segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Coronavírus causa sintomas variados

BF-Brasil ultrapassou a marca das 100 mil mortes pela covid-19, e conclusões de pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas que sugerem novas visões sobre os sintomas da doença entre os pacientes brasileiros. Além da reafirmação de que as reações do corpo vão além das sensações causados por quadros gripais, o estudo indicou que a porcentagem de assintomáticos pode ser menor do que se imagina. 

Os pesquisadores testaram mais de 30 mil pessoas e entre os que deram positivo para a covid-19, apenas 12% não relataram sinais da doença. Quase 60% disseram ter sentido dores de cabeça e 52,1% passaram por quadros de febre. 56,5% tiveram perda, mesmo que parcial, no olfato e no paladar. A tosse foi relatada por 47,7%  e as dores no corpo foram sentidas por 44,1%.

O médico Aristóteles Cardona, da rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, afirma que os relatos de perda de olfato e paladar são importantes para reforçar sintomas que diferenciam a covid-19 de um gripe comum. A partir desses sinais, o diagnóstico pode ficar mais evidenciado.

"Os principais sintomas são dor de cabeça, febre, tosse e dor no corpo. É um conjunto de principais sintomas e que estão presente no que a gente chama de síndrome gripal. Mas tem um outro sintoma que a gente pode destacar e que se diferencia, que são as mudanças no olfato e no paladar. É muito comum o paciente com covid dizer que parece estar comendo papelão."

Aristóteles explica que os primeiros sintomas estão relacionados ao sistema respiratório porque essa é a porta de entrada do vírus no corpo humano. "Porque a gente alerta tanto para a falta de ar? Porque ele termina atingindo os chamados alvéolos pulmonares, onde ocorre a troca de oxigênio e gás carbônico. Nesse alvéolo, a doença causa uma inflamação. Nesse momento, sobra menos espaço para a troca de oxigênio. A pessoa está lá respirando, o ar entra e sai, mas ele tem menos espaço e assim há uma troca insuficiente de oxigênio."

Ainda de acordo com o médico, já está evidenciado o caráter sistêmico - ou seja, atinge vários órgãos do organismo -  que o coronavírus atinge ao entrar no corpo humano. "É importante a gente ressaltar isso, o assunto entrou até na política, mas não é só uma gripezinha. Os primeiros sintomas vão estar relacionados a essa invasão do sistema respiratório, mas há outros sintomas menos comuns."

Aristóteles destaca as consequências inflamatórias que vêm sendo registradas em outras partes do corpo. "Um desses sintomas menos comuns é a diarreia. Não é esperada uma diarreia durante uma gripe. Mas por que isso acontece? Estão descobrindo que o vírus que causa a covid-19 também tem uma afinidade com o nosso trato gastrointestinal, o estômago e o intestino. Ele também vai desencadear inflamações nesses órgãos. Isso também acontece, por exemplo, com o coração, o que causa sintomas como palpitações." Por Nara Lacerda. Edição: Rodrigo Durão Coelho.

Créditos: Brasil de Fato

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Cientistas brasileiros criam soro capaz de neutralizar coronavírus

Um soro desenvolvido no Brasil apresentou anticorpos neutralizantes até 50 vezes mais potentes contra o novo coronavírus do que os presentes no plasma sanguíneo de pessoas que tiveram Covid-19.

O resultado foi considerado "excelente" pelos cientistas que desenvolveram o produto e abre caminho para um tratamento mais eficiente contra a doença. Os pesquisadores aguardam uma autorização da Anvisa para começar a testar o soro em seres humanos, informa o Estadão.

O plasma de pessoas que tiveram covid já está sendo usado no tratamento da doença, como uma forma de oferecer anticorpos extras para o paciente que ainda luta para combater ao vírus. O princípio do soro é semelhante. A diferença é que ele está sendo produzido em cavalos e, segundo os primeiros resultados, é muito mais potente. Esses anticorpos são posteriormente purificados e podem ser injetados nos pacientes.

Em maio, cinco cavalos do Instituto Vital Brazil (IVB) foram inoculados com uma proteína S recombinante do coronavírus produzida na Coppe/UFRJ. Depois de 70 dias os plasmas de quatro animais apresentaram anticorpos de 20 a 50 vezes mais potentes contra a covid-19. O quinto animal também apresentou anticorpos, mas em menor volume.

