segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Gasolina, diesel e gás de cozinha vão ficar mais caros esta semana

A Petrobras confirmou um novo aumento no preço cobrado pelos principais combustíveis comercializados pela companhia. Com o reajuste, o litro da gasolina vendido nas refinarias deve ter acréscimo de R$ 0,17. Desta forma, a medida deve sair a R$ 2,25 (caracterizando aumento médio de 8,2%).

As mudanças passam a valer a partir da meia-noite de terça-feira (9). A ação sela o primeiro aumento depois da reunião entre Roberto Castello Branco (presidente da Petrobras) e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

Já o diesel deve ter alta de 6,2%, chegando a R$ 0,13. Com isso, o litro passa a valer R$ 2,24. O gás de cozinha também será reajustado, com aumento de R$ 0,14 (por quilo), indo para R$ 2,77 – reajuste de 5,1%. Em nota, a petrolífera disse que “os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo”.

Em outra parte do texto, afirmou que “Até chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis”. Foto: EBC. Créditos: Portal T5

Quase mil agrotóxicos já foram aprovados pelo governo Bolsonaro

O governo do presidente Jair Bolsonaro bateu o próprio recorde e tornou 2020 o ano com o maior número de aprovações de agrotóxico na história. De acordo com a publicação do Ministério da Agricultura no Diário Oficial da União, foram registrados 88 pesticidas e produtos técnicos aprovados até o final de dezembro de 2020.

Desta forma, o segundo ano de mandato de Bolsonaro terminou com 493 novos agrotóxicos, 19 a mais que em 2019, antigo recordista. Quase um terço dos mais de 3 mil produtos agrotóxicos comercializados no Brasil recebeu registro durante os dois anos de governo Bolsonaro. Após Tereza Cristina, ex-líder da bancada ruralista no Congresso Nacional, assumir o Ministério da Agricultura, 967 pesticidas foram aprovados.

Mesmo a pandemia do novo coronavírus não conseguiu diminuir o ritmo de trabalho da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Agricultura e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgãos reguladores responsáveis por avaliar os produtos antes que eles sejam liberados no mercado brasileiro.

No total, foram quase 10 produtos agrotóxicos, em média, liberados por semana em 2020. Vale pontuar que 90% das aprovações ocorreram após o início da pandemia. A maior parte dos registros concedidos em 2020 foi de genéricos, agrotóxicos que já estavam liberados no mercado, mas que agora podem ser comercializados por mais empresas.

Cinco princípios ativos nestes produtos são inéditos: dinotefuram, piroxasulfone, tolfenpirade, tiencarbozona e a fenpirazamina. Eles serão utilizados na formulação de 13 novos agrotóxicos. Por: Mariana Lima com informação do Reporte Brasil. Foto: O Globo. Créditos: Observatório do Terceiro Setor

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Profissionais de saúde pedem impeachment de Bolsonaro por "atitudes criminosas" durante a pandemia

Um grupo de oito profissionais de Saúde protocolou na Câmara dos Deputados um novo pedido de impeachment contra o presidente da República Jair Bolsonaro. A base para o documento é a atuação do mandatário durante a pandemia de covid-19.

O pedido diz que Bolsonaro "viola incessantemente a dignidade, honra e decoro da presidência, o mais elevado cargo político da República, para disseminar mentiras, propagar desinformação sanitária e projetar dúvidas sobre a higidez de vacinas, também para o que julga ser seu benefício político pessoal".

O texto tem a assinatura de Gonzalo Vecina, fundador e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e de José Gomes Temporão, ex-ministro da Saúde no governo Lula.

"Em meio à maior emergência de saúde pública dos últimos cem anos, o Sr. Jair Messias Bolsonaro, para sua conveniência política pessoal, usou seus poderes legais e sua força política para desacreditar medidas sanitárias de eficácia comprovada e desorientar a população cuja saúde deveria proteger", diz ainda o pedido.

A epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que também integra o grupo, afirmou, em entrevista à Sputnik Brasil, que Bolsonaro teve "atitudes criminosas" neste período da crise sanitária.

