domingo, 22 de janeiro de 2017

Brasil ocupa penúltimo lugar em competitividade em ranking da CNI

O Brasil ocupa o penúltimo lugar na classificação geral de competitividade em um ranking de 18 países, à frente somente da Argentina. O resultado está no estudo Competitividade Brasil, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para determinar a competitividade, foram levados em conta nove fatores, entre eles, infraestrutura e logística, disponibilidade e custo da mão de obra e do capital, ambiente macroeconômico, peso dos tributos e educação.
O ano de referência da pesquisa é 2016. Segundo a CNI, os países incluídos no estudo foram escolhidos em função de suas características econômicas, sociais e da natureza de sua participação no mercado internacional. Esta é a quinta edição do relatório, publicado pela primeira vez em 2010.
Nos rankings por quesito, o Brasil ocupou a pior posição – o último lugar – em disponibilidade e custo do capital, com a mais alta taxa de juros real de curto prazo e o maior spread (diferença entre as taxas que os bancos pagam para captar recursos e as que cobram dos consumidores) da taxa de juros. O país também ficou mal posicionado em ambiente de negócios e ambiente macroeconômico: em ambos os quesitos ficou em penúltimo lugar, outra vez à frente apenas da Argentina.
De acordo com a CNI, os fatores que influenciaram na baixa posição em ambiente macroeconômico foram inflação, dívida bruta e carga de juros elevadas e baixa taxa de investimento. No quesito ambiente de negócios, o país é puxado para baixo pelo desempenho ruim nos subfatores burocracia e relações de trabalho e eficiência do estado e segurança jurídica.
Educação
O melhor posicionamento do Brasil foi no fator educação, com o país em nono lugar entre 15 países para os quais há informações disponíveis sobre o assunto. O resultado em educação se deve ao bom desempenho do país em gastos com educação, subfator no qual o Brasil ocupa o quarto lugar. A CNI ressaltou, no entanto, que o país teve desempenho fraco em outros quesitos.
Apesar de estar em posição intermediária no ranking de matrículas no ensino superior, por exemplo, o Brasil ocupou o décimo primeiro lugar entre 13 países para os quais há informações disponíveis sobre conclusão da faculdade ou universidade. No quesito qualidade da educação básica, o país está em décimo segundo lugar entre 14 dos países pesquisados com mecanismos de monitoramento.
O primeiro lugar na classificação geral da pesquisa é ocupado pelo Canadá, seguido pela Coreia do Sul, Austrália, China, Espanha e Chile. Entre os fatores pesquisados, o Canadá só não figura nos primeiros lugares nos quesitos disponibilidade e custo de mão de obra e ambiente macroeconômico.(EBC).
Créditos: Paraíba Total

Brasil negocia Base de Alcântara com os EUA

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CC - Brasil e Estados Unidos retomaram secretamente as negociações de um acordo sobre o uso de uma base militar brasileira no Maranhão para o lançamento de foguetes norte-americanos. Encerradas em 2003, início do governo Lula, as conversas voltaram por iniciativa do ministro das Relações Exteriores, José Serra, interessado em uma relação mais carnal entre os dois países. 
O embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, conversou sobre o assunto com o subsecretário de Assuntos Políticos do Departamento de Estado norte-americano, Thomas Shannon, ex-embaixador em Brasília. Uma proposta mantida até aqui em sigilo foi elaborada e apresentada pelo Itamaraty a autoridades dos EUA. Teria sido rejeitada, segundo CartaCapital apurou. 
A Base de Alcântara é tida como a mais bem localizada do mundo. Dali foguetes conseguem colocar satélites em órbita mais rapidamente, uma economia de combustível e dinheiro. 
No fim do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), de quem Sérgio Amaral era porta-voz, houve um acordo entre os dois países. Foi enviado ao Congresso brasileiro, para a necessária aprovação. Logo ao herdar a faixa do tucano em 2003, o petista Lula enterrou o caso. 
Um dos ministros a defender o arquivamento naquela época foi Roberto Amaral, então na Ciência e Tecnologia. Por seus termos, relembra ele, era um “crime de lesa-pátria”.
Os EUA impunham várias proibições ao Brasil: lançar foguetes próprios da base, firmar cooperação tecnológica espacial com outras nações, apoderar-se de tecnologia norte-americana usada em Alcântara, direcionar para o desenvolvimento de satélites nacionais dinheiro obtido com a base. Além disso, só pessoal norte-americano teria acesso às instalações. 
“O acordo contrariava os interesses nacionais e afetava nossa soberania”, afirma Amaral. “Os EUA não queriam nosso programa espacial, isso foi dito por eles à Ucrânia.” 
Enterrada a negociação com Washington, a Ucrânia foi a parceiro escolhido em 2003 para um acordo espacial. Herdeira da União Soviética, tinha tecnologia para fornecer. Brasil e Ucrânia desenvolveriam conjuntamente foguetes para lançamentos em Alcântara, com o compromisso de transferência de tecnologia de lá para cá.
Um telegrama escrito em 2009 pelo então embaixador dos EUA em Brasília, Clifford Sobel, e divulgado pelo WikiLeaks, relata uma conversa tida por ele com o então representante ucraniano na cidade e mostra a desaprovação do Tio Sam ao entendimento Ucrânia-Brasil. Os EUA não queriam “que resultasse em transferência de tecnologia de foguetes para o Brasil”.
O entendimento do Brasil com a Ucrânia foi desfeito em 2015, após consolidar-se lá um governo pró-EUA. 
Na proposta sigilosa de agora, o Brasil teria oferecido a base em troca de grana e tecnologia. As proibições do acerto de 2002, chamadas “salvaguardas”, seriam flexibilizadas. Teria sido esse o motivo da recusa norte-americana. Foto: EBC.
Créditos: Carta Capital

