domingo, 5 de setembro de 2021

CNBB pede respeito à democracia e às instituições


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), através de seu presidente dom Walmor Oliveira de Azevedo, divulgou na sexta-feira, 3 de setembro, vídeo com mensagem sobre o Dia  da Pátria.

De acordo com o presidente da CNBB, “os católicos e cristãos não podem ficar indiferentes à realidade que mistura desemprego e alta inflação, num contexto agravado pela pandemia, situação que acentua as exclusões sociais”.

Na manifestação, a CNBB defende a democracia, com respeito às instituições, adverte para a disseminação da raiva e da intolerância e condena o estímulo ao armamento da população.

“Quem se diz cristão ou cristã deve ser agente da Paz e a paz não se constrói com armas. Somos todos irmãos. Esta verdade é sublinhada pelo Papa Francisco na carta encíclica Fratelli Tutti”, disse Dom Walmor.

“Não se deixe convencer por quem agride os poderes Legislativo e Judiciário. A existência de três poderes impede a existência de totalitarismos”, disse Dom Walmor, sem citar nomes, em alusão às manifestações de Bolsonaro.

O presidente da CNBB pregou a solidariedade à luta dos povos indígenas, lembrando que “nossa pátria não começa com a colonização europeia” e denunciando às agressões aos direitos do povos originários.

Diante do quadro atual, o arcebispo defendeu urgente “implementação de politicas públicas para a retomada da economia e a inclusão dos mais pobres no mercado de trabalho”. Créditos: Agência PT

sábado, 4 de setembro de 2021

Só lhe resta o golpe

 Eleito com quase 60 milhões de votos,  com grande maioria no Congresso, e com apoio da mídia tradicional, Bolsonaro assumiu a presidência da República em 1° de janeiro de 2019, sem programa de governo,  sem projeto para o país, pois na sua campanha para presidente não existia projetos relevantes,  acabar com o comunismo no Brasil, (Nunca ouve comunismo no Brasil) e principalmente acabar com o Partido dos Trabalhadores (PT), foi o tom da campanha, campanha feita em cima de fake news e do discurso de ódio, preconceito e violência, ameaçando inclusive adversários de fuzilamento. 

Passado mais da metade de seu governo, Bolsonaro até agora não apresentou nem uma realização de impacto no seu governo, o país piorou em todos os aspectos, o desemprego aumentou, a infração disparou, o PIB despencou,  a fome voltou, o preço dos combustíveis disparou, e pra piorar a situação veio a pandemia do novo coronavírus, e sua atuação desastrosa em relação pandemia fez com que sua popularidade despencasse. 

Além do fracasso da sua administração Bolsonaro convive com várias denúncias de corrupção, inclusive no combate à pandemia, com acusações gravíssimas na compra de vacinas. Acusado de vários crimes de responsabilidade Bolsonaro já tem mais de 100 pedidos de impeachment na Câmara dos Deputados. Bolsonaro também é acusado de crimes contra a humanidade por atitudes irresponsáveis e negacionistas durante a pandemia de coronavírus, acusações estas que já foram enviadas ao Tribunal Internacional. 

Se não  bastasse o presidente resolveu atacar as instituições e a democracia, com ameaças de ruptura institucional. 

A cada dia Bolsonaro vem perdendo apoio de setores determinantes do país. Além disso as pesquisas eleitorais para 2022, não lhe são favoráveis,  mostra seu adversário o ex-presidente Lula com grande vantagem e com possibilidade de vencer no primeiro turno.

Lula que  não pode concorrer na eleição passada por que estava preso, condenado pela operação Lava Jato, num julgamento que foi considerado parcial e anulado pelo STF. Lula que liderava as pesquisas na época, foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, que virou ministro do governo Bolsonaro.

Diante de tantos obstáculos, sem apoio, sem programa de governo, com ameaça de ser cassado ou até mesmo preso, para o presidente Jair Bolsonaro não resta outra alternativa a não ser o golpe, se vai conseguir realizar essa aventura não sabemos, isso só as Forças Armadas tem a resposta. Por Zito Bezerra. 

terça-feira, 31 de agosto de 2021

Brasil ganha 42 novos bilionários, enquanto 20 milhões passam fome

 Enquanto mais de 15 milhões de brasileiros estão sem emprego, milhares de famílias moram na rua e mais de 20 milhões de pessoas passam fome e em plena pandemia o país ganhou 42 novos bilionários. 

