sábado, 5 de março de 2022
Rússia declara regime de cessar-fogo na Ucrânia
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022
Guerra piora cenário econômico no Brasil
Com a alta do milho e preocupações também com relação ao mercado de óleo de girassol - do qual a Ucrânia é o maior produtor do mundo - a soja também estava em alta no pregão desta quinta.
Até o dólar, que havia fechado a quarta-feira cotado a R$ 5, no menor valor desde junho de 2021, inverteu a tendência, e já é negociado acima dos R$ 5,10.
O combo formado por petróleo, grãos e dólar em alta, resultado da escalada da crise ucraniana, torna ainda mais complicado o cenário para a inflação no Brasil em 2022.
Segundo analistas, o movimento pode resultar em alta dos combustíveis, dos custos industriais e de alimentos básicos como pão e carnes, já que os grãos como milho e soja são utilizados na ração animal.
A magnitude dos reajustes, no entanto, vai depender da duração e da gravidade da crise no leste da Europa, já que os agentes do mercado devem se manter em espera durante esse primeiro momento de forte volatilidade, para aguardar os desdobramentos da guerra.
O choque internacional acontece num momento em que as coisas já não iam bem para a inflação brasileira.
Na quarta-feira, o IPCA-15, prévia da inflação de fevereiro, surpreendeu com uma alta de 0,99%, acima das expectativas dos analistas (0,87%) e maior resultado para o mês desde 2016, com alta de preços maiores do que o esperado em serviços e bens duráveis, como automóveis, eletroeletrônicos, eletrodomésticos e móveis.
Com as novas incertezas, as expectativas para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medida oficial de inflação do país, devem continuar em alta.
Na segunda-feira, os analistas previam avanço de 5,56% para o IPCA em 2022, após seis semanas de revisões para cima da mediana das projeções no boletim Focus do Banco Central, que semanalmente consulta os economistas quanto às suas estimativas para a economia.
Com os cenários internacional e inflacionário mais turvos, o Banco Central tem um desafio a mais para definir os rumos da política monetária brasileira. Por Thais Carrança. Créditos: BBC Brasil
sábado, 19 de fevereiro de 2022
Privatização da Embrapa é denunciada por sindicato
Somente neste ano a Embrapa já sofreu um corte de mais de R$ 519 milhões de seu orçamento, e no início de setembro teve novo corte de mais de R$ 118 milhões. Para o ano que vem, o sindicato afirma que a redução proposta pelo governo federal é ainda mais severa.
Estes recorrentes cortes orçamentários vêm colocando em risco projetos, processos e atividades desenvolvidas pela empresa. A precariedade de recursos já atinge instalações e equipamentos e a dificuldade para manter de forma adequada campos experimentais, rebanhos e recursos genéticos, entre outros, já é uma realidade.
E se nada for feito, segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (SINPAF), as atividades de pesquisa serão paralisadas, os preços dos alimentos poderão ficar mais caros e ainda a segurança e a soberania alimentar estarão comprometidas.
“A Embrapa tem papel fundamental no desenvolvimento e na soberania alimentar do nosso país. A ideia das conferências é mobilizar a sociedade e conscientizar a população sobre a importância de defender a ciência e tecnologia para um Brasil menos desigual, democrático e inclusivo. Defender a Embrapa pública é defender o Brasil e os brasileiros”, afirmou o pesquisador da Embrapa, engenheiro agrônomo com pós-doutorado em Agroecologia e Diretor de Ciência e Tecnologia do SINPAF, Mário Artemio Urchei. Imagem: f&f. Créditos CUT
terça-feira, 15 de fevereiro de 2022
Comitê da Bacia do São Francisco acusa governo de manobra que privatiza a água
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022
Presença da Rússia na América Latina preocupa EUA
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022
Lula afirma que vai mudar política de preços da Petrobras
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem (3), que caso vença as eleições deste ano, pretende acabar com a atual política de preço dos combustíveis praticada pela Petrobras, vinculados ao mercado externo e ao dólar.
A prática, adotada por Michel Temer após o golpe de 2016, levou ao aumento recorde nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha no governo de Jair Bolsonaro. Apenas em 2021, a gasolina subiu quase 50%.
“Nós não vamos manter o preço da gasolina dolarizado”, postou Lula em suas redes sociais. O ex-presidente afirmou não ser justo com o país, e que o governo tem mecanismos para não impactar os mais pobres pela alta dos combustíveis.
Em vez disso, o que o atual governo faz é privilegiar a distribuição dos lucros da estatal entre uma pequena parcela da população. “É importante que o acionista receba seus dividendos quando a Petrobras der lucro, mas eu não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e paga mais caro por causa da gasolina.”
Lula lidera todas as pesquisas de intenções de votos para o pleito de outubro. Bolsonaro segue em segundo lugar, com seu governo envolto em inflação, denúncias de diferentes crimes e crise econômica, além da gestão desastrosa durante a pandemia de covid-19, que levou o Brasil a ser o país com mais mortos em 2021 e o segundo desde o início da pandemia, em março de 2020. Imagem: EBC. Créditos: Rede Brasil Atual
quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
Brasil registra 606 mortes e quase 220 mil casos de Covid, em 24 horas
Nesta quarta-feira (26), o país 606 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 624.507 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes mortes nos últimos 7 dias é de 369, a maior desde 20 de outubro de 2021
Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +194%, indicando tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença. O país também registrou 219.878 novos casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, chegando ao total de 24.553.950 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia.
Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 161.870, a maior marca registrada até aqui e marcando o nono recorde seguido. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +169%, indicando tendência de alta nos casos da doença.
A média móvel de vítimas atinge agora um patamar já bem acima do que estava às vésperas do ataque hacker que gerou problemas nos registros em todo o Brasil, ocorrido na madrugada entre 9 e 10 de dezembro. Na época, essa média indicava 183 mortos pela doença a cada dia.
Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. Imagem: Arquivo EBC. Créditos: G1