sexta-feira, 21 de abril de 2017

Desemprego faz aumentar procura pelo MST

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A crise econômica e o crescimento do desemprego trouxe de volta uma cena que havia diminuído sensivelmente nos últimos anos no Rio Grande do Sul e em quase todo o país: os acampamentos de sem terra na beira das estradas. Segundo estimativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), há mais de 120 mil famílias acampadas hoje no Brasil sem nenhuma perspectiva de assentamento. 

No Rio Grande do Sul, o MST calcula que há mais de duas mil famílias acampadas na beira de estradas em várias regiões do Estado. “Por conta da crise, aumentou o número de acampados. Há três anos, tínhamos apenas umas cem famílias acampadas aqui no Rio Grande do Sul. Com a crise econômica, aumentou o número de famílias procurando o MST para ir acampar”, afirma Ildo Pereira, integrante da direção nacional do movimento.

O aumento dos acampamentos, a falta de novos assentamentos e a paralisia das políticas de reforma agrária compõem o eixo central da pauta da Jornada Nacional de Lutas pela reforma agrária, também conhecida como Abril Vermelho, que o MST iniciou na segunda-feira (17) em todo o país. 

Em Porto Alegre, cerca de 2 mil trabalhadores rurais sem terra, entre acampados e assentados na reforma agrária, ocuparam no início da manhã os pátios do Instituto Nacional de Colonização e reforma agrária (Incra) e do Ministério da Fazenda. Ainda segundo o MST, a desocupação dos pátios ocorrerá somente após o atendimento de ao menos uma parte da pauta de reivindicações do movimento.
Créditos: Brasil de Fato

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