sábado, 25 de agosto de 2012

A verdade sobre o conflito na Síria e a manipulação da mídia


Síria, manipulação, mídia, conflito, oposição, governoA imprensa no Ocidente é guiada pela versão equivocada dos Estados Unidos e OTAN e, desde o início do conflito, a mídia tem sido usada para desinformar e para doutrinar o cidadão brasileiro, apoiando e retransmitindo apenas a opinião dos rebeldes, diz Claude Fahd Hajjar.

Para a vice-presidente da Fearab América, pesquisadora de temas árabes e autora do livro Imigração Árabe 100 anos de Reflexão, a imprensa brasileira subestima a inteligência do telespectador e oferece o Fast Food pronto que as agencias de notícia transmitem. Foi e tem sido parcial e irresponsável ao veicular informações falsas para referendar seus conceitos.
Em um artigo especial para o IAnotícia, Claude Fahd Hajjar mostra o que de fato está acontecendo na Síria.
A maioria dos sírios deseja a manutenção da ordem e da paz na Síria e acredita que apenas o Presidente Bashar al-Assad pode manter esta ordem e fortalecer as instituições do país.
A Síria que eu conheço e que visito e convivo há mais de 35 anos tem uma população que tem um alto grau de politização e conhece muito bem as dificuldades e os estigmas que vivem tanto o povo, quanto o governo da Síria. Por convicção, defendem o princípio da soberania nacional, da autodeterminação e da não ingerência estrangeira.
O cidadão sírio tem consciência e crítica a corrupção e morosidade da atual máquina burocrática deste governo da Síria; deseja reformas, deseja o combate à corrupção, mas entende que esta luta deve se processar de forma pacífica, as mudanças têm que ser construídas e o governo de Bashar al-Assad está empenhado nestas reformas.
A população síria está acostumada com conforto, segurança, estabilidade.
País predominantemente agrícola, tem no trigo, algodão de fibra longa e no azeite a base de sua produção. Em seu subsolo, possuí petróleo e gás. Enfrenta problemas políticos que impedem a modernização de suas refinarias e a prospecção de suas riquezas.
A vocação de hospitalidade somada à rica e milenar história da Síria despertou o setor de turismo nos últimos anos. O investimento em estradas, em hotelaria e em serviços, vinha fomentando o turismo do mundo inteiro para a Síria.
É um país distribuidor de bens e serviços para todo o mundo árabe seja da Península Arábica, seja do Norte da África.
Não é uma sociedade perfeita. Transitou do socialismo ao quase capitalismo em menos de 12 anos.
A Síria dos últimos 42 anos saiu da miséria e do feudalismo para um socialismo e uma prosperidade cada vez mais visível em cada um de seus cidadãos. O país mais laico do Oriente Médio teve na educação a base do seu desenvolvimento.
Foi este regime, no período do pai Hafez Assad que conseguiu implantar a reforma agrária (anos setenta) e os sírios sunitas, grandes proprietários de terras e pertencentes ás famílias tradicionais, imigraram para a Europa e EUA. Alguns dos filhos destes sírios sonham em retornar… Mas apenas para promover a deposição do regime e ocupar o poder.
A Síria hoje tem uma população de 22 milhões de habitantes; a maioria de 70% é de muçulmanos sunitas; e os demais são 13% alauítas; 12% de cristãos; e 5% de drusos, turcomanos e outros.
Os grupos rebeldes que foram cooptados pelo eixo EUA, Israel, OTAN e CCG, não representavam nem 1% da população síria, no início das manifestações. Mas com o acirramento dos enfrentamentos, com o dinheiro rolando solto e com as armas sendo distribuídas em abundância, e recebendo aplausos da comunidade internacional, sentiram que deveriam lutar até depor o inimigo: o governo do Presidente Bashar al-Assad...
Uma luta cuja motivação é de natureza econômica e política, foi sendo construído e acirrado nas camadas de baixa renda e transformado em conflito sectário.
A mídia-empresa ocidental funciona como papagaios da retransmissão das agências de notícias ocidentais. Estou com saudade de nossos analistas políticos, de nossos correspondentes e do verdadeiro jornalismo.
A imprensa no ocidente é teleguiada pela leitura equivocada dos EUA e OTAN, e desde o início do conflito, usou a comunicação para desinformar e para doutrinar o cidadão brasileiro, apoiando e retransmitindo apenas a opinião dos rebeldes. A imprensa brasileira subestima a inteligência do telespectador e oferece o Fast Food pronto que as agências de notícia transmitem. Foi e tem sido parcial e irresponsável ao veicular informações falsas para referendar seus conceitos.
O que observamos na imprensa do ocidente é sempre um jornalismo dirigido e copiado das agencias de notícia como a BBCFrance PressReuters, todos copiando a Al Jazeera (Qatar) e transmitindo apenas as notícias do Conselho Nacional Sírio, Exercito Livre Sírio e do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (um cidadão sírio em Londres, posicionado na sua lojinha com um computador e retransmitindo todas as mentiras e barbaridades que a TV Al Jazeeralhe pedia).
