segunda-feira, 2 de junho de 2014

Mais de 900 pessoas morreram em maio no Iraque vítimas de violência

Mais de 900 pessoas morreram em meio à violência no Iraque no mês de maio, afirmou neste domingo as Nações Unidas e autoridades do país, onde a violência está em seu nível mais alto em seis anos.

De acordo com a missão da ONU no Iraque, pelo menos 799 iraquianos foram mortos em "atos terroristas" e 195 outros morreram como resultado de operações militares na província ocidental de Anbar, onde Exército enfrenta insurgentes há cinco meses.
Já os ministérios iraquianos registraram 938 mortos, incluindo 804 civis, e 1.463 feridos durante o mês que se seguiu às eleições legislativas de 30 de abril.

"Lamento profundamente o nível contínuo de violência (...) que continua a atingir o país", disse em um comunicado o enviado especial da ONU no Iraque, Nickolay Mladenov.
"Peço aos líderes políticos ações rápidas para a formação de um governo inclusivo, e se concentrar em uma solução prática para a situação na (província de) Al-Anbar", acrescentou.

A coalizão xiita do primeiro-ministro Nouri al-Maliki lidera as eleições de 30 de abril, mas os resultados oficiais ainda não foram anunciados. As autoridades culpam a violência que atinge o país a fatores externos, entre os quais a guerra na vizinha Síria. Mas diplomatas e especialistas dizem que a violência é impulsionada principalmente pelo descontentamento da minoria sunita, que se sente marginalizada pelas autoridades.

Na província de Al-Anbar, os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e do Levante (EIIL) e combatentes de tribos assumiram o controle no início de janeiro de bairros de Ramadi e de toda a cidade de Fallujah, desde então, o Exército tenta recuperar a região. Fonte: AFP
Créditos: TopNews

domingo, 1 de junho de 2014

Porque a elite brasileira odeia o salário mínimo

A partir de 2004/05, houve uma grande melhora a favor dos trabalhadores no perfil distributivo da renda. O Brasil mudou a sua estrutura econômica. Construiu um enorme mercado de consumo para as massas trabalhadoras. Mais de 40 milhões de trabalhadores se tornaram consumidores regulares.
Os principais responsáveis por essa mudança distributiva e pela ampliação da democracia econômica foram: o aumento do salário mínimo e a redução do desemprego. Nos últimos anos, o salário mínimo foi valorizado em mais de 70% em termos reais e o desemprego foi reduzido em mais de 50%.
A elite brasileira não suportou. Seu DNA é de direita e conservador. Inventaram dois argumentos, um para cada objetivo, mas ambos conectados na narrativa da oposição – seja aquela representada pela mídia das famílias (Globo, Veja, Folha de S. Paulo e Estadão), seja aquela representada pelo seu braço político, os partidos de oposição (o PSDB e o PSB/Rede).
Para combater a valorização do salário mínimo, argumentam que estaria alto demais e que o custo da folha salarial estaria retirando competitividade da economia, isto é, retiraria capacidade de investir das empresas. É uma visão interessada e ideológica, não tem base nas relações econômicas reais e nas experiências históricas.
Salários não representam apenas custo, representam principalmente demanda, capacidade de compra, que é o que estimula o investimento. Sem a pressão do consumo “batendo na porta” e a tensão da baixa de estoques, os empresários não investem. Em verdade, o que os empresários não suportam não é a ausência de possibilidades de investimento (que, aliás, existem) – de fato, o que a elite não suporta é enfrentar engarrafamentos onde suas BMW’s ficam paradas por horas ao lado de milhares de carros populares… ao mesmo tempo, suas empregadas domésticas viajam no mesmo avião que viajam as senhoras esposas dos empresários.
Para combater a redução do desemprego, levantam a bandeira do combate à inflação, que estaria descontrolada. Argumentam que há muito consumo e que isso estaria estimulando reajustes de preços. Novamente, um argumento desconectado da vida real. A inflação de hoje está no mesmo patamar dos últimos dez anos. Aliás, ao final de 2013, o Brasil completou a marca de dez anos de inflação dentro das metas estabelecidas. Querem mais desemprego simplesmente para colocar os trabalhadores de joelho nas negociações salariais. Esta é a verdade – nada a ver com combate à inflação.
O investimento não tem crescido de forma satisfatória devido ao clima geral de pessimismo econômico criado pela mídia das famílias e por erros de política econômica cometidos pelo governo. Não tem nada a ver com o valor do salário mínimo. Aliás, existe financiamento abundante e com taxas de juros reais irrisórias no BNDES para a compra de máquinas, equipamentos e construção empresarial. E, para além disso, a inflação que é moderada está sob controle e tem sido resultado de pressões que vem basicamente de variações de preços dos alimentos – decorrentes de choques climáticos. Não há um excesso de compras generalizado, apesar da democratização do acesso a bens de consumo.
O que é cristalino é que as elites (empresarial, banqueira e midiática) não aceitam que a participação das rendas do trabalho tenha, nos últimos anos, aumentado tanto na composição do PIB, tal como mostra o gráfico abaixo. O gráfico é da tese de doutorado de João Hallak Neto, defendida recentemente no Instituto de Economia da UFRJ, intitulada A Distribuição Funcional da Renda e a Economia não Observada no Âmbito do Sistema de Contas Nacionais do Brasil. A consequência direta é que a participação no PIB das rendas do capital tem diminuído. Contudo, devemos reconhecer que o nível de participação das rendas do trabalho ainda é baixo. Mas o que assusta a elite é a trajetória constituída a partir de 2004-05. Assusta sim porque a elite é conservadora e de direita. É de direita porque quer manter privilégios a partir da concentração da renda e da injustiça social. A elite também é mentirosa e perigosa porque inventa argumentos relacionados ao controle da inflação e à necessidade de estímulo ao crescimento/investimento que não estão conectados com o que dizem, mas sim com o que sentem: querem a manutenção do seu poderio econômico e financeiro às custas da concentração da renda. Por João Sicsu, Revista Fórum
Créditos: Entre Fatos

