de empresas negativadas no último mês foi o Nordeste, com avanço de 14,62% na comparação com igual período de 2015. Em seguida aparece o Norte, que registrou avanço de 12,69% na mesma base de comparação, o Centro-Oeste (11,22) e o Sul (9,78%).
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a recessão econômica afeta a capacidade das empresas de honrarem seus compromissos, principalmente por conta dos juros elevados, que encarecem o custo do capital. “A atividade econômica ainda enfraquecida prejudica o faturamento das empresas e, consequentemente a sua capacidade de pagamento. Se o cenário de recuperação econômica se confirmar, o que ainda não parece tão claro, podemos esperar uma desaceleração mais intensa no ritmo ainda alto do crescimento da inadimplência”, explica Pinheiro.
O setor que concentra o maior número de empresas negativadas é o de comércio. Mais da metade (50,29%) das empresas inadimplentes são estabelecimentos comerciais. O ramo de serviços aparece com a segunda maior participação, concentrando 34,53% do total de pessoas jurídicas negativadas. No mês de setembro, o principal crescimento de empresas inadimplentes foi no setor de serviços, com variação de 15,22%. Em seguida, aparecem o comércio (11,67%), a indústria (11,51%) e a agricultura (7,33%).
De acordo com o indicador do SPC Brasil, o setor credor que apresentou o maior crescimento das dívidas de pessoas jurídicas - ou seja, para quem as empresas estão devendo - são o comércio (17,95%), seguidas das indústrias (17,14%). Completam o ranking de setor credor o segmento de serviços, que engloba bancos e financeiras (13,92%) e de agricultura (0,25%).
O indicador de inadimplência das empresas sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), com exceção da região Sudeste, uma vez que a chamada “Lei do AR” impõe dificuldades para negativação no estado de São Paulo. As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. Foto: Vermelho.
O indicador de inadimplência das empresas sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), com exceção da região Sudeste, uma vez que a chamada “Lei do AR” impõe dificuldades para negativação no estado de São Paulo. As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. Foto: Vermelho.
Créditos: De Fato
Católicos no mundo são quase 1 bilhão e 300 milhões
Por ocasião do Dia Mundial das Missões, celebrado no domingo, 23, a agência Fides apresentou, como faz todos os anos, algumas estatísticas a fim de oferecer uma imagem panorâmica da Igreja no mundo. Os dados são tirados do último "Anuário Estatístico da Igreja" (atualizado em 31 de dezembro de 2014) e referem-se aos membros da Igreja, às suas estruturas pastorais, às atividades no campo da saúde, educação e assistência. Entre parênteses indica a variação, aumento (+) ou diminuição (-) em relação ao ano precedente, de acordo com a comparação feita pela agência Fides.
Em 31 de dezembro de 2014, a população mundial era de 7.160.739.000 pessoas, um aumento de 66.941.000 unidades, em comparação com o ano anterior. O aumento global também se refere este ano a todos os continentes, exceto a Europa: os maiores aumentos, mais uma vez, estão na Ásia (+37.349.000) e África (+23.000.000), seguidos pela América (+8.657.000) e Oceania (649.000). Diminui a Europa (-2.714.000).
Também em 31 de dezembro de 2014 o número de católicos era de 1.272.281.000, com um aumento global de 18.355.000 milhões de pessoas, menor do que o registrado no ano anterior. O aumento diz respeito a todos os continentes, exceto a Europa: África (+8.535.000) e América (+6.642.000), seguido pela Ásia (+3.027.000) e Oceania (+208.000). Diminui a Europa (-57.000). A percentagem de católicos aumentou em 0,09%, fixando-se em 17,77%. Por continente, houve aumentos na África (+0,38), América (+0,12), Ásia (0,05), Europa (+0,14) e Oceania (+0,09).
O número de habitantes por sacerdote aumentou também neste ano, um total de 130 unidades, atingindo a cota de 13.882. A repartição por continente mostra, como nos anos anteriores, o aumento na América (+79), Europa (+41) e Oceania (+289); diminuição na África (-125) e na Ásia (-1.100). O número de católicos por sacerdote no mundo aumentou complexivamente em 41 unidades, para um total de 3.060. Há aumentos na África (+73), América (+59), Europa (+22) e Oceania (+83). Diminuição na Ásia (-27).
As circunscrições eclesiásticas são 9 a mais do que no ano anterior, chegando a 2.998, com novas circunscrições criadas na África (+1), América (+3), Ásia (+3) e na Europa (+2). A Oceania não teve mudanças.
