quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Operadoras ganham presente bilionário do Governo Federal

O projeto de lei que beneficia as operadoras de telefonia fixa Oi, Vivo, Claro, Algar e Sercomtel, tem causado grande polêmica entre a população. Na terça-feira (20), ela foi parar no Judiciário. 

O recurso obriga o plenário do Senado a apreciar o PLC 79/2016, cujo texto altera a Lei Geral de Telecomunicações e dá posse definitiva de bens estimados em ao menos 20 bilhões de reais pelo governo federal.

O projeto deve passar por análise principalmente por conta de inconstitucionalidade no texto, a pretensão do Governo era de sancionar o projeto ainda hoje.
Créditos: Varela Notícias

Doria anuncia aumento de velocidade nas marginais de São Paulo

Velocidade_Marginais
 Cumprindo promessa de campanha, mas contrariando estatísticas e apelos de entidades da sociedade civil, a equipe do prefeito eleito João Doria (PSDB) anunciou ontem (20) o aumento da velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros. O anúncio foi feito pelo futuro secretário de Transportes de Doria, Sérgio Avelleda, e o futuro presidente da CET, João Otaviano Neto.
Para veículos leves, a partir do dia 25 de janeiro, a pista expressa de ambas as marginais passará de 70 km/h para 90 km/h e a pista central da marginal Tietê aumenta de 60 km/h para 70 km/h. Já a pista local terá duas velocidades distintas: a faixa mais à direita permanece com o limite de 50 km/h, enquanto as outras aumentam para 60 km/h. Para os veículos pesados, a velocidade máxima será de 50 km/h em toda a pista local e 60 km/h nas pistas central e expressa.
“As pistas foram projetadas para essas velocidades”, disse Sérgio Avelleda. Durante a apresentação, os integrantes do governo Doria insistiram no conceito de que eventuais riscos serão mitigados com ações de segurança baseadas na sinalização e em campanhas publicitárias educativas.
Desde que foi implementada pelo prefeito Fernando Haddad em julho de 2015, o número de mortes nas marginais Tietê e Pinheiros diminuiu em 32,8% em um ano, passando de 73 mortes em 2014 para 49 em 2015. As vidas poupadas vinham sendo o principal argumento de especialistas e entidades de pedestres, ciclistas e de campanhas contra violência no trânsito para que não houvesse o aumento das velocidades.
Recentemente, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS), órgão ligado à ONU, elogiou a redução de velocidade promovida por Haddad e pediu aos novos prefeitos eleitos que mantenham os limites de velocidade em vias urbanas inferiores a 50 quilômetros por hora. “Cumprimentamos as iniciativas dos municípios que se empenharam na gestão rigorosa da velocidade. Em memória dos que perderam suas vidas no trânsito, e em respeito àqueles que poderão ser salvos, sigamos os exemplos de Londres, Nova York, Paris, São Paulo, Sydney e Tóquio. Essas cidades reduziram os limites de velocidade nos últimos anos e obtiveram bons resultados“, disse o consultor Opas/OMS no Brasil, Victor Pavarino.
Créditos: Rede Brasil Atual

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Surto de Zika é estimulado pelo El Niño

