quarta-feira, 31 de julho de 2013

Índice de municípios brasileiros com IDHM médio e alto chega a 74%


Nas últimas duas décadas, o Brasil aumentou 47,5% o seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), passando de 0,493, em 1991, - considerado muito baixo – para 0,727, em 2010, o que representa alto desenvolvimento humano, conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013.
Em 1991, 85,5% das cidades brasileiras tinham IDHM considerado muito baixo. Em 2010, o percentual passou para 0,6% dos municípios. De acordo com o levantamento, em 2010, o índice de municípios com IDHM considerado alto e médio chegou a 74%, enquanto em 1991, não havia nenhuma cidade brasileira com IDHM alto e 0,8% apresentava índice médio. Pela escala do estudo, é considerado muito baixo o IDHM entre 0 e 0,49, baixo entre 0,5 e 0,59; médio de 0,6 e 0,69, alto 0,7 e 0,79 e muito alto entre 0,8 e 1,0.
O IDHM é o resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos dos censos do IBGE de 1991, 2000 e 2010. O estudo é dividido em três dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida longa e saudável [longevidade], ter acesso a conhecimento [educação] e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas [renda]. O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.
De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro, o Brasil conseguiu reduzir as desigualdades, principalmente, pelo crescimento acentuado dos municípios menos desenvolvidos das regiões Norte e Nordeste.
“A fotografia do Brasil era muito desigual. Houve uma redução, no entanto, o Brasil tem uma desigualdade amazônica, gigantesca, que está caindo. O Brasil era um dos países mais desiguais do mundo, continua sendo, mas houve uma melhora. Podemos antecipar um futuro melhor”, frisou o presidente do Ipea e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri.
Principal responsável pelo crescimento do índice absoluto brasileiro, o IDHM Longevidade acumulou alta de 23,2% entre 1991 e 2010. O índice ficou em 0,816, em 2010. Com o crescimento, a expectativa de vida do brasileiro aumentou 9,2 anos, passando de 64,7 anos, em 1991, para 73,9 ano, 2010.
“A melhoria da expectativa de vida é muito significativa. Um brasileiro que nasce hoje tem expectativa de vida nove anos maior o que era há 20 anos, principalmente por uma queda na mortalidade infantil”, explicou o representante do Pnud no Brasil Jorge Chediek.
Os municípios catarinenses de Blumenau, Brusque, Balneário Camboriú e Rio do Sul registraram o maior IDHM Longevidade, com 0,894, e expectativa de vida de 78,6 anos. As cidades de Cacimbas (PB) e Roteiro (AL) tiveram o menor índice (0,672) e expectativa de 65,3 anos.
O levantamento aponta ainda que a renda per capita mensal do brasileiro cresceu R$ 346 nas últimas duas décadas, tendo como base agosto de 2010. Entre 1991 e 2010, o IDHM Renda evoluiu 14,2%, contudo, 90% dos 5.565 municípios brasileiros aparecem na categoria de baixo e médio desenvolvimento nesse índice.
Apesar do crescimento, a desigualdade fica clara quando comparados os extremos do indicador. O município de São Caetano do Sul (SP), primeiro colocado no IDHM Renda, registrou renda per capita mensal de R$ 2.043, o último colocado, Marajá do Sena (MA), obteve R$ 96,25. Uma diferença de mais de 20 vezes.
O IDHM Educação, apesar registrar a menor contribuição para o IDHM absoluto do país, passou de 0,278, em 1991, para 0,637, em 2010. O crescimento foi impulsionado, segundo o atlas, pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem no período.
Créditos: Agência Brasil

CIA torturou cubanos desaparecidos durante ditadura na Argentina

cubanos

Corpos de dois diplomatas cubanos foram identificados pela Escola Argentina de Antropologia Forense e repatriados