Segundo a revista Forbes o Brasil ganhou 42 super-ricos em 2021. Se forem divididas as famílias, o ranking aparece com 77 nomes a mais do que em 2020. A lista traz um total de 315 bilionários bilionários.

O Brasil se destacou no mundo em relação à capitalização de mercado, somando US$ 5,5 trilhões em 388 empresas.

Juntos, os bilionários brasileiros acumularam patrimônio de R$ 1,9 trilhão no primeiro semestre deste ano.

A lista de bilionários brasileiros da Forbes considera como principal fonte de informação a participação dos bilionários em empresas listadas em bolsa. Os dados consideram os valores apurados no primeiro semestre de 2021, ou seja, até 30 de junho.

O Brasil é o país com uma das maiores concentração de renda do mundo, reflexo do sistema capitalista neoliberal. Foto: Google. 

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Febre "misteriosa" mata 68 pessoas em uma semana


Uma "febre misteriosa"  preocupa o povo indiano, tendo já vitimado em apenas uma semana quase 70 pessoas, das quais 40 eram crianças, no estado indiano de Uttar Pradesh.  A maior parte dos falecidos tinha reportado febre alta, desidratação e um decréscimo repentino no número de plaquetas no sangue. O resto das vítimas mostrava sintomas da dengue.

Inúmeros casos estão sendo reportados de vários distritos do referido estado indiano, tendo Firozabad sido apontado como o distrito mais afetado pela febre mortal.

O jornal The Times of India informou que, de momento, 72 crianças das 135 internadas no Colégio Médico de Firozabad estão lutando pela vida, sendo que a metade delas apresentam sintomas da dengue. Segundo as autoridades de saúde, 12 crianças morreram devido a essa febre nas últimas 24 horas.

"A causa exata está sendo estudada", disse a diretora clínica do distrito de Firozabad, dra. Neeta Kulshrestha.

Kulshrestha sublinhou ainda que todos os pacientes internados em hospitais estatais estão sendo testados à COVID-19, mas até agora nenhum dos casos da infecção viral pode ser correlacionado. Créditos: Sputnik Brasil

domingo, 29 de agosto de 2021

Congresso terá 5 mil agentes de segurança no dia 7 de setembro

 


Cinco mil policiais do governo do Distrito Federal irão fazer a segurança do prédio do Congresso no dia 7 de setembro, data marcada para manifestação bolsonarista. A Polícia Legislativa também atuará na proteção do prédio. 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Democratas), já teve uma conversa com o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), sobre o tema. Outro encontro acontecerá na segunda-feira (30).

Os Ministérios Públicos de São Paulo e do Distrito Federal querem impedir a presença de policiais militares na manifestação por classificarem como ilegal a participação de PMs da ativa em atos políticos.

A Associação Nacional de Entidades Representativas de Policiais Militares, Bombeiros Militares e Pensionistas Estaduais (Anermb) decidiu deixar as representações regionais livres para estimular ou não a participação nos atos a favor do presidente Jair Bolsonaro.

O presidente da entidade, sargento Leonel Lucas, defendeu o direito de manifestação dos policiais, desde que desarmados e à paisana.

"Não há hipótese de se poder comparecer, enquanto militar da ativa, do ponto de vista do regulamento em vigor. Não há margem de discussão. Mesmo sem farda e em horário de folga o PM está submetido ao regulamento disciplinar", afirmou o procurador de Justiça Pedro Falabella que atua junto ao TJM. Com informações do blog de Lauro Jardim. Créditos: Sputnik Brasil

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

A crescente apologia ao nazismo pode originar partidos neonazistas no Brasil

Com o avanço da extrema direita nas últimas eleições, o Brasil teve um aumento significativo de apologia ao nazismo. 

O número de inquéritos abertos pela Polícia Federal (PF) para investigar casos de apologia ao nazismo passou de 20 em 2018 para 110 ano passado, mostram dados obtidos pelo jornal O Globo por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Essa multiplicação de casos provoca algumas questões: há mais neonazistas no Brasil hoje? Grupos neonazistas estão se articulando? Existe a possibilidade de em breve termos um partido com essa ideologia. 