O surto de Zika na América do Sul foi estimulado pelo fenômeno El Niño de 2015, segundo novo estudo divulgado na segunda-feira (19), prevendo que um potencial risco de transmissão sazonal para o vírus, transmitido pelo mosquito, pode existir no Sudeste dos Estados Unidos, Sul da Europa e outros lugares durante o verão.
O estudo, publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of Science, utilizou um novo modelo epidemiológico que analisa como o clima afeta a propagação de Zika pelos seus principais vetores, o mosquito da dengue (Aedes aegypti) e o mosquito asiático (Aedes albopictus).
De acordo com pesquisadores da Universidade de Liverpool, o modelo utilizou a distribuição mundial de ambos os vetores, bem como fatores dependentes da temperatura, entre eles taxas de picada de mosquitos, taxas de mortalidade e taxas de desenvolvimento viral, para prever o efeito do clima na transmissão do vírus.
O estudo revelou que em 2015, quando ocorreu o surto de Zika, o risco de transmissão foi maior na América do Sul.
Os pesquisadores acreditam que isso é provavelmente devido a uma combinação do El Niño - fenômeno que ocorre naturalmente, com temperaturas acima do normal no Oceano Pacífico e provoca condições climáticas extremas em todo o mundo - e mudanças climáticas, criando ambiente propício para os vetores do mosquito.
O El Niño ocorre de três a sete anos em intensidade variável, como o fenômeno de 2015, apelidado de "Godzilla", um dos mais fortes já registrados. Os efeitos podem incluir a seca severa, as chuvas pesadas e as elevações da temperatura na escala global.
Cyril Caminade, um pesquisador de epidemiologia e população que liderou o trabalho, disse em comunicado: "Foi sugerido que o vírus Zika provavelmente chegou ao Brasil a partir do Sudeste Asiático ou pelas ilhas do Pacífico em 2013. No entanto, o nosso modelo sugere que foram as condições de temperatura relacionadas com o El Niño de 2015 que desempenharam papel fundamental na ocorrência do surto - quase dois anos após a crença de que o vírus fosse introduzido no continente."
"Além do El Niño, outros fatores críticos podem ter desempenhado um papel na ampliação do surto, como a população sul-americana não exposta, o risco representado pelas viagens e o comércio, a virulência da estirpe do vírus Zika e outras infecções como a dengue".
Os pesquisadores disseram que o estudo prevê potencial risco de transmissão sazonal para o vírus Zika, no Sudeste dos Estados Unidos e, em menor escala, no Sul da Europa, durante o verão no Hemisfério Norte.
Eles também planejaram adaptar o modelo a outros vírus, como da chikungunya, com o objetivo de desenvolver sistemas de alerta precoce que poderiam ajudar as autoridades de saúde pública a se preparar ou até mesmo a prevenir futuros surtos.
A Organização Mundial da Saúde declarou recentemente que a Zika, que está ligada a defeitos congênitos e complicações neurológicas, não será mais tratada como emergência internacional, mas como "desafio duradouro de saúde pública." WSCOMPor Agencia Brasil.
Créditos: 

'Mais Médicos' deixam Ceará e pacientes ficam sem atendimento

'Mais Médicos' chegaram ao Ceará em 2013 com contrato de trabalho de três anos (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Chegou ao fim o contrato de médicos - a maior parte cubanos - contratados para atuar no Ceará por meio do programa do Governo Federal "Mais Médicos". A população que depende exclusivamente do serviço público de saúde e recebia atendimento dos "mais médicos" se diz preocupada com o prazo de trabalho dos profissionais. Em alguns postos de saúde, os pacientes reclamam da falta de atendimento.

Na segunda-feira (19), pacientes que procuram o posto de saúde no Bairro Monte Castelo voltaram sem atendimento. No local, os médicos cubanos já se despediram. "Eles foram embora, inclusive teve até a festa de despedida deles. Só tem uma médica, acho que ela nem está mais aí, inclusive acho que até 

Marta, que também procura os serviços do posto do bairro com frequência, elogiou o atendimento dos médicos cubanos e reclama dos servidores que permanecem no local. "Eles [médicos cubanos] eram mais atenciosos, atendiam todo mundo, até o último da fila. O médico que está atendendo agora não quer atender." teve uma festa de despedida dela também", relata Tatiana Alencar, paciente do local.
Já Maria das Graças Marques, que procurou os serviços nesta segunda, voltou para casa sem atendimento por falta de médicos. 

Esses médicos foram contratados em 2013 pelo programa Mais Médicos. De acordo com o presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde, Josete Tavares, esses profissionais têm aprovação de 80% da população de onde atendem.
"Eles melhoraram a saúde no Brasil interior e aqui especificamente no Ceará foi um reforço muito importante para os municípios principalmente nas periferias e áreas mais pobres das cidades", explica.

Ele explica que o contrato de três anos dos médicos expirou, mas diz que outros 89 profissionais serão contratados. A chegada dos novos profissionais, no entanto, deve demorar cerca de dois a três meses, de acordo com o secretário. O Ministério da Saúde afirma que o Ceará vai, no total, 111 profissionais até o fim do ano.
Créditos: G1

