domingo, 26 de outubro de 2014

Atividade solar não aumentará temperatura na Terra

tempestade solar, sol, terra"Para falar do vento solar, não se tem observado mudanças consideráveis durante os estudos duradouros dos últimos 10 anos ou penúltimos 10 anos. O Sol porta-se de maneira praticamente uniforme e, se a temperatura na Terra subir, não será por causa do Sol", disse o cientista. Segundo ele, não se deverá encarar a sério as previsões baseadas nas observações feitas durante meio ano ou um ano, sendo estes prazos demasiado curtos.  Flickr.com/NASA Goddard Photo and Video/cc-by
Créditos: Voz da Russia

Ebola já matou 4.922 pessoas, diz OMS

Vírus do ebola já matou 4.922 pessoas, diz OMSA Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que quase a metade das pessoas infectadas por ebola, em oito países, morreram. São 10.141 infectados e 4.922 mortos, segundo o novo balanço divulgado ontem (25). Na última quarta-feira, a OMS tinha divulgada que o número de infectados era 9.936 e o de mortos, 4.877.
No total de infectados, 4.655 estão na Libéria, 3.896 em Serra Leoa, 1.553 em Guiné, 20 na Nigéria, quatro nos Estados Unidos, um no Senegal, um na Espanha e um no Mali. A Nigéria e o Senegal foram declarados livres do vírus há uma semana.
A OMS indica que, em sete meses de surto, 450 profissionais de saúde foram infectados e 244 morreram.
O atual surto de ebola é o mais extenso e prolongado desde que o vírus foi descoberto, em 1976. No dia 8 de agosto, a OMS decretou estado de emergência de saúde pública de alcance mundial e fez um apelo para que a comunidade internacional se mobilize para combater a epidemia na África.
Créditos: Agencia Brasil