Dormir com muita luz pode aumentar risco de obesidade

Os cientistas analisaram os hábitos de um amplo grupo de mulheres de 40 anos

Dormir em um quarto com muita luz pode aumentar o risco de obesidade em mulheres, um "fator de risco" para o câncer de mama, de acordo com um estudo publicado nesta sexta-feira pelo Instituto de Pesquisa do Câncer de Londres. Os cientistas analisaram os hábitos de um amplo grupo de mulheres de 40 anos ou mais para tentar identificar as causas do câncer de mama. Assim, detectaram que 113 mil mulheres que dormiam com alta exposição à luz tiveram aumento de seu índice de massa corporal e de seu tamanho de cintura, mas não puderam determinar a causa dessa relação.
"A associação que vimos entre a exposição à luz durante a noite e a obesidade é muito intrigante. Não podemos dizer ainda qual é a razão dessa relação, mas os resultados deixam aberta uma futura investigação muito interessante", afirmou o pesquisador Anthony Swedlow.
Segundo o estudo, o metabolismo é afetado por "ritmos cíclicos do corpo" vinculados aos hábitos de dormir, caminhar e se expor à luz.
Por sua vez, a doutora Emily McFadden, coautora do estudo, apontou que a relação entre dormir com muita luz e ser obeso se apoia em pesquisas anteriores sobre o impacto da luz no metabolismo, mas insistiu que "são necessários" novos estudos.
O trabalho foi financiado pela organização britânica de luta contra o câncer de mama "Breakthrough Breast Câncer" e publicado hoje na revista "American Journal of Epidemology".
Um dos pesquisadores da associação afirmou que "é cedo demais para sugerir que dormir na escuridão ajuda a prevenir a obesidade, um fator de risco para o câncer de mama, mas a relação é realmente interessante"..WSCOM/Terra
Créditos: WSCOM

