quinta-feira, 13 de abril de 2017

Ministério da Agricultura identifica 45 marcas de azeite fraudados

O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou irregularidades em 45 marcas de azeite entre 140 coletadas nos últimos dois anos.  As amostras foram colhidas em 12 estados e no Distrito Federal, num total de 322.329 litros (dos quais 114.750 litros considerados conformes e 207.579 litros com problemas). A equipe de fiscalização inspecionou 279 amostras de 214 lotes. Do total, 38,7% dos lotes tinham problemas e 79% das irregularidades eram relacionadas a baixa qualidade (produto ruim vendido como bom).
A fraude mais comum praticada por empresas envazadoras é a utilização de óleo vegetal com azeite lampante, que tem cheiro forte e acidez elevada, (extraído de azeitonas deterioradas ou fermentadas) e que não deve ser destinado à alimentação. No Paraná, foram identificadas empresas que vendiam produto como azeite de oliva, mas com composição de 85% de óleo de soja e 15% de lampante. As fraudadoras foram autuadas, multadas em até R$ 532 mil por irregularidade encontrada e os produtos foram apreendidos para descarte. As empresas também foram denunciadas ao Ministério Público. O próximo passo é a abertura de inquérito policial.
Entre as marcas que apresentaram irregularidades estão a Astorga, Carrefour, Almeirim, Conde de Torres, entre outras. E entre as marcas que passaram nos testes, encontram-se Andorinha, Aro, Apolo, Borges, Belo Porto, Carrefour Discount e outras.
O azeite de oliva virgem pode ser classificado em três tipos: o extra virgem (acidez entre 0,8% e 2%), virgem (acidez menor que 0,8%), lampante (acidez maior que 2%). Os dois primeiros podem ser consumidos in natura, mantendo todos os aspectos benéficos ao organismo. O terceiro, tipo lampante, deve ser refinado para ser consumido, quando passa a ser classificado como azeite de oliva refinado. A análise é complexa, exige treinamento e equipamentos sofisticados. As análises também apontaram azeites desclassificados (que podem não ser considerados como azeite) e fora de tipo (não tem boa qualidade).
Os estados onde foram registradas mais irregularidades foram São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal, onde se concentram o maior número de empresas que envazam o produto. Os envazadores, que importam a granel, principalmente da Argentina, foram os que apresentaram maiores irregularidades.
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, os resultados obtidos com a fiscalização do azeite de oliva demonstram a eficiência das ações de fiscalização, evitando que esses produtos cheguem à mesa do consumidor”.  As análises são realizadas pelos Laboratórios Nacionais Agropecuários (LANAGRO) do Rio Grande do Sul e de Goiás.
O Mapa intensificou a fiscalização de azeite de oliva, desde a semana passada, coletando amostras direcionadas, junto às empresas que apresentaram irregularidades nos últimos dois anos. Os resultados de 2017 serão divulgados posteriormente. Apenas na primeira semana de abril de 2017, foram recolhidos 243 mil litros do produto com suspeita de fraude.
O Brasil é o terceiro maior importador de azeite de oliva do mundo, segundo dados do Comitê Oleícola Internacional (COI). Em 2016, importamos cerca de 50 milhões de toneladas do produto.
Confira a lista completa com as 45 marcas
Para o consumidor evitar ser enganado, a primeira coisa na qual deve prestar atenção é o preço: desconfie se estiver muito abaixo do padrão. Verificar no rótulo o local em que foi envazado, se no país de origem, por exemplo,  pode dificultar fraude, como misturas. Além disso, especificações como o termo tempero em letras miúdas e, em destaque, azeite de oliva. Não se trata de azeite adicionado de especiarias, mas de tempero vendido como azeite de oliva. Qualquer adição ou mistura com outros óleos vegetais requer que o produto seja rotulado como “Óleo misto ou composto”, devendo o consumidor ser obrigatoriamente informado sobre os percentuais que compõem a mistura. Também é importante estar atento à data de validade e aos ingredientes contidos. Fonte: Ministério da Agricultura.
Créditos: Paraíba Total