Temos relatos das montagens de cenas, blefes, cenas do Iraque como sendo Síria, helicóptero do Afeganistão como sendo Sírio. Montagem de sons dos ataques.
Durante os ataques em Homs a TV Síria retransmitia vídeos amadores que captavam os bastidores das gravações que eram encomendadas pela Al Jazeera.
A estratégia da imprensa foi focar na Primavera Árabe da Praça Tahrir, este movimento popular emocionou e contagiou os jovens no mundo todo e em especial nos países árabes; e como rastilho de pólvora seguiu para a Líbia e foi votada a moção no Conselho de Segurança da ONU que autorizou a criação de uma zona tampão na Líbia, com a alegação de “responsabilidade de proteger” que permitiu a entrada da máquina de matar da OTAN e aliados que lutaram junto com a Al-Qaeda em Benghazi e depois em toda Líbia.
A guerra humanitária da OTAN e aliados já matou mais de 150 mil pessoas na Líbia.
Criou um caos quase impossível de ser reordenado; destruiu a infraestrutura de um povo que vivia bem, com garantias de toda a espécie assegurada pelo governo. Não considero o governo de Muammar Kadhafi o ideal, mas este é o país que eles puderam construir e prosperar. Perdeu o povo líbio, perdeu o povo africano a quem Kadhafi ajudava e venceu a França e seus aliados com os novos contratos para se apossar das bacias de petróleo.
A quem a OTAN e seus aliados vieram proteger? A seus próprios interesses.
A opinião pública mundial parou pasma com a chamada primavera árabe.
Apesar da experiência acumulada e do cuidado de muitos de nós, queríamos crer que havia de fato uma primavera árabe…Que ilusão! Bastaram poucos dias para assistir pela TV que o cenário preparado já tinha um script pronto e manipulado na Líbia através de Sarkosy desde outubro de 2010 (quatro meses antes da entrada da Líbia na onda da primavera).
No Egito, ocorreu o mesmo, e tomamos conhecimento da presença de agentes americanos junto aos manifestantes na Praça Tahrir, e que chegaram a ser detidos pelas forças de segurança no Cairo. A diplomacia americana, resolveu o episódio que sumiu da imprensa, e em seguida, convidaram a representação da Irmandade Muçulmanaem quatro de abril de 2012, a visitar os EUA e acertar a sua atuação no futuro governo no Egito.
Esta preparação com armas e com treinamento militar teve início de fato depois do ataque perpetrado por Israel contra o Líbano e defendido bravamente pelo Hezbollah em julho de 2006. Se já havia uma intenção dos EUA em destruir o governo de Damasco, passou a ser um ponto de honra para EUA e Israel: afinal, os mísseis que foram usados pelo Hezbollah e pelo Hamas foram fabricados e fornecidos por Damasco.
Na Síria em janeiro de 2011 a embaixada americana recebe como embaixador o agente americano Robert Stephen Ford, assessor do especialista em inteligência o americano John Negroponte que, no Iraque em 2004, quando foi encarregado de aplicar o plano de destruição usado em San Salvador e depois replicado no Iraque.
O objetivo agora era instaurar o caos na Síria: ele conseguiu em 60 dias transformar a Síria de um país pacífico, seguro, tranquilo e confiante, em um país instável, inseguro e em guerra de destruição e desgaste que já dura 16 meses.
A Rússia e a China, signatários do tratado de Xangai, e membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, após os acontecimentos na Líbia e a licença para destruir que foi concedida à OTAN, viram que o Ocidente, está desestabilizando a região do Oriente Médio e avançando em áreas estratégicas para o Grupo de Xangai. A Rússia e China defendem seus próprios interesses ao defender os interesses do povo e governo sírio. Ao mesmo tempo em que a queda de Damasco pode balcanizar toda a região e envolver atores regionais que até agora permanecem fora do conflito.
A Rússia tem relações privilegiadas, com a Síria de longa data, que lhe possibilita a presença de uma base militar russa no porto de Tartus. Somam-se a isto, uma relação afetiva com a forte e representativa população cristã ortodoxa da Síria.
Com a China, a relação sino-síria tem base em tratados culturais, artísticos, econômicos e políticos.
Hoje, com o isolamento do Irã, quem está adquirindo o petróleo iraniano é a China, inclusive comprando-o por um preço abaixo do mercado, e com uma negociação em moeda local. Ganha neste negócio a China e o Irã… Perdem os EUA e o dólar americano, e perde também a União Européia…
A quem interessa esta luta sectária na Síria de muçulmanos sunitas e muçulmano xiitas (que dividem o governo com cristãos, drusos e alauítas)? Aos países do Golfo: Qatar, Arábia Saudita e Turquia, aliados e interpretes do desejo dos EUA, Israel e OTAN. Por que, ao derrubar a Síria, o caminho fica livre para derrubar o Hezbollah no sul do Líbano e para atingir o Irã. Portanto, o objetivo é ter o caminho livre para o Irã e de lá para os gasodutos e oleodutos de toda região.
Outro interesse dos EUA e aliados é a mais importante bacia de gás que está na costa mediterrânea da Síria: ora, se o século XX foi o século do petróleo, o século XXI é o século do gás. Esta disputa já está lançada entre americanos, russos e alemães.

