A pandemia do coronavírus vai se alastrando, aumentando o número de mortos e infectados por todo o país, governos estaduais e federal tentam criar “soluções” e falam em testes em uma escala de milhões.
A população continua sem testes, não há um plano racional para os isolamentos e quarentenas, não fazem testes massivos a partir dos contatos que infectados tiveram, tentando reconstruir uma suposta rota de contaminação e assim isolar os possíveis infectados para que não contaminem mais pessoas.
Os governos estaduais o o governo federal não garantem testes massivos e aplicados dessa maneira, não bastasse isso as subnotificações vem primando na forma de relatar as mortes com suspeita de covid-19. Em entrevista ao El País, Joyce sobrinha de Olga, idosa de 77 anos que morreu com suspeita do novo coronavírus denunciou a forma como o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) de São Paulo notificou a morte de sua tia. De acordo com um resolução da prefeitura de São que segue uma indicação da OMS de não realizar autópsia em mortes com suspeita de covid, pois o vírus pode ser transmitido 72 horas depois da morte e, portanto, órgãos responsáveis pelas notificações de óbitos fazem um questionário aos familiares para concluir se a morte foi por conta do coronavírus ou não.
Segundo Joyce, sua tia que há semanas tinha sintomas de covid como coriza, tosse e falta de ar,havia ido ao hospital mas mandaram ela de volta pra casa sem fazer nenhum teste, a partir desse questionário do SVO a morte foi relatada por conta de “broncopneumonia, doença de refluxo gástrico, osteoporose e depressão”, todas as doenças que Olga tinha e que foi relatada nesse questionário. Ou seja, não fizeram nem testes quando Olga foi ao hospital com sintomas de covid e nem quando veio a óbito, sua sobrinha que exigiu o teste denunciou esse protocolo absurdo: “Precisávamos saber se ela morreu pela covid-19, até porque nós tivemos contato com ela. Ninguém perguntou se abriríamos mão da autópsia.”
Certamente o caso de Olga não é um caso isolado, por conta da falta de testes massivos o governos notificam de maneira distorcida o número real de mortes e infectado, algo que na verdade é usado de maneira demagógica, para afirmar que estão conseguindo “controlar” as mortes e a infecção generalizada que toma conta de várias cidades pelo Brasil. Imagem: Secom. (Editado). Com informações de El País.
Créditos: Esquerda Diário
quinta-feira, 2 de abril de 2020
terça-feira, 31 de março de 2020
Nordeste cria Comitê Científico na guerra contra o Coronavírus
Foi oficializada, na segunda-feira (30), a formação do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, com o intuito de auxiliar os governadores da região na tomada de decisão sobre as ações de enfrentamento à pandemia causada pelo Coronavírus. O conhecimento científico e a pesquisa na área médica garantirão segurança para essas medidas. Com nomes como o do cientista Miguel Nicolelis e o do físico e ex-ministro de Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende, o comitê foi idealizado pelo presidente da entidade, o governador da Bahia, Rui Costa, que faz a primeira reunião oficial com o grupo nesta terça-feira (31).
Além de Nicolelis e Rezende, que coordenam o grupo, integram o Comitê Científico do Consórcio Nordeste, médicos, cientistas, físicos e pesquisadores brasileiros reconhecidos internacionalmente. A comissão fará reuniões periódicas com autoridades científicas brasileiras e de outros países, a exemplo da Itália, da Alemanha e da China, para discutir soluções na tentativa de frear a disseminação de casos da Covid-19. Além disso, o Comitê emitirá boletins com todos os números da região relativos à doença e divulgará orientações baseadas nas pesquisas realizadas pelo grupo.
O Comitê ainda está em formação, mas já conta 13 membros, incluindo um indicado por cada estado, e deve permanecer ativo até o final da pandemia. “É uma guerra. Precisamos de apoio científico para vencê-la”, afirmou o governador Rui Costa, presidente do Consórcio. Por Renata Preza. Crédito: Agência PT
Senado aprova seguro quarentena de R$ 600 a R$ 1,2 mil
O projeto agora só depende da assinatura do presidente Bolsonaro.