quarta-feira, 12 de abril de 2017

ONU alerta para risco de elevado número de mortes pela fome na África

A fome pode provocar um elevado número de mortes na região do Chifre da África, Iêmen e Nigéria, advertiu nesta terça-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
“O risco de mortes em massa provocadas pela fome na população do ‘Chifre da África’, do Iêmen e da Nigéria cresce”, declarou o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards, em Genebra.
A ONU teme uma situação pior que a da fome de 2011, que provocou mais de 260.000 mortes no Chifre da África.
A situação atual é o resultado de múltiplos fatores: seca, falta de fundos e os conflitos, que provocam deslocamentos em massa, explicou Edwards.
O porta-voz lamentou o fato de esta crise parecer quase “inevitável”, mas disse que poderia ter sido evitada.
Somália, Sudão do Sul, Iêmen e Nigéria são afetados por uma grave seca e, além disso, são vítimas da violência ou de conflitos armados. A ONU pediu à comunidade internacional 4,4 bilhões de dólares para enfrentar a fome que ameaça estes países.
A ONU recebeu até o momento 21% deste valor, ou seja, 984 milhões de dólares, indicou um porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Jens Laerke.
No Sudão do Sul, quase 100.000 pessoas têm que enfrentar a fome atualmente, mas quase um milhão de pessoas estão à beira da fome, segundo o ACNUR. (AFP). Foto: Gonzalez Farran.
Créditos: Aleteia

Nove ministros de Temer estão na lista de Fachin

Nove ministros do governo de Michel Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes das duas Casas - Eunício Oliveira (PMDB-CE) do Senado e Rodrigo Maia (DEM-RJ) da Câmara -, além de três governadores e um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) estão presentes no inquérito aberto pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), divulgados na tarde desta terça-feira (11) pelo blog do jornalista Fausto Macedo do jornal O Estado de S. Paulo.
Os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, e Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, são os políticos com o maior número de inquéritos a serem abertos: cinco, cada um. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, vem em seguida, com quatro. Além deles, há outros 24 alvos que não têm foro privilegiado, mas estão relacionados aos fatos envolvendo políticos e autoridades da lista de Fachin.
Ao todo, foram abertos 83 inquéritos contra 108 pessoas no âmbito da operação que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Os inquéritos foram encaminhados para o STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht, todos com foro privilegiado no STF.
A PGR pediu investigações contra nomes importantes do governo Temer, como os ministros Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência da República; Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia; Helder Barbalho (PMDB), da Integração Nacional; Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores; Blairo Maggi (PP), da Agricultura; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades; Roberto Freire (PPS), da Cultura; e Marcos Pereira (PRB), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Padilha e Kassab responderão em duas investigações cada.
Michel Temer (PMDB) também é citado nos pedidos de abertura de dois inquéritos, mas a PGR não o incluiu entre os investigados por causa da “imunidade temporária” que detém como presidente da República. O presidente não pode ser investigado por crimes que não decorreram do exercício do mandato. Ao encaminhar os pedidos ao STF, Janot sugeriu a Fachin o levantamento dos sigilos dos depoimentos e inquéritos.
Créditos: Brasil de Fato

