quarta-feira, 12 de abril de 2017

Nove ministros de Temer estão na lista de Fachin

Nove ministros do governo de Michel Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes das duas Casas - Eunício Oliveira (PMDB-CE) do Senado e Rodrigo Maia (DEM-RJ) da Câmara -, além de três governadores e um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) estão presentes no inquérito aberto pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), divulgados na tarde desta terça-feira (11) pelo blog do jornalista Fausto Macedo do jornal O Estado de S. Paulo.
Os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, e Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, são os políticos com o maior número de inquéritos a serem abertos: cinco, cada um. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, vem em seguida, com quatro. Além deles, há outros 24 alvos que não têm foro privilegiado, mas estão relacionados aos fatos envolvendo políticos e autoridades da lista de Fachin.
Ao todo, foram abertos 83 inquéritos contra 108 pessoas no âmbito da operação que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Os inquéritos foram encaminhados para o STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht, todos com foro privilegiado no STF.
A PGR pediu investigações contra nomes importantes do governo Temer, como os ministros Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência da República; Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia; Helder Barbalho (PMDB), da Integração Nacional; Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores; Blairo Maggi (PP), da Agricultura; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades; Roberto Freire (PPS), da Cultura; e Marcos Pereira (PRB), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Padilha e Kassab responderão em duas investigações cada.
Michel Temer (PMDB) também é citado nos pedidos de abertura de dois inquéritos, mas a PGR não o incluiu entre os investigados por causa da “imunidade temporária” que detém como presidente da República. O presidente não pode ser investigado por crimes que não decorreram do exercício do mandato. Ao encaminhar os pedidos ao STF, Janot sugeriu a Fachin o levantamento dos sigilos dos depoimentos e inquéritos.
Créditos: Brasil de Fato

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