A reforma da Previdência e o equívoco civilizatório

consumismo_previdencia.jpgJornal GGN – O governo brasileiro está reformando as regras da previdência, de tal forma que, para se aposentar com um salário ínfimo o cidadão terá que trabalhar 49 anos. O motivo alegado é que as pessoas vivem cada vez mais e a relação entre os que trabalham e pagam e os que se aposentam, reduz-se a cada ano. O trabalhador que começar a ativar-se com 20 anos, poderá se aposentar, com remuneração limitada, com 69 anos, uma perversão. Como noticiam os jornais, militares e carreiras do Judiciário, que geram imenso déficit, não terão mudanças.
Segundo pesquisas, os povos caçadores-coletores que ainda existem no planeta, no interior da África, Austrália ou Brasil, trabalham quatro horas por dia em média para prover as necessidades básicas de sua família. O restante do tempo eles passam no ambiente familiar, atividades sociais, brincando com os filhos. Devia ser assim, mais de doze mil anos atrás com todos os humanos, antes da revolução agrícola, que começou na Suméria. Esta teria sido uma armadilha: quanto mais o homem produz, mais trabalha.
Foi para os historiadores o começo da chamada civilização. O homem começou a formar cidades e quando sobrou excedente, criou o Estado, com nobres, militares, sacerdotes, todos consumindo, sem produzir diretamente. Acrescente-se a explosão demográfica e a redução da mortalidade infantil. Houveram períodos de fome, peste, guerras, mas a humanidade prosseguiu.
Com a revolução industrial, mesmo crianças e mulheres passaram a trabalhar doze ou até quatorze horas por dia. Quanto mais desenvolvido era o país, mais se trabalhava. Vieram então outros serviços públicos, o estado do bem estar social, ora mais socialista ora mais liberal. Conseguiu-se após muita luta reverter essa tendência e reduzir as horas de trabalho, mas com novos avanços na produtividade parece que retomamos o sentido contrário, dizem que haverá escassez sem mudanças.
Além das disfunções sociais, na renda etc., um dos problemas parece ser o consumismo na sociedade atual. Não só a segurança e o status, mas a própria felicidade só parece ser possível a quem compra, consome: há que se ter o celular do ano, um carro razoável, roupas da moda. E então se consome como nunca, a tal ponto que arriscamos a própria sobrevivência da humanidade, sangramos os benefícios permitidos pelo planeta, poluímos sua atmosfera, acabamos com suas florestas.
O consumismo em geral, e não apenas as disfunções sociais e a sobrevivência por tempo cada vez maior, também deve ser debitado à necessidade de se trabalhar 49 anos para se aposentar. De outra forma, com a produtividade alcançada, o prazo da aposentadoria deveria estar sendo reduzido, haveria um acúmulo de bens suficientes para que todos vivessem tranquilamente após alguns anos de trabalho.
Mas seria possível mudar essa direção? Essa cultura? Consumir menos o que é desnecessário, trabalhar menos, aposentar-se mais cedo? Seria possível buscar a felicidade em outras atividades? Ajustar-se, de forma a ter menos nobres, militares e sacerdotes?
No sistema atual, parece-nos impossível. O regime de mercado vive justamente do excesso de consumo a que as pessoas se acostumaram e exige classes governantes, burocratas, policiais e cadeias, conforto espiritual. Principalmente, se as pessoas não compram, fábricas e lojas param de produzir e vender, demitem funcionários e temos a crise. Faltarão recursos para qualquer tipo de aposentadoria. Consumir é preciso.
É como o cachorro atrás do rabo. A mudança não parece estar apenas nas propostas liberais ou socialistas. É preciso mudar o conceito de bem estar e felicidade, todo o projeto civilizatório. Quem se habilita?
Créditos: Rede Brasil Atual

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Desigualdade salarial entre mulheres e homens supera 50%, diz pesquisa

Estudo divulgado recentemente pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), revela que mundialmente, o crescimento salarial diminuiu ao longo de 2016, o que o fez atingir seu nível mais baixo desde 2012. Outro dado exposto pelo Relatório Global sobre Salários 2016-2017 evidencia a desigualdade salarial entre homens e mulheres, acima de 50% nos posto de trabalhos mais bem pagos das empresas.