Itaú é isento de pagar R$ 25 bilhões

Para a Receita Federal, a fusão gerou ganho de capital de R$ 17 bilhões. Mas para a maioria o Conselho (3 pessoas), o processo de fusão dos dois bancos em 2008 foi legal, e por consequência não caberia cobrar Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o lucro líquido por ganhos de capital quando um patrimônio se valoriza ao ser vendido.
O Banco Itaú não é a única instituição que se exime do pagamento de impostos por vontade de alguns poucos homens poderosos. Assim como grandes instituições, também os indivíduos mais ricos do país, que ganham mensalmente mais de 160 salários mínimos, pagam muito pouco imposto de renda. De acordo com os dados divulgados pela Receita Federal em sua página na internet, o grupo de indivíduos mais ricos do país (cerca de 70 mil pessoas) paga apenas 6,51% de sua renda total. Este fato ocorre porque 68,8% são rendimentos considerados isentos e não tributáveis, como é o caso dos lucros e dividendos, por exemplo.
Ao mesmo tempo, as empresas com ações negociadas na Bolsa brasileira que registraram os maiores lucros no ano passado foram os bancos Itaú Unibanco e o Bradesco, com lucros de R$ 21,6 bilhões e R$ 15,0 bilhão, respectivamente. Ao lado destes dois bancos também estão na lista de empresas mais lucrativas no ano passado, de acordo com a consultoria Economatica, a as empresas Vale, Banco do Brasil e Santander.
Teoricamente, o país está financeiramente quebrado. Para evitar um colapso, o governo de Temer implementa medidas impopulares, com duros cortes aos direitos dos trabalhadores com a desculpa de que “é preciso fazer a economia respirar”. Mas a verdade é que as taxas de lucro dos banqueiros e grandes empresários é intocável para o governo. Se essas fortunas fossem taxadas, certamente Temer e seus aliados não teriam mais desculpas para implementar tantos ataques como a PEC 241, que congela os gastos com saúde e educação por mais de 20 anos, e a Reforma da Previdência, que aumenta para 49 anos o tempo de contribuição para garantia de uma aposentadoria integral.
É preciso escancarar que o principal objetivo de Temer e seus aliados não é fazer com que o país saia da linha de risco, mas sim garantir com que as taxas de lucro das empresas, empresários e políticos não corram o risco de cair. A única maneira de garantir que nos livremos de uma crise que os próprios capitalistas criaram passa por deixarmos de pagar a dívida pública e que as grandes fortunas destas empresas e milionários sejam taxadas.
Quem ganha com o pagamento da dívida pública, que atinge hoje R$ 3,134 trilhões – o que significa um montante de 47,5% dos gastos federais – são os bancos e os investidores estrangeiros, que detém 62% do volume da dívida. A taxa de juros é definida pelo Banco Central em acordo com a vontade dos próprios banqueiros, sendo redefinida a cada três meses, e esta é apenas a ponta do iceberg. O primeiro passo decisivo que é preciso dar é nacionalizar os bancos, tanto os públicos quanto os privados, colocando-os sob administração dos trabalhadores e evitando assim as manobras e o enriquecimento de banqueiros através da dívida pública. Por Vanessa Dias (Editado).
Créditos: Esquerda Diário

terça-feira, 11 de abril de 2017

Temer quer mudar 100 pontos da CLT e liberar jornada de trabalho de 12h

O relatório da reforma trabalhista, do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), que deve ser apresentado amanhã, mexerá em 100 pontos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
O projeto dá força de lei aos acordos coletivos negociados entre empresas e trabalhadores em vários pontos. Entre eles, permite que sindicatos e empresas negociem jornadas de até 12 horas diárias, desde que respeitando o limite de 48 horas semanais (contabilizando horas extras). O projeto propõe ainda que patrões e empregados negociem o trabalho remoto (fora do ambiente da empresa), remuneração por produtividade e registro de ponto.
Marinho promete incluir pelo menos duas salvaguardas aos cerca de 13 milhões de trabalhadores terceirizados. As informações são de reportagem de Murilo Rodrigues Alves e Igor Gadelha no Estado de S.Paulo.
"O relator afirmou também que vai manter no relatório a regulamentação do trabalho intermitente -que permite jornadas inferiores a 44 horas semanais e o fim da obrigatoriedade do pagamento do imposto sindical.
Uma das mudanças é permitir que grávidas e lactantes possam trabalhar em locais insalubres, desde que apresentem um atestado médico. Hoje, isso é proibido pela legislação trabalhista.
Para a oposição, as mudanças que serão propostas por Marinho poderão prejudicar o trabalhador. “Mexer em 100 pontos da CLT . Isso é inaceitável em uma conjuntura como essa, em um momento de forte desemprego, quando o trabalhador está em fragilidade maior”, criticou o deputado Luiz Sergio (PT-RJ)."
Créditos: Brasil 247

