sábado, 31 de maio de 2014

Juventude europeia não tem onde trabalhar

Juventude, Europa, desemprego

Ao mesmo tempo que Bruxelas discute a concessão de novos empréstimos à Ucrânia, o nível do desemprego entre a juventude europeia atinge os mais altos números da última década. Segundo os últimos dados, nos 27 países da UE estão sem emprego cerca de 6 milhões de jovens com idades até aos 25 anos. O atual nível de desemprego superou mesmo os índices de antes da crise. Por exemplo, em fevereiro de 2008, sem trabalho estavam cerca de 14,5% dos jovens europeus. No início deste ano, esse número subiu para 24. Se olharmos para a situação em cada um dos países, os números serão ainda mais terríveis.
A situação mais difícil registra-se na Espanha e Grécia, onde sem trabalho estão quase 70% dos jovens. Em Portugal, o número do desemprego jovem reina os 40%. Cerca de um terço dos italianos não tem emprego. A mesma queixa é apresentada por jovens franceses, polacos e britânicos. Mas mesmo os jovens europeus que têm emprego, não se sentem seguros. Quase metade deles trabalha a contratos temporários. Ou seja, arriscam-se, a qualquer momento, a aumentar as fileiras dos desempregados.
A impressão que se tem é de que na Europa esforçam-se por não notar este problema. Bruxelas ou calcula empréstimos para conceder a Kiev ou pensa como ameaçar Moscou com novas sanções. A UE não tem qualquer receita concreta para solucionar os problemas internos concretos. Os jovens do Velho Continente, desiludidos e zangados, pensam cada vez mais em deixar os seus países. Eles vão para os EUA, Canadá ou Austrália à procura de emprego. Direções como China e Rússia também são consideradas com perspectivas.
As convulsões sociais refletiram-se também nos resultados das recentes eleições para o Parlamento Europeu. Os europeus votaram ativamente nos eurocéticos e nacionalistas, manifestando assim sua discordância com Bruxelas. Por Svetlana Kalmykova Foto: RIA Novosti
Créditos: Voz da Russia

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