terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Emissão de gases de efeito estufa atinge níveis sem precedentes em 2014

O maior e mais abrangente relatório sobre mudanças climáticas, divulgado em 2014 pelas Nações Unidas, mostrou que a humanidade vivencia a última chance de reverter o processo de aquecimento global. A síntese do quinto relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês), elaborada com a participação de 800 cientistas de 80 países, e divulgada em novembro em Copenhague, na Dinamarca, indicou que, se não houver redução imediata na emissão de gases de efeito estufa, os meios de adaptação não serão suficientes, e a vida no planeta ficará ameaçada. “As mudanças climáticas não deixarão nenhuma parte do globo intacta”, disse na ocasião o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri.

O relatório mostrou que a emissão de gases de efeito estufa atingiu níveis sem precedentes nos últimos 800 anos, gerando o aquecimento da terra, o derretimento das geleiras e o consequente aumento do nível do mar. O aquecimento médio global combinado da Terra e dos oceanos no período de 1880 a 2012 chegou a 0,85 °C. O nível do mar aumentou 19 centímetros de 1991 a 2010, número maior do que os registrados nos últimos dois milênios. O relatório alertou também para a acidificação dos oceanos em 26% por causa da apreensão de gás carbônico da atmosfera, o que pode ter impacto grave sobre os ecossistemas marítimos.

Caso não haja redução das mudanças climáticas, os cientistas preveem impactos severos e irreversíveis para a humanidade e para os ecossistemas. “Meios de vida serão interrompidos por tempestades, por inundações decorrentes do aumento do nível do mar e por períodos de seca e extremo calor. Eventos climáticos extremos podem levar à desagregação das redes de infraestrutura e serviços. Há risco de insegurança alimentar, de falta de água, de perda de produção agrícola e de meios de renda, particularmente em populações mais pobres”, destaca o documento. Foto: EBC
Créditos: Agencia Brasil

Quase 70 países confirmam presença na posse de Dilma

Até o início da noite de ontem (29), quase 70 missões estrangeiras confirmaram presença na posse da presidenta Dilma Rousseff, no dia 1º de janeiro. Entre elas, 30 serão chefiadas por chefes ou vice-chefes de Estado ou de governo. As demais serão representadas por ministros de Estado ou outras autoridades dos países representados. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) - que organiza a cerimônia de posse e a recepção às comitivas - tem recebido diariamente confirmações de presença de autoridades de vários países e de organizações internacionais.

Ao todo, 14 chefes de Estado ou de governo e 16 vice-chefes já confirmaram presença. Entre as autoridades já confirmadas estão o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden; o vice-presidente da China, Li Yuanchao; o vice-chefe de governo da Rússia, Alexander Torshin; o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven; e os presidentes do Uruguai, José Mujica; do Chile, Michelle Bachelet; e da Venezuela, Nicolás Maduro; e o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven. Além de Mujica, o presidente eleito do Uruguai, Tabaré Vasquez, também participará da posse.

Diretores-gerais de importantes organismos internacionais também confirmaram presença, como o da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo; a da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, primeira mulher eleita para o posto; e o da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano. 
As Forças Armadas, as polícias Federal, Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros e o Departamento de Trânsito do Distrito Federal participarão do esquema de segurança da posse com 4 mil agentes, espalhados pelo gramado da Esplanada dos Ministérios, no alto dos prédios e em helicópteros. Durante o trajeto em carro aberto, da Catedral ao Congresso Nacional, Dilma será escoltada por motociclistas e agentes de segurança a cavalo. O esquema de segurança foi testado ontem (28), durante ensaio da posse. Os 4 mil agentes estarão preparados para impedir eventuais manifestações violentas ou atos que atrapalhem o percurso a ser feito pela presidenta. A expectativa dos responsáveis pela segurança da posse é que não haja grandes manifestações durante as cerimônias.
Créditos: Agencia Brasil

Governo de Minas elevou em 900% os gastos com publicidade

Rádios e jornais ligados à família do candidato derrotado à presidência da República, senador Aécio Neves (PSDB), receberam do governo de Minas Gerais, entre 2003 e 2014, um total de R$ 1,2 milhão.
O período corresponde, justamente, a tempo em que Minas foi governada pelo PSDB. Primeiro, por Aécio Neves, entre 2003 e 2010. Depois, por Antonio Anastasia, recém-eleito senador.

A rádio Arco-Íris, dona da franquia da Jovem Pan FM, em Belo Horizonte, recebeu R$ 1,06 milhão. As rádios São João Del Rey e Vertentes FM, de São João Del Rey (MG), receberam R$ 51,8 mil e R$ 45,5 mil por publicidade, respectivamente.
Ao todo, o governo tucano em Minas Gerais gastou, em 12 anos, cerca de R$ 547 milhões em publicidade. De 2003 até o fim de 2014, quando o estado foi gerido por Aécio Neves, os gastos com esse setor aumentaram 900%.
A Rede Globo recebeu R$ 290 milhões e grupo “Estado de Minas”, R$ 138 milhões. Ambos os veículos apoiaram os candidatos do PSDB durante campanha eleitoral.
Aécio Neves é dono, conforme declaração de bens como presidenciável ao Tribunal Superior Eleitoral, de 88 mil cotas da Rádio Arco-Íris, com valor de R$ 700 mil, além de ações da empresa Diários Associados, ao qual está ligado o “Estado de Minas”.
Os gastos com “divulgação governamental” chegaram, durante a gestão de Aécio Neves, a R$ 489,6 milhões, segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira de Minas Gerais (Siafi-MG).
O total, entretanto, passa dos R$ 815 milhões se adicionados os pagamentos a empresas, fundações e autarquias controladas pelo Executivo.
O Ministério Público Estadual vai investigar se além da Rádio Arco-Íris, as empresas “Editora Gazeta de São João Del Rey Ltda.” e a Rádio São João Del Rey SA, da qual Andrea Neves, irmã do senador, é sócia, receberam recursos do governo durante a gestão dele.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do jornal “O Estado de S.Paulo
Créditos: Agencia PT

Governo anuncia medidas para corrigir distorções em benefícios

O governo federal anunciou, medidas de transparência e correções para a concessão do abono salarial, seguro-desemprego, seguro defeso, pensão por morte e auxílio doença. A expectativa de economia para os cofres públicos com as alterações é de R$ 18 bilhões ou 0,3% do Produto Interno Bruto.
“Estamos preservando todos os direitos trabalhistas, sociais e previdenciários. Todas as mudanças respeitam os benefícios que estão sendo pagos”, afirmou o ministro-chefe da Casa Civil, Aloisio Mercadante. “São ajustes e correções inadiáveis e indispensáveis”, continuou. As medidas serão enviadas ao Congresso Nacional por meio de medida provisória.
Os ajustes, segundo o ministro, visam corrigir problemas encontrados em auditorias que indicavam concessões indevidas de benefícios e também garantir a sustentabilidade da Previdência Social. Outra medida anunciada por Mercadante é disponibilização, na internet, dos dados de todos os beneficiários dos programas sociais e previdenciários.
Assim, diz o ministro, todos os benefícios e respectivos beneficiários serão disponibilizados na internet, como acontece com o Bolsa Família. “Isso aumenta o controle social e a transparência. O princípio da transparência vale para todos”, afirmou.
Veja as principais alterações
Abono salarial
Carência para receber passa de um mês para 6 meses e o pagamento será feito proporcionalmente aos meses trabalhados.
Seguro desemprego
O prazo de carência vai para 18 meses no caso do primeiro emprego. Na segunda solicitação, o tempo mínimo de trabalho será de 12 meses. Nas seguintes, continua valendo os seis meses atuais.
Seguro defeso
O beneficiário não pode receber auxílio de mais de um programa ao mesmo tempo, além de ser exigido um período de carência para a entrada do pescador tradicional de três anos.
Pensão por morte
Haverá uma carência de 2 anos de contribuição e um tempo mínimo de 2 anos de casamento ou união estável. Os valores passam de 100% do benefício para 50%, mais 10% por dependente. A exceção para o novo limite de valor é se o beneficiário for órfão de pai e mãe.
Auxílio-doença
O prazo de afastamen to pago pelo empregador passa de 15 dias para 30 dias e será estabelecido um teto no valor do auxílio equivalente à média das últimas doze contribuições. O INSS também poderá fazer convênio com as empresas que possuem serviço médico.
Por Tiago Falqueiro.
Créditos: 

Agencia PT

Dilma divulga nomes de mais sete ministros do seu segundo governo

Uma lista com os nomes de mais sete ministros para o governo do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff foi divulgada ontem (29), por meio de nota, pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República. Quatro novos ministros foram anunciados e três vão trocar de ministérios.
Atual ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini será remanejado para o Ministério das Comunicações. Em seu lugar, assume o deputado Pepe Vargas, ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, e que terá agora a tarefa de conduzir a articulação política entre o Executivo e o Legislativo.
Miguel Rossetto, que está no comando do Ministério do Desenvolvimento Agrário, assumirá a Secretaria-Geral da Presidência da República. A pasta é ocupada por Gilberto Carvalho, que após 12 anos no governo vai para a presidência do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi).
Já o ministro das Cidades, Gilberto Occhi, assumirá o comando da Integração Nacional. Para o seu lugar vai Gilberto Kassab, cujo nome foi anunciado pela presidenta Dilma na semana passada.
Para o Ministério dos Transportes, a presidenta indicou o ex-senador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), suplente da senadora Marta Suplicy. Ele ocupou o cargo no Senado durante o período em que Marta comandou o Ministério da Cultura.
Patrus Ananias será o novo ministro do Desenvolvimento Agrário. Durante o governo Lula, ele foi ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Já o atual secretário executivo do Ministério da Previdência Social, Carlos Gabas, assumirá no lugar de Garibaldi Alves. 
A todos os nomes que deixam o governo e aos que vão assumir, Dilma agradeceu a “dedicação”: Francisco Teixeira (Integração), Garibaldi Alves (Previdência Social), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), Paulo Bernardo (Comunicações), Paulo Sérgio Passos (Transportes), Ricardo Berzoini (Relações Institucionais). Com a lista de hoje, restam agora ser anunciados ou confirmados no cargo 15 nomes. Os futuros ministros tomam posse na próxima quinta-feira (1º).
Na última terça-feira (23) Dilma anunciou 13 nomes, como o do petista Jaques Wagner no Ministério da Defesa, além de integrantes do PMDB e de legendas aliadas como PCdoB. Comporão o governo no segundo mandato de Dilma Aldo Rebelo (Ciência Tecnologia e Inovação), Cid Gomes (Educação), Eduardo Braga (Minas e Energia), Gilberto Kassab (Cidades) e Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Os futuros ministros da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, foram anunciados no final de novembro e vão substituir os ministros Guido Mantega, Miriam Belchior e Mauro Borges, respectivamente. Alexandre Tombini permanecerá na presidência do Banco Central.
Créditos: Agencia Brasil

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Brasil se solidifica como maior economia da América Latina e a sétima maior do mundo

 O Brasil se classificou como a maior economia da região da América Latina em 2014 e em sétimo lugar no que diz respeito ao mundo todo, à frente da Itália e atrás da França, apontou ranking divulgado pelo britânico Centro de Pesquisas Econômicas e de Negócios (CEBR, na sigla em inglês).
A lista, intitulada “Tabela da Liga das Economias Mundiais” (The World Economic League Table, em inglês) analisa profundamente as estatísticas das diferentes economias do mundo e prevê mudanças até 2030.
De acordo com pesquisa, em 2029 o Brasil deve estar em quinto lugar, a frente de Alemanha, Reino Unido, Coreia do Sul e França.
O México, segunda maior economia latino-americana e 15a mundial, a frente de Argentina (29) e Colômbia (30), deve subir para o 13o posto neste mesmo período.
Confira “Top 10″: 
1 – Estados Unidos, 2 – China, 3 – Japão, 4 – Alemanha, 5 – Reino Unido, 6 – França, 7 – Brasil, 8 – Itália, 9 – Índia, 10 – Rússia, (ANSA)
Créditos: Possos 10

Quase metade dos jovens brasileiros viram a mãe ser agredida

O Brasil é um país machista, mesmo para as gerações mais novas. É o que mostra pesquisa divulgada pelos institutos Avon e Data Popular. Enquanto 48% dos jovens consideram errado mulher sair sozinha com os amigos, sem o namorado, 96% dos entrevistados reconhecem viver em uma sociedade machista. A pesquisa foi realizada pela internet, com jovens de todas as regiões do Brasil.
Segundo a pesquisa, o comportamento dos jovens reproduz, em muitos casos, o relacionamento familiar. Dos mais de 2 mil entrevistados, entre 16 e 24 anos, cerca de 40% disseram ter presenciado a mãe ser agredida. Desses, a maioria dos 1.017 homens entrevistados confessou ter praticado violência e controle contra a namorada.

Ao ouvir as mulheres, o dado é ainda mais alarmante. Das 1.029 mulheres ouvidas pela pesquisa, 40% afirmaram que o parceiro controla o que fazem, onde e com quem estão. E ainda, 9% contam que foram obrigadas a fazer sexo quando não estavam com vontade e 37% confessaram ter feito relação sexual sem camisinha por insistência do parceiro.
O controle excessivo é ainda maior sobre as mulheres. O levantamento comprova que 35% das jovens foram xingadas pelo namorado e 33% disseram ter sido impedidas de usar determinada roupa.
Assédio – Existem diferenças claras entre uma simples cantada e o assédio. A primeira precisa do consentimento da mulher, enquanto a segunda é feita de forma gratuita, agressiva e gera constrangimento.
O esclarecimento se faz necessário diante dos mais de 78% de jovens que relataram ter sofrido algum tipo de assédio. Entre elas, 68% disseram já ter recebido alguma cantada ofensiva; 31% foram assediadas fisicamente no transporte público e 44% foram vítimas de abordagem violenta em festas.
Giselle Mota, de 34 anos, foi agredida em uma balada em Brasília (DF) ao recusar uma cantada ofensiva. “Ele passou a mão em mim e ainda achou graça da situação. Depois do empurrão que eu dei nele, ficou rindo com os amigos que estava, inclusive, fazendo o mesmo com outras garotas. Até que ele voltou e deu uma garrafada no meu rosto”, conta.
O fato aconteceu em 2005 e causou forte trauma na jovem, por sofrer vários cortes no rosto e na boca. “Nunca mais consegui entrar em uma balada”, confessa. “Foi um grande constrangimento, durante a confusão e mesmo depois, para explicar o que tinha acontecido”.

Juventude machista – Cerca de 30% dos homens ouvidos pela pesquisa acham que mulher que usa saia curta e decote “está se oferecendo”. A sentença está correta para 20% das mulheres. Reflexo desse pensamento, 68% acham errado uma moça ter relações sexuais no primeiro encontro e 76% não concordam com a mulher ter vários parceiros. E ainda, 80% dizem que elas não devem ficar bêbadas em público.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias.
Créditos:  Agencia PT