domingo, 27 de março de 2016

Papa Francisco critica “rejeição” a refugiados na Europa

Em sua mensagem de Páscoa, o papa Francisco falou hoje (27) contra a rejeição de migrantes, no momento em que a Europa enfrenta a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. "A mensagem de Páscoa de Cristo ressuscitado convida-nos a não nos esquecermos daqueles homens e mulheres que estão à procura de um futuro melhor. [Há] uma onda cada vez maior de migrantes e refugiados que estão fugindo da guerra, da fome, da pobreza e da injustiça social", disse.

“Muitas vezes, estes nossos irmãos e irmãs encontram-se pelo caminho com a morte ou, em qualquer situação, com a rejeição dos que podem oferecer-lhes as boas-vindas e assistência”, acrescentou o pontífice. Foto: BBC.
Créditos: Agencia Brasil

Ex-presidente da CNBB pede respeito à Constituição para superar crise política

O arcebispo de Mariana e ex-presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio
O arcebispo da Arquidiocese de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, pediu respeito à Constituição e preservação das instituições para superar a atual crise política do país. Em entrevista na sexta-feira (25), durante as cerimônias da Semana Santa em Mariana (MG), o bispo defendeu mais serenidade e menos radicalização. "É um pedido que vale tanto para o governo federal e sua base, quanto para a oposição".
Dom Geraldo Lyrio foi presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 2007 a 2011. Ele explicou que ainda não há uma posição oficial do conjunto do episcopado brasileiro, mas que cada bispo, como cidadão, tem o direito expressar seu pensamento livremente.

 "A conjuntura nacional será um ponto forte das discussões da próxima assembleia-geral da CNBB, no início de abril, e existe a possibilidade de posições serem assumidas de forma oficial", informou.
Declarando-se sem posição político-partidária, ele alertou que o povo brasileiro é o mais sacrificado no atual momento. Para o arcebispo, há muitas soluções propostas que são voltadas a interesses pessoais e não aos interesses da nação. "Esperamos que o direito prevaleça, que não se ultrapasse aquilo que é da Justiça, que as instituições possam ser preservadas e que a Constituição seja respeitada".

Em dezembro do ano passado, quando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), autorizou a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, a Comissão Brasileira Justiça e Paz, da CNBB, divulgou nota questionando os motivos do parlamentar. Segundo o texto, a atitude de Cunha não continha "subsídios que regulem a matéria” e ele demonstrou estar agindo por interesse pessoal.
Nos últimos dias, circulou nas redes sociais um vídeo do bispo dom Ailton Menegussi, da Diocese de Crateús (CE), em que apresentou aos fiéis sua posição contra o impeachment. "Nós não vamos apoiar simplesmente a troca de governos, de pessoas interesseiras, que estão apenas querendo se apossar porque são carreiristas", disse durante cerimônia religiosa.
Créditos: Agencia Brasil

Odebrecht pagava propina desde governo Sarney diz Portal

O esquema de pagamento de propina da Odebrecht para agentes públicos, revelado pela 26ª etapa da Lava Jato deflagrada na última terça-feira (22), funcionava desde a época do governo Sarney (1985-1990). A informação foi divulgada pelo portal UOL neste sábado (26).
Segundo a apuração, documentos internos da Odebrecht nos quais o UOL teve acesso mostram que os procedimentos de desvio de verba e o pagamento de propinas já aconteciam desde 1985. Ao todo, 516 pessoas, entre agentes públicos, empresários, empresas, instituições e políticos estão envolvidos nas operações, segundo os documentos.
Entre os nomes que aparecem nas listas da empreiteira estão o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB), o prefeito de Manaus Arthur Virgílio (PSDB), o senador Jader Barbalho (PMDB), o ex-ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão (PMDB), o senador Fernando Collor de Mello, além dos filhos de Sarney, Fernando, José Filho e Roseana Sarney.A empreiteira não comentou as revelações e os políticos ouvidos pela reportagem negaram envolvimento no esquema.
Créditos: CenárioMT

sábado, 26 de março de 2016

Padres paraibanos lançam manifesto contra o ‘golpe’

