“Nosso objetivo é a moralidade pública e a transparência. Depois de tantas denúncias, ele continua no cargo como se nada tivesse acontecido. É inadmissível”, diz o presidente do Sindilex, Marcos Alcyr Brito de Oliveira. Segundo ele, Marinho continuar no cargo viola o Sistema de Controle Externo Brasileiro, que deveria combater a corrupção.
Na sexta-feira, a Promotoria do Patrimônio Público e Social do Ministério Público de São Paulo propôs uma ação cautelar pedindo que Robson Marinho seja afastado do cargo. O MP baseou o pedido na chegada de documentos da Suíça na terça-feira (20) com provas “robustas” contra o conselheiro. De acordo com essas provas, o ex-secretário da Casa Civil de Mário Covas (PSDB) recebeu propina da multinacional francesa Alstom para aprovar contratos da Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE).
A juíza Maria Gabriela Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública da Capital, deu, hoje, prazo de 72 horas para o conselheiro se manifestar.
Marinho foi coordenador da campanha que elegeu Mário Covas governador de São Paulo (1995-2001) e depois chefe da Casa Civil (1995 a abril de 1997). Em 1997 ele foi nomeado conselheiro do TCE por Covas.
Ele teria movimentado US$ 2,7 milhões em conta aberta em nome de uma empresa off shore na Suíça. Segundo os promotores, ocorreu pagamento de propinas em torno de 15% a 17% sobre um contrato de US$ 50 milhões (equivalentes hoje a cerca de R$ 268 milhões). Em 1998, esses valores teriam sido pagos e distribuídos a diversos agentes públicos.
Créditos: Rede Brasil Atual
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