Os diplomatas cubanos Jesús Cejas Arias e Crescencio Nicomedes Galañena Hernández foram torturados por agentes da CIA em território argentino durante a última ditadura do país vizinho (1976-1983). Segundo investigação divulgada ontem (29) pela agência de notícias estatal Infojus, a CIA enviou à Argentina os agentes Guillermo Novo Sampol, um cubano-americano que saiu de Miami rumo a Buenos Aires, e Michael Townley, que atuava no Chile junto à Direção de Inteligência Nacional (Dina) de Augusto Pinochet.
Em declaração à juíza argentina María Romilda Servini de Cubría, Michael Townley admitiu ter participado como autor material do assassinato do ex-chefe do Exército chileno Carlos Prats em 1974, em Buenos Aires. Servíni de Cubría viajou aos Estados Unidos em 1999 para interrogar o agente da CIA durante a investigação sobre o assassinato do general chileno.
Townley também foi acusado pelo assassinato de Orlando Letelier, ministro de Defesa de Salvador Allende, em setembro de 1976 durante seu exílio em Washington. O agente foi condenado por sua participação no atentado que matou Letelier, mas fez um acordo com a justiça norte-americana e recebe proteção como testemunha de crimes contra a humanidade cometidos no Chile durante o regime pinochetista.

Restos repatriados

Cejas Arias e Galañena Hernández foram sequestrados por agentes do regime militar argentino em 9 de agosto de 1976 nas imediações da Embaixada cubana em Buenos Aires. Ambos foram levados ao centro clandestino de detenção “Automotores Orletti”, no bairro portenho de Floresta, onde foram vistos pela última vez com vida.
O corpo de Galañena Hernández foi encontrado em junho de 2012 dentro de um barril enferrujado, cheio de cimento, às margens do Rio de la Plata, no município de Virreyes, no norte da Grande Buenos Aires. Os restos mortais de Cejas Arias foram descobertos junto ao de dois argentinos nas mesmas condições, um ano depois, no mesmo local.
Os restos mortais dos diplomatas foram repatriados após a identificação pela Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF).

Automotores Orletti

O centro clandestino de detenção Automotores Orletti, onde os diplomatas cubanos foram torturados com a participação dos agentes da CIA, era a sede argentina da Operação Condor , uma aliança político-militar entre os regimes ditatoriais da América do Sul para colaboração na repressão, interrogatório, tortura e desaparecimento de presos políticos na região.
Em março de 2011, a justiça argentina condenou quatro repressores por sua atuação em Automotores Orletti. Eduardo Rodolfo Cabanillas, ex-general de divisão do Exército, foi condenado à prisão perpétua; os ex-agentes da Secretaria de Intelegência de Estado (Side) Honorio Martínez Ruiz e Eduardo Alfredo Ruffo receberam sentença de 25 anos de prisão; e Raúl Guglielminetti, ex-agente civil de inteligencia del Exército, foi condenado a 20 anos de prisão.

Atualmente, Michael Townley e Guillermo Novo Sampol moram nos Estados Unidos.
Créditos: Rede Brasil Atual

terça-feira, 30 de julho de 2013

Índice de desenvolvimento humano cresce 50% no Brasil

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Segundo o Pnud, índice geral saltou de 0,493 observado em 1991 (considerado muito baixo) para 0,727 (considerado alto) em 2010
O Brasil apresentou significativa redução de desigualdades entre os municípios nos últimos 20 anos, com alta do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) da ordem de 50%. Esse aumento, no entanto, não contribuiu para melhorar a situação do país como um todo, que além de ficar em 85º lugar dentre as nações do mundo com melhor IDHM, apresenta – em comparação com países da América Latina – índices abaixo do Chile (40º lugar), Argentina (45º), Uruguai (51º) e Peru (77º). Os dados são resultado do mapeamento intitulado “Atlas Brasil”, divulgado hoje (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro.
O trabalho, um recorte do Brasil com dados comparativos dos últimos 20 anos, apresentou os últimos índices do IDHM nos 5.635 municípios brasileiros. Toma como base a avaliação de indicadores sociais, sobretudo os relacionados a educação, longevidade e renda. De um modo geral, o IDHM apresenta números de 0 a 1 para cada indicador. O índice geral, no país, saltou de 0,493 observado em 1991 (considerado muito baixo) para 0,727 (considerado alto) em 2010.
Conforme avaliação dos coordenadores do trabalho, o Brasil continuou na mesma posição em comparação com os outros países porque a melhoria observada aqui também foi observada em outras nações. Além disso, dos 187 países cujos dados são apurados para o cálculo comparativo do IDHM, 108 mantiveram suas posições (enquanto 44 tiveram IDHM reduzido e 35 subiram de posição nesse ranking).