Haddad defende proposta de bilhete único mensal e diz que tarifa zero não é 'exequível'


Durante ato contra o processo de privatização da Nova Luz, na tarde de hoje (24), o candidato à prefeitura de São Paulo Fernando Haddad (PT) defendeu seu projeto de bilhete único mensal. A proposta prevê que o usuário faça quantas viagens desejar durante o período contratado. Durante sua propaganda eleitoral no rádio na manhã de hoje, a ideia foi chamada de “bilhete mensaleiro” por José Serra (PSDB).  "Tem candidato prometendo um bilhete mensaleiro. Mas e no dia que eu estiver em um churrasco em casa? Já vou ter pago e não vou aproveitar?", disse uma voz no programa tucano aos ouvintes.
“A presidenta Dilma já havia me alertado que eles assumiriam esse tom, o mesmo de 2010”, rebateu Haddad. “Nossa proposta está em vigor no mundo desenvolvido. Quem já teve a oportunidade de visitar essas cidades sabe que o bilhete único funciona da maneira que o usuário quer. Por três horas, por uma semana, por um mês. É ele [o usuário] que escolhe a validade. E nós queremos introduzir esse critério aqui”, defendeu.
Haddad também disse achar positivo que a ideia tenha sido copiada pelo também candidato Celso Russomanno (PRB), que propõe um bilhete que valha durante 24 horas. “Quando um adversário que não tem propostas de governo incorpora as de outra candidatura, é bom para a cidade. Quer dizer que ela vai evoluir.” 
Questionado sobre a adoção de tarifa zero, proposta formulada durante a gestão petista de Luíza Erundina, em 1990, e defendida por movimentos sociais, Haddad disse que não é possível executar a ideia. “Nós temos de ter responsabilidade com a população e fazer propostas exequíveis, que eu possa honrar. Eu não posso fazer uma proposta que eu não saiba como vou financiar. Então a proposta que eu estou fazendo já vai ser um benefício enorme para a população.
Rede Brasil Atual ede Brasil Atual

