quinta-feira, 2 de abril de 2020

Coronavírus: centenas estão morrendo sem receberem diagnóstico

A pandemia do coronavírus vai se alastrando, aumentando o número de mortos e infectados por todo o país, governos estaduais e federal tentam criar “soluções” e falam em testes em uma escala de milhões. 

A população continua sem testes, não há um plano racional para os isolamentos e quarentenas, não fazem testes massivos a partir dos contatos que infectados tiveram, tentando reconstruir uma suposta rota de contaminação e assim isolar os possíveis infectados para que não contaminem mais pessoas.

Os governos estaduais o o governo federal não garantem testes massivos e aplicados dessa maneira, não bastasse isso as subnotificações vem primando na forma de relatar as mortes com suspeita de covid-19. Em entrevista ao El País, Joyce sobrinha de Olga, idosa de 77 anos que morreu com suspeita do novo coronavírus denunciou a forma como o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) de São Paulo notificou a morte de sua tia. De acordo com um resolução da prefeitura de São que segue uma indicação da OMS de não realizar autópsia em mortes com suspeita de covid, pois o vírus pode ser transmitido 72 horas depois da morte e, portanto, órgãos responsáveis pelas notificações de óbitos fazem um questionário aos familiares para concluir se a morte foi por conta do coronavírus ou não.

Segundo Joyce, sua tia que há semanas tinha sintomas de covid como coriza, tosse e falta de ar,havia ido ao hospital mas mandaram ela de volta pra casa sem fazer nenhum teste, a partir desse questionário do SVO a morte foi relatada por conta de “broncopneumonia, doença de refluxo gástrico, osteoporose e depressão”, todas as doenças que Olga tinha e que foi relatada nesse questionário. Ou seja, não fizeram nem testes quando Olga foi ao hospital com sintomas de covid e nem quando veio a óbito, sua sobrinha que exigiu o teste denunciou esse protocolo absurdo: “Precisávamos saber se ela morreu pela covid-19, até porque nós tivemos contato com ela. Ninguém perguntou se abriríamos mão da autópsia.”

Certamente o caso de Olga não é um caso isolado, por conta da falta de testes massivos o governos notificam de maneira distorcida o número real de mortes e infectado, algo que na verdade é usado de maneira demagógica, para afirmar que estão conseguindo “controlar” as mortes e a infecção generalizada que toma conta de várias cidades pelo Brasil. Imagem: Secom. (Editado). Com informações de El País.
Créditos: Esquerda Diário

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