O comparecimento à marcha das mulheres superou todas as expectativas das organização. O protesto acontecido no primeiro dia da nova administração republicana se transformou em uma massiva expressão de raiva contra Trump. As marchas se estenderam para fora dos EUA com importantes mobilizações em cidades europeias.
Centenas de milhares de mulheres com gorros cor de rosa (o que se transformou em seu símbolo anti-Trump), faixas e cartazes caseiros, marcharam em Washington DC (a capital dos EUA), em Nova Iorque, Los Angeles, Chicago e Boston, entre várias outras cidades. Manifestaram seu repúdio a Trump em seu primeiro dia na Casa Branca.
A massiva manifestação teve como um de seus motores as declarações misóginas e machistas de Trump em sua campanha presidencial, acompanhadas também de uma retórica xenofóbica e racista. Por sua vez, parlamentares e membros da administração republicana ameaçaram reverter e limitar o direito ao aborto, retirando o financiamento à saúde reprodutiva.
As massivas marchas de mulheres em Washington superaram as expectativas das organizadoras que tinham anunciado a presença de 200 mil pessoas: se estima em meio milhão os manifestantes na capital americana. A manifestação não conseguiu chegar à Casa Branca porque ela se estendia por mais de 1,6km.
A mobilização em Chicago foi tão gigantesca que os organizadores a cancelaram para realizar um ato parado porque era impossível avançar pelo trajeto que tinha sido planejado. A organização esperava por volta de 50 mil pessoas, mas 250mil compareceram.
Também aconteceram grandes manifestações em Nova Iorque e Los Angeles, e milhares de pessoas se somaram aos protestos em muitas outras cidades, como Denver, Boston, Seattle, Portland, Austin, Filadélfia, só para mencionar algumas das maiores.
As manifestações não se limitaram aos EUA. Desde cedo milhares de mulheres se mobilizaram em várias cidades europeias em solidariedade com a manifestação em Washington. Uma das mais destacadas pela magnitude foi Londres, onde 100mil pessoas se mobilizaram. Também ocorreram manifestações em Barcelona, Berlim, Paris, Amsterdã.
No ato central em Washigton, personalidades como o diretor de cinema Michael Moore, chamaram a mudar a direção do partido democrata e para pressionar os legisladores. Por sua vez, em Boston a senadora Elizabeth Warren, reconhecida como parte da ala progressista do partido, tentou canalizar para a oposição democrata a raiva e a disposição a defender os direitos hoje ameaçado pela administração Trump.
Um tom similar se sentiu em outros discursos e na cobertura de grande parte dos grandes meios de comunicação, todos à serviço de transformar o repúdio nas ruas em uma oposição domesticada liderada pelo partido Democrata. Foto: L0UlSCUL0N
Créditos: Esquerda Diária
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