Juízes envolvidos no massacre de Pinheirinho terão de se explicar para o CNJ


Cinco magistrados envolvidos na retirada violenta dos moradores da ocupação Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), em janeiro deste ano, terão de prestar esclarecimentos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) até o dia 5 de setembro. 
Ivan Sartori, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP); Cândido Além, desembargador; Rodrigo Capez, juiz assessor da presidência; Márcia Faria Mathey Loureiro, juíza da 6ª Vara Cível de São José dos Campos; e Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, juiz da 18ª Vara Cível do Fórum Central João Mendes Júnior, são mencionados na representação movida por moradores do bairro e assinada por uma comissão de juristas em função de indícios de diversas irregularidades no processo que levou à ação da polícia militar para desocupar o bairro em 22 de janeiro. A área, ocupada por quase 6 mil pessoas em 2004, pertence à massa falida da empresa Selecta do megaespeculador Naji Nahas.
A denúncia baseou-se em depoimentos colhidos pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana com mais de 600 pessoas e nas consequências da desocupação, entre elas, a morte de duas pessoas.
Sartori chegou a pedir o arquivamento da ação alegando total legalidade, mas a representação foi aceita pelo CNJ. “Isso demostra que a representação tinha consistência”, disse Aristeu Pinto Neto, advogado da Ordem dos Advogados do Brasil de São José dos Campos. 
“É muito importante esse passo. Alguém tem de pagar pelo que aconteceu. Eles fizeram tudo de maneira irregular. Foi uma malvadeza. As famílias estão sofrendo muito até hoje”, afirma Toninho Ferreira, advogado que acompanha as famílias.
Entre os principais argumentos para sustentar a ação contra os juízes estão, além da violência policial, a inobservância do interesse manifesto das três esferas da União para regularizar a área e a quebra do pacto federativo por parte do presidente do TJ paulista, que não obedeceu a determinação de um juiz federal que impedia a desocupação. “Começa daí e passa por condutas específicas do próprio Ivan Sartori e  da juíza [Márcia Faria Mathey]. Ela não permitiu o ingresso da Defensoria Pública para defender as famílias e, ao mesmo tempo, convocou o controle de zoonoses, demostrando preocupação maior com os cães do que com as pessoas que estavam lá”, disse Pinto Neto.
Ele lembra que a juíza suspendeu uma liminar de desapropriação da área, que vigorava desde 2005, sem que houvesse qualquer pedido da massa falida da Selecta. Depois da desocupação, as casas foram totalmente demolidas em poucos dias. Muitos moradores não conseguiram retirar seus bens. A área de 1,3 milhão de metros quadrados irá a leilão no dia 3 de outubro. O terreno está avaliado em R$ 187 milhões.
Rede Brasil Atual.