TSE diz que 'Veja' manipula informação e atua de forma partidária contra Dilma

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu ontem (25) direito de resposta a Dilma Rousseff e à coligação “Com a Força do Povo” para que sejam reparadas informações mentirosas difundidas pela revista Veja em reportagem publicada na edição desta semana. A decisão do ministro Admar Gonzaga determina que a versão da candidata do PT à reeleição seja publicada imediatamente na página da publicação na internet, independente de recurso.
Na sentença, Gonzaga afirma que o conteúdo da revista “não ostenta, por si só, caráter absoluto ou de veracidade”, ao afirmar que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento sobre um esquema de pagamento de propinas utilizando a Petrobras. Ele observa ainda que a edição baseia-se “em depoimento do qual não se tem conhecimento sobre o real conteúdo – o que certamente o torna incerto/duvidoso”.
O direito de resposta deve ser colocado na internet no “mesmo lugar e tamanho em que exibida a capa do periódico, bem como com a utilização de caracteres que permitam a ocupação de todo o espaço indicado”.
Na decisão, o ministro assinala ainda estranheza com o fato de a revista ter começado a circular na sexta-feira, com um dia de antecedência em relação ao período usual de distribuição, e adverte ainda sobre o oferecimento do conteúdo de maneira livre na internet, uma operação normalmente garantida apenas a assinantes. Somadas, as duas atitudes sugerem “a ocorrência de manipulação de informação com nítido caráter eleitoral, traduzindo-se em claro abuso do direito de informação”.
O texto da decisão liminar diz que a revista Veja “desbordou do seu direito de bem informar”, agiu de forma ofensiva e sem qualquer cautela, e que “as circunstâncias demonstram a conduta facciosa do periódico”.
Antes da liminar, a Procuradoria-Geral Eleitoral havia se manifestado a favor do acolhimento do pedido da coligação encabeçada pelo PT. O vice-procurador-geral Eugênio José Guilherme de Aragão afirmou que na reportagem da Veja “não se trata de fato verídico, já apurado por autoridades públicas. E são muito graves as colocações efetuadas em tal matéria, dando um viés de certeza a um depoimento cujo teor é desconhecido, e que configura calúnia”.
Na resposta, a coligação de Dilma afirma que “a democracia brasileira assiste, mais uma vez, a setores que, às vésperas da manifestação da vontade soberana das urnas, tentam influenciar o processo eleitoral por meio de denúncias vazias, que não encontram qualquer respaldo na realidade, em desfavor do PT e de sua candidata”.
E continua:  “A publicação faz referência a um suposto depoimento de Alberto Youssef, no âmbito de um processo de delação premiada ainda em negociação, para tentar implicar a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ilicitudes. Ocorre que o próprio advogado do investigado, Antônio Figueiredo Basto, rechaça a veracidade desse relato, uma vez que todos os depoimentos prestados por Yousseff foram acompanhados por Basto e/ou por sua equipe, que jamais presenciaram conversas com esse teor.”
Mais cedo, em Porto Alegre, Dilma voltou a manifestar indignação com a atitude da revista. "Vou investigar a fundo. Doa a quem doer. Manifesto meu repúdio a esse processo, que é um processo golpista. Tenho uma vida inteiro de repúdio à corrupção", afirmou. "Por que isso não apareceu antes? Que história é essa? Minha indignação é proporcional à injustiça que estão cometendo contra mim", desabafou.
O direito de resposta, porém, foi concedido pouco antes de o Jornal Nacional dar eco às denúncias trazidas pela Veja. O pretexto do telejornal da Globo, o mais assistido do país, foi a pichação do prédio da Abril promovida ontem à noite por militantes, que escreveram em paredes inscrições como “Veja mente”.
Sob essa perspectiva, a reportagem aproveitou para falar sobre a denúncia, dando voz ao candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, que se posicionou como defensor da liberdade de expressão e afirmou que o ataque não deveria ser direcionado à Abril, mas aos grupos que desviam recursos do Estado.
Embora a reportagem tenha exibido fala de Dilma a respeito, foi dado à revista o direito de replicar a resposta da petista, que não teve direito a tréplica. No dia anterior, quando haveria tempo para uma nova resposta da petista, inclusive pela via judicial, o tema foi ignorado pelo telejornal da Globo, que preferiu deixar a exibição da denúncia para a noite anterior ao início da votação.
De imediato usuários de redes sociais reagiram à reportagem, colocando a hashtag #GolpeNoJN no topo dos assuntos mais comentados no Twitter em todo o mundo. Entre as postagens surgiram recordações sobre a manipulação da eleição de 1989, quando, em um pleito acirrado, a Globo divulgou informações falsas sobre Lula e editou o debate ocorrido no dia anterior de forma a favorecer Fernando Collor de Mello, que acabaria eleito.
Também pelo Twitter, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) manifestou indignação com a reportagem exibida pela Globo: "Não existe covardia maior do que golpe pelas costas. Quando não há tempo hábil para responder povo brasileiro vocês já viram esse filme."
Créditos: Rede Brasil Atual

Promotoria denuncia Aécio Neves por desviar R$1 bi da Saúde

O Ministério Público de Minas Gerais acaba de entrar com mais uma ação pública contra Aécio Neves (PSDB) sobre o desvio de verbas para a Saúde

O Ministério Público de Minas Gerais acaba de entrar com mais uma ação pública contra Aécio Neves (PSDB) sobre o desvio de verbas para a Saúde. Desta vez, o montante questionado chega a R$ 1bilhão em 2009. O valor pode ser somado aos R$ 4,3 bilhões já questionados em processos anteriores.

 Foi apurado pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) que, também em 2009, o percentual constitucional de 12% do Orçamento para a Saúde, não foi obedecido. A irregularidade é observada desde que a Emenda Constitucional 29, que garante a obrigatoriedade do repasse, entrou em vigor em 2004.


Dos mais de R$ 3,3 bilhões destinados para a Saúde, em 2009, R$1,017 bilhão foi repassado para a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Apenas R$2,35 bilhões foram aplicados, de fato, na saúde pública do estado.

