sábado, 19 de fevereiro de 2022

Privatização da Embrapa é denunciada por sindicato

Com quase 50 anos de história, a  Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapra) vem sendo atacada desde o golpe de 2016, que destituiu a presidenta eleita, Dilma Rouseff (PT), e esses ataques estão sendo cada vez mais intensos no governo de Jair  Bolsonaro, com o objetivo de sucatear as empresas públicas estratégicas para o desenvolvimento do país e colocar à disposição de corporações privadas.

Somente neste ano a Embrapa já sofreu um corte de mais de R$ 519 milhões de seu orçamento, e no início de setembro teve novo corte de mais de R$ 118 milhões. Para o ano que vem, o sindicato afirma que a redução proposta pelo governo federal é ainda mais severa.

Estes recorrentes cortes orçamentários vêm colocando em risco projetos, processos e atividades desenvolvidas pela empresa. A precariedade de recursos já atinge instalações e equipamentos e a dificuldade para manter de forma adequada campos experimentais, rebanhos e recursos genéticos, entre outros, já é uma realidade.

E se nada for feito, segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (SINPAF), as atividades de pesquisa serão paralisadas, os preços dos alimentos poderão ficar mais caros e ainda a segurança e a soberania alimentar estarão comprometidas.

 “A Embrapa tem papel fundamental no desenvolvimento e na soberania alimentar do nosso país. A ideia das conferências é mobilizar a sociedade e conscientizar a população sobre a importância de defender a ciência e tecnologia para um Brasil menos desigual, democrático e inclusivo. Defender a Embrapa pública é defender o Brasil e os brasileiros”, afirmou o pesquisador da Embrapa, engenheiro agrônomo com pós-doutorado em Agroecologia e Diretor de Ciência e Tecnologia do SINPAF, Mário Artemio Urchei. Imagem: f&f. Créditos CUT

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Comitê da Bacia do São Francisco acusa governo de manobra que privatiza a água

O Comitê Bacia do São Francisco (Organização que defende a preservação biodiversidade da Bacia Hidrográfica do do Rio São Francisco), divulgou uma nota (abaixo assinado), na qual acusa o governo Bolsonaro de mudar lei para criar mercado privado de água. Veja o que diz nota:

Está em curso uma manobra do governo Bolsonaro de criar o mercado privado de água no Brasil, inclusive alterando a Lei 9.433 de 1997. Essas alterações se aprovadas privatizam e criam o mercado privado de águas, no qual os que não possuem outorga perdem o direito ao acesso à água.

Buscando alertar e mobilizar diferentes setores de nossa sociedade sensíveis ao tema da água como um direito de existência humana, um direito da natureza e evitando a formação de oligopólios e cartéis que se apropriam da água, e defendendo que ela deve servir à todos e ao desenvolvimento dos mais pobres, é que estamos repassando este abaixo assinado.

Ele é de iniciativa do Comitê da Bacia do São Francisco, ele pode e deve ser reproduzido em outros comitês, mas aqueles e aquelas organizações que quiserem se somar à esta iniciativa serão muito bem vindos. Abraços. 
Osvaldo Aly Junior – Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA). Foto: Ministério da Integração. Link da nota: https://docs.google.com/forms/u/0/d/e/1FAIpQLSdMec8nm-CKuJFKpItSRbVW74agAGBLqVbP4bq24Dz-crRS6A/formResponse

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Presença da Rússia na América Latina preocupa EUA

O subsecretário de Estado para o Hemisfério Ocidental dos EUA, Brian Nichols, disse estar preocupado por a "Rússia e outros países" tentarem criar um conflito na região, referindo-se à cooperação militar entre Moscou e Caracas.

"Minha preocupação é que a Rússia e outros países tentem introduzir um conflito em nosso hemisfério", afirmou Nichols em uma entrevista publicada no jornal El Tiempo.

Ao ser questionado sobre os relatos das autoridades colombianas (citadas pelo jornal), segundo as quais a Venezuela moveu tropas para junto da fronteira com a ajuda da Rússia e Irã, o funcionário da Casa Branca assegurou que "a presença, seja com tecnologia estrangeira ou atores estrangeiros, na fronteira com a Colômbia, é muito preocupante".

Além disso, referiu-se às declarações do vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, que não descartou uma possível implantação de infraestrutura militar na Venezuela e Cuba.

"Não respondemos a cada fanfarronice da Rússia, mas levamos a sério os esforços para provocar um conflito neste hemisfério e desestabilizar a região ou interferir nas sanções internacionais contra a Venezuela. Isso é problemático", adicionou.