Governo proíbe fumo em locais fechados e veta qualquer propaganda de cigarros

Dois anos e meio depois de a Lei Antifumo ser publicada, a presidenta Dilma Rousseff assinou ontem (31), no Dia Mundial sem Tabaco, o decreto que regulamenta a norma e proíbe o fumo em locais fechados e de uso coletivo, extingue os chamados fumódromos, veta qualquer propaganda de cigarro no país e amplia o tamanho dos alertas nas embalagens do produto.
A regra, que será publicada no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira (2), entra em vigor em dezembro. De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a regulamentação visa a desestimular ainda mais o tabagismo e proteger as pessoas que não fazem uso do cigarro. Pela regulamentação, será proibido o consumo de cigarro, cigarrilhas, charutos, cachimbos e outros produtos considerados fumígenos, como os narguilés, em locais públicos de uso coletivo, total ou parcialmente fechado, incluindo áreas com toldos, divisórias, além de espaços que tenham teto e parede em qualquer um dos lados.
“Para ser mais preciso, naquela varanda do restaurante que tem cobertura, no toldo da banca de jornal, na cobertura do ponto de ônibus, em todos os locais que são fechados por uma parede ou face, estará proibido o fumo se [o espaço] for de uso coletivo”, exemplificou Chioro.
A regulamentação também estabelece que os produtos fumígenos só poderão ficar expostos no interior dos estabelecimentos de venda. Esses locais serão obrigados a afixar mensagens de advertência sobre os malefícios do cigarro. “Aqueles displays com propaganda que ficam dentro dos estabelecimentos ficam proibidos. O máximo que poderá haver é a exposição das embalagens. [Nesses displays], 20% dessa área de exposição deverão estar claramente identificando as mensagens de advertência, a proibição para venda a menores de 18 anos e o preço”, disse o ministro. No caso das embalagens, a regulamentação determina que as mensagens de advertência ocupem 100% da parte de trás. A partir de 2016, as empresas deverão incluir o texto também na parte frontal, ocupando 30% do espaço do maço. foto: maisequilibrio.com.br
Créditos: Agencia Brasil

Rio: Exército terá 300 homens para atuar em caso de atentado nuclear e biológico

Agentes de defesa e segurança simulam acidente radiológico no metrô causado por atentado terrorista, como parte da preparação para a Copa (Tânia Rêgo/Agência Brasil)Cerca de 300 homens do Exército ficarão de prontidão na cidade do Rio de Janeiro para atuar em resposta a eventuais atentados envolvendo agentes químicos, biológicos, radiológicos ou nucleares, durante a Copa do Mundo. O principal foco de atenção dos militares será o Estádio do Maracanã, que sediará sete jogos do torneio, entre eles a final, no dia 13 de julho, mas equipes estão de prontidão para atuar em outros possíveis alvos de ataque, como estações de metrô.
A informação foi divulgada hoje (31) pelo chefe da Divisão de Defesa Química, Biológica e Nuclear do Centro Tecnológico do Exército, tenente-coronel Paulo Cabral. “Antes do evento, é feita uma análise de risco em vários locais em que pode acontecer um evento desse tipo e eles são reconhecidos previamente”, disse o oficial.Tânia Rêgo/Agência Brasil
Créditos: Agencia Brasil

sábado, 31 de maio de 2014

Juventude europeia não tem onde trabalhar

Juventude, Europa, desemprego

Ao mesmo tempo que Bruxelas discute a concessão de novos empréstimos à Ucrânia, o nível do desemprego entre a juventude europeia atinge os mais altos números da última década. Segundo os últimos dados, nos 27 países da UE estão sem emprego cerca de 6 milhões de jovens com idades até aos 25 anos. O atual nível de desemprego superou mesmo os índices de antes da crise. Por exemplo, em fevereiro de 2008, sem trabalho estavam cerca de 14,5% dos jovens europeus. No início deste ano, esse número subiu para 24. Se olharmos para a situação em cada um dos países, os números serão ainda mais terríveis.
A situação mais difícil registra-se na Espanha e Grécia, onde sem trabalho estão quase 70% dos jovens. Em Portugal, o número do desemprego jovem reina os 40%. Cerca de um terço dos italianos não tem emprego. A mesma queixa é apresentada por jovens franceses, polacos e britânicos. Mas mesmo os jovens europeus que têm emprego, não se sentem seguros. Quase metade deles trabalha a contratos temporários. Ou seja, arriscam-se, a qualquer momento, a aumentar as fileiras dos desempregados.
A impressão que se tem é de que na Europa esforçam-se por não notar este problema. Bruxelas ou calcula empréstimos para conceder a Kiev ou pensa como ameaçar Moscou com novas sanções. A UE não tem qualquer receita concreta para solucionar os problemas internos concretos. Os jovens do Velho Continente, desiludidos e zangados, pensam cada vez mais em deixar os seus países. Eles vão para os EUA, Canadá ou Austrália à procura de emprego. Direções como China e Rússia também são consideradas com perspectivas.
As convulsões sociais refletiram-se também nos resultados das recentes eleições para o Parlamento Europeu. Os europeus votaram ativamente nos eurocéticos e nacionalistas, manifestando assim sua discordância com Bruxelas. Por Svetlana Kalmykova Foto: RIA Novosti
Créditos: Voz da Russia

