quarta-feira, 10 de março de 2021
Catástrofe sanitária
terça-feira, 9 de março de 2021
Auxílio Emergencial ficará entre R$ 175 e R$ 375
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem (8) que a nova rodada do auxílio emergencial contemplará valores entre R$ 175 e R$ 375, dependendo da composição das famílias beneficiadas. Segundo ele, o valor médio será de R$ 250.
A PEC emergencial, que viabiliza a retomada do auxílio emergencial, foi aprovada na semana passada pelo Senado Federal, mas ainda passará pela Câmara dos Deputados. A expectativa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é a de que o texto seja aprovado quarta-feira (10), se houver acordo.
"Esse é um valor médio [R$ 250], porque, se for uma família monoparental, dirigida por uma mulher, aí já é R$ 375. Se tiver um homem sozinho, já é R$ 175. Se for o casal, os dois, ai já são R$ 250. Isso é o Ministério da Cidadania, nós só fornecemos os parâmetros básicos, mas a decisão da amplitude é com o Ministério da Cidadania", declarou Guedes em entrevista no Palácio do Planalto.
A PEC Emergencial, que autoriza a extensão do auxílio, não detalha valores, duração ou condições para o benefício. O texto flexibiliza regras fiscais para abrir espaço para a retomada do programa. Isso porque, pela PEC, a eventual retomada do auxílio não precisará ser submetida a limitações previstas no teto de gastos.
A proposta prevê também protocolos de contenção de despesas públicas e uma série de medidas que podem ser adotadas em caso de descumprimento do teto de gastos, regra que limita o aumento dos gastos da União à inflação do ano anterior. Créditos: ClickPB
Covi-19: Fiocruz prevê produção 1 milhão de vacinas por dia
segunda-feira, 8 de março de 2021
Brasil supera dez mil mortes por covid-19 em uma semana
Em sete dias, mais de dez mil pessoas morreram no Brasil em decorrência da covid-19, maior registro em um período de uma semana de toda a pandemia. Dados deste reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa no sábado (06) mostram 1.498 novos óbitos nas últimas 24 horas, totalizando 10.183 mortes desde o sábado passado. O número de vítimas da pandemia já ultrapassa 264 mil pessoas em todo o País, que obteve pelo oitavo dia consecutivo um novo recorde na média móvel diária de mortes, com 1.455 óbitos neste sábado.
Ao longo dos últimos sete dias, São Paulo respondeu por 1.989 do total de óbitos nacionais, enquanto outros 1.027 aconteceram no Rio Grande do Sul. O Estado vive uma crise no sistema de saúde, com 100% dos 3 mil leitos de UTI ocupados. Em Minas Gerais, as mortes desta semana chegaram a 928. Liderando as estatísticas absolutas, nas últimas 24 horas, São Paulo registrou 353 óbitos pela doença, seguido por 182 no Rio Grande do Sul, 155 em Minas Gerais e 146 no Paraná.
Ainda segundo dados do consórcio de veículos, 67.477 novos casos de covid-19 foram confirmados no País neste sábado, chegando a um total de 10.939.320. Segundo o Ministério da Saúde, 9.704.351 pessoas estão recuperadas da doença, em meio a 10.938.836 casos confirmados. Os números da pasta diferem em relação ao consórcio pelo horário de coleta dos dados. Créditos: Jornal do Comércio
Brasil perdeu R$ 172 bilhões em investimentos e 4,4 milhões de empregos com a Lava Jato
Desde que surgiu em 2014, a operação Lava Jato, provocou o fechamento de 4,4 milhões de empregos no país. Além disso, o Brasil perdeu R$ 172 bilhões em investimentos. Esses dados constam de estudo elaborado pelo Dieese a pedido da CUT.
A pesquisa diz que o setor mais atingido foi o da construção civil, que perdeu 1,1 milhão de postos de trabalho. A CUT fará o lançamento formal da pesquisa na terça-feira (9).
