sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Saldo do FGTS agora pode ser conferido pelo celular

A Caixa Econômica Federal lançou uma ferramenta que permite aos trabalhadores receberem todos os meses o extrato do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) via SMS pelo celular.  Ao se cadastrar o usuário passa a receber duas mensagens por mês com informações sobre o FGTS “Por lei a Caixa deveria enviar extrato do FGTS todos os meses para as casas dos trabalhadores, mas como isso não ocorre, resolvemos pleitear a criação dessa ferramenta para as mensagens serem enviadas por SMS, porque hoje em dia todos têm um celular”, Salaciel Vilela, representante da CTB no Conselho Curador do FGTS. 
Para isso, o trabalhador deverá cadastrar senha e assim obter acesso às informações. O cadastramento pode ser feito pelo site da Caixa (www.caixa.gov.br) ou pelo site do FGTS (www.fgts.gov.br), aceitando o Termo de Cadastramento. Após entrar no site do FGTS clique em "Mensagens Via Celular" depois em "Faça Sua Adesão ao Serviço" e se cadastre.
“Essa ferramenta é um grande avanço para que os trabalhadores possam fiscalizar adequadamente os depósitos feitos na sua conta do FGTS”, realça Salaciel. “As coisas não poderiam continuar da maneira como estavam sendo feitas. A maioria absoluta dos trabalhadores só vinham saber que as empresas onde trabalhavam não haviam feito os depósitos no fundo quando eram demitidos”, conta o conselheiro.
Ao optar pelo serviço, o trabalhador passa a receber gratuitamente informações da conta vinculada ao FGTS. Segundo a Caixa são enviadas duas mensagens por mês. “É fundamental que todos os trabalhadores se cadastrem seus celulares a essa ferramenta para não serem pegos de surpresa na hora ruim do desligamento das empresas”, diz Salaciel. O trabalhador pode se cadastrar no site da Caixa e a partir dessa efetivação receberá mensalmente os depósitos efetuados em sua conta do fundo, “assim os trabalhadores poderão fiscalizar e reivindicar que as empresas cumpram com sua obrigação”, assinala.
Créditos: Paraíba Total

País terá "problema grave" se reservatórios chegarem a 10%, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que, se os reservatórios das hidrelétricas chegarem a níveis menores que 10% da capacidade máxima, o país poderá ter "problemas graves", e o governo tomará as “medidas necessárias”, que podem incluir o racionamento de energia. Atualmente, os reservatórios do sistema Sudeste/Centro-Oeste estão em 17,43% de sua capacidade máxima e os da Região Norte estão em 17,18%. 
“Mantido o nível que temos hoje nos reservatórios, temos energia para abastecer o Brasil. É óbvio que se tivermos mais falta de água, se passarmos do limite prudencial de 10% nos nossos reservatórios, estamos diante de um cenário que nunca foi previsto em nenhuma modelagem”, disse Braga. Segundo o ministro, esse é o limite estabelecido pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) para o funcionamento das usinas hidrelétricas. "A partir daí, teríamos problemas graves, mas estamos longe disso", ressaltou.
Segundo o ministro, o país enfrenta atualmente uma situação hidrológica pior do que a verificada em 2001, quando foi decretado um racionamento de energia no país. Ele informou que o governo está monitorando o consumo de energia, e que não há previsão de outro pico de demanda, porque a temperatura está amenizando, o que reduz gastos com equipamentos como ar-condicionado.
Para o ministro, o consumidor brasileiro tem capacidade de administrar o gasto de energia. “Esperamos que, de forma inteligente, o povo brasileiro, que sempre soube cuidar da sua economia, possa definir qual o consumo ele quer, porque tem um preço a pagar por esse consumo, e ele está sendo informado sobre isso”, disse.
Braga minimizou a importação de energia da Argentina nos últimos dois dias. Ele explicou que a importação não foi feita por falta de energia no Brasil, e que havia energia sobrando no Nordeste, mas que, por limitações de transmissões, não tinha como ser levada para as outras regiões do país naquele momento. “Temos um intercâmbio desde 2006. É normal nós usarmos energia deles e eles a nossa. Isso sequer é tratado como compra de energia, é uma compensação de energia”. Na última terça-feira (20), o Brasil importou um total de 165 megawatts (MW) médios da Argentina para contribuir no atendimento do Sistema Interligado Nacional.Ante-ontem (21) foram importados 90 MW médios. 
Créditos:Agencia Brasil