Reforma da Previdência vai dificultar acesso à aposentadoria

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou hoje (20) nota técnica em que afirma que a reforma da previdência social vai restringir o direito à aposentadoria. “O que esse projeto vai fazer é estender, na verdade, sob a capa de igualdade de tratamento ao impor idade mínima e ampliar o tempo de contribuição, é condenar a maior parte dos trabalhadores brasileiros a não se aposentar mais”,  disse a economista do departamento, Patrícia Pelatieri, após participar de uma reunião com líderes de centrais sindicais.

Na avaliação da economista, um dos principais problemas do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) é acabar com parte das diferenciações previstas nas regras atuais, por sexo e ocupação. “Sob a aparente uniformidade que dá para todos os trabalhadores, na verdade, ela aprofunda muitas desigualdades”, destacou.

O estudo do Dieese foi feito a partir da comparação das regras existentes e as propostas de mudança, detalhando os impactos de cada medida. “Para garantir o valor integral do benefício, a pessoa trabalhadora teria que contribuir por 49 anos, tempo que demonstra a utopia que será o desejo de se aposentar com valor integral, mesmo que calculado com base em toda a trajetória contributiva”, diz  a nota técnica sobre o aumento do tempo de contribuição.

A economista ressaltou que o mercado de trabalho brasileiro é “extremamente desigual”, o que dificulta que os trabalhadores consigam contribuir ininterruptamente para atingir novas exigências. “Essa PEC que está sendo apresentada trata de uma transformação profunda nas regras existentes de cobertura previdenciária no Brasil”, acrescentou.

Pelas regras propostas, o trabalhador precisa atingir a idade mínima de 65 anos e pelo menos 25 anos de contribuição para poder se aposentar. Neste caso, ele receberá 76% do valor da aposentadoria - que corresponderá a 51% da média dos salários de contribuição, acrescidos de um ponto percentual desta média para cada ano de contribuição. A cada ano que contribuir a mais o trabalhador terá direito a um ponto percentual. Desta forma, para receber a aposentadoria integral (100% do valor), o trabalhador precisará contribuir por 49 anos, a soma dos 25 anos obrigatórios e 24 anos a mais.
Créditos: Agencia Brasil

Marcha das mulheres tomou as ruas contra Trump

O comparecimento à marcha das mulheres superou todas as expectativas das organização. O protesto acontecido no primeiro dia da nova administração republicana se transformou em uma massiva expressão de raiva contra Trump. As marchas se estenderam para fora dos EUA com importantes mobilizações em cidades europeias.

Centenas de milhares de mulheres com gorros cor de rosa (o que se transformou em seu símbolo anti-Trump), faixas e cartazes caseiros, marcharam em Washington DC (a capital dos EUA), em Nova Iorque, Los Angeles, Chicago e Boston, entre várias outras cidades. Manifestaram seu repúdio a Trump em seu primeiro dia na Casa Branca.

A massiva manifestação teve como um de seus motores as declarações misóginas e machistas de Trump em sua campanha presidencial, acompanhadas também de uma retórica xenofóbica e racista. Por sua vez, parlamentares e membros da administração republicana ameaçaram reverter e limitar o direito ao aborto, retirando o financiamento à saúde reprodutiva.

As massivas marchas de mulheres em Washington superaram as expectativas das organizadoras que tinham anunciado a presença de 200 mil pessoas: se estima em meio milhão os manifestantes na capital americana. A manifestação não conseguiu chegar à Casa Branca porque ela se estendia por mais de 1,6km.

A mobilização em Chicago foi tão gigantesca que os organizadores a cancelaram para realizar um ato parado porque era impossível avançar pelo trajeto que tinha sido planejado. A organização esperava por volta de 50 mil pessoas, mas 250mil compareceram.

Também aconteceram grandes manifestações em Nova Iorque e Los Angeles, e milhares de pessoas se somaram aos protestos em muitas outras cidades, como Denver, Boston, Seattle, Portland, Austin, Filadélfia, só para mencionar algumas das maiores.