A pesquisadora citou uma série de ações que considera inaceitáveis para o cargo, dentre elas o incentivo ao uso de medicamentos ineficazes contra a COVID-19, como a cloroquina.

"Eu diria que, frente à maior crise sanitária dos últimos 102 anos, as ações para disseminar desinformação, incitar o descumprimento de medidas sanitárias, como o distanciamento e o uso de máscaras, e disseminar a ilusão de 'tratamentos precoces' podem ser apontadas como muito críticas na atuação dele, de fato atitudes criminosas, em face ao conhecimento científico no momento", disse a epidemiologista.

Este foi o primeiro pedido de impeachment protocolado contra Bolsonaro na gestão de Arthur Lira (PP-AL), aliado do presidente da República, que assumiu o comando da Câmara na última segunda-feira (1º). O antecessor, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deixou o cargo com mais de 60 pedidos na gaveta. Créditos: Brasil 247

Brasil supera 230 mil mortos por covid-19. Vacinação não chegou a 2%

O país soma 230.034 mortos por covid-19 desde o início da pandemia, sendo 1.239 vítimas nas últimas 24 horas, registrados ontem (5). A média móvel de mortes, calculada em sete dias, segue acima de mil desde o dia 21 de janeiro, de acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

O número de novos casos no período foi de 50.872. Com o avanço, são 9.447.165 infectados no país, sem contar com a ampla subnotificação revelada por dados do Ministério do Saúde e denunciado por cientistas. A média epidemiológica segue acima do registrado no pior período da pandemia até então, entre junho e setembro. Os novos casos diários calculados em sete dias estão em 46.950.

Dos 6,8 milhões de vacinas disponibilizadas no Brasil na primeira leva, considerando a CoronaVac e a Oxfor/AstraZeneca, 3 milhões já foram aplicadas, de acordo com o Ministério da Saúde. Menos de 2%, portanto, da população brasileira, de cerca de 230 milhões de pessoas. Ainda de acordo com a pasta, apenas cinco pessoas a cada 10 mil apresentaram alguma reação à vacina. Entre os efeitos relatados estão: dor de cabeça, febre, dor muscular e náusea, todas de leve intensidade.

Para o restante, a primeira etapa da imunização ocorreu sem qualquer efeito colateral. Também foi registrado um evento adverso grave para cada 100 mil aplicações, mas sem conclusão sobre a relação com os imunizantes. O país ainda mantém tratativas para adquirir mais vacinas. Foto: EBC. Créditos: Rede Brasil Atual

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

USP desenvolve teste rápido de covid-19 para testagem em massa

dispositivo foi criado para facilitar a testagem em massa no Brasil. A tecnologia também será capaz de revelar se a pessoa que tomou uma determinada dose de vacina já produziu anticorpos. 

Pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um teste rápido para Covid-19, com custo aproximado de R$ 30. Os testes convencionais atuais custam cerca de R$ 140.A ideia é facilitar a testagem em massa da população brasileira. Através de uma gota de sangue do paciente, o chamado ‘Teste Popular de Covid-19’ também revela se a pessoa já tomou a vacina e produziu os anticorpos.

O teste foi criado ao longo de quatro meses. Agora, os pesquisadores da USP querem que o teste seja produzido em larga escala para favorecer principalmente as populações mais vulneráveis do país. Denominado Teste Popular de Covid-19, o dispositivo analisa uma gota de sangue retirada do paciente em busca de anticorpos que permitam detectar a doença. A estratégia empregada para baratear sua produção foi otimizar a quantidade de insumos do material e utilizar nanopartículas para a localização dos anticorpos. 

Desenvolvidas no IQSC, essas nanopartículas possuem uma molécula sonda, que fica na cor vermelha quando entra em contato com algum anticorpo. A molécula foi obtida em parceria com a BioLinker, empresa brasileira de biotecnologia.Em breve, ele passará pela regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A expectativa é de que o produto esteja disponível para comercialização em até dois meses. Imagem: USP. Créditos: Jornal USP

Médico é diagnosticado com covid-19 duas semanas após tomar vacina

O médico paraibano, Fernando Ramalho, está internado no Hospital da Unimed, em João Pessoa, fazendo o uso de respirador, após ter sido diagnosticado com a Covid-19. A informação foi veiculada no programa Arapuan Verdade, na tarde desta quarta-feira (03).