Ex-diretor confessa ter recebido US$ 1,5 milhão para aprovar compra de Pasadena

Em depoimento de delação premiada – firmada com o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) em setembro do ano passado –, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que recebeu US$ 1,5 milhão do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, "para não causar problemas", na reunião da estatal em foi aprovada a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O acesso aos termos do depoimento foi liberado pela Justiça Federal em Curitiba. 
Costa relatou aos investigadores que foi procurado por Fernando Baiano e aceitou receber o valor, que foi pago no exterior. Ele disse acreditar que a quantia tenha sido disponibilizada pela Astra Petróleo, proprietária da refinaria. Segundo ele, havia boatos dentro da Petrobras de que “o grupo de [Nestor] Cerveró [ex-diretor da Área Internacional], incluindo o PMDB e Baiano" tinha dividido "algo entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões, recebidos provavelmente da Astra”.
Sobre a relação com Fernando Baiano, Costa disse que viajou com ele em 2007 ou 2008 para Liechtenstein, na Europa, e foram ao Vilartes Bank, onde ele “acredita que os valores tenham sido depositados”. Na ocasião, Costa disse que conheceu Diego, um “operador” do empresário que morava na Suíça  e vinha ao Brasil uma vez ao ano para cuidar das contas de Baiano.
O ex-diretor definiu Fernando Soares como lobista e  “uma pessoa bem articulada, tendo muitos contatos no mundo político e empresarial”. Segundo Costa, ele é dono de uma cobertura de 1,2 mil metros quadrados na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, uma casa nos Estados Unidos, casas em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e emTrancoso, na Bahia, além de uma lancha, ativos no exterior e uma academia de ginástica. Paulo Roberto acredita que os bens estão em nome de outra pessoa, porque Soares “não teria como comprovar a origem dos recursos para adquirir todos esses bens.”
Paulo Roberto Costa confirmou que a “necessidade de repasses para grupos políticos, especificamente PP e PT”, também ocorria na Diretoria Internacional, comandada na época por Cerveró. Nesse caso, segundo Costa, Fernando Baiano atuava como o operador que “cuidava de viabilizar a entrega de parte devida ao PMDB". Todos os partidos citados negam que tenham se beneficiado da cobrança de propina na Petrobras.
O delator também afirmou que, a partir de 2008 ou 2009, a cobrança de propina da Construtora Andrade Gutierrez passou a ser feita por Fernando Baiano, e não mais pelo doleiro Alberto Youssef.
Em julho, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a devolução de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras pelos prejuízos causados ao patrimônio da empresa com a compra da Refinaria de Pasadena.
O maior montante, de US$ 580,4 milhões, deverá ser devolvido por membros da Diretoria Executiva da Petrobras, que aprovaram a ata de compra da refinaria, entre eles, o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli, além de Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa.
Créditos: Agencia Brasil

Sabesp se nega a publicar contratos de empresas que mais consomem água

seca spEmbora a Lei de Acesso à Informação (LAI) determine, já no seu primeiro artigo, que toda a administração pública está sujeita a ela, incluindo “autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades” a Sabesp parece se considerar uma exceção.
Desde dezembro do ano passado, nossa reportagem pede, através da LAI, os contratos de Demanda Firme assinados pela Companhia de Saneamento com cerca de 500 empresas para o fornecimento de altos volumes de água. Juntas, elas consomem, em média, 1,9 milhão de m³/mês.
Agora, em resposta ao recurso da reportagem a Sabesp alega que as empresas têm direito à privacidade como as pessoas, este estabelecido pelo artigo 5º da Constituição. “A pessoa jurídica goza das garantias relativas à privacidade, garantindo-lhe o direito a segredos comerciais, fórmulas e métodos que lhe pertencem reservadamente, constituindo os elementos que compõem sua esfera privada”, defende a empresa na resposta (leia a íntegra aqui).
Para a advogada da organização Artigo 19, Karina Quintanilha, a comparação não tem respaldo legal. “O direito à privacidade, assim como o direito à informação, é um direito humano e tem certos critérios para ser aplicado. Não existe direito à privacidade de uma empresa, de pessoa jurídica.” Segundo ela, a posição da Sabesp não leva em conta a sujeição da empresa à Lei de Acesso. “A regra é o acesso à informação, a abertura dos documentos públicos e contratos. A exceção é o sigilo, e somente nos casos previstos na lei, nenhuma outra hipótese seria possível. Como a Sabesp é uma empresa de economia mista, está enquadrada no artigo primeiro, não tem como fugir disso.”
A Sabesp também alega risco de prejuízo às empresas contratantes. “As informações solicitadas que se referem a um dos segmentos de mercado atendido pela Sabesp podem apresentar uma vulnerabilidade, tais como perdas financeiras e ameaças à realização de seus objetivos.” Mas esse argumento também não se justifica, segundo a advogada. “Estamos falando de contratos públicos já que a empresa por vontade própria estabeleceu uma relação jurídica com um órgão público. A partir do momento em que ela firmou esse contrato de demanda firme com a Sabesp, (o contrato) está sujeito à lei da transparência.” Para ela, a disponibilidade de contratos dessa natureza é fundamental “para que se tenha acesso à forma como esses órgãos administram os recursos públicos – no caso, a água”.
Na mesma resposta, a Sabesp menciona o Artigo 29 do Decreto 58.052, que regulamentou a LAI no estado de São Paulo, e determina: “O disposto neste decreto não exclui as demais hipóteses legais de sigilo e de segredo de Justiça nem as hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder público.”
Segundo Karina, para que exceção pudesse ser feita teria que haver uma ação prévia da empresa nesse sentido. “(A Sabesp) deveria previamente classificar o sigilo, se fosse o caso, de acordo com a LAI. No caso do pedido sobre os contratos de demanda firme, caso existisse alguma informação protegida pelo sigilo industrial eles teriam que apresentar o registro disso. Mas essa é uma hipótese muito improvável já que o sigilo industrial ocorre quando tem alguma ‘fórmula’ da empresa a ser protegida por exemplo” explica.