Durante ato em São Paulo, candidatos se comprometem a suspender Nova Luz


Os candidatos à prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (PRB), Fernando Haddad (PT), Gabriel Chalita (PMDB) e Carlos Giannazi (PSOL) assinaram na tarde de hoje (24), durante ato na rua Santa Ifigênia, no centro da capital, um compromisso ue, de qcaso eleitos, vão suspender e revisar o projeto Nova Luz. Paulinho da Força (PDT) foi representado pelo deputado estadual Major Olímpio. José Serra (PSDB) e Soninha Francine (PPS) não compareceram ao ato. 
O Nova Luz prevê a utilização da concessão urbanística, instrumento que permite ao poder público transferir para empresas privadas o direito de desapropriar imóveis. O projeto prevê a demolição de 70% de uma área composta por 45 quarteirões. Moradores e comerciantes da região temem que o preço oferecido pelos concessionários da área seja insuficiente para que eles possam permanecer no local. Do carro de som, oradores acusaram o prefeito Gilberto Kassab (PSD) de usar o Nova Luz para beneficiar a especulação imobiliária e pagar dívidas de campanha. Durante a manifestação comerciantes baixaram as portas das lojas da região que concentra o comércio de eletroeletrônicos e é o segundo maior centro comercial da cidade. “Estamos muito preocupados. A prefeitura nunca veio aqui explicar nada sobre o que vai acontecer”, disse Edílson Hilário, dono de uma loja de produtos para telefonia e segurança e o primeiro a fechar as portas. 
Giannazi disse que a prefeitura não pode sobrepor os interesses de empreiteiras ao da população: “O prefeito Gilberto Kassab transformou a prefeitura de São Paulo em uma imobiliária e está loteando a cidade. Acho que ele pensa que é um corretor de imóveis”, discursou.
“Nós queremos que eles não derrubem nada. Queremos moradia e trabalho. Eu moro aqui, em uma ocupação, sou ambulante e dependo desse comércio para vender água, refrigerante. Se eles derrubarem onde é que eu vou trabalhar e morar?”, questionou Cristiane Emília. “Há 400 imóveis vazios no centro de São paulo e a prefeitura desrespeita os que estão ocupados”, reforçou Chalita. 
Os candidatos afirmaram que vão ouvir a população para criar um projeto adequado. “Vamos requalificar a região sem tirar os comerciantes daqui. São mais de 10 mil lojistas, alguns estão aqui há três gerações. Não vamos admitir que uma empresa que ganha uma licitação tenha o direito de expulsar os lojistas e os moradores”, afirmou o candidato petista, Fernando Haddad. 
Já Russomanno garantiu que caso seja eleito, “ninguém vai impor de cima para baixo” o projeto Nova Luz e que pretende considerar as propostas dos comerciantes para região. 
Todos enfatizaram que consideravam o termo de compromisso assinado como um documento válido, em referência a José Serra, que, ao disputar a prefeitura de São Paulo em 2004 assinou um um termo comprometendo-se a não deixar o posto para concorrer ao governo do estado em 2006. Mas descumpriu o acordo e foi eleito governador. Depois, em  março deste ano, justificou o rompimento do acordo dizendo que o termo assinado era apenas “um papelzinho”. Ao deixar a prefeitura, Serra deu lugar a seu a seu vice, Gilberto Kassab, que agora o apoia em sua tentativa de voltar ao cargo abandonado.
Rede Brasil Atual.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Gordura não faz mal, se vier dos alimentos certos