Governo corta 40% das vagas do Fies

O “Novo Fies” deve vir com juros de mercado e condições draconianas, e aí sim vai ser impossível para os alunos pobres honrarem com suas dívidas. Governo Temer anunciou a criação de um “Novo Fies” para o mês de março. 
Mas não se animem porque para o governo que só sabe retirar direitos e diminuir oportunidades, o “Novo” significa corte. E já começou: o anúncio para o primeiro semestre é de 150 mil vagas para o Fies significando uma redução de 40% se comparadas com as 250 mil vagas oferecidas no mesmo período de 2016.
O programa de financiamento para o ensino superior ainda teve uma redução drástica no valor do desembolso por estudante. Antes o limite era de R$ 46 mil por semestre e passou agora para R$ 30 mil. Essa medida vai atingir os cursos mais caros como Medicina e assim o aluno terá que arcar com a diferença da mensalidade.
Crédito estudantil como o Fies existem em muitos países. Aqui no Brasil é um programa destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em cursos superiores não gratuitas na forma da Lei 10.260/2001. Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação. O Fies é responsável junto com outros programas pela democratização do ensino superior e já beneficiou 1,9 milhão de alunos.
Mas a visão de quem está à frente da pasta da Educação não é bem assim: o atual ministro da Educação, Mendonça Filho” disse que não é obrigação do governo financiar o ensino superior “a qualquer preço”!!!
Atenção: as inscrições para o financiamento estão abertas até sexta (10), mas aproveitem porque essa oportunidade vai acabar. O “Novo Fies” deve vir com juros de mercado e condições draconianas, e aí sim vai ser impossível para os alunos pobres honrarem com suas dívidas. Fonte: Falando Verdades.
Créditos: Diário PB

Reclamar do trabalho pode torná-lo ainda pior, aponta estudo

Quando algo dá errado no trabalho, a reação imediata de muita gente é reclamar com os colegas – seja de um pedido do chefe, de um erro alheio ou mesmo daquele computador que vive travando. A sensação de desabafar pode ser boa no momento, mas um novo estudo aponta que esse ato pode, na verdade, piorar a situação.
Realizado por uma professora da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda, e por um professor da Leeds School of Business, dos EUA, o estudo indica que reviver o incidente nas conversas com colegas pode acabar prolongando os efeitos negativos do ocorrido e diminuindo o engajamento e a satisfação do funcionário. Publicado no “European Journal of Work and Organizational Psychology”, o estudo acompanhou um grupo de mais de 100 funcionários de empresas da Holanda, que mantiveram um diário por três dias. Nele, foram registrados eventos negativos como travamento de um computador, erros de cálculo ou de planejamento e conflitos com colegas ou supervisores, além de problemas não relacionados ao trabalho, como excesso de trânsito ou mau humor.
Os participantes reportaram o efeito imediato ao evento negativo e a sua reação naquele dia, com base no seu nível do que os autores chamaram de “espírito esportivo”. Por exemplo, eles tiveram que concordar ou não com afirmações como “Hoje, passei muito tempo reclamando de coisas triviais no trabalho”.
Os resultados mostraram que pessoas com menos “espírito esportivo” sofreram um efeito maior dos eventos negativos. Além de se sentirem menos engajados e satisfeitos no dia do problema, os participantes também apresentaram mais mau humor no dia seguinte. O contrário também aconteceu – aqueles que reclamaram menos no dia do ocorrido apresentaram mais mau humor no dia seguinte. O contrário também aconteceu – aqueles que reclamaram menos no dia do ocorrido apresentaram mais satisfação.
Para os autores, isso ocorre porque uma respostas mais expressiva a um evento negativo pode acabar tornando-o mais memorável do que ele realmente é. Eles reforçam, no entanto, que essa visão mais positiva consegue apenas minimizar os efeitos dos problemas, e que fazer o máximo para evitar eventos negativos sempre será uma saída melhor – algo que muitas vezes não está nas mãos do funcionário.
“A responsabilidade não deve ficar inteira com os funcionários. Usar o espírito esportivo para superar eventos negativos pode ser útil em várias situações, mas poucos se beneficiariam se essa estratégia fosse usada no lugar de outras abordagens para melhorar o ambiente de trabalho”, dizem. Foto: Google.
Crèditos: Paraíba Total