Esse florescimento recente de grupos neonazistas no Brasil e contextualiza o passado e o presente da história dessa ideologia no país.

Nas décadas de 1920 e 1930, o Partido Nazista possuía filiais em várias partes do mundo. No Brasil, o partido teve presença em 17 estados e chegou a ter quase 3.000 membros, afirma a historiadora Ana Maria Dietrich, professora associada da Universidade Federal do ABC, citada pela Folha de S. Paulo.

O Partido Nazista no Brasil era restrito aos alemães que imigraram para o Brasil, excluindo assim os filhos de nacionais da Alemanha nascidos no Brasil, o que restringiu muito o alcance da agremiação.

Já um monitoramento feito pela antropóloga Adriana Dias revelou que, de 2015 a maio de 2021, células neonazistas saltaram de 75 para 530 no país, reporta o jornal Folha de S. Paulo. O jornal paulista também informa que um levantamento da plataforma Safernet Brasil contabilizou um crescimento de mais de 600% de denúncias sobre conteúdo de apologia ao nazismo na Internet: de 1.282 casos em 2015 para 9.004 em 2020.

A recondução do Brasil ao estado democrático de direito, em 1985, após 21 anos de ditadura militar, permitiu que grupos extremistas se articulassem e tentassem criar um partido neonazista. O oficial da Marinha Mercante Armando Zanine Júnior fundou, em 1988 o Partido Nacional Socialista Brasileiro (PNSB), que segundo Odilon Caldeira Neto trazia referências nítidas ao nazismo.

O PNSB teve vida curta e nunca foi oficializado na Justiça Eleitoral. Armando Zanine Júnior ainda tentou mudar o nome do partido, criando a sigla Partido Nacionalista Revolucionário Brasileiro (PNRB). "Um efetivo grupelho [que] tinha algumas dezenas de pmilitantes", como skinheads (cabeças raspadas) e ajudou na criação no Brasil da vertente white power (poder branco), comenta o professor de história contemporânea da UFJF.

Mas o próprio movimento neonazista no Brasil é fragmentado e diversificado, o que dificulta um alicerce estruturante, um ponto de vista programático, afirma Odilon Caldeira Neto. O especialista explica que o que há são pequenos grupos e gangues, que atuam em sites, fóruns, aplicativos de mensagens e operam mais em uma esfera de violência que, normalmente, não tende a ser apenas uma violência física, mas também em diversas roupagens.

"O que me parece importante é que essa grande pluralidade não condiz necessariamente com um grande número de militantes. Não existe nenhuma movimentação mais institucionalizada no âmbito do neonazismo no Brasil [...]. Por mais variadas que sejam as estratégias, as formas de atuação, de arregimentação, de discursos variados, não me parece que exista um eixo aglutinante desses tipos de organização. Isso não é menos preocupante [...] afinal é a reverberação de um discurso abertamente antissemita, racista, homofóbico, xenófobo, assim por diante", assinala o coordenador do Observatório de Extrema Direita. (Editado). Créditos: Sputnik Brasil

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Governo corta 2,1 bi do programa Minha Casa, Minha Vida

 A verba repassada aos programas habitacionais caíram 45,1% em 2020 em relação a 2019. Ao todo, esse número significa R$2,1 bilhões a menos no orçamento. Considerando todos os subsídios disponibilizados pelo governo federal, em especial para as famílias mais pobres, houve uma redução de R$12,9 bilhões em 2020.

O governo tenta substituir, ainda, o programa do ex-governo de Lula Minha Casa, Minha Vida, pelo seu próprio programa, chamado Casa Verde e Amarela, o novo programa, entretanto, não contempla as famílias mais pobres: o Casa Verde e Amarela deixa de fora a faixa 1, e não oferece subsídio para as famílias com renda de até R$1.800.  Além disso, o presidente Bolsonaro vetou a destinação de R$1,5 bilhões para as obras de faixa 1 em 2021.  O desmonte do programa habitacional é uma política que nega aos trabalhadores o direito mais básico de moradia. Créditos: Esquerda Diário