O comércio varejista da capital paulista fechou 2016 com queda média de 8,7% no movimento de vendas na comparação com 2015, de acordo com o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Os dados são preliminares e sinalizam para o pior desempenho do setor desde o início do Plano Real.
Isoladamente, as comercializações a prazo (segmentos de móveis e eletrodomésticos) caíram 5,5%. Já as vendas à vista (ramos de calçados, vestuário e adereços) recuaram 11,8%. Segundo o presidente da ACSP, Alencar Burti, os números evidenciam como a crise econômica continuou a prejudicar o varejo em 2016, aprofundando ainda mais a recessão sentida em 2015 – que até então era o pior ano do setor, com queda de 8%.
Contudo, Burti ressalta que a segunda metade do ano registrou quedas menos intensas para o comércio: enquanto no primeiro semestre o recuo médio havia sido de 11,1%, nos últimos seis meses de 2016 a retração foi de 6,5%. “Isso aponta para uma tendência de recuperação gradativa para 2017, especialmente se houver uma redução mais significativa da taxa básica de juros pelo Banco Central”, afirma.
Apenas em dezembro, o varejo encolheu 7,2% frente ao mesmo mês do ano anterior. O número ficou um pouco acima da projeção da ACSP, que previa uma queda em torno de 5 a 6%. Esse foi o segundo pior dezembro do varejo paulistano, atrás apenas de dezembro do ano passado (-14,5%).
Na comparação com novembro de 2016, dezembro apresentou um crescimento médio de 26,7% (4,3% a prazo e 49% à vista). A alta – decorrente das vendas de Natal – ficou abaixo da média dos últimos três anos, que é de 35%. Os números comprovam ainda que o Natal deste ano foi dos presentinhos, impulsionados pelo dinheiro extra do 13º salário. Já a elevação menos expressiva das vendas a prazo deve-se, sobretudo, à antecipação dessas compras em novembro, durante a Black Friday. Da Agência IN,.
Créditos: Investimentos & Notícias
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