O trabalho será submetido à publicação nesta quinta-feira, 13, em sessão científica na Academia Nacional de Medicina (ANM). Na mesma ocasião, Lima Silva, que é pesquisador da UFRJ e participa do projeto, anunciará o depósito de uma patente do soro.

Créditos: Brasil 247

domingo, 9 de agosto de 2020

Brasil tem mais de 100 mil mortos por covid-19 e números de casos ultrapassa 3 milhões

Até 25 de junho o Ministério da Saúde gastou apenas 29% da verba emergencial prevista para combater o coronavírus, a partir de março, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.

Em março, na alteração do orçamento, foram indicados um total de R$ 38,9 bilhões. No entanto, até 25 de junho, R$ 11,4 bilhões tinham sido gastos pelo governo federal. Na ocasião o país registrava 55 mil mortos e 1,2 milhão de casos confirmados. O relatório do TCU foi concluído dia 15 julho. 

Segundo a avaliação do TCU, tanto as despesas feitas diretamente pelo Ministério da Saúde quanto repasses para estados e municípios ficaram muito aquém do prometido. Os valores saíram por medidas provisórias que abriram créditos extraordinários para reforçar o atendimento hospitalar.

Os pagamentos da pasta estavam em 11,4% do previsto. Os governos estaduais receberam 39% do dinheiro anunciado e os municipais, 36%. 

Ontem o Brasil ultrapassou mais de 100 mil mortos pela doença desde o início da pandemia e mais de 3 milhões de casos confirmados de covid-19, segundo os dados oficiais.

Pela atualização divulgada pelo Ministério da Saúde na noite de ontem (8), o país alcançou a marca de 3.012.412 casos de infecção por coronavírus, com 49.970 confirmações nas últimas 24 horas. Os dados do governo indicam também mais 905 mortes confirmadas no período, chegando a um total de 100.477 óbitos. Foto: G1. Com informações da Folha de S. Paulo e Revista Forum

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Quase 200 mulheres foram vítimas de feminicídio durante quarentena no Brasil

Um relatório produzido pelo 
Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e divulgado com exclusividade pelo portal Universa, apontou que os registros de violência doméstica caíram na quarentena, mas mais mulheres estão sendo vítimas de feminicídio. 

Entre março e maio deste ano, o número de mulheres assassinadas aumentou 2,2% em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 185 para 189 mulheres. Os registros foram baseados em 12 estados brasileiros. Em contrapartida, as denúncias de lesão corporal dolosa contra mulheres caíram 27,2%, em comparação com o mesmo período de 2019. 

De acordo com o estudo Violência Doméstica durante a Pandemia de Covid-19, houve aumento de 431% nos relatos de brigas entre vizinhos no Twitter entre fevereiro e abril de 2020. Foram identificadas 52 mil menções contendo algum indicativo de briga entre casais vizinhos realizadas entre fevereiro e abril. 

Em março, a ONU Mulheres alertou, através de uma cartilha, que os riscos de violência contra as mulheres poderiam aumentar e que elas poderiam enfrentar mais obstáculos para buscar ajuda por conta do isolamento social. No China, o primeiro país do mundo impactado pela pandemia de Covid-19, o número de casos de violência doméstica triplicou. No Brasil, a situação também é preocupante. Por: Isabela Alves. Com informação do UOL. Imagem: El19.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Sem controle da pandemia, não haverá recuperação da economia


Em informe conjunto divulgado na quinta-feira (30), os órgãos das Nações Unidas (ONU) alertam que a recuperação da economia depende do controle da doença. “Não há abertura econômica possível sem que a curva de contágio tenha sido controlada e não há reativação (econômica) possível sem um plano claro para evitar o recrudescimento do contágio.” 

Segundo o documento, medidas de saúde destinadas a controlar a pandemia, incluindo quarentena e distanciamento social, devem ser implementadas em conjunto com medidas sociais e econômicas destinadas a mitigar os efeitos da crise, uma vez que estas facilitam o cumprimento das medidas de saúde.