O plenário virtual do Senado aprovou, nesta segunda-feira (30), por unanimidade, o projeto de lei (PL 1.066/2020) que estabelece o pagamento de um auxílio emergencial no valor de R$ 600 a pessoas de baixa renda em virtude da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). A matéria que garante a renda mínima aos brasileiros e brasileiras afetados pela atual crise foi aprovada anteriormente pela Câmara dos Deputados e segue para sanção presidencial.
O plenário virtual do Senado aprovou, nesta segunda-feira (30), por unanimidade, o projeto de lei (PL 1.066/2020) que estabelece o pagamento de um auxílio emergencial no valor de R$ 600 a pessoas de baixa renda em virtude da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). A matéria que garante a renda mínima aos brasileiros e brasileiras afetados pela atual crise foi aprovada anteriormente pela Câmara dos Deputados e segue para sanção presidencial.
De acordo com o projeto aprovado, será permitido a duas pessoas de uma mesma família acumularem benefícios. Caso a família receba auxílio do Bolsa Família, valerá aquele mais vantajoso. Para as mães chefes de família (família monoparental), o projeto permite o recebimento de duas cotas do auxílio, totalizando R$ 1,2 mil.
O relator do projeto no Senado, Alessandro Vieira (Cidadania-SE) fez alterações de redação para inclusão dos trabalhadores intermitentes – aqueles prestam serviço por horas, dias ou meses para mais de um empregador – que não tiverem renda e tornou automática a migração dos beneficiários do Bolsa Família para o novo auxílio emergencial, nas situações em que for mais vantajoso.
Outra mudança, solicitada pela bancada do PT no Senado, retirou a trava de que o acesso ao benefício só seria possível mediante comprovação de que a pessoa cumpria o perfil de renda exigido até 20 de março. Esse mecanismo excluiria milhões de pessoas que não cumpririam as exigências até a data, mas perderão renda a partir da suspensão das atividades. Assim, outras milhões de pessoas poderão requerer o benefício.
“Esse projeto é relevante e mostra todo o trâmite que se deu após o governo Bolsonaro ter enviado ao Congresso uma proposta inicial ridícula para o povo brasileiro de auxílio no valor de 200 reais. Isso mostra que o governo continua sendo incapaz, incompetente e despreparado para enfrentar a crise que estamos vivendo. Ainda há muito o que se fazer e o Congresso precisa estar unido para evitar que o conjunto de ações tresloucadas feitas por Bolsonaro não venham a prosperar”, destacou o senador Humberto Costa.
O texto aprovado também prevê que a renda média familiar seja verificada por meio do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) para os inscritos e, para os não inscritos, com autodeclaração em plataforma digital. Serão considerados todos os rendimentos obtidos por todos os membros que moram na mesma residência, exceto o dinheiro do Bolsa Família. ( Editado).
Créditos: Agência PT
Créditos: Agência PT
quarta-feira, 25 de março de 2020
Após fala de Bolsonaro, embaixada dos EUA orienta americanos a sair do Brasil
O texto relaciona uma lista de voos saindo do Brasil nos próximos dias e alerta que esse número tende a diminuir, antecipando uma piora da situação brasileira.
O Brasil já registrou 2.271 casos confirmados de coronavírus, com 47 mortes. São Paulo e Rio de Janeiro são os estados mais afetados e estão com quarentena declarada para tentar conter a expansão da epidemia. A curva de crescimento dos casos no país é semelhantes à da Itália, que enfrenta a situação mais dramática de todos os países atingidos, com 500 mil infectados e 6.820 mortos, até o fim do dia de ontem. Apesar disso, Bolsonaro disse que está havendo histeria, culpou a imprensa e pediu o fim das medidas tomadas por governadores e prefeitos.
A situação nos Estados Unidos se agrava a cada dia e está sendo monitorada pela Organização Mundial da Saúde. Até ontem, foram registrados 44.183 casos de coronavírus no país. E, ao menos, 544 mortes, segundo o balanço mais atualizado do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Dos 50 estados, 13 já instauraram medidas de distanciamento social para conter o avanço do coronavírus. Estudos indicam que cerca de 45% da população americana já estaria contaminada pela doença.
Créditos: Rede Brasil Atual
Sociedade civil defende criação de programa de renda básica durante crise
Um grupo com dezenas de organizações da sociedade civil lançou a campanha ‘Renda Básica que Queremos’. A iniciativa defende a criação de uma Renda Básica Emergencial destinada aos 77 milhões de brasileiros que vivem com renda familiar inferior a três salários mínimos.