Educação e renda

Dos três principais indicadores, o que apresentou mais destaque nos municípios brasileiros foi a Educação. Nas duas últimas décadas, o índice subiu 128,3%. Mesmo assim, ainda é considerado baixo: saiu de 0,2788 em 1991 para 0,637 em 2010. Para os responsáveis pelo estudo, esse aumento reflete o crescimento do fluxo escolar da população jovem no mesmo período e o nível de escolaridade da população adulta. “Os números revelam que enquanto na década de 1990 a grande preocupação era colocar as crianças na escola, em 2010 essa preocupação passou a ser o que fazer para que os alunos continuem na escola e sejam bem preparados”, acentuou o presidente do Ipea, Marcelo Nery, mostrando a diferença em relação ao setor.
O IDHM Longevidade, por outro lado, registrou crescimento de 23,2% nos últimos 20 anos. Em outras palavras: resultou em um aumento de 9,2 anos na expectativa de vida ao nascer no país, entre 1991 e 2010. Já em relação ao IDHM Renda, o crescimento foi de 14,2%, o que representou R$ 346 de aumento na renda per capita mensal dos municípios brasileiros. Mas a diferença entre os municípios com maior e menor IDHM Renda per capita é gritante. Oscila de R$ 2.043,74 (a maior média, observada em São Caetano do Sul – SP) e R$ 96,25 (a menor, do município de Marajá do Sena – MA). Significa dizer que, em 2010, um cidadão médio de São Caetano do Sul tinha renda per capita mensal 20 vezes maior que a de um cidadão médio de Marajá do Sena – diferença de mais de 2000 %.
Esse tipo de desigualdade é observado de uma forma abrangente em todo o trabalho, sobretudo quando se faz um comparativo entre as regiões. Dos 5.635 municípios brasileiros, 74% deles, ou 4.122 municípios possuem entre médio e alto IDHM. Já 25% (1.431 municípios) possuem baixo ou muito baixo IDHM. A observação mostra uma boa melhoria, já que em 1991, 85,8% dos municípios brasileiros tinham IDHM muito baixo. Também leva ao entendimento de que o país está conseguindo reduzir disparidades de desenvolvimento humano em suas regiões. Além destes municípios, se destacam 0,8% do total (ou 44 deles) que possuem IDHM considerado muito alto.
De acordo com o mapeamento, as regiões Sul e Sudeste possuem a maioria dos municípios com maior índice de desenvolvimento humano. No Centro-Oeste e no Norte do país, a maioria dos municípios é considerada de médio desenvolvimento humano. As regiões Norte e Nordeste, por sua vez, não possuem nenhum município na faixa de multo alto IDHM. E as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste não possuem nenhum município de baixo IDHM.
Quando o índice é avaliado em relação a unidades da Federação, constata-se que o melhor IDHM (o mais elevado) é observado no Distrito Federal (de 0,824). O DF, levando-se em conta todas as suas regiões administrativas, tem o maior IDHM Renda (0,863) e um IDHM Educação de 0,742. Os piores índices, em compensação, são observados nos estados nordestinos de Alagoas (0,63 DE IDHM) e Maranhão (0,639).
“O Brasil tem registrado um avanço extremo em termos de saúde, educação e distribuição de renda, mas ao mesmo tempo, possui passivos históricos”, afirmou Marcelo Nery, para quem esse mapeamento é uma boa fotografia do mundo, a partir do Brasil. “Não superamos a desigualdade, mas a diminuição desta desigualdade e a melhoria dos indicadores é expressiva”, ressaltou o pesquisador.