 Desprezar as medidas sanitárias de prevenção ao contágio pelo novo coronavírus, deixar de investir adequadamente na infraestrutura hospitalar e em medidas socioeconômicas para permitir o isolamento social em plena curva de contágio ascendente, em detrimento da economia, não tem como funcionar. Essa estratégia, adotada pelo governo Bolsonaro e seguida por muitos governadores e prefeitos, foi condenada pela Organização Pan-Americana de Saúde e pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Créditos: Rede Brasil Atual

sábado, 1 de agosto de 2020

Investidores retiram US$ 31,2 bi de aplicações financeiras no Brasil

A saída de recursos se concentra fundamentalmente em março, com US$ 22,2 bilhões.
No primeiro semestre deste ano, ouve retirada líquida de US$ 31,2 bi de aplicações financeiras no Brasil, informou o Banco Central. No intervalo de 12 meses encerrado em junho, a saída é maior: US$ 47,9 bilhões. Os valores envolvem recursos investidos em ações, fundos de investimentos e títulos da dívida pública.

Segundo ao BC, é a maior saída de recursos de aplicações financeiras da economia brasileira desde o início da série (quando o indicador começa a ser apurado), em 1995.Essa saída se concentra fundamentalmente em março, com US$ 22,2 bilhões [de retirada], 2/3 do total [do semestre] em um mês único, segundo o Departamento de Estatísticas do BC.

Em junho, o BC registrou ingresso líquido de US$ 2,38 bilhões em aplicações financeiras no Brasil. “Não dá pra afirmar ainda que é permanente. Em julho [parcial até o dia 23], está meio zero a zero”, acrescentou o dirigente do BC. Foto:Google. Fonte: G1

quarta-feira, 22 de julho de 2020

SP teve aumento de 263% de mortes pela covid-19 após reabertura do comércio

Com 20.171 mortes pela covid-19 registradas até 
ontem (21), estado de São Paulo teve aumento de 263% de óbitos em relação ao início da flexibilização da quarentena e reabertura do comércio em 1º de junho. Naquela data, havia 7.667 mortes registradas. Além disso, nesses 50 dias de abertura, o estado teve aumento de quase 380% no número de casos confirmados. Os dados, da Secretaria da Saúde, contradizem o discurso do governador de que a situação está sob controle e a abertura é bem-sucedida.

A média de mortes diárias pela covid-19 em São Paulo estacionou em patamares elevados. Na data de início do processo de flexibilização, a média era de 206 mortes por dia. Chegou a 276 em 23 de junho. Caiu para 227 no início de julho, mas voltou a crescer aos patamares registrados em meados de junho, atingindo a maior média até agora – 277 óbitos por dia – no último dia 18.
A média de casos também subiu, saindo de 3.953 casos novos por dia, em 1º de junho, para 5.975 no dado divulgado ontem (20). E chegou a mais de 7 mil novos casos por dia em vários momentos.

Além das mortes e dos casos de covid-19 em São Paulo, a média de internações cresceu desde o início da flexibilização. Em 1º de junho, a média diária era de 1.678. Hoje, é de 1.911. O número de pessoas internadas era de 12.920, naquela data, sendo 7.777 em enfermaria e 4.681 em unidades de terapia intensiva (UTIs). Nesta terça-feira são 14.074 pessoas internadas, sendo 8.269 em enfermaria e 5.805 em unidades de terapia.

Apesar disso, o governo Doria trata a abertura como um caso de sucesso. Muito diferente de como a pandemia era tratada uma semana antes do anúncio da flexibilização. No dia 19 de maio, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, disse que o estado estava “perdendo a batalha para o vírus”.

Desde o dia 6 de julho na fase 3-amarela do Plano São Paulo, que coordena a flexibilização da quarentena e a reabertura do comércio, a capital paulista teve pequena redução na média diária de novos casos, mortes e internações, entre junho e julho. Mas o mês de julho mostra estabilização em patamares elevados. A cidade ainda registra mais de 650 internações, entre 80 e 90 mortes e de 1.600 a 2.300 casos novos por dia. 

A cidade teve aumento de 172% no número de casos, entre 1º de junho, quando iniciou o processo de reabertura, e hoje (21). Já o número de mortes mais que dobrou no período: de 4.304 para 8.799 (104%). Por Rodrigo Gomes, da RBA. (Editado),
Créditos: Rede Brasil Atual