O médico, que faz parte de um dos grupos prioritários,  já estava vacinado contra a Covid-19, e testou positivo para a doença nesta terça. Fernando Ramalho tomou a primeira dose da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan há duas semanas atrás.

Como vem sendo afirmado pelas autoridades médicas e sanitaristas, mesmo após a imunização, é necessário continuar com os cuidados básicos para evitar a contaminação pelo covid-19. O médico Fernando Ramalho é diretor-geral do Hospital Santa Isabel, e atua também como cirurgião-geral no Hospital da Unimed, onde atende a especialidade. Imagem: EBC. Créditos: WSCOM

sábado, 30 de janeiro de 2021

Dívida pública fecha 2020 acima de R$ 5 trilhões

Ipulsionada pelos gastos com o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (covid-19), a Dívida Pública Federal – que inclui o endividamento interno e externo do Brasil – fechou 2020 em R$ 5,01 trilhões, informou hoje (27) a Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Economia. O valor representou aumento de 17,9% em relação a 2019, quando a dívida foi de R$ 4,249 trilhões.  O valor representa alta de 4,63% em relação a novembro, quando a dívida era de R$ 4,788 trilhões.

Com o alto volume de emissões de títulos públicos em dezembro, foi estourado o teto do Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2020, que estabelecia que a dívida pública poderia fechar o ano entre R$ 4,6 trilhões e R$ 4,9 trilhões.A possibilidade de que o indicador encerrasse 2020 acima do intervalo estabelecido havia sido admitida no mês passado pelo Tesouro. Segundo o órgão, a melhoria das condições de mercado nos dois últimos meses de 2020 permitiu que o Tesouro lançasse mais títulos para recompor o colchão da dívida (reserva financeira usada em casos de emergência), repondo o valor gasto para cobrir os gastos relacionados à pandemia, principalmente o auxílio emergencial.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública no mercado interno, teve o estoque ampliado em 4,67% em dezembro, passando de R$ 4,553 trilhões para 4,787 trilhões. Esse crescimento da dívida ocorreu por causa da apropriação positiva de juros, no valor de 31,91 bilhões (quando os juros da dívida são incorporados ao total mês a mês), e pela emissão líquida mensal recorde de R$ 180,84 bilhões (quando o Tesouro emitiu mais títulos do que resgatou).

O estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), captada do mercado internacional, subiu 3,79% no último mês de 2020, encerrando o ano em R$ 243,45 bilhões, ou US$ 46,85 bilhões. Desse total, R$ 222,69 bilhões (US$ 42,85 bilhões) referem-se à dívida mobiliária (em títulos no mercado internacional) e R$ 20,77 bilhões (US$ 4 bilhões), à dívida contratual (com bancos e organismos internacionais). Apesar da queda de 2,53% do dólar no mês passado, houve a emissão de US$ 2,5 bilhões no mercado externo no início de dezembro. Isso elevou o estoque da Dívida Pública Externa.

Por meio da dívida pública, o Tesouro Nacional emite títulos públicos para pegar emprestado dinheiro dos investidores e honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, no vencimento do papel, com algum rendimento. A correção pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o câmbio ou ser prefixada (definida com antecedência). Por causa da pandemia da covid-19, o governo teve de emitir mais títulos no ano passado.

Em dezembro, os maiores detentores da dívida pública eram as instituições financeiras (29,62%). O estoque desse grupo passou de R$ 1,344 trilhão para R$ 1,412 trilhão de novembro para dezembro. Em seguida, estão os fundos de investimento, com uma fatia de 25,98%; os fundos de Previdência, com 22,65%; os investidores estrangeiros (9,24%); o governo (3,77%); as seguradoras (3,68%) e outros (5,07%). Impactada no início da pandemia da covid-19, a participação dos estrangeiros voltou a cair em dezembro, depois de quatro meses seguidos de crescimento. Por Wellton Máximo. Foto BC. Créditos: Agencia Brasil