Segundo o processo, desde 2004, o TCE recomenda que o governo estadual diminua o repasse a saneamento básico, pois não configura investimento direto na Saúde. Uma vez que o setor não cumpre o princípio de gratuidade e nem universalidade, a empresa deve investir os recursos próprios, obtidos com o pagamento das tarifas de água e esgoto.
Créditos: Portal Vermmelho

sábado, 25 de outubro de 2014

TSE suspende divulgação da revista Veja

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminar nesta sexta-feira (24) que proíbe a editora Abril, empresa responsável pela revista Veja, de fazer divulgação em qualquer meio de comunicação da reportagem de capa da edição desta semana. Na chamada, a presidenta e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Lula são acusados de envolvimento no esquema de corrupção ocorrido na Petrobras.
A coligação da candidata se baseou no artigo da Lei das Eleições que especifica a propaganda eleitoral unica e exclusivamente no rádio e na televisão e que se restringe ao horário gratuito. O TSE entendeu que a capa da revista é propaganda eleitoral paga e que visa beneficiar o candidato Aécio Neves (PSDB). A divulgação da Veja também está proibida em outdoors e internet. Caso a medida seja descumprida, será aplicada uma multa de R$ 1 milhão por veiculação.
Em seu parecer, o procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, declarou que “diante da iminência da realização de uma propaganda eleitoral irregular, é necessário proibir a divulgação das publicidades sob pena de acarretar prejuízo irreparável ao equilíbrio e lisura do pleito”.
O ministro Ademar Gonzaga definiu que a antecipação em dois dias da publicação da revista “poderá transformar a veiculação em verdadeiro panfletário de campanha, o que, a toda evidência, desborda do direito/dever de informação e da liberdade de expressão”.
“Intento criminoso”
Em seu último programa de televisão, a candidata Dilma Rousseff respondeu a revista Veja e declarou que a publicação age de forma “criminosa” e que irá entrar com um processo. “Eu não posso me calar diante desse ato de terrorismo articulado pela revista Veja e parceiros ocultos. Uma atitude que envergonha a imprensa e agride a nossa tradição democrática”, criticou a petista.
Créditos: Revista Forum

Tipo raro de câncer pode ser confundido com osteoporose


O Mieloma Múltiplo, um tipo raro de câncer de sangue. O médico hematologista da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, Ângelo Maiolino, explicou aos ouvintes quais são os sintomas da doença e de que maneira ela se diferencia da osteoporose.

Segundo ele, o Mieloma Múltiplo causa dores intensas na coluna ou nos membros, e um primeiro diagnóstico pode se dar por meio de um raio x ou exame de sangue. O médico ressaltou a importância de identificar precocemente a doença e lamentou que, no Brasil, esse diagnóstico geralmente aconteça tardiamente. Foto: EBC
Créditos: EBC