Esse trabalho que denuncia o ataque da Lava Jato a empregos e investimentos é o primeiro estudo feito com base em dados e documentos oficiais sobre o impacto desastroso da operação no mercado de trabalho e na economia. O levantamento, feito pelo Dieese a pedido da Central, consumiu um ano de pesquisas. Créditos: Rede Brasil Atual
quinta-feira, 4 de março de 2021
Com 1.910 mortes em 24 horas, Brasil é o epicentro da pandemia
quarta-feira, 3 de março de 2021
Governadores se unem para tentar desmontar sabotagem de Bolsonaro a vacinas e combate à covid
RBA-Em reunião na tarde desta terça-feira (2), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e 22 governadores acordaram a destinação de R$ 14,5 bilhões do Orçamento da União de 2021 para a área da Saúde e o combate à pandemia de covid-19, o que inclui a compra de vacinas pelos estados.
As verbas viriam de emendas parlamentares (R$ 12 bilhões) e do fundo emergencial de combate à pandemia (R$ 2,5 bilhões). Também será criado um grupo composto por um governador de cada região e representantes da Câmara, do Senado e do Ministério da Saúde para monitorar a importação de insumos e a fabricação das vacinas.
Coordenador do fórum de governadores, Wellington Dias (PT), do Piauí, disse que o grupo vai facilitar o diálogo entre os entes federativos. “Temos a perspectiva de sair dessa situação de superlotação dos hospitais e desse número elevado de óbitos”, disse.
Estiveram na reunião – virtual ou presencialmente, na residência oficial da Presidência da Câmara – governadores de 21 estados e do Distrito Federal, além da presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) da Casa, Flávia Arruda (PL-DF), e do relator do Orçamento, Márcio Bittar (MDB-AC). Entre governadores, só não participaram Gladson Cameli (Acre-PP), Renan Filho (Alagoas-MDB), Ronaldo Caiado (Goiás-DEM), Claudio Castro (Rio de Janeiro-PSC) e Mauro Carlesse (Tocantins -DEM).
As quatro prioridades discutidas na reunião, segundo o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), foram a compra de vacinas, recursos para a saúde, auxílio emergencial e criação de medidas para a recuperação econômica. “Reitero que esse é um momento de todos estarem unidos em prol da população brasileira, e o Congresso Nacional tem um papel fundamental nesse sentido”, escreveu nas redes sociais. Segundo Lira, o fundo emergencial de combate a pandemia é “um montante, que não extrapola o teto de gastos”.
Ontem, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) adiantou sua posição sobre a reunião. “Não tem como entender que o presidente da República não seja responsável por esse número de mortes no Brasil, uma vez que gera confusão”, disse em coletiva.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirma que pretende comprar 20 milhões de doses da vacina russa Sputnik V (“vê”, de vacina) para incluir no programa paulista de vacinação contra a covid-19, segundo a colunista Mônica Bergamo. Mas esse imunizante, assim com o da Pfizer e outros, tem sido objeto de entraves criados pelo governo Bolsonaro.
Embora os participantes da reunião tenham adotado um tom ameno nas declarações, a unidade dos chefes dos executivos estaduais se desenha como uma resposta ao presidente Jair Bolsonaro e seu séquito negacionista, no auge da crise da pandemia no país. Já foram confirmados, até esta terça (2), 115 milhões de casos no mundo, dos quais 10,6 milhões (9,2%) no Brasil. As mortes em território brasileiro (258 mil) representam cerca de 10% dos óbitos no planeta, de um total mundial de cerca de 2,5 milhões de mortos.
Além do discurso contra as vacinas e máscaras, Bolsonaro adota práticas administrativas e políticas que facilitam o alastramento da doença. Também dificultam a adoção de uma política nacional coordenada de combate ao surto. Nesta terça, vieram a público os vetos de vários dispositivos da medida provisória – aprovada na Câmara em dezembro do ano passado e em fevereiro, no Senado –, que tinha o objetivo de acelerar a vacinação no país.
Bolsonaro vetou o artigo que previa que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedesse autorização emergencial para utilização de vacinas em até cinco dias após o pedido, desde que aprovadas por entidades e autoridades estrangeiras internacionalmente reconhecidas. Outro veto foi ao dispositivo que autorizava estados, municípios e o Distrito Federal a adotar medidas necessárias à imunização da população, “no caso de omissão ou de coordenação inadequada das ações de imunização de competência do Ministério da Saúde”. Por Eduardo Maretti, da RBA. Foto: Luiz Macedo. Créditos: Rede Brasil Atual