Um grupo de padres paraibanos, liderados por Djacy Brasileiro (foto), lançaram recentemente um manifesto contra o suposto golpe contra o PT e o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Além de Djacy, também assinam o documento: Antônio Maria, Alex Victor Cauchi, Waldemir Santana, Gedeon Oliveira, Hélio Rosa e Paulo Cabral. 
No abaixo-assinado, os padres dizem que em comunhão com a CNBB (Conferncia Nocional dos Bispos do Brasil), dizem que defendem o estado democrático de direito.
“Petistas ou não, se forem corruptos precisam ser julgados e, se condenados, punidos. Contudo o que assistimos é uma execração pública e desrespeitosa dirigida a lideranças respeitadas internacionalmente e legitimamente eleitas pela maioria dos brasileiros, em oposição a corruptos publicamente comprovados que continuam blindados pela mesma força política e pelo aparato estatal que pede a punição antecipada de Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousself”, diz a nota.
“O momento é grave e o problema é muito mais sério do que a maioria da população, informada apenas pela Rede Globo, consegue imaginar. A elite burguesa, branca e historicamente corrupta deste país não está preocupada em acabar com o instrumento que tão bem ela mesma criou para governar e manter-se no poder (a corrupção institucionalizada). Ela está desesperada frente a possibilidade de perder espaço de poder”, acrescenta.
Confira o manifesto na integra abaixo:
MANIFESTO DOS PADRES PARAIBANOS “CONTRA O GOLPE, A FAVOR E EM DEFESA DO ESTADO DE DIREITO E DEMOCRÁTICO”
Nós abaixo-assinado, e, em comunhão com a CNBB (Conferncia Nocional dos Bispos do Brasil), sacerdotes e servos do povo de Deus, na Arquidiocese da Paraíba, diante do momento histórico que estamos vivendo entendemos ser parte da nossa missão profética, um posicionamento claro e público a favor do direito democrático, da ordem social e política ameaçada surpreendentemente por autoridades e lideranças que têm o dever de defendê-la.
Lembramo-nos do canto do Pe. João Carlos que por tantos anos embalou a missão da igreja de base nos campos e periferias deste imenso país. Parece-nos que hoje, mais do que nunca ele é atual e precisa ser novamente cantado pelo povo de Deus, fortalecendo e renovando a mística em defesa da Vida, dos empobrecidos e injustiçados!
“Senhor, como vive esse povo sofredor,
Lutando pra afirmar o seu valor.
Quem devia governar se aproveitou,
Quem devia denunciar esmoreceu,
Quem devia reclamar se omitiu,
Quem devia censurar, abençoou…”(…)
Com este canto afirmamos nosso posicionamento contra toda a corrupção e exploração alimentadas pela lógica capitalista e neoliberal. Mas afirmamos que o justo enfrentamento e combate à corrupção não é celetista nem manipulável.
Quando acompanhamos a denuncia unilateral e personalista dos “corruptos petistas”, nos perguntamos pelos autores da histórica corrupção neste país. O engodo de que a corrupção tem CNPJ declarado, CPF e residência, é um engodo diante do qual não podemos nos calar.
Petistas ou não, se forem corruptos precisam ser julgados e, se condenados, punidos. Contudo o que assistimos é uma execração pública e desrespeitosa dirigida a lideranças respeitadas internacionalmente e legitimamente eleitas pela maioria dos brasileiros, em oposição a corruptos publicamente comprovados que continuam blindados pela mesma força política e pelo aparato estatal que pede a punição antecipada de Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousself.
O momento é grave e o problema é muito mais sério do que a maioria da população, informada apenas pela Rede Globo, consegue imaginar. A elite burguesa, branca e historicamente corrupta deste país não está preocupada em acabar com o instrumento que tão bem ela mesma criou para governar e manter-se no poder (a corrupção institucionalizada). Ela está desesperada frente a possibilidade de perder espaço de poder.
Diante disso DENUNCIAMOS O GOLPE FASCISTA e ANUNCIAMOS NOSSO IRRESTRITO APOIO À LUTA E RESISTENCIA POPULAR, protagonizada pelos movimentos e organizações sociais populares, pelos sindicatos e partidos que historicamente sempre estiveram na defesa de um projeto popular neste país. Deste modo assinamos e assumimos nosso compromisso com o processo democrático Brasileiro:
Pe. Waldemir Santana.
Pe. Gedeon Oliveira.
Pe. Alex Victor Cauchi.
Pe. Hélio Rosa.
Pe. Paulo Cabral.
Escola de Fé e Política.
Pe. Djacy Brasileiro.
Pe. Antônio Maria.
Créditos: MaisPB

Dengue pode ser transmitida por transfusão de sangue

Um estudo realizado em Recife e no Rio de Janeiro mostrou que o vírus da dengue pode ser contraído através de transfusão de sangue. De 22 receptores de sangue contaminado com o vírus DENV-4, 16 estavam susceptíveis (que nunca tinham tido a virose antes e não adquiriram anticorpos) e seis destes adquiriram a doença ou 37%. A pesquisa foi coordenada pela médica Ester Sabino. Ela explicou que a chance de contaminação é mínima, pois a quantidade de bolsas contaminadas era muito pequena.