Candidatos prometem manter política de valorização do salário mínimo

A manutenção da política de valorização do salário mínimo, um dos temas fundamentais na estratégia para a conquista do Palácio do Planalto, é promessa de campanha tanto da candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), quanto do candidato tucano à Presidência, Aécio Neves (PSDB). Nos últimos dez anos, essa política foi responsável pelo crescimento real (acima da inflação) de 72,35% do mínimo, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Dados da mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados em setembro deste ano, mostram que 25,2% da população ganham até um salário mínimo.
Aprovada em 2011, a Lei n° 12.382 determina que o reajuste do mínimo seja feito pela correção da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, mais o percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Este ano, por exemplo, o mínimo é R$ 724 – resultado da soma do percentual de crescimento da economia em 2012 e da taxa de inflação de 2013. Para 2015, a proposta encaminhada no Orçamento reajusta o valor para R$ 788,06.
A regra, entretanto, vigora somente até este ano. A partir de 2015, uma nova fórmula de reajuste deverá ser definida. Até dezembro do próximo ano, um projeto de Lei deve ser enviado ao Congresso Nacional propondo a forma de valorização do mínimo até 2019. Assim, quem vencer a eleição no dia 26 de outubro vai ter que trabalhar para manter ou substituir a atual regra - responsável, em boa parte, pela redução da pobreza no país.
Neste ponto, os dois candidatos à Presidência da República parecem concordar. Em seu programa de governo, Aécio diz que vai dar continuidade à “política de ganhos reais do salário mínimo”. Mesmo sem constar diretamente em seu programa, Dilma já afirmou em diversas ocasiões que também vai manter a política adotada por seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
Pesquisadora do tema, a economista do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Jacqueline Aslan Souen diz que a política de valorização do salário mínimo ajudou no desenvolvimento econômico do país e na redução de desigualdades.
“Esses últimos dez anos, com o aumento real do salário mínimo de 70%, a gente teve uma trajetória de recuperação [do poder de compra do salário] que ajudou imensamente a elevar a distribuição da renda e elevar a participação do salário mínimo na renda nacional”, disse Jacqueline que defende a atual política. “Ela favoreceu enormemente a demanda, principalmente dos que vêm de baixo da sociedade, e isso foi extremamente importante do ponto de vista econômico”, completou.
Na visão do professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) Márcio Salvato, contudo, o aumento real do salário mínimo nos últimos anos teve papel importante no crescimento da inflação recente.
Para Salvato, os reajustes salariais à frente do aumento da produtividade se traduzem em impulso para a inflação com impacto considerável também nas contas públicas.
“A regra parece boa para o público, mas para a economia, como um todo, tem vários prejuízos. Primeiro, para as contas públicas. Mas ela pressiona também os empregadores. Quando chega a data-base, as categorias com salários um pouco maior que o mínimo podem ser engolidas pelo aumento do mínimo. Isso significa dizer que o valor base da categoria passa a ser o mínimo exigido por lei, que é o salário mínimo. Então, essas categorias começam a seguir a fórmula de reajuste real, o que pressiona o custo das empresas que têm esse tipo de mão de obra”, defende.
O professor avalia que a Previdência Social sofre o maior impacto devido ao imenso número de beneficiários que recebem o mínimo. Dados da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social, em levantamento divulgado em fevereiro, estimam que cerca de 21 milhões de aposentados e pensionistas recebem um salário mínimo.
“Qualquer reajuste do mínimo acima da inflação gera um aumento real no gasto da Previdência. Sem contar a aposentadoria rural, que está na base de um salário mínimo e gera o mesmo resultado”, argumenta Salvato que acredita que se a atual política for mantida o governo terá que rever as regras de aposentadoria por idade.
A análise é contestada pela economista do Cesit. Segundo Jacqueline, o argumento de que o aumento de salários gera inflação tem sido utilizado para evitar a concessão de uma renda maior aos trabalhadores. Mas a avaliação, segundo ela, não se sustenta se for levado em conta que a elevação do salário mínimo acima do crescimento do PIB, a partir de 2003, conviveu simultaneamente com um cenário de baixa inflação.
A economista acredita que a atual política é sustentável, mas que para isso é preciso um cenário de melhora da atividade econômica. Crescimento, segundo ela, é a palavra-chave. “É fundamental reaquecer a economia, pois é muito difícil você manter as contas sem crescimento econômico, sem elevar a arrecadação, elevar a produtividade do país, elevar a taxa de investimento. Em uma economia desaquecida fica extremamente difícil o governo conseguir equilibrar as contas, para a gente poder continuar nessa trajetória de recuperação do salário mínimo e todas esSas políticas de gastos sociais que foram fundamentais nos últimos dez anos para elevar a distribuição de renda”, avalia.
A análise é endossada pelo Dieese que, em nota técnica de maio deste ano, destaca que a política de valorização do mínimo não exerce pressão sobre a inflação.  "Em anos em que a economia esteve mais aquecida, o aumento do salário mínimo foi menor, refletindo o PIB de dois anos antes; e vice-versa, quando a atividade econômica esteve mais lenta, o aumento do salário mínimo foi maior e estimulou o consumo e a produção. Isso significa que o salário mínimo pode ser utilizado como instrumento de política macroeconômica que favoreça o crescimento com inclusão", afirma a nota. "Não se pode afirmar que uma taxa [de inflação] de 6% no ano corresponda a uma explosão inflacionária, considerando que o país já teve inflação de 80% em um mês", diz outro trecho.
Mesmo com o crescimento real do salário mínimo nos últimos anos, o valor ainda está longe do mínimo necessário, de R$ 2.862,73, calculado pelo Dieese, para assegurar a um trabalhador e sua família condições razoáveis de vida. O cálculo leva em consideração o custo da cesta básica mais cara, além de despesas com moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, conforme prevê a Constituição Federal de 1988.
Créditos: Agência Brasil