Segundo a OIT, o mau desempenho dos países emergentes baixou a média mundial de salários, mesmo que alguns tenham sido recuperados em economias divergentes que se desenvolveram no ano passado, como Estados Unidos e Alemanha. Em todo o mundo tem ocorrido a desaceleração desse crescimento, levando-o para o seu menor nível em quatro anos, indo de 2,5% para 1,7% durante o período de 2012 até 2015. Em contrapartida, a desigualdade salarial entre homens e mulheres só tem aumentado.
De acordo com o mesmo relatório, posteriormente ao período da crise financeira de 2008-2009, impulsos foram gerados em países e regiões de desenvolvimento para que avanços ocorressem consequentemente aumentando o crescimento dos salários mundiais. Porém, recentemente, esta tendência possuiu um efeito reverso, se desacelerando.
Países emergentes e em desenvolvimento do G20, formado pelas 19 maiores economias mundiais juntamente da União Europeia, também obtiveram queda dos níveis salariais, que foi de 6,6%, em 2012, para 2,5%, em 2015, segundo o relatório da OIT. Entretanto, o crescimento salarial de países desenvolvidos do grupo, teve o índice mais alto dos últimos dez anos, indo de 0,2% para 1,7% entre 2012 e 2015, sendo 2015 o ano onde os salários cresceram 2,2% nos Estados Unidos, 1,9% em países da União Europeia e 1,5% no Norte, Sul e Oeste europeu.
O mesmo estudo mostrou também “grandes diferenças” regionais entre as economias que estão se desenvolvendo. Em 2015, os salários reais caíram 1,3% na América Latina e no Caribe e 5,2% no Leste Europeu. O crescimento dos salários se estabilizou em uma taxa de 4% no Sul e Leste asiático e no Pacífico, enquanto regiões da Ásia Central e Ocidental passaram para 3,4% com estimativa provisória de 2,1% nos Estados Árabes e 2% na África.
Segundo os dados fornecidos pela OIT, verificou-se na maioria dos casos, uma desigualdade em relação ao crescimento dos salários daqueles que recebem as mais altas e as mais baixas remunerações. Na Europa, 25% do total dos salários de todos os empregados em seus respectivos países, são destinados a 10% dos trabalhadores mais bem pagos. Essa parcela pode aumentar no caso de algumas economias emergentes, como a África do Sul  com 49,7%, Índia com 42,7% e o Brasil  com 35%.  Isso representa quase 50% dos que recebem os salários mais baixos.
A desigualdade é ainda mais acentuada quando a comparação é feita entre a base salarial de homens e mulheres. “Embora a diferença salarial geral por hora entre homens e mulheres na Europa seja de cerca de 20%, a diferença salarial entre homens e mulheres no grupo dos 1% de trabalhadores mais bem pagos chega a cerca de 45%. Entre homens e mulheres que ocupam cargos de diretores executivos, e estão entre o 1% de trabalhadores mais bem pagos, a diferença salarial entre homens e mulheres é acima de 50%”, diz nota divulgada pela OIT.
Políticas de salários mínimos e instrumentos importantes para a redução dessa desigualdade salarial excessiva no âmbito salarial também foram apontadas no relatório. Para a diminuição da desigualdade salarial entre homens e mulheres, uma das sugestões oferecidas pelo relatório foi a regulamentação e a autorregulamentação da remuneração dos executivos. Fonte: EBC.
Créditos: Paraíba Total

Reforma da Previdência põe em risco aposentadoria especial de professores

A proposta de reforma da Previdência encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo Temer deve acabar com o aposentadoria especial para professores, garantida em dispositivo constitucional desde 1981 e referendada pela Constituição de 1988.
Pelas regras atuais, professores que trabalham na educação básica, ensino infantil, fundamental e médio têm garantidos o direito à redução de cinco anos de contribuição mínima para se aposentar.
Pela regra geral autal, os homens se aposentam com 35 anos de contribuição e as mulheres, 30. Para os professores, o tempo mínimo de contribuição cai para 30 e 25 anos, respectivamente. Com a reforma proposta, esse regime especial acaba e todos terão que trabalhar até, no mínimo, os 65 anos, com 25 anos de contribuição.
Para Silvia Barbara, diretora da Federação Estadual dos Professores do estado de São Paulo (Fepesp), essa nova regra é "absurda" e a categoria vai ser privada de receber o benefício integral da aposentadoria por conta da alta rotatividade do setor. "Para um professor, a reforma pode representar um acréscimo na exigência para se aposentar superior a 400% em anos trabalhados", afirma a diretora da Fepesp em entrevista à TVT. 
"Dificilmente você vai encontrar um professor, de educação básica, principalmente, trabalhando aos 65 de idade. Dificilmente ele vai conseguir trabalho. Uma consequência direta para os professores é que eles podem começar a carreira como professor, mas dificilmente vão terminar a carreira como professor", analisa Silvia Barbara.
Para ela, trata-se de um projeto de desmonte da Previdência para beneficiar o setor privado. "As empresas de previdência privada e o sistema financeiro  estão pulando de alegria, porque veem nisso um espaço promissor de desenvolvimento das suas atividades econômicas." Foto: EBC.
Créditos: Rede Brasil Atual