Na semana passada, a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos da Casa Branca, Victoria Nuland, durante uma visita a Bogotá, declarou que o país enfrenta "ameaças de atores externos contra suas redes públicas e privadas", especialmente, "no contexto das eleições que se aproximam", e mencionou como exemplo a "interferência eleitoral russa em 2016". Foto: Maxim. Créditos: Sputnik Brasil

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Lula afirma que vai mudar política de preços da Petrobras


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem (3), que caso vença as eleições deste ano, pretende acabar com a atual política de preço dos combustíveis praticada pela Petrobras, vinculados ao mercado externo e ao dólar. 

A prática, adotada por Michel Temer após o golpe de 2016, levou ao aumento recorde nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha no governo de Jair Bolsonaro. Apenas em 2021, a gasolina subiu quase 50%.

“Nós não vamos manter o preço da gasolina dolarizado”, postou Lula em suas redes sociais. O ex-presidente afirmou não ser justo com o país, e que o governo tem mecanismos para não impactar os mais pobres pela alta dos combustíveis.

Em vez disso, o que o atual governo faz é privilegiar a distribuição dos lucros da estatal entre uma pequena parcela da população. “É importante que o acionista receba seus dividendos quando a Petrobras der lucro, mas eu não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e paga mais caro por causa da gasolina.”

Lula lidera todas as pesquisas de intenções de votos para o pleito de outubro. Bolsonaro segue em segundo lugar, com seu governo envolto em inflação, denúncias de diferentes crimes e crise econômica, além da gestão desastrosa durante a pandemia de covid-19, que levou o Brasil a ser o país com mais mortos em 2021 e o segundo desde o início da pandemia, em março de 2020. Imagem: EBC. Créditos: Rede Brasil Atual

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Brasil registra 606 mortes e quase 220 mil casos de Covid, em 24 horas


Nesta quarta-feira (26), o país 606 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 624.507 óbitos desde o início da pandemia. 
Com isso, a média móvel de mortes mortes nos últimos 7 dias é de 369, a maior desde 20 de outubro de 2021

Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +194%, indicando tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença. O país também registrou 219.878 novos casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, chegando ao total de 24.553.950 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia.

Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 161.870, a maior marca registrada até aqui e marcando o nono recorde seguido. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +169%, indicando tendência de alta nos casos da doença. 

A média móvel de vítimas atinge agora um patamar já bem acima do que estava às vésperas do ataque hacker que gerou problemas nos registros em todo o Brasil, ocorrido na madrugada entre 9 e 10 de dezembro. Na época, essa média indicava 183 mortos pela doença a cada dia.

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. Imagem: Arquivo EBC. Créditos: G1

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

População de rua em São Paulo cresce 31% na pandemia

Quase que dobrou o número de pessoas que foram parar nas ruas de São Paulo durante a pandemia de Covid-19. De acordo com a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), em 2021 havia 31.884 pessoas em situação de rua na capital, sendo que cerca de 8.927 afirmaram viver com ao menos um familiar. Em 2019, eram 4.868. As informações são da Folha de S. Paulo.

A população de rua na cidade aumentou 31% em relação ao censo de 2019, feito na pré-pandemia. Em relação a 2015, quando havia 15.905, o número dobrou.

Aumentou também a quantidade de pessoas que preferem permanecer nas ruas do que nos abrigos. Em 2019, 52% preferia as calçadas. Em 2021 o percentual é de 60%. Créditos: Brasil 247

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Casos de COVID-19 disparam e Brasil está perto de bater recorde

O Brasil registrou, nesta segunda-feira (17), 76.345 novos casos de COVID-19 nas últimas 24 horas e chegou a uma média móvel de 75.253 diagnósticos nos últimos sete dias.
Com isso, o país está próximo de superar sua pior marca neste quesito em toda a pandemia. O recorde até o momento é de 77.295 diagnósticos diários, em 23 de junho de 2021, conforme noticiou o G1.

O número desta segunda-feira (17) é o maior desde 24 de junho do ano passado, quando a média móvel foi de 77.050, a segunda maior registrada.

Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de mais 662%, indicando tendência de alta da quantidade de casos detectados da doença. Agora o Brasil totaliza 23.083.297 de diagnósticos confirmados desde o início da pandemia.

O país também registrou 162 mortes pela COVID-19 nas últimas 24 horas. Ao todo, foram 621.261 óbitos causados pelo coronavírus.

A média móvel de mortes dos últimos sete dias subiu para 160. Com relação à média de 14 dias atrás, a alta foi de mais 66%, indicando tendência crescente de óbitos decorrentes da doença.

Os números foram divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa, com base nos dados das secretarias estaduais de Saúde do país. O estado do Acre foi o único a não divulgar novos dados de casos e mortes por COVID-19 nesta segunda-feira (17) e não entrou no levantamento. Créditos: Sputnik Brasil