O número total de bispos no mundo aumentou em 64 unidades, chegando a 5.237. Também este ano aumentaram, seja os bispos diocesanos, seja os religiosos. Os Bispos diocesanos são 3.992 (+47); Bispos religiosos são 1.245 (+17). O aumento dos Bispos diocesanos diz respeito a todos os continentes, exceto Oceania (-1): América (+20), Ásia (+9), África (+1) e Europa (+18). Bispos religiosos aumentam em todos os lugares: África (+5), América (+2), Ásia (+3), Europa (+6), Oceania (+1).
O número total de sacerdotes no mundo aumentou em 444 unidades em relação ao ano anterior, chegando a 415.792. Assinala uma diminuição substancial mais uma vez a Europa (-2.564) e, em menor medida, a América (-123) e Oceania (-86); os aumentos foram registados na África (+1.089) e Ásia (+2.128). Os sacerdotes diocesanos no mundo aumentaram em 765 unidades, chegando a um total de 281.297, com aumentos na África (+1.023), América (+810) e Ásia (+848). A diminuição, também neste ano, verificou-se na Europa (-1.914), e Oceania (-2). Os sacerdotes religiosos diminuíram no total de 321 unidades e são 134.495. Consolidando a tendência dos últimos anos, crescendo na África (+66) e na Ásia (+1.280), enquanto as diminuições afetam a América (-933), Europa (-650) e Oceania (-84).
Os religiosos não sacerdotes diminuíram pelo segundo ano consecutivo, em contraste com os anos precedentes, de 694 unidades, alcançando o número de 54.559. Os aumentos foram registrados na África (+331) e Ásia (+66), enquanto diminuem na América (-362), Europa (-653) e Oceania (-76). Também este ano se confirma a tendência à diminuição global das religiosas, este ano ainda mais do que no ano anterior, de 10.846 unidades. O total hoje é de 682.729. Os aumentos são, mais uma vez, na África (+725) e Ásia (+604), as reduções na América (-4.242), Europa (-7.733) e Oceania (-200).
Créditos: Rádio Vaticano
Em 31 de dezembro de 2014, a população mundial era de 7.160.739.000 pessoas, um aumento de 66.941.000 unidades, em comparação com o ano anterior. O aumento global também se refere este ano a todos os continentes, exceto a Europa: os maiores aumentos, mais uma vez, estão na Ásia (+37.349.000) e África (+23.000.000), seguidos pela América (+8.657.000) e Oceania (649.000). Diminui a Europa (-2.714.000).
Também em 31 de dezembro de 2014 o número de católicos era de 1.272.281.000, com um aumento global de 18.355.000 milhões de pessoas, menor do que o registrado no ano anterior. O aumento diz respeito a todos os continentes, exceto a Europa: África (+8.535.000) e América (+6.642.000), seguido pela Ásia (+3.027.000) e Oceania (+208.000). Diminui a Europa (-57.000). A percentagem de católicos aumentou em 0,09%, fixando-se em 17,77%. Por continente, houve aumentos na África (+0,38), América (+0,12), Ásia (0,05), Europa (+0,14) e Oceania (+0,09).
O número de habitantes por sacerdote aumentou também neste ano, um total de 130 unidades, atingindo a cota de 13.882. A repartição por continente mostra, como nos anos anteriores, o aumento na América (+79), Europa (+41) e Oceania (+289); diminuição na África (-125) e na Ásia (-1.100). O número de católicos por sacerdote no mundo aumentou complexivamente em 41 unidades, para um total de 3.060. Há aumentos na África (+73), América (+59), Europa (+22) e Oceania (+83). Diminuição na Ásia (-27).
As circunscrições eclesiásticas são 9 a mais do que no ano anterior, chegando a 2.998, com novas circunscrições criadas na África (+1), América (+3), Ásia (+3) e na Europa (+2). A Oceania não teve mudanças.
O número total de bispos no mundo aumentou em 64 unidades, chegando a 5.237. Também este ano aumentaram, seja os bispos diocesanos, seja os religiosos. Os Bispos diocesanos são 3.992 (+47); Bispos religiosos são 1.245 (+17). O aumento dos Bispos diocesanos diz respeito a todos os continentes, exceto Oceania (-1): América (+20), Ásia (+9), África (+1) e Europa (+18). Bispos religiosos aumentam em todos os lugares: África (+5), América (+2), Ásia (+3), Europa (+6), Oceania (+1).
O número total de sacerdotes no mundo aumentou em 444 unidades em relação ao ano anterior, chegando a 415.792. Assinala uma diminuição substancial mais uma vez a Europa (-2.564) e, em menor medida, a América (-123) e Oceania (-86); os aumentos foram registados na África (+1.089) e Ásia (+2.128). Os sacerdotes diocesanos no mundo aumentaram em 765 unidades, chegando a um total de 281.297, com aumentos na África (+1.023), América (+810) e Ásia (+848). A diminuição, também neste ano, verificou-se na Europa (-1.914), e Oceania (-2). Os sacerdotes religiosos diminuíram no total de 321 unidades e são 134.495. Consolidando a tendência dos últimos anos, crescendo na África (+66) e na Ásia (+1.280), enquanto as diminuições afetam a América (-933), Europa (-650) e Oceania (-84).