São Paulo

Um dos destaques do estudo sobre o IDHM é São Paulo. O mapeamento constatou que dos 44 municípios com IDHM mais alto, 24 estão concentrados no estado. Os melhores índices observados no país são os municípios de São Caetano do Sul (SP), Águas de São Pedro (SP), Florianópolis (SC), Vitória (ES), Balneário Camboriú (SC), Santos (SP), Niterói RJ), Joaçaba (SC), Brasília (DF) e Curitiba (PR). Os piores índices são dos municípios de Melgaço (PA), Fernando Falcão (MA), Atalaia do Norter (AM), Marajá do Sena (MA), Uiramutã (RR), Chaves (PA), Jordão (AC ), Bagre (PA) Cachoeira do Piriá (PA) e Itamarati (AM).
Dos municípios com melhor IDHM se destacaram Nova Lima (MG), Rio Fortuna (SC), com IDHM e Rio do Sul (SC). Os três municípios subiram da condição de médio desenvolvimento humano para muito alto desenvolvimento humano na última década. Já entre os 50 municípios com pior IDHM, embora eles tenham permanecido na mesma situação em aferições anteriores, os índices de todos registraram melhorias.
Atualmente, o Brasil é considerado um dos países com alto desenvolvimento humano, com expectativa de vida de 73,8 anos, média de escolaridade de 7,2 anos e renda per capita anual de US$ 10.152. Mas os dados não são atualizados totalmente. Os indicadores da educação são de 2005, e os de saúde e renda, de 2010. Segundo a analista Daniela Pinto, do Pnud, o estudo consiste num exercício comparativo e serve para nortear políticas públicas para melhoria do país nos mais diversos setores, mas é preciso levar em conta que alguns países possuem dados mais atualizados que outros.
O IDH mede o nível de desenvolvimento humano de determinada região. É a terceira vez que o órgão da ONU realiza o levantamento sobre a situação nos municípios do país – outras duas edições da pesquisa foram divulgadas em 1998 e 2003. No recorte deste ano, o índice foi realizado a partir de um novo critério – em razão disso, foram recalculados, também, os dados do Brasil referentes aos anos de 1998 e de 2003.

Papa condena "lobby gay" no Vaticano


Cidade do Vaticano – O papa Francisco condenou ontem (29) o “lobby gay” no Vaticano, mas disse que os homossexuais não devem ser julgados ou marginalizados. Afirmou, ainda, que deseja aprofundar o papel das mulheres na Igreja, mas rejeitou completamente a ordenação feminina.
“O problema não é ter essa orientação [homossexual]. Devemos ser irmãos. O problema é fazer lobby por essa orientação, ou lobbies de pessoas  invejosas, lobbies políticos, lobbies maçons, tantos lobbies. Esse é o pior problema”, disse. O papa fez essas declarações aos jornalistas no avião que o levava do Rio de Janeiro – onde esteve durante uma semana e participou da Jornada Mundial da Juventude, a Roma.
“Vocês veem muito escrito sobre o lobby gay. Eu ainda não vi ninguém no Vaticano com um documento de identidade a dizer que é gay”, declarou.
“Se uma pessoa é homossexual e procura Deus e a boa vontade divina, quem sou eu para julgá-la?”, disse, referindo-se ao catecismo da Igreja Católica, que “diz que os homossexuais não devem ser marginalizados por causa de o serem, mas que devem ser integrados à sociedade”.
Referindo-se ao papel das mulheres, Francisco afirmou que não é possível “imaginar uma Igreja sem mulheres ativas”, mas afirmou que a instituição disse “não à ordenação de mulheres”.“Esta porta foi fechada” por João Paulo II, disse a respeito desse pedido (da ordenação).
O pontífice declarou que “a Igreja é feminina, mãe, e a mulher não é somente a maternidade, a mãe de família” e afirmou desejar “uma teologia aprofundada da mulher” que ainda não foi realizada.
Interrogado sobre a questão dos divórcios, o papa desejou que “a reflexão no quadro da pastoral do casamento” continue, indicando que há oito cardeais nomeados para este fim.“É sempre um tema. Hoje, chegou o tempo da misericórdia. Uma mudança de tempo”, afirmou. Segundo o papa, os divórcios podem acontecer, o problema reside “nos segundos casamentos”.
Sobre o casamento homossexual e o aborto, o papa disse que a posição da Igreja já é conhecida.
O pontífice também disse que o Banco do Vaticano, envolvido numa série de escândalos, deve ser “honesto e transparente” e que vai ouvir as recomendações de uma comissão que criou para definir se o banco deve ser reformado ou mesmo fechado.
 Créditos:Agência Brasil