 Seja qual for seu objetivo, cuidar da saúde ou emagrecer, vale a pena aprender mais sobre as gorduras na alimentação. Afinal, trata-se de um grupo de nutrientes presente em vários alimentos, da batatinha frita ao amendoim. São três tipos: insaturadas, saturadas e trans.
As primeiras, insaturadas, são as chamadas gorduras do bem, e se subdividem em duas: monoinsaturadas, encontradas em itens como azeite de oliva, óleos de canola e de soja, abacate e amendoim; e as poliinsaturadas, representadas por óleos vegetais (girassol, milho, soja), sementes oleaginosas (nozes, castanhas) e peixes de água fria (sardinha, salmão, atum). Elas têm um efeito positivo para a saúde, ajudando a diminuir o nível de colesterol ruim (LDL) e elevando o colesterol bom (HDL) na corrente sanguínea.
Já as saturadas, que estão em maior quantidade nos alimentos de origem animal – carnes, leite e derivados como manteiga –, colaboram para o aumento dos lipídios nocivos. Por fim, a trans, responsávelpela forma, textura e sabor dos industrializados, também é capaz de aumentar o mau colesterol e diminuir as taxas do bom – sendo, portanto, prejudicial ao organismo. Elas estão na margarina, nos sorvetes cremosos, nas frituras, nos salgadinhos e nos biscoitos recheados.
Como você vê, muitos alimentos trazem gordura em sua composição e, por isso, é preciso atenção para restringir o consumo da que é nociva à saúde. “Ela é mais palatável que outros nutrientes, o que levou à sua adição em inúmeras receitas”, salienta Wilmar Accursio, endocrinologista e nutrólogo, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Envelhecimento, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e do Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento (CIPE).
Ele recomenda cautela no emprego das gorduras saturadas e trans, porque facilitam o ganho de peso, aumentam o risco de doenças cardiovasculares e contribuem para a chegada precoce das rugas. “O indivíduo fica mais propenso à obesidade e todos os problemas relacionados, como hipertensão, diabetes e distúrbios ortopédicos, respiratórios, circulatórios e cardíacos”, completa Valcinir Bedin, tricologista e nutrólogo, mestre e doutor em medicina pela Universidade de Campinas (Unicamp), também diretor do CIPE.
Segredo: moderação
É importante deixar claro que a gordura não é um nutriente ruim se consumido sem exagero, e vinda dos alimentos certos. “Uma dieta sem este componente pode levar a problemas como hipoglicemia, já que nem todo o açúcar que a pessoa ingere eventualmente é suficiente para manter o nível de glicose no sangue. A gordura acumula várias funções”, destaca Bedin.
E tem mais, ela é a principal fonte de ácidos graxos – ômega 3 e 6, por exemplo –, presentes em peixes como o salmão. “A ingestão de ômega 3 auxilia na diminuição de triglicerídeos e LDL no organismo, enquanto favorece o HDL. Além disso, atua contra alergias e processos inflamatórios. O nutriente está nos peixes, nas nozes, nas castanhas e nos óleos vegetais”, informa Fábio Bicalho, nutricionista clínico e funcional, membro do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional e supervisor em segurança de alimentos pelo Instituto de Hospitalidade, no Rio de Janeiro.
WSCOM.

João Pessoa; Cícero tem 25,3%, Maranhão 24,9% e Cartaxo 14,2%

A primeira pesquisa Consult, após o registro de candidaturas, revela um empate técnico entre o senador Cícero Lucena (PSDB), candidato pela coligação ‘Por amor a João Pessoa sempre’ (PSDB, PSC, PT do B, PHS, PRTB, PSDC e PSL), com 25,3% das intenções de voto (pesquisa estimulada), e o ex-governador José Maranhão, na disputa pela coligação ‘João Pessoa mais feliz’ ((PMDB, PTB, PR, PMN, PPL e PTC), com 24,9%. A diferença entre os dois candidatos é de 0,4 ponto percentual.
 
Em terceiro lugar, com 14,2%, aparece o deputado estadual do PT, Luciano Cartaxo, que encabeça a coligação ‘Unidos por João Pessoa’ (PP, PPS e PRB). A quarta colocada na pesquisa Consult, realizada em parceria com o Sistema Correio de Comunicação, é Estelizabel Bezerra (PSB), candidata da coligação ‘Pra seguir em frente’ (PSB, Democratas, PC do B, PTN, PDT, PRP, PSD, PV e PCB), com 9%.
 
Lourdes Sarmento, que disputa pelo PCO, obteve apenas 0,2%. Já os candidatos Antônio Radical, do PSTU, e Renan Palmeira, do Psol, não pontuaram. Dos eleitores entrevistados, os indecisos (não sabem dizer) somam 15,4%, enquanto que 11% responderam que não votariam em nenhum dos citados na entrevista.
 