O valor proposto pela campanha é de R$ 300 mensais para cada membro da família, incluindo adultos, crianças e idosos, o que garante o acesso a recursos básicos em tempos de crise. O período de vigência da Renda Básica proposto é de 6 meses.
Para chegar até essas famílias, as organizações sugerem que seja utilizado o Cadastro Único, conjunto de informações sobre as famílias brasileiras em situação de pobreza e extrema pobreza. Esses dados são, hoje, utilizados pelo Governo Federal, pelos estados e prefeituras para implementação de políticas públicas voltadas à promoção de melhoria de vida dessas famílias, como o Programa Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.
A iniciativa exige um investimento de cerca de R$ 20,5 bilhões por mês, o equivalente a 0,28% do Produto Interno Bruto (PIB), resultando em 1,68% de investimento pelo período proposto de 6 meses.
As organizações e movimentos sociais que promovem a campanha estão em contato com deputados federais e senadores para que a medida seja aprovada com urgência. Para apoiar a iniciativa, acesse: rendabasica.org.br. Imagem BBC.
Créditos: Observatório do Terceiro Setor
segunda-feira, 23 de março de 2020
Bolsonaro autoriza que empresas deixem de pagar funcionários por 4 meses
O presidente Jair Bolsonaro editou medida provisória publicada no Diário Oficial da União na noite deste domingo 22, a medida faz parte do conjunto de ações do governo federal para combater os efeitos econômicos da pandemia. Durante este período, o empregado deixa de trabalhar, assim como o empregador não pagará salário. Segundo o texto, a empresa “poderá conceder ao empregado ajuda compensatória mensal” com valor negociado entre as partes.
A MP preservou os direitos previstos na Constituição, mas determina que a negociação individual ficará acima de acordos coletivos e da lei trabalhista. A empresa é obrigada a oferecer curso de qualificação online ao trabalhador e a manter benefícios, como plano de saúde.Como se trata de uma medida provisória, o texto passa a valer imediatamente, mas ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional no prazo de até 120 dias para não perder a validade.
A MP preservou os direitos previstos na Constituição, mas determina que a negociação individual ficará acima de acordos coletivos e da lei trabalhista. A empresa é obrigada a oferecer curso de qualificação online ao trabalhador e a manter benefícios, como plano de saúde.Como se trata de uma medida provisória, o texto passa a valer imediatamente, mas ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional no prazo de até 120 dias para não perder a validade.
A MP também garante o trabalho à distância, como home office, antecipação de férias individuais, concessão de férias coletivas, aproveitamento e antecipação de feriados, banco de horas, suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho, direcionamento do trabalhador para qualificação e adiamento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).Já para trabalhadores da área de saúde e serviços considerados essenciais, as férias podem ser suspensas. (Editado).
Créditos: Carta Capital
Créditos: Carta Capital
sexta-feira, 20 de março de 2020
Número de infectados por coronavírus pode ser até 30 vezes maior
O cálculo feito no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, mostra que apenas neste estado os números revelados pelo estudo são bem diferentes dos divulgados oficialmente.
Os especialistas avaliam que o número de pessoas infectadas em Massachusetts possa ser de 1.970 a 6.500, dependendo da metodologia utilizada. O dado oficial mostrava, até 17 de março, 218 pessoas infectadas.
Além disso, um estudo publicado na revista Science concluiu que no início da pandemia do novo coronavírus apenas um em cada sete casos foi detectado em Wuhan, na China. O estudo usou como base pesquisas epidemiológicas e dados de celulares.
Segundo pesquisadores do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, o novo coronavírus pode sobreviver até 3 horas no ar e 3 dias em uma maçaneta.
O estudo deles mostrou também que o vírus pode sobreviver por até três horas no ar e por quatro horas em materiais feitos de cobre. Sobre plástico e metal inoxidável (como maçanetas), ele sobrevive de dois a três dias. As informações podem dar pistas sobre como o vírus se espalha com rapidez. O coronavírus pode, ainda, sobreviver por até 24 horas em materiais como o papelão. Fonte: UOL(Editado).
Créditos: Observatório do Terceiro Setor
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