As manifestações não se limitaram aos EUA. Desde cedo milhares de mulheres se mobilizaram em várias cidades europeias em solidariedade com a manifestação em Washington. Uma das mais destacadas pela magnitude foi Londres, onde 100mil pessoas se mobilizaram. Também ocorreram manifestações em Barcelona, Berlim, Paris, Amsterdã.

No ato central em Washigton, personalidades como o diretor de cinema Michael Moore, chamaram a mudar a direção do partido democrata e para pressionar os legisladores. Por sua vez, em Boston a senadora Elizabeth Warren, reconhecida como parte da ala progressista do partido, tentou canalizar para a oposição democrata a raiva e a disposição a defender os direitos hoje ameaçado pela administração Trump.

Um tom similar se sentiu em outros discursos e na cobertura de grande parte dos grandes meios de comunicação, todos à serviço de transformar o repúdio nas ruas em uma oposição domesticada liderada pelo partido Democrata. Foto:  L0UlSCUL0N
Créditos: Esquerda Diária

sábado, 21 de janeiro de 2017

País perde 1,3 milhão de vagas formais em 2016

 O país eliminou 1.321.994 vagas com carteira assinada em 2016, queda de 3,33%, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem (20) pelo Ministério do Trabalho. Todos os setores fecharam postos de trabalho, com destaque para o da construção civil, que teve a maior queda: 13,48%, o correspondente a 358.679 empregos formais a menos.

Em quantidade, a maior perda foi nos serviços, com corte de 390.109 vagas (-2,28%).  O resultado do ano, com 14,739 milhões de contratações e 16,061 milhões de demissões, é o segundo pior da série ajustada, iniciada em 2002. Agora, o estoque de empregos formais no país agora está em 38,371 milhões. 
Entre os demais setores, a indústria de transformação perdeu 322.526 empregos com carteira, redução de 4,23%, enquanto o comércio eliminou 204.373 (-2,22%). Também cortaram postos de trabalho o setor extrativo-mineral (11.888, -5,67%), a administração pública (8.643, -0,97%) e a agricultura (13.089, -0,84%).
Segundo o ministério, apesar do resultado ruim, a crise está "perdendo fôlego", já que o fechamento de vagas foi menor do que em 2015 (1.534.989).Apenas em dezembro, o Caged registrou a eliminação de 462.366 empregos formais.
Créditos: Rede Brasil Atual

Quase 100 presos nos protestos em Washington contra Trump

 Mais de 90 pessoas foram presas nos protestos contra Donald Trump, ontem, dia da posse do novo presidente dos Estados Unidos, informou a polícia de Washington. Ao menos dois policiais ficaram feridos.

Minutos antes do desfile, enquanto Donald Trump ainda participava do almoço do dia da posse, manifestantes ainda estavam nas ruas fazendo barricadas com latas de lixo e enfrentando a polícia, minutos antes do desfile oficial de Trump pela avenida Pensilvânia. Os protestos continuaram durante o desfile, mas não afetaram o roteiro do presidente até a Casa Branca.

O início do confronto com a polícia foi antes da posse de Trump, pela manhã, quando os manifestantes tentaram bloquear os acessos para a área em que o público acompanharia o evento.

Manifestantes lançaram cones de sinalização contra os policiais, que avançavam com motocicletas contra os manifestantes, na tentativa de conter o avanço do grupo. Eles gritavam "Foda-se Donald Trump" e "As ruas são nossas!". Foram derrubadas latas de lixo e vidraças foram quebradas. Policiais usaram spray de pimenta para dispersar o grupo.

Alguns grupos formaram correntes humanas para bloquear as entradas ao evento, incluindo a área prevista para o desfile do presidente após o juramento. Exigimos a liberdade imediata e sem causas penais de todos os manifestantes em Washington!
Créditos: Esquerda Diário

Brasil foi esquecido no Fórum Econômico Mundial, em Davos

No último dia de reuniões do Fórum Econômico Mundial, em Davos, o Brasil simplesmente foi esquecido. No começo da sessão havia ocorrido a única referência a um latino, o México, afetado pela incerteza quanto às políticas do novo governo americano. As discussões giraram de forma geral em torno das previsões de crescimento do mundo rico, além da China e Índia. 
Já o Brasil, segundo relatório divulgado recentemente pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), entre outubro e janeiro a expansão econômica esperada para o Brasil em 2017 foi reduzida de 0,5% para 0,2%. O desempenho no segundo semestre de 2016 foi o previsto e pioraram.
No caso do México, o problema principal é o fator Trump. O crescimento estimado para a economia mexicana passou de 2,3% para 1,7%. O único país latino-americano com destaque em Davos, nesta semana, por seu desempenho econômico foi o Paraguai. 
Créditos: Brasil 247