Precedente negativo

Em um caso similar, o TRF da 2ª Região decidiu favoravelmente ao pedido do jornal Folha de S. Paulo para obter “relatórios de análise” de contratos firmados pelo BNDES. “Não há como acolher a tese de que o BNDES exerceria suas atividades de maneira idêntica às instituições financeiras privadas, sob o regime de direito privado, de modo a isentá-lo da fiscalização de toda a sociedade brasileira”, argumentou o juiz. E ainda acrescentou que “(…) os ‘Relatórios de Análise’ objeto do presente mandamus (ação judicial) são documentos produzidos pelo Órgão da Administração Indireta e que versam sobre utilização de recursos públicos, enquadrando-se, portanto, perfeitamente nas disposições da Lei de Transparência”.
Agora a reportagem da Pública recorreu à segunda instância, que é a Corregedoria-Geral da Administração (CGA), e está aguardando a resposta. Para Karina, se a tese da Sabesp for acatada pela CGA, pode abrir um precedente perigoso, “justamente porque através desses documentos de contratos é que a gente consegue informações precisas sobre as negociações estabelecidas ente empresas e o poder público”, explica.
“A Sabesp está colocando o segredo industrial como um princípio maior, acima do direito à informação. Isso levaria com certeza a um precedente muito negativo para a liberdade expressão e o acesso à informação”, diz a advogada da Artigo 19.
A Sabesp já foi alvo de críticas da organização, que monitora a aplicação da LAI no país, em um relatório publicado em dezembro sobre a crise do sistema Cantareira. De sete pedidos feitos à Companhia, nenhum foi respondido. “A gente entende que justamente nesse momento de crise é essencial garantir a transparência. É isso que vai possibilitar que a sociedade possa participar das decisões, e elas podem se continuamente monitoradas e acompanhadas pelas pessoas que são as mais afetadas”, completa Karina.