A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), sob o número 00045/2012, no dia 16 deste mês. A pesquisa de campo foi realizada nos dias 18 e 19 deste mês. A margem de erro é de 3 pontos percentuais com grau de confiabilidade de 95%. Ao todo, a Consult fez 1.000 entrevistas com eleitores de ambos os sexos, de todas as faixas etárias, níveis de escolaridade e rendimentos. João Pessoa é o maior colégio eleitoral do Estado, com 480.237 pessoas aptas a votarem no dia 7 de outubro.

EUA: Afeganistão como cobertura


Afeganistão como coberturaOs EUA procuram ativamente parceiros na Ásia Central. Washington claramente não pretende deixar o papel principal nessa região com a Rússia. Na opinião de especialistas em política internacional americanos a aposta é, nem mais nem menos, do que o acesso do Ocidente à Ásia Central.

O jornal Washington Times prevê um duelo geopolítico de Washington e Moscou pelo Tadjiquistão. Hoje este país, que tem fronteira com o Afeganistão, é sobretudo importante para os EUA. O contingente de Força Internacional de Assistência para Segurança chega ao Afeganistão pelo chamado caminho do norte – através do Uzbequistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Turcomenistão. O congressista americano Dan Burton assinalou recentemente que os EUA podem instalar sua base no Tadjiquistão em troca das bases aéreas existentes no Quirguistão. Agora os EUA têm a possibilidade de encobrir-se com o Afeganistão e a necessidade de garantir a saída das tropas – contou à “Voz da Rússia” o diretor geral do Centro de Informação Política, Alexei Mukhin:
"Este interesse será formalizado exatamente assim. A presença de base militar dará aos EUA a possibilidade única de ter um ponto doloroso nessa região. Isto é orientado antes de mais nada contra a Rússia e a China, a posição das quais, sobre a questão síria, por exemplo, despertou insatisfação aguda em Washington."
Os EUA veem no espaço pós-soviético campo para manobra política. Aliás, as próprias repúblicas centro-asiáticas dão tal possibilidade. Os interesses dos EUA ali chocam-se com a posição da Rússia, que sempre ocupou um lugar especial na região, considerando-a campo de sua influência. E alguns países contam com a vantagem dessa rivalidade – diz Alexei Mukhin:
"O Tadjiquistão é uma região que depende de influência externa, e economicamente depende dos países que o cercam, inclusive da Rússia. Isto se formou historicamente. Em troca da soberania, na instalação de bases militares, ele irá exigir determinadas preferências. Quem der mais, quem prometer mais, receberá do Tadjiquistão maior atenção em seu território."
No ano passado o Tadjiquistão, Uzbequistão e Paquistão constituíram o programa da turnê centro-asiática da secretária de estado norte-americana Hillary Clinton. Sua visita foi precedida de viagem de altos diplomatas americanos a esses países. Vale lembrar que com o Uzbequistão, ultimamente, os EUA mantêm um diálogo sobretudo intenso. Tachkent até mesmo suspendeu sua participação na Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC).
Os meios de informação de massas russos escrevem sobre as negociações de Tachkent e Washington sobre a criação do Centro de Reação Operacional na república, que depois de 2014 se transformará em base militar dos EUA. E os equipamentos militares da OTAN, depois da retirada das tropas do Afeganistão, em sua maioria ficará justamente no Uzbequistão.
É evidente que os processos da atual integração euroasiática não se inserem nos planos dos EUA. Washington tem seu grande projeto geopolítico – diz o diretor do Centro de perícias geopolíticas, Valeri Korovin:
"Isto ocorre no âmbito da realização da estratégica geopolítica “Anaconda” aprovada pelos americanos há algumas décadas. Ela consiste em cercar a Eurásia com bases militares americanas para sufocar econômica e estrategicamente um grande espaço, no centro do qual está a Rússia. Esta é uma das fases de realização do projeto, para a conclusão do qual os EUA caminha há décadas."
A presença militar russa na região está representada pelas bases Kant no Quirguistão e a base 201ª no Tadjiquistão. E os planos dos EUA de afastar a Rússia dessa região não convêm evidentemente a Moscou.
Voz da Russia.