Na segunda-feira (17), quando celebrou o Dia Nacional de Lutas por Reforma Agrária, o MST ocupou terras e também sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em diversas cidades. As ocupações visam pressionar pela retomada da Reforma Agrária, com principal destaque para aquisição de terras para fins de assentar famílias camponesas pobres.
As mobilizações expõem, ainda, críticas ao texto da Medida Provisória 759, editada pelo presidente Michel Temer, que altera o regime fundiário e a política de reforma agrária. Em São Paulo, de acordo com o MST, o movimento ocupou terras griladas pela empresa Cutrale, em Agudos, exigindo a destinação da área para o assentamento das mais de 3 mil famílias que seguem acampadas no estado.
Famílias de trabalhadores Sem Terra se mobilizam em Santa Catarina, Pará, Pernambuco, Piauí, São Paulo,Alagoas, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Bahia, Paraná e Distrito Federal. Segundo o próprio MST, são mais de 120 mil famílias à espera em acampamentos para serem assentadas.
“A política de Reforma Agrária, que já vinha sofrendo com os ajustes do período anterior, teve um sufocamento definitivo após o golpe, com uma ameaça de enterrar de vez a esperança de centenas de milhares de famílias brasileiras de terem terra para plantar alimentos saudáveis”, avalia Marina dos Santos, da Direção Nacional do MST. Para ela, é urgente a retomada imediata das vistorias de terras com fins de aquisição para criação de assentamentos.
A dirigente nacional do MST também sugere a retomada de terras públicas que foram indevidamente apropriadas e deveriam ser destinadas à Reforma Agrária, bem como cobra a adjudicação das terras que estão em processo de execução por dívidas. No dia 17 de abril de 1996, foram assassinados 21 sem-terra em uma ação da Polícia Militar do estado do Pará para desobstruir um trecho da rodovia PA-275, que estava ocupada por trabalhadores para reivindicar reforma agrária.
Créditos: Agencia PT
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