Papa envia mensagem de agradecimento à presidenta Dilma Rousseff


Ao deixar o Brasil no domingo (28) o papa Francisco enviou mensagem de agradecimento à presidenta Dilma Rousseff “pelo acolhimento generoso” e pela disposição em fazer com que a primeira visita dele ao país fosse tranquila.
“Faço votos de que a Jornada Mundial da Juventude possa reavivar os valores cristãos no coração dos jovens, contribuindo na construção de uma nação mais justa e fraterna e invocando a materna proteção de Nossa Senhora Aparecida, em cujos pés depositei a vida de cada brasileiro”, disse o pontífice que também enviou bênção à presidenta.

Jornada da Juventude injetou R$ 1,2 bilhão na economia do Rio



 Durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que terminou no domingo (28), foram injetados recursos na ordem de R$ 1,2 bilhão na economia cidade. A informação foi divulgada ontem (29) pelo prefeito Eduardo Paes. Segundo ele, o balanço geral do evento ainda não foi fechado.
Os principais eventos que contaram com a presença do papa Francisco foram acompanhados por mais de 10 milhões de pessoas. A missa de despedida em Copacabana foi o evento que reuniu o maior número de fiéis, 3,2 milhões. Durante os seis dias de evento, a cidade recebeu 335 mil peregrinos inscritos na JMJ, provenientes de 175 países, incluindo 220 mil brasileiros, segundo a organização do evento.
Mais de 6 mil ônibus fretados trouxeram 290 mil peregrinos. Na Rodoviária Novo Rio, circularam 500 mil fiéis. E nos aeroportos Santos Dumont e do Galeão, 14 mil peregrinos foram atendidos na fun zone, área montada para a jornada.
Segundo o prefeito, não foi registrado tumulto. Porém, os peregrinos enfrentaram dificuldades com transporte. Os sistemas de trem e de ônibus registraram grande número de passageiros. A Central do Brasil registrou no sábado (27), dia da peregrinação que partiu da estação, o recorde histórico de passageiros de trem, com 155.777. Em todo o período da jornada, o sistema de trens urbanos transportou 3 milhões de pessoas. No metrô, também foram 3 milhões de passageiros. Os dois sistemas funcionaram de forma ininterrupta durante o fim de semana. O sistema de ônibus operou com a frota máxima, com 8.800 veículos e 3,5 milhões de passageiros.
Durante a JMJ, foram recolhidas 390 toneladas de lixo, sendo 45 toneladas de materiais recicláveis. De acordo com Eduardo Paes, apenas no réveillon de Copacabana são recolhidos normalmente 320 toneladas. “A operação da Comlurb [Companhia Municipal de Limpeza Urbana] acabou ontem às 2h da manhã, em Copacabana. O trabalho foi muito facilitado pelos peregrinos, visitantes e cariocas, que ajudaram recolhendo o material. Isso faz a gente pensar se não pode ser assim sempre. E foi a primeira vez que a Comlurb tratou a possibilidade da reciclagem em grandes eventos”.
Na área de saúde, foram feitos 4.780 atendimentos, nos 11 postos montados, sendo que 84 pacientes foram transferidos para a rede municipal. Os principais problemas foram mal-estar, crise de asma, hipertensão em idosos, vômito, diarreia, dor lombar e cansaço.