Os religiosos não sacerdotes diminuíram pelo segundo ano consecutivo, em contraste com os anos precedentes, de 694 unidades, alcançando o número de 54.559. Os aumentos foram registrados na África (+331) e Ásia (+66), enquanto diminuem na América (-362), Europa (-653) e Oceania (-76). Também este ano se confirma a tendência à diminuição global das religiosas, este ano ainda mais do que no ano anterior, de 10.846 unidades. O total hoje é de 682.729. Os aumentos são, mais uma vez, na África (+725) e Ásia (+604), as reduções na América (-4.242), Europa (-7.733) e Oceania (-200).
Créditos: Rádio Vaticano
O Sol vai destruir a Terra mais cedo do que imaginamos, afirma astrofísico
Em um vídeo, a equipe da Business Insider recentemente ilustrou o que poderá ocorrer durante esse processo. E como Jiilian Scudder, um astrofísico da Universidade de Sussex, no Reino Unido, explicou, esse dia pode acontecer mais cedo do que esperamos.
De acordo com informações da Science Alert, o Sol sobrevive pela queima de átomos de hidrogênio em átomos de hélio que ocorre em seu núcleo. Na verdade, ele queima cerca de 600 milhões de toneladas de hidrogênio a cada segundo. E, conforme se torna saturado deste hélio, encolhe, causando reações de fusão nuclear para aceleração – o que significa que o Sol acaba liberando muito mais energia.
Logo, para cada bilhão de anos que o Sol gasta queimando hidrogênio, ele fica cerca de 10% mais brilhante. Enquanto este valor pode parecer pequeno, a diferença pode ser catastrófica para o nosso planeta.
Segundo Scudder, as previsões para o que exatamente vai acontecer com Terra ao longo dos próximos bilhões de anos são bastante incertas. “Mas, a essência geral é que o aumento do calor do Sol fará com que mais água evapore da superfície e fique presa na atmosfera. Em seguida, ela causará efeito estufa, retendo mais calor de entrada, o que acelera a evaporação”. Assim, toda a água do nosso planeta secará.
O aumento de 10% no brilho a cada bilhão de anos, significa que, daqui a 3,5 bilhões de anos, o Sol estará quase 40% mais brilhante. Logo, os oceanos da Terra ferverão em razão das altas temperaturas, as calotas de gelo não irão mais existir e toda a umidade da atmosfera secará. A Terra, uma vez cheia de vida e água, irá se tornar insuportavelmente quente, seca e estéril – semelhante a Vênus.
Todas as coisas boas chegam ao fim. Cada livro tem um capítulo final, cada série um último episódio, cada pacote um último biscoito e cada pessoa um último suspiro. Dessa forma, um dia, daqui cerca de 4 ou 5 bilhões de anos, o Sol queimará seu último “suspiro” de hidrogênio e iniciará um processo de queima de hélio no lugar.
“Uma vez que o hidrogênio para de queimar no núcleo do Sol, a estrela formalmente abandonará sua característica principal e poderá ser considerada uma gigante vermelha”, disse Scudder. “Então, ela gastará cerca de um bilhão de anos para se expandir e queimar hélio em seu núcleo, ainda com um escudo em sua volta que permitirá que o hidrogênio continue sendo capaz de se fundir com o hélio”.
Conforme isso ocorre, sua massa irá diminuir, consequentemente afrouxando sua influência gravitacional sobre todos os planetas do Sistema Solar. Assim, todos aqueles que orbitam o Sol irão se deslocar.
Quando se tornar uma gigante vermelha, seu núcleo ficará extremamente quente e denso, enquanto a camada exterior se expandirá. Logo, sua atmosfera acabará esticando a órbita atual de Marte e engolirá Mercúrio e Vênus. A Terra por sua vez terá duas opções: fugir dessa expansão ou ser consumida por ela. Mas, por mais que nosso planeta consiga deslizar para fora do alcance do Sol, as temperaturas intensas acabarão o matando.
Uma vez que o Sol esvaziar todas as suas reservas de combustível, ele se tornará instável e começará a pulsar. A cada pulso, irá se livrar das camadas de sua atmosfera exterior e por fim, tudo o que restará será uma estrela fria, de núcleo pesado e rodeado por uma nebulosa planetária. Logo, esse corpo, conhecido como o de uma anã branca, irá esfriar até deixar de existir. (Science Alert / Business Insider ) Foto: Reprodução / Kevin Gill via Science Alert.
Créditos: Jornal Ciência
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