Mundo está à beira de uma extinção em massa

Mapa mostra distribuição de espécies de aves ameaçadas de extinção nas Américas, com grandes concentração nas florestas costeiras do Brasil e no Norte dos Andes (Foto: Divulgação/Clinton Jenkins/Science)Espécies de plantas e animais estão se tornando extintos ao menos mil vezes mais rápido do que antes dos humanos surgirem, e o mundo está à beira da sexta grande extinção, diz um novo estudo.O estudo avaliou as taxas de extinção do passado e do presente e descobriu uma taxa mais baixa no passado do que os cientistas pensavam. As espécies estão agora desaparecendo da Terra cerca de 10 vezes mais rápido do que os biólogos acreditavam, disse o líder do estudo, o biólogo Stuart Pimm, da Duke University.
"Estamos à beira da sexta extinção", disse Pimm. "Se vamos evitá-la ou não, depende das nossas ações". O trabalho, publicado na quinta-feira no periódico Science, foi descrito como um estudo histórico por especialistas. O estudo de Pimm focou nas taxas, não nos números, de espécies desaparecendo do planeta. Ele calculou uma "taxa de morte" de quantas espécies são extintas por ano para cada um milhão de espécies.
Em 1995, Pimm descobriu que a taxa "pré-humana" de extinções era de cerca de um. Mas levando em consideração uma nova pesquisas, Pimm e seus colegas redefiniram a taxa para cerca de 0,1. Agora, a taxa é de 100 a mil.Vários fatores contribuem para fazer as espécies desaparecerem muito mais rápido do que antes, diz Pimm o co-autor Clinton Jenkins, do Instituto de Pesquisa Ecológica, no Brasil. Mas a questão número um é a perda de habitats. As espécies não estão encontrando lugares para viver à medida em que mais locais são alterados por humanos.
Além disso, há a expulsão de espécies nativas por outras espécies, a transformação dos lugares onde as espécies podem viver por causa da mudança climática e a pesca em excesso, dizem os pesquisadores,O sagui-da-serra-escuro é um bom exemplo, diz Jenkins. Seu habitat diminuiu por causa do desenvolvimento no Brasil, e um sagui competidor tomou o lugar onde ele vive. Atualmente, está na lista internacional de espécies vulneráveis. A maioria da vida no mundo foi eliminada no que chamamos de extinções em massa, frequentemente associadas com meteoros. Cerca de 66 milhões de anos atrás, uma extinção dessas matou os dinossauros e três em cada quatro espécies na Terra. Cerca de 252 milhões de anos atrás, a Grande Extinção eliminou cerca de 90% das espécies do mundo.
Pimm e Jenkins dizem que ainda há esperança. Eles dizem que o uso de smartphones e aplicativos como o iNaturalist podem ajudar pessoas comuns e biólogos a encontrar espécies ameaçadas. Uma vez que os biólogos saibam onde estão essas espécies, eles podem tentar salvar habitats e usar técnicas para salvá-las. Uma história de sucesso é a do mico-leão-dourado. Décadas atrás, os pequenos primatas estão prestes a serem extintos por causa da perda de habitat, mas eles foram encontrados em partes remotas do Brasil, preservados em cativeiros e os biólogos ajudaram a separar algumas novas florestas para eles viverem, diz Jenkins. "Agora há mais micos do que lugares para colocá-los", disse. (Foto: Divulgação/Clinton Jenkins/Science)
Créditos:Brasil Post