Quanto aos banheiros químicos, alvos de várias reclamações por parte dos peregrinos, Paes argumentou que não foi possível transferir toda a estrutura montada em Guaratiba para Copacabana. “Tivemos a transferência de uma logística montada em Guaratiba para Copacabana, não deu para trazer todos os banheiros e nem dispor da mesma forma. Enfim, a gente teve em alguns momentos a superlotação, mas a população foi solidária, acolhendo os peregrinos. Quem conhece a jornada sabe que a experiência das pessoas aqui foi muito positiva. Ainda não tem os números de visitas ao Cristo e ao Pão de Açúcar, mas a semana é toda de recordes. Não tenho dúvidas de afirmar que, apesar dos problemas que enfrentamos, a cidade se comportou muito bem recebendo a JMJ”.
O prefeito ressaltou que, dos cinco grandes eventos programados para a cidade de 2012 a 2016 (Rio+20, Copa das Confederações, JMJ, Copa do Mundo e Olimpíadas), o mais difícil é a jornada. “Dos grandes eventos, a cidade já pegou todos, já passamos por três e ainda faltam dois. O mais difícil de todos e a JMJ e o que nós nos preparamos melhor será as Olimpíadas”.
Ele agradeceu aos peregrinos, ao papa Francisco e, principalmente aos moradores da cidade, pelo sucesso da jornada. “Não tenho dúvida que a cidade recebeu a maior, mais longa e mais bonita festa da história. Foi a visita mais ilustre e mais agradável que a cidade já recebeu. Agradeço ao papa Francisco, aos visitantes e em especial aos moradores da cidade. O Rio demonstrou enorme capacidade de receber visitantes, os cariocas estão muito felizes de receber esse eventos”.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Papa conclama jovens a serem revolucionários



 No encontro com os voluntários da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Riocentro, o papa Francisco falou por pouco mais de dez minutos e agradeceu o trabalho de todos. Em sua mensagem, pediu que os voluntários sejam revolucionários.
"Peço que vocês sejam revolucionários, peço para vocês irem contra a corrente, peço que se rebelem contra essa cultura do provisório. Tenho confiança em vocês em irem contra a corrente. Também tenham a coragem de ser felizes", disse Francisco.
No início da cerimônia, um jovem brasileiro e uma polonesa agradeceram a presença do papa e a escolha de seus países para sediar a jornada. A Polônia irá sediar o próximo evento em 2016.

"Não podia regressar a Roma sem antes agradecer de modo pessoal e afetuoso cada um de vocês pelo trabalho com que ajudaram os milhares de peregrinos e os detalhes que ajudaram a fazer dessa Jornada Mundial da Juventude um espetáculo belíssimo", disse. O papa chegou de helicóptero e entrou no pavilhão de papamóvel, sendo aplaudido pelos voluntários.
"Vocês provaram que a maior alegria é dar do que receber", acrescentou.  E lembrou que os jovens devem seguir seu caminho, de ter uma família ou o sacerdócio. "Cada um tem seu caminho. Alguns são chamados a ter família, com o sacramento do matrimônio. Há quem diga que hoje o casamento está fora de moda. Está fora de moda?", perguntou o papa. E o público respondeu: não.
Ao final da cerimônia, o pontífice disse que todos podem contar com as orações dele, "pois sei que posso sempre contar com as orações de vocês". Ele orou e abençoou os voluntários.
Créditos: Agência Brasil
Foto:   Canção Nova