Segundo ela, pesquisa semelhante será desenvolvida para descobrir se a mesma transmissão é possível para os vírus da zika e chikungunya. Na pesquisa sobre a contaminação por dengue – feita pelo Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, com o apoio da Fundação de amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) – amostras dos pacientes foram coletadas antes para confirmar que o contágio ocorreu durante a transfusão. Durante um mês, os pesquisadores avaliaram os sintomas apresentados pelas por eles.
Risco menor que benefício. A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular divulgou que há risco de contaminação de zika pela transfusão de sangue, mas que isso é raro, assim como a dengue e chikungunya. “Não existem, atualmente, testes laboratoriais de diagnóstico da infecção pelo zika que sejam registrados ou adequados para a triagem laboratorial de doadores de sangue. A ABHH não reconhece que os estoques de sangue do Brasil, estejam submetidos a riscos acrescidos que justifiquem a adoção de medidas adicionais (testes laboratoriais ou quarentena) em adição às medidas de triagem clínica e epidemiológica”, declarou Dimas Tadeu Covas, presidente da ABHH.
O médico Leandro Souza concorda que o risco é mínimo. “Na doação de sangue é possível que alguma carga viral passe através do sangue do doador para o receptor. Porém, o sangue passa por processamento e é tratado. Em teoria, não é capaz de transmitir. Quem recebe sangue tem que avaliar o risco e benefício. Já é uma pessoa em risco iminente, o risco por transfusão é menor que o benefício”, afirmou. .Foto: EBC. (Correio da Paraíba).                                                             
Créditos: Focando a Notícia

Papa Francisco condena terrorismo, guerras e corrupção

Durante Via Sacra, papa Francisco condena terrorismo, guerras e corrupção
O papa Francisco condenou nesta sexta-feira (25), durante oração após a cerimônia da Via Sacra, o fundamentalismo, o terrorismo, as guerras e os corruptos. O pontífice também denunciou a destruição do meio ambiente, em detrimento das futuras gerações, e os mares que se tornaram "cemitérios insaciáveis". 

A meditação, que antecedeu a intervenção do papa Francisco, recordou os judeus mortos nos campos nazistas e fez referência aos refugiados. "Onde está Deus nos campos de extermínio? Onde está Deus nas minas e nas fábricas onde as crianças trabalham como escravas? Onde está Deus nos barcos improvisados que se afundam no mar?", questionou o arcebispo de Perugia, cardeal italiano Gualtiero Bassetti, segundo a Agência Brasil. 

Francisco também denunciou "a consciência insensível e anestesiada" da Europa relativamente aos migrantes e a traição dos padres pedófilos, que "roubam os inocentes da sua dignidade". "O Mediterrâneo e o Mar Egeu tornaram-se um cemitério insaciável, imagem de nossa consciência insensível e anestesiada", lamentou o papa. Como sinal de esperança, Francisco citou as pessoas que sonham "com um coração de criança" e que trabalham para tornar o mundo um lugar melhor, mais humano e mais justo.
Créditos:BA Notícias

Câmara aprova projeto que eleva gasto com saúde em R$ 140 bilhões

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (22), em primeiro turno, emenda à Constituição que projeta uma elevação no gasto com a saúde de cerca de R$ 140 bilhões até 2023.
Sem condições de barrar o projeto, já que até o PT se posicionou favorável à medida, o governo foi obrigado a fazer um acordo para evitar uma expansão maior dos gastos. A emenda passou com 402 votos a favor e apenas 1 contra – de Paulo Martins (PSC-PR).
A emenda foi desengavetada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adversário do governo. A aprovação se dá em um momento de extrema fragilidade política do Palácio do Planalto e contrasta com o esforço tentado nos últimos tempos pelo Executivo de aprovar medidas de equilíbrio das contas públicas. A proposta tem que ser votada ainda em segundo turno na Câmara e, depois, segue para votação no Senado.
O texto da emenda, relatada pela deputada do oposicionista PPS Carmen Zanotto (SC), determina um crescimento escalonado dos gastos mínimos obrigatórios em saúde dos cerca de 13% da receita corrente líquida para 19,4% em 2023. A aplicação subiria para 14,8% em 2017, 15,5% em 2018, 16,2% em 2019, 16,9% em 2020, 17,6% em 2021, 18,3% em 2022 e 19,4% em 2023.
Créditos: Gazeta do Povo