Contratos estimulam o consumo de água

Os contratos de demanda firme estão no centro da discussão sobre as políticas adotadas pela Sabesp nos últimos anos. Eles começaram a ser usados em 2002 pela Sabesp como forma de “fidelizar” clientes do comércio ou indústria que têm grande consumo de água. Em 2010, o contrato passou a valer para clientes que consomem acima de 500m³/mês. Empresas como a General Motors do Brasil, o aeroporto de Congonhas, a SPTrans, o Jockey Club de São Paulo, a Ford Brasil e a Universidade Metodista já assinaram contratos dessa modalidade, garantindo um desconto que pode chegar a ate 40% do valor pelo alto consumo de água.
O programa prevê um consumo mínimo de água. Se o cliente consumir menos, pagará o valor completo de todo jeito. Se ultrapassar a quantidade acordada, paga a diferença. Ou seja, a empresa é penalizada se economizar, e é instada a usar mais água, já que pagará de qualquer forma. Outro problema nesse tipo de contrato é que a Sabesp exige exclusividade de fornecimento. Uma reportagem do Valor Econômico mostrou que um centro comercial na zona oeste de São Paulo foi forçado a abandonar dois poços artesianos para receber apenas água da Sabesp, em troca do desconto na conta.
As taxas cobradas não estão disponíveis no site da Sabesp. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa afirmou apenas que “cada contrato tem sua característica própria” e “as informações são confidenciais”. De acordo com os dados do Plano Estadual de Recursos Hídricos 2004-2007, o setor industrial respondia por 30,4% do consumo de água no estado.
A Sabesp finalmente reviu essa obrigação de consumo mínimo em março do ano passado, depois do agravamento da crise hídrica. Em 29 de dezembro, durante uma audiência na Arsesp, chegou a anunciar a intenção de isentar os clientes dos contratos de demanda firme da sobretaxa dos consumidores que aumentarem o consumo em relação à média do ano anterior – afinal liberada pelo TJ para vigorar neste janeiro. Depois da repercussão negativa já no dia seguinte nos jornais, as grandes clientes foram incluídas na sobretaxa. Mas os descontos previstos pelos contratos de demanda firme continuam a vigorar.
Para Marussia Whately, coordenadora da Aliança pela Água, coalizão de organizações da sociedade civil, esses contratos não levam em conta que a água é um bem escasso e é muito importante que sejam conhecidos pela população. “Muitas vezes os contratantes são prestadores de serviços para as pessoas, como supermercados, academia de ginásticas; com a crise há um interesse ainda maior em relação a como a água é consumida”. Além disso, ela destaca que “a postura da Sabesp e do governo do estado, de ausência de informações claras e de canais mais amplos de diálogo com a sociedade, até contribuiu para piorar a crise”.
Créditos: Rede Brasil Atual

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Deputados receberão R$136 mil de salário

As atividades legislativas estão paradas desde o dia 22 de dezembro. Após o recesso, os deputados federais que foram reeleitos só vão voltar à Câmara após o dia 1º de fevereiro, quando será realizada a cerimônia de posse. O mesmo ocorre com os deputados que não foram reeleitos. Apesar de estar deixando a casa, eles também vão receber durante as ‘férias’ de janeiro.
O cálculo corresponde à soma do salário de R$ 26,7 mil mais os benefícios a que os parlamentares têm direito. A conta considera os vencimentos sem o reajuste de 26% aprovado em dezembro e que entrou em vigor nesta semana — agora cada parlamentar receberá o salário de R$ 33,7 mil. O novo salário só cairá na conta dos deputados a partir de fevereiro.
Além disso, todos os deputados podem receber um auxílio moradia no valor de R$ 3.800, cota para atividade parlamentar que varia entre R$ 27,9 mil e R$ 41,6 mil, de acordo com seu Estado, e uma verba de gabinete de R$ 78 mil. Os deputados que moram em apartamentos funcionais não recebem o auxílio moradia, já que não têm custos com os apartamentos.
A verba de gabinete é destinada ao pagamento de salários dos secretários parlamentares e funcionários que não precisam ser servidores públicos, os chamados “comissionados”. Cada um dos 513 deputados pode contratar até 25 funcionários para seu gabinete pagando salários que vão de R$ 845 a R$ 12.940.
Cota parlamentar é o dinheiro disponibilizado para que cada deputado arque com despesas de passagens aéreas e telefonia. Como o preço das passagens varia de acordo com o Estado do parlamentar, os valores da cota também têm variação. O valor também é usado para o aluguel de imóveis que sirvam de escritório, combustível, segurança e propaganda.
Apenas as despesas de combustíveis e serviços de segurança têm limite mensal — até R$ 4.500. Quando as despesas no mês ultrapassarem esse valor, a Câmara dos Deputados reembolsa apenas o limite. Somando todos os custos, utilizando sempre os valores mais baixos, cada deputado custará, portanto, R$ 136,4 mil, um dos vencimentos mais caros do mundo.                                                       Créditos : Possos 10

Conta na Suíça liga Youssef ao escândalo das propinas nos trens de São Paulo

A força-tarefa que investiga a Operação Lava Jato encontrou movimentações financeiras em nome da multinacional canadense Bombardier nas contas usadas pelo doleiro Alberto Youssef na Suíça. É mais uma peça no quebra-cabeças de indícios e provas que o Ministério Público paulista tem de montar sobre o esquema de corrupção no Metrô, chamado pomposamente de cartel pela imprensa tucana, onde empresas combinavam preços nas licitações e pagavam propinas a autoridades do governo tucano de São Paulo nas gestões de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
A Bombardier é fornecedora dos trens do monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô paulista e investigada por supostamente integrar o cartel. Nesta linha do Metrô está a estação Vila Prudente, listada na planilha apreendida com Youssef em março pela Polícia Federal, ao lado da cifra de R$ 7,9 milhões, suspeita de referir-se a propina.
A movimentação com o nome da multinacional canadense aparece na conta suíça do banco PKB, da empresa offshore Santa Tereza Services Limited Partnership, criada na Nova Zelândia e controlada por João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado, preso desde julho de 2014 apontado como alto membro da suposta organização criminosa de Youssef.
“Apurou-se que dentro da conta da offshore Santa Tereza, na Suíça, há quatro subcontas (denominadas Fiança, C/C, Premier e Sanko), todas controladas pela organização criminosa de Youssef e utilizadas para as práticas delitivas. Assim, por exemplo, no extrato da subconta Sanko Sider aparecem depósitos que também aparentam ser relacionados à corrupção de funcionários públicos brasileiros: Bombardier, OAS Investments, Cimentos Tupi (…)”, afirma o MPF em relatório.
O Ministério Público Federal, em um de seus ofícios da Lava Jato, definiu Almeida Prado como: “(...) de sua longa experiência no setor bancário e na área de câmbio, a função de João Procópio era, em síntese, ser o operador das contas de Youssef, sobretudo no exterior. Assim, era sua incumbência abrir as contas de empresas offshore no exterior, em seu próprio nome ou em nome de laranjas, bem como movimentá-las no interesse da organização criminosa”.
De acordo com o MP, Prado enviou ao menos 78 milhões de dólares para o exterior por meio de 1.114 contratos fraudulentos intermediados por essas empresas.
Youssef é o segundo doleiro da Operação Lava Jato que aparece ligado ao escândalo das propinas nos trens paulistas. O outro, Raul Henrique Srour, movimentou dinheiro irregular da Siemens, também suspeito de tratar-se de intermediação de propinas, no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, conforme outra investigação internacional feita pela Procuradoria de Luxemburgo.
A Bombardier afirmou em nota que "jamais manteve contato com a empresa Santa Tereza ou qualquer outra companhia pertencente ao Sr. Alberto Youssef".
Em 2013, a Bombardier Inc. realizou uma emissão de títulos para captação de recursos na forma de bonds, em uma operação absolutamente transparente e de acordo com a legislação financeira. Como a venda dos referidos títulos é intermediada por corretoras e instituições financeiras (como atestam os extratos do banco PKB), a empresa emissora não mantém contato direto com o comprador/beneficiário final.
O Ministério Público Estadual de São Paulo abriu investigação prévia dos fatos que apareceram recentemente durante a investigação federal da Lava Jato que apontam para crimes na esfera estadual. É possível que o órgão paulista chegasse aos mesmos fatos bem antes se tivesse dedicado mais atenção ao escândalo da Alstom e da Siemens, denunciado no exterior desde 2008. A cerimônia cheia de não me toques com que alguns procuradores paulistas tratam autoridades tucanas tem feito muito mal à proteção dos cofres públicos paulistas.
Mesmo depois de ter uma conta bloqueada na Suíça, e de ser acusado de receber propina da Alstom, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Robson Marinho, ex-companheiro do governador Alckmin no PSDB, continuou no cargo até recentemente aprovando as contas do governo tucano, inclusive relativas aos trens investigados. Se houvesse maior rigor dos procuradores e magistrados que cuidaram do caso, considerariam a recusa em se afastar deste cargo de controle enquanto investigado uma forma de colocar obstáculos às apurações, motivando até mesmo pedido de prisão preventiva. Por Helena Sthephanowitz.
Créditos: Rede Brasil Atual

Ácido fólico é aliado do cérebro

 Ácido fólico, também conhecido como folato, metilfolato ou vitamina B9, é uma vitamina do complexo B, solúvel em água e presente em diversos itens da dieta diária. O folato ocorre naturalmente nos alimentos e o ácido fólico é a forma sintética do folato, usada em medicamentos. Benefícios comprovados do ácido fólico O folato é necessário para numerosas funções do corpo. 

Entre elas: a síntese e reparação do DNA, divisão e crescimento celular, produção de novas proteínas, formação de hemácias. O folato é importante para a saúde cardiovascular e do sistema nervoso.

Bom para as grávidas: Para gestantes, o folato é especialmente importante para um bom desenvolvimento fetal e formação do tubo neural. A suplementação deve começar pelo menos um mês antes da gravidez e é essencial nas primeiras oito semanas após a concepção. Isto porque é neste período que ocorre o desenvolvimento do sistema nervoso e tubo neural do feto.
Aliado do cérebro: Além de ser essencial para o desenvolvimento do sistema nervoso do feto, o folato é fundamental para a função cerebral adequada e desempenha um papel importante na capacidade cognitiva e na saúde mental e emocional. Segundo estudos realizados pelo Institute for Functional Medicine, na Flórida, mais de 40% dos casos de depressão são causados pela falta de folato no organismo. Ele age como cofator na produção de serotonina, um neurotransmissor que garante o bom humor.
Bom para a imunidade: Para que o sistema imunológico esteja fortalecido, uma série de fatores são necessários, entre eles as vitaminas do complexo B, inclusive o folato.
Bom para a pele, unhas e cabelos: Todo o complexo B, incluindo o folato, tem papel importante na saúde da pele, unhas e cabelos. O folato ajuda no crescimento de unhas e cabelos, combate a acne e a dermatite, deixa a pele com um brilho saudável e com a oleosidade controlada. Um estudo de 2013 publicado na revista Subcellular Biochemistry mostrou que o folato protege contra o câncer de pele causado pela radiação ultravioleta.
Brócolis é rico em folato
Bom para o coração: O folato se combina com as vitaminas B6 e B12 formando uma coenzima que reduz os níveis de homocisteína, um aminoácido que em excesso afeta o aparelho cardiovascular (sistema circulatório e coração) de forma negativa, impedindo a reparação celular (um processo conhecido por metilação). Altos níveis de homocisteína contribuem para o endurecimento dos vasos sanguíneos, o que eleva a pressão arterial.
Benefícios em estudo do ácido fólico
Previne o câncer: Suplementos de ácido fólico podem prevenir a progressão do câncer, segundo estudo publicado na revista científica Cancer da Sociedade Americana de Câncer. O estudo forneceu dados para apoiar a hipótese de que a insuficiência de ácido fólico é um fator de risco para a ocorrência do câncer. O folato é incorporado a coenzimas que são essenciais para uma variedade de reações no metabolismo de ácidos nucleicos e aminoácidos, tais como a síntese e reparação de DNA (o que evita a formação de células defeituosas que poderiam se transformar em uma célula maligna) e a conversão de homocisteína em metionina, seu excesso está ligado a problemas de saúde crônicos, tais como câncer e doenças cardiovasculares.

Deficiência de ácido fólico
Na maior parte das vezes a deficiência de folato é assintomática. Em casos graves pode haver fadiga, falta de ar após esforço leve, dor de cabeça e feridas na boca. O diagnóstico é feito pela dosagem de ácido fólico no sangue.
Uma deficiência de folato pode levar a anemia em adultos e desenvolvimento mais lento em crianças. No caso das gestantes, a ausência de ácido fólico pode fazer com que o feto tenha malformações neurológicas.
Interações do ácido fólico
O álcool interfere na absorção de folato e também aumenta a quantidade da vitamina que é eliminada pela urina. Por isso, muitos alcoólatras podem ter deficiência de ácido fólico. Além disso, é frequente os alcoólatras terem dietas pobres e não alcançarem a ingestão diária recomendada de folato.   Se houver uma ingestão exagerada de ácido fólico por um longo período isto pode resultar em uma deficiência de vitamina B12, o que pode causar danos ao sistema nervoso e anemia por deficiência de vitamina B12.
Combinações com o ácido fólico
Devido aos problemas mencionados acima sobre a deficiência de vitamina B12, o ideal é sempre associar o ácido fólico com uma fórmula completa contendo todos os elementos do complexo B para não causar um desequilíbrio entre eles, B1, B2, B3, B5, B6, B12, biotina, ácido pantotênico, colina, inositol, todos que compõe o complexo B.
Fontes de ácido fólico
Os alimentos ricos em folato são todas as folhas verdes escuras, com ênfase para espinafre, brócolis, couve, alface e salsa. Os cereais integrais, feijões, cogumelos, vísceras (fígado de galinha), abacate, manga, laranja, tomate, melão, banana, ovo, levedo de cerveja e germe de trigo também possuem boas quantidades do nutriente.Portanto, os alimentos ricos em folato são bem variados. Todos eles devem fazer parte da